Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 20
Filtrar
1.
Rev. Headache Med. (Online) ; 15(1): 35-37, 2024.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1538177

RESUMO

BACKGROUND: Hemicrania continua is a rare form of cephalalgia featuring a chronic and persistent headache in only one side of the head. OBJECTIVES: In this report, we present a case of a patient with hemicrania continua and systemic lupus erythematosus (SLE). METHODS: We collected patient data through the electronic medical record. Afterward, we reviewed the literature regarding hemicrania continua and its pathophysiology and correlation with neurovascular alterations, inflammation, and SLE. RESULTS: A 42-year-old woman visited the emergency department due to worsening constant unilateral cephalalgia that had been present for the past 6 months. The patient reported a highly intense (10/10) headache in the entire left hemicrania that radiated to the left shoulder. During physical examination, she presented with nystagmus, vertigo, and aggravated cephalalgia associated to body movement and, despite having no optic nerve thickening. In addition, she had jaundice, tachycardia, and splenomegaly. Complimentary exams found deep anemia, depletion in complement system and anti-nuclear factors, suggesting a possible hemolytic anemia (AIHA) due to SLE. Treatment was initiated with hydrocortisone and prednisone, associated with amitriptyline, fluoxetine and diazepam, reaching full remission. CONCLUSION: These syndromes have aggravated each other, and possibly the explanation for the cephalalgia remission was the control of AIHA and SLE. It features a rare case in literature and thus warrants discussion.


INTRODUÇÃO: Hemicrania contínua é uma forma rara de cefaléia caracterizada por cefaleia crônica e persistente em apenas um lado da cabeça. OBJETIVOS: Neste relato apresentamos o caso de um paciente com hemicrania contínua e lúpus eritematoso sistêmico (LES). MÉTODOS: Coletamos dados dos pacientes por meio do prontuário eletrônico. Posteriormente, revisamos a literatura sobre a hemicrania contínua e sua fisiopatologia e correlação com alterações neurovasculares, inflamação e LES. RESULTADOS: Uma mulher de 42 anos recorreu ao serviço de urgência devido ao agravamento da cefaleia unilateral constante, presente nos últimos 6 meses. O paciente relatou cefaleia de alta intensidade (10/10) em toda a hemicrânia esquerda com irradiação para o ombro esquerdo. Ao exame físico apresentava nistagmo, vertigem e cefaléia agravada associada à movimentação corporal e, apesar de não apresentar espessamento do nervo óptico. Além disso, ela apresentava icterícia, taquicardia e esplenomegalia. Os exames complementares evidenciaram anemia profunda, depleção do sistema complemento e fatores antinucleares, sugerindo uma possível anemia hemolítica (AIHA) por LES. Iniciou-se tratamento com hidrocortisona e prednisona, associadas a amitriptilina, fluoxetina e diazepam, atingindo remissão completa. CONCLUSÃO: Essas síndromes agravaram-se mutuamente e possivelmente a explicação para a remissão da cefaléia foi o controle da AIHA e do LES. Apresenta um caso raro na literatura e, portanto, merece discussão.


Assuntos
Humanos , Transtornos da Cefaleia/complicações , Cefaleia/complicações , Doenças Raras/complicações
2.
Rev. Headache Med. (Online) ; 15(1): 25-29, 2024. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1538289

RESUMO

INTRODUCTION: Migraine is a chronic neurological disease, with a prevalence of 15.2% in Brazil. It is defined as an abnormal neurovascular reaction that occurs in a genetically vulnerable individual. Clinically manifests itself in recurrent episodes of headache associated with other symptoms, dependent on triggering factors. OBJECTIVE: To describe the epidemiological profile of hospital admissions of children and adolescents for migraine and other headache disorders. METHODS: This was a retrospective and descriptive epidemiological study carried out with data extracted from the Brazilian Unified Health System's Hospital Information System (SIH/SUS), indexed to the Department of Informatics of the Unified Health System (DATASUS). Hospital admissions were selected based on age groups, with an emphasis on children under nine years old and adolescents between 10 and 19 years old, residing in Brazil, between July 2013 and June 2023. RESULTS: Of 93,821 hospital admissions, there were 16,149 hospitalizations (17.2%) of children and adolescents (62.5% women and 37.5% men) due to migraine and other headache disorders. There was a predominance of the age group between 15 and 19 years old (50.2%), with a higher number of cases in the Southeast region (35.9%) and of brown ethnicity (42.6%). Over 10 years, there was a progressive increase in the number of hospital admissions, reaching a peak in 2019 (1,925/16,149; 11.9%), followed by a decline in 2020 and increasing again in subsequent years. Twenty-four deaths were found (24/16,149; 0.1%), 13 men and 11 women, with a predominance in the age group of 15 to 19 years (45.8%), coming from the Northeast region (58.3 %) and of brown ethnicity (58.4%). Deaths occurred predominantly in the years 2022 and 2023 (46.6%). CONCLUSIONS: There is an increase in the number of hospital admissions of children and adolescents due to migraine and other headache disorders with a consequent increase in the number of deaths.


INTRODUÇÃO: A enxaqueca é uma doença neurológica crônica, com prevalência de 15,2% no Brasil. É definida como uma reação neurovascular anormal que ocorre em um indivíduo geneticamente vulnerável. Manifesta-se clinicamente por episódios recorrentes de cefaleia associados a outros sintomas, dependentes de fatores desencadeantes. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico das internações hospitalares de crianças e adolescentes por enxaqueca e outras cefaleias. MÉTODOS: Estudo epidemiológico retrospectivo e descritivo realizado com dados extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), indexados ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As internações hospitalares foram selecionadas com base em faixas etárias, com ênfase em crianças menores de nove anos e adolescentes entre 10 e 19 anos, residentes no Brasil, entre julho de 2013 e junho de 2023. RESULTADOS: De 93.821 internações hospitalares, ocorreram 16.149 internações (17,2%) de crianças e adolescentes (62,5% mulheres e 37,5% homens) por enxaqueca e outras cefaleias. Houve predomínio da faixa etária entre 15 e 19 anos (50,2%), com maior número de casos na região Sudeste (35,9%) e de etnia parda (42,6%). Ao longo de 10 anos, houve um aumento progressivo no número de internações hospitalares, atingindo um pico em 2019 (1.925/16.149; 11,9%), seguido de uma queda em 2020 e voltando a aumentar nos anos subsequentes. Foram encontrados 24 óbitos (24/16.149; 0,1%), 13 homens e 11 mulheres, com predomínio na faixa etária de 15 a 19 anos (45,8%), procedentes da região Nordeste (58,3%) e de cor parda. etnia (58,4%). Os óbitos ocorreram predominantemente nos anos de 2022 e 2023 (46,6%). CONCLUSÕES: Há um aumento no número de internações hospitalares de crianças e adolescentes por enxaqueca e outras cefaleias com consequente aumento no número de mortes.


Assuntos
Criança , Adolescente , Transtornos da Cefaleia/complicações , Cefaleia/diagnóstico , Hospitalização/estatística & dados numéricos
3.
Rev. Headache Med. (Online) ; 15(1): 7-12, 2024. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1551344

RESUMO

BACKGROUND: In 2020, the first vaccines were approved, according to the WHO. However, speculations arose regarding their efficacy and post-vaccination adverse events (AEFV). OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of headache as AEFI from the SARSCoV-2 vaccine in Piauí, Brazil. METHODS: This is a quantitative, observational, cross-sectional, and prevalence study. Data were provided by the Post-Vaccination Adverse Event Information System (SI-AEFV), from reported cases from January to September 2021. Data were analyzed, and the research was approved by the UFPI Research Ethics Committee. RESULTS: A total of 2,008 cases were analyzed. Headache was reported in 752 cases (27.99%) as an AEFV after vaccination against SARS-CoV-2. In most cases, patients were from Teresina (67.62%), of brown race/ethnicity (52.67%), female (79.00%), and the majority were not healthcare professionals (54.27%). The most common age of patients, with the original data, was 33 years. After data correction, the most common age was 28 years. The majority of these cases were not severe (96.44%), and the majority of cases were associated with the first dose of the Covid-19-Covishield-Oxford/AstraZeneca vaccine (43.18%).CONCLUSION: Thus, it is concluded from the partial analysis of the results that headache is the most common adverse event after vaccination against SARS-CoV-2. The profile of patients with the most notifications was brown women aged 30 to 40 years who received the first dose of the Covid-19-Covishield-Oxford/AstraZeneca vaccine. Regarding the severity of events, the vast majority were considered non-severe, and no deaths were mentioned, demonstrating the safety of immunobiologicals.


FUNDAMENTO: Em 2020, foram aprovadas as primeiras vacinas, segundo a OMS. No entanto, surgiram especulações quanto à sua eficácia e eventos adversos pós-vacinais (EAPV). OBJETIVO: Avaliar a prevalência de cefaleia como EAPV da vacina SARSCoV-2 no Piauí, Brasil. MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo, observacional, transversal e de prevalência. Os dados foram fornecidos pelo Sistema de Informação de Eventos Adversos Pós-Vacinação (SI-AEFV), dos casos notificados no período de janeiro a setembro de 2021. Os dados foram analisados ​​e a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI. RESULTADOS: Foram analisados ​​2.008 casos. Cefaleia foi relatada em 752 casos (27,99%) como EAPV após vacinação contra SARS-CoV-2. Na maioria dos casos, os pacientes eram procedentes de Teresina (67,62%), de raça/etnia parda (52,67%), do sexo feminino (79,00%) e a maioria não era profissional de saúde (54,27%). A idade mais comum dos pacientes, com os dados originais, era de 33 anos. Após correção dos dados, a idade mais comum foi 28 anos. A maioria desses casos não foi grave (96,44%), e a maioria dos casos esteve associada à primeira dose da vacina Covid-19-Covishield-Oxford/AstraZeneca (43,18%).CONCLUSÃO: Assim, conclui-se a partir da análise parcial dos resultados de que cefaleia é o evento adverso mais comum após vacinação contra SARS-CoV-2. O perfil dos pacientes com mais notificações foi de mulheres pardas com idade entre 30 e 40 anos que receberam a primeira dose da vacina Covid-19-Covishield-Oxford/AstraZeneca. Quanto à gravidade dos eventos, a grande maioria foi considerada não grave e não foram mencionados óbitos, demonstrando a segurança dos imunobiológicos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Vacinas/imunologia , Vacinação/efeitos adversos , COVID-19/virologia , Pacientes/classificação , Segurança/normas , Pessoal de Saúde/organização & administração
4.
Med. U.P.B ; 42(2): 71-75, jul.-dic. 2023. ilus
Artigo em Espanhol | LILACS, COLNAL | ID: biblio-1443440

RESUMO

El síndrome de vasoconstricción cerebral reversible es poco frecuente y su fisiopatología aún no está bien dilucidada. Su presentación clínica se caracteriza por manifestaciones neurológicas como cefalea "en trueno", déficit focal, vómito, fotofobia y, en casos graves, puede tener complicaciones como eventos cerebrovasculares isquémicos o hemorrágicos. El diagnóstico se realiza mediante angiografía cerebral, angiotomografía o angioresonancia, las cuales documentan vasoconstricción de las arterias cerebrales con resolución espontánea, que en la mayoría de los casos es consistente con un buen pronóstico clínico. A continuación, se expone el caso de una paciente con vasoconstricción cerebral reversible y lesión miocárdica asociada, en donde se logra un diagnóstico mediante imágenes y tratamiento oportuno. La importancia del caso radica en informar sobre el reconocimiento temprano de una complicación miocárdica poco común del síndrome de vasoconstricción cerebral, pero con riesgo de morbimortalidad dentro del espectro de los cuadros cerebrovasculares.


Reversible Cerebral Vasoconstriction Syndrome is a rare condition, and its pathophysiology is not yet fully understood. Its clinical presentation is characterized by neurological manifestations such as "thunderclap" headache, focal deficit, vomiting, photophobia, and, in severe cases, it can lead to complications such as ischemic or hemorrhagic cerebrovascular events. The diagnosis is made through cerebral angiography, CT angiography, or magnetic resonance angiography, which demonstrate vasoconstriction of the cerebral arteries with spontaneous resolution, which in most cases is consistent with a good clinical prognosis. Here, we present the case of a patient with reversible cerebral vasoconstriction syndrome and associated myocardial injury, where a diagnosis was achieved through imaging and timely treatment. The importance of this case lies in raising awareness about the early recognition of a rare myocardial complication of reversible cerebral vasoconstriction syndrome, which carries a risk of morbidity and mortality within the spectrum of cerebrovascular disorders.


A síndrome de vasoconstrição cerebral reversível é rara e sua fisiopatologia ainda não é bem compreendida. Sua apresentação clínica é caracterizada por manifestações neuro-lógicas como cefaléia em trovoada, déficit focal, vômitos, fotofobia e, em casos graves, pode ter complicações como eventos cerebrovasculares isquêmicos ou hemorrágicos. O diagnóstico é feito por angiografia cerebral, angiotomografia ou angiorressonância , que documentam vasoconstrição das artérias cerebrais com resolução espontânea, o que na maioria dos casos é compatível com bom prognóstico clínico. A seguir, é apresentado o caso de um paciente com vasoconstrição cerebral reversível e lesão miocárdica associa-da, onde o diagnóstico é feito por imagem e tratamento oportuno. A importância do caso está em relatar o reconhecimento precoce de uma rara complicação miocárdica da síndrome de vasoconstrição cerebral, mas com risco de morbimortalidade dentro do espectro das doenças cerebrovasculares.


Assuntos
Humanos
5.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 18-28, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531747

RESUMO

Introduction:Migraine is a complex headache to treat, often with an unsatisfactory clinical response. Aerobic exercise, such as running, can be a non-pharmacological treatment to reduce migraine attacks. Objective:This systematic review with meta-analysis investigated the effects of running on frequency and intensity of pain in subjects with migraine compared with other or no aerobic exercise. Methods:Randomized and quasi-randomized clinical trials were searched between September and November 2021 in BVS, PubMed, Cochrane, CINAHL, SCOPUS, Embase, and Web of Science databases. The Cochrane Risk of Bias tool assessed methodological quality, and the recommendation ranking assessed the certainty of evidence. The frequency of migraine attacks was pooled in a meta-analysis (random effects) that included interval and continuous running subgroups. Results:Only two of the 483 studies analyzed were included in the review (52 individuals, 81% females). Migraine intensity was not included in the meta-analysis because only one study measured this outcome. None of the studies demonstrated that running reduced the frequency of migraine attacks (MD = -0.40 [95% CI = -1.61 to 0.81]). The studies included presented a high risk of bias and very low certainty of evidence. Conclusion:The results were not sufficient to recommend running as a treatment to reduce the frequency and intensity of migraine attacks.


Introdução: A enxaqueca é uma cefaleia complexa de tratar, muitas vezes com resposta clínica insatisfatória. O exercício aeróbico, como a corrida, pode ser um tratamento não farmacológico para reduzir as crises de enxaqueca. Objetivo: Esta revisão sistemática com meta-análise investigou os efeitos da corrida na frequência e intensidade da dor em indivíduos com enxaqueca em comparação com outros ou nenhum exercício aeróbico. Métodos:Ensaios clínicos randomizados e quase randomizados foram pesquisados ​​entre setembro e novembro de 2021 nas bases de dados BVS, PubMed, Cochrane, CINAHL, SCOPUS, Embase e Web of Science. A ferramenta Cochrane Risk of Bias avaliou a qualidade metodológica e a classificação das recomendações avaliou a certeza das evidências. A frequência das crises de enxaqueca foi agrupada em uma meta-análise (efeitos aleatórios) que incluiu subgrupos de intervalo e de execução contínua. Resultados: Apenas dois dos 483 estudos analisados ​​foram incluídos na revisão (52 indivíduos, 81% do sexo feminino). A intensidade da enxaqueca não foi incluída na metanálise porque apenas um estudo mediu esse resultado. Nenhum dos estudos demonstrou que correr reduziu a frequência de crises de enxaqueca (MD = -0,40 [IC 95% = -1,61 a 0,81]). Os estudos incluídos apresentaram alto risco de viés e baixíssima qualidade de evidência. Conclusão:Os resultados não foram suficientes para recomendar a corrida como tratamento para reduzir a frequência e intensidade das crises de enxaqueca.

6.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 29-31, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531754

RESUMO

Introduction: he present article aims to popularize the temporomandibular disorder as a possible diagnosis when the phisician is facing a primary headache that was first thought to be a migraine headache or tension type headache, specially when they are not responsible to the treatment. Methodology:This study focused on the clinical manifestation of the headache caused by temporomandibular disorder, with data searched in the National Library of Medicine, Scielo and PubMed libraries, from 2002 to 2022; also the 3rd edition of the International Classification of Headache Disorders (2018) and the Continuum Headache (2021). The aspects of the clinical manifestation chosen for comparison were location of the pain, type of pain, crisis duration, improvement and worsening factors and associated symptoms. Results:27 articles were found and 3 were included and used to create a table comparing migraine, tension type and TMD headache. Some manifestations were similar, like bilateral location of headache (tension type and TMD headache) and many manifestations were distinct, like the type of pain (pulsatile for migraine, tight for tension type and rigidity or stabbing for TMD headache). In face of these results, it is clear that there are many aspects of the differential diagnosis between these three types of headache that can be investigated so that we can distinguish them. This study also reiterates the need for further studies regarding this topic. Conclusion:It is very reasonable to consider TMD headache as a first diagnosis when the complaint is a primary headache, as much as it is reasonable to consider this diagnosis when the refractoriness is the complaint. Also, considering the TMD as a trigger to the other headaches.


Introdução: o presente artigo tem como objetivo popularizar a disfunção temporomandibular como um possível diagnóstico quando o médico se depara com uma cefaleia primária que inicialmente se pensava ser uma enxaqueca ou cefaleia do tipo tensional, principalmente quando não são responsáveis ​​pelo tratamento. Metodologia:Este estudo teve como foco a manifestação clínica da cefaleia causada pela disfunção temporomandibular, com dados pesquisados ​​nas bibliotecas National Library of Medicine, Scielo e PubMed, de 2002 a 2022; também a 3ª edição da Classificação Internacional de Cefaleias (2018) e da Cefaleia Contínua (2021). Os aspectos da manifestação clínica escolhidos para comparação foram localização da dor, tipo de dor, duração da crise, fatores de melhora e piora e sintomas associados. Resultados: foram encontrados 27 artigos e 3 foram incluídos e utilizados para criar uma tabela comparando enxaqueca, tipo tensional e cefaleia por DTM. Algumas manifestações foram semelhantes, como localização bilateral da cefaleia (tipo tensional e cefaléia por DTM) e muitas manifestações foram distintas, como o tipo de dor (pulsátil para enxaqueca, tensa para tipo tensional e rigidez ou pontada para cefaléia por DTM). Diante desses resultados, fica claro que existem muitos aspectos do diagnóstico diferencial entre esses três tipos de cefaleia que podem ser investigados para que possamos distingui-los. Este estudo também reitera a necessidade de mais estudos sobre esse tema. Conclusão: É muito razoável considerar a cefaleia por DTM como primeiro diagnóstico quando a queixa é uma cefaleia primária, assim como é razoável considerar este diagnóstico quando a refratariedade é a queixa. Além disso, considerar a DTM como gatilho para as demais dores de cabeça.

7.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 13-17, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531740

RESUMO

Introduction: Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) has been related to the presence of primary headaches. Among them, migraine presents a wide range of comorbidities shared with ADHD, both from other psychiatric disorders and somatic conditions. Objective:This review proposes to describe the association between ADHD and migraine. Methods:Based on literature research in the major medical databases and using as descriptors "Migraine Disorders" and "Attention Deficit Disorder with Hyperactivity". Observational studies that addressed the relationship between migraine and ADHD and written only in English were included. Of the 49 articles found, only 6 met the inclusion criteria and were analyzed. Results:A total of 35,684 patients were included, 22.36% were children. Of these, 1,829 (5.12%) had ADHD. The association between ADHD and migraine was identified in 528 patients (1.47%), representing 28.86% of patients with ADHD. A bilateral relationship was observed between the two diagnoses, having in the presence of ADHD, an almost 3 times greater risk of the presence of migraine. Furthermore, individuals with isolated migraine had significantly higher symptoms of hyperactivity/impulsivity and inattention than healthy individuals. Conclusion:This review shows a possible sharing of symptoms between migraine and ADHD, requiring further studies to investigate this relationship.


Introdução: O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) tem sido relacionado à presença de cefaleias primárias. Dentre elas, a enxaqueca apresenta uma ampla gama de comorbidades compartilhadas com o TDAH, tanto de outros transtornos psiquiátricos quanto de condições somáticas. Objetivo:Esta revisão propõe descrever a associação entre TDAH e enxaqueca. Métodos:Baseado em pesquisa bibliográfica nas principais bases de dados médicas e utilizando como descritores "Transtornos de Enxaqueca" e "Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade". Foram incluídos estudos observacionais que abordassem a relação entre enxaqueca e TDAH e escritos apenas em inglês. Dos 49 artigos encontrados, apenas 6 atenderam aos critérios de inclusão e foram analisados. Resultados: Foram incluídos 35.684 pacientes, 22,36% eram crianças. Destes, 1.829 (5,12%) tinham TDAH. A associação entre TDAH e enxaqueca foi identificada em 528 pacientes (1,47%), representando 28,86% dos pacientes com TDAH. Foi observada uma relação bilateral entre os dois diagnósticos, tendo na presença de TDAH, um risco quase 3 vezes maior de presença de enxaqueca. Além disso, indivíduos com enxaqueca isolada apresentaram sintomas significativamente mais elevados de hiperatividade/impulsividade e desatenção do que indivíduos saudáveis. Conclusão:Esta revisão mostra um possível compartilhamento de sintomas entre enxaqueca e TDAH, necessitando de mais estudos para investigar essa relação.

8.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 32-35, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531762

RESUMO

Introduction:Post-dural puncture headache (PDPH) is defined as an orthostatic headache that develops within the first few days after performing a spinal tap and it is related to extravasation of cerebrospinal fluid (CSF) into the epidural space, resulting in CSF hypovolemia and hypotension. The risk factors for PDPH are not yet fully understood. Objective:To evaluate the risk of spontaneously reported PDPH according to the size and type of spinal tap needle. Methods:A total of 4589 patients undergoing outpatient lumbar puncture (LP) were included. All CSF collections were performed at Senne Liquor Diagnostico, a laboratory specialized in CSF collection and analysis. Patients were instructed to report by telephone if they had orthostatic headache during the first 7 days after LP to the medical team of the laboratory. Patients with previous headache were instructed to report any change in the headache pattern during the same period. Needle gauge was classified into two groups: 1) 25 G or less and 2) greater than 25 G. Two types of needles were used and compared: 1) Pencil point and 2) Quincke. Comparisons of the percentages of spontaneous reports of PDPH were made using the chi-square test. Results:141 patients (3.07%) reported PDPH to the laboratory's medical team. Needles of 25G gauge or less were used in 31.8% of cases. The percentage of patients reporting PHD in the group of 25G or less needles was 1.9% versus 3.6% in the group of larger than 25G needles (p=0.003). Pencil point needles were used in 10.6% of cases. The percentage of PHD among pencil point group was 1.4% versus 3.2% in Quincke group (p=0.026). Conclusion:25 G or finer gauge needles as well as pencil point type needles significantly reduced the risk of spontaneously reported PHD.


Introdução: A cefaleia pós-punção dural (CPPD) é definida como uma cefaleia ortostática que se desenvolve nos primeiros dias após a realização de uma punção lombar e está relacionada ao extravasamento de líquido cefalorraquidiano (LCR) para o espaço peridural, resultando em hipovolemia do LCR e hipotensão. Os fatores de risco para CPPD ainda não são totalmente compreendidos. Objetivo:Avaliar o risco de CPPD relatada espontaneamente de acordo com o tamanho e tipo de agulha de punção lombar. Métodos: Foram incluídos 4.589 pacientes submetidos à punção lombar (PL) ambulatorial. Todas as coletas de LCR foram realizadas no Senne Liquor Diagnostico, laboratório especializado em coleta e análise de LCR. Os pacientes foram orientados a relatar por telefone à equipe médica do laboratório se apresentassem cefaleia ortostática nos primeiros 7 dias após a PL. Pacientes com cefaleia prévia foram orientados a relatar qualquer alteração no padrão de cefaleia durante o mesmo período. O calibre da agulha foi classificado em dois grupos: 1) 25 G ou menos e 2) maior que 25 G. Dois tipos de agulhas foram utilizados e comparados: 1) ponta de lápis e 2) Quincke. As comparações dos percentuais de notificações espontâneas de CPPD foram feitas por meio do teste do qui-quadrado. Resultados:141 pacientes (3,07%) relataram CPPD à equipe médica do laboratório. Agulhas de calibre 25G ou menos foram utilizadas em 31,8% dos casos. A porcentagem de pacientes que relataram HDP no grupo de agulhas 25G ou menos foi de 1,9% versus 3,6% no grupo de agulhas maiores que 25G (p=0,003). Agulhas com ponta de lápis foram utilizadas em 10,6% dos casos. O percentual de DPH no grupo ponta de lápis foi de 1,4% versus 3,2% no grupo Quincke (p=0,026). Conclusão: Agulhas de calibre 25 G ou mais fino, bem como agulhas tipo ponta de lápis reduziram significativamente o risco de HP relatado espontaneamente.

9.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 36-42, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531766

RESUMO

Introduction:The aim of this study was to investigate how infection with SARS-CoV-2 affected headache in individuals with migraine, and to identify characteristics associated with a worsening of the migraine post COVID-19. Methods:Observational study composed of 157 individuals with migraine and who had been infected with the SARS-CoV-2 virus. They were recruited from the database of the headache research group at the Pontifical Catholic University of Paraná. The participants responded online to questions about their anthropometric data, history of infection with SARS-CoV-2, presence and characteristics of the headache in the acute phase, perception of a worsening of the migraine after infection, use of analgesics and prophylactic migraine medication. Validated digital questionnaires were used: Migraine Disability Assessment (MIDAS), Beck Depression Inventory (BDI) and Allodynia Symptom Checklist (ASC-12). The results of these questionnaires were compared to values previously recorded in the database, this information having been obtained prior to the infection with COVID-19. Results:The first symptom of infection was respiratory for 76/157 (48.7%) individuals, followed by headache with 18 (11.5%). Headache was present in the acute phase of COVID-19 in 142 (90.4%) participants. A worsening of the migraine pattern post-COVID-19 occurred in 48 (30.6%) participants and they mostly suffered from presence of headache [48/48 (100.0%) vs. 94/109 (86.2%); p=0.006], throbbing headache [46/48 (95.8%) vs. 63/109(57.8%); p<0.001] and which lasted longer (5 vs. 3 days; p=0.001). Prior to contracting COVID-19, these patients already were presenting with greater MIDAS score (31 vs. 13; p=0.001), ASC-12 score (8 vs. 4; p=0.004) and BDI score (14 vs. 10; p=0.033). After infection with COVID-19, those who suffered a worsening of the migraine pattern increased their use of analgesics [41/48 (85.4%) vs. 29/109 (26.6%); p<0.001], needed to adjust or substitute their prophylactic medication [30/48 (62.5%) vs. 37/109 (33.9%); p=0.004] and continued to be more severe with regard to the MIDAS scores (34 vs. 12; p=0.001) and BDI score (16 vs. 9; p=0.008). Conclusion:Individuals who notice a worsening in migraine post-COVID-19 have a more severe migraine condition prior to infection, have more prominent headache during the acute phase and, subsequently, present with greater disability.


Introdução: O objetivo deste estudo foi investigar como a infecção pelo SARS-CoV-2 afetou a cefaleia em indivíduos com enxaqueca e identificar características associadas ao agravamento da enxaqueca pós-COVID-19. Métodos:Estudo observacional composto por 157 indivíduos com enxaqueca e que haviam sido infectados pelo vírus SARS-CoV-2. Eles foram recrutados no banco de dados do grupo de pesquisa em cefaleias da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Os participantes responderam online a perguntas sobre seus dados antropométricos, histórico de infecção por SARS-CoV-2, presença e características da cefaleia na fase aguda, percepção de piora da enxaqueca após infecção, uso de analgésicos e medicação profilática para enxaqueca. Foram utilizados questionários digitais validados: Migraine Disability Assessment (MIDAS), Beck Depression Inventory (BDI) e Allodynia Symptom Checklist (ASC-12). Os resultados destes questionários foram comparados com valores previamente registados na base de dados, tendo esta informação sido obtida antes da infecção por COVID-19. Resultados: O primeiro sintoma de infecção foi respiratório em 76/157 (48,7%) indivíduos, seguido de cefaleia em 18 (11,5%). A cefaleia esteve presente na fase aguda da COVID-19 em 142 (90,4%) participantes. Uma piora do padrão de enxaqueca pós-COVID-19 ocorreu em 48 (30,6%) participantes e eles sofriam principalmente com presença de dor de cabeça [48/48 (100,0%) vs. 94/109 (86,2%); p=0,006], cefaleia latejante [46/48 (95,8%) vs. 63/109 (57,8%); p<0,001] e que duraram mais tempo (5 vs. 3 dias; p=0,001). Antes de contrair COVID-19, esses pacientes já apresentavam maior pontuação MIDAS (31 vs. 13; p=0,001), pontuação ASC-12 (8 vs. 4; p=0,004) e pontuação BDI (14 vs. 10; p=0,033). Após a infecção por COVID-19, aqueles que sofreram um agravamento do padrão de enxaqueca aumentaram o uso de analgésicos [41/48 (85,4%) vs. 29/109 (26,6%); p<0,001], necessitaram ajustar ou substituir a medicação profilática [30/48 (62,5%) vs. 37/109 (33,9%); p=0,004] e continuou mais grave em relação aos escores MIDAS (34 vs. 12; p=0,001) e escore BDI (16 vs. 9; p=0,008). Conclusão:Indivíduos que notam piora da enxaqueca pós-COVID-19 apresentam quadro de enxaqueca mais grave antes da infecção, apresentam cefaleia mais proeminente durante a fase aguda e, posteriormente, apresentam maior incapacidade.

10.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 49-53, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531780

RESUMO

Introduction:Ramsay-Hunt syndrome, also called otic zoster, is a rare complication of herpes zoster. The syndrome is characterized by peripheral facial nerve palsy and an erythematous vesicular eruption in the ear or mouth. Preceding the appearance of the vesicles, unilateral otalgia or neck pain may occur more commonly. However, persistent hemicrania is infrequent in the preeruptive phase. Objective:To present an atypical case of Ramsay Hunt syndrome with continuous unilateral headache preceding the onset of other symptoms and signs of the syndrome. Case report:Report of a 69-year-old woman who presented subacute onset of moderate to severe left hemicrania with no autonomic signs. Eight days after the start and continuous headache maintenance, she presented with peripheral facial paralysis. After four days, she noticed the presence of vesicles in the left ear and odynophagia. She developed nausea with several episodes of vomiting and severe imbalance that made it impossible for her to walk unassisted. On physical examination, she presented vesicles in the left ear and oropharynx, left peripheral facial palsy (House Brackmann grade IV), left hypoacusis, nystagmus, and vestibular gait. Diagnostic tests for screening several metabolic diseases and diagnosis of infection (including HIV) were unremarkable. Brain computed tomography and cerebrospinal fluid analysis showed no abnormalities. Conclusion:Ramsay-Hunt syndrome mainly involves the facial and vestibulocochlear nerves, causing peripheral facial palsy, otalgia, hypoacusis, and, less frequently, imbalance. Although pain is a frequent manifestation of the preeruptive phase of RHS, unilateral headache is not common in this scenario. On the other hand, it is a prevalent complaint in the emergency department and has several different etiologies. Hence, diagnosing RHS when patients present exclusively unilateral headaches is challenging for clinicians. Physicians must consider RHS a vital differential diagnosis of sided-locked headaches, avoiding diagnostic errors and treatment delays.


Introdução: A síndrome de Ramsay-Hunt, também chamada de ótico-zóster, é uma complicação rara do herpes-zóster. A síndrome é caracterizada por paralisia do nervo facial periférico e erupção vesicular eritematosa no ouvido ou na boca. Precedendo o aparecimento das vesículas, pode ocorrer mais comumente otalgia unilateral ou dor cervical. No entanto, a hemicrania persistente é pouco frequente na fase pré-eruptiva. Objetivo: Apresentar um caso atípico de síndrome de Ramsay Hunt com cefaleia unilateral contínua precedendo o aparecimento de outros sintomas e sinais da síndrome. Relato de caso: Relato de uma mulher de 69 anos que apresentou hemicrania esquerda de início subagudo, moderada a grave, sem sinais autonômicos. Oito dias após o início e manutenção contínua da cefaleia, apresentou paralisia facial periférica. Após quatro dias, notou presença de vesículas em orelha esquerda e odinofagia. Ela desenvolveu náuseas com vários episódios de vômitos e desequilíbrio grave que a impossibilitou de andar sem ajuda. Ao exame físico apresentava vesículas em orelha esquerda e orofaringe, paralisia facial periférica esquerda (grau IV de House Brackmann), hipoacusia esquerda, nistagmo e marcha vestibular. Os testes de diagnóstico para rastreio de diversas doenças metabólicas e diagnóstico de infeções (incluindo VIH) não apresentaram resultados dignos de nota. A tomografia computadorizada de cérebro e a análise do líquido cefalorraquidiano não mostraram alterações. Conclusão: A síndrome de Ramsay-Hunt envolve principalmente os nervos facial e vestibulococlear, causando paralisia facial periférica, otalgia, hipoacusia e, menos frequentemente, desequilíbrio. Embora a dor seja uma manifestação frequente da fase pré-eruptiva da SHI, a cefaleia unilateral não é comum neste cenário. Por outro lado, é uma queixa prevalente no serviço de urgência e tem diversas etiologias. Portanto, diagnosticar SHI quando os pacientes apresentam dores de cabeça exclusivamente unilaterais é um desafio para os médicos. Os médicos devem considerar a SHI um diagnóstico diferencial vital de cefaleias laterais, evitando erros de diagnóstico e atrasos no tratamento.

11.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(1): 54-58, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531823

RESUMO

Introduction: Headache is a very common complaint in doctors' offices, with primary causes being the majority in relation to secondary ones. Despite this, the identification of secondary headaches is very relevant in clinical practice, since these can be a life-threatening condition, functionality or even a reversible cause. However, imaging screening for all individuals with headache is costly and unrewarding. Therefore, it is important to know the warning signs that, together with the clinical context, lead to a more precise indication of these exams and early and well-targeted therapeutic interventions. Clinical case: This is a 60-year-old man, previously dyslipidemic and smoker, with migraine with aura reported since childhood, who underwent treatment with sodium valproate, with headache attack suppression. About 4 months before admission, he presented with an alteration in the pain pattern, amaurosis fugax in the right eye, dizziness and mild paresis and hypoesthesia in the left side of the body, primarily treated by him as migraine crises, without improvement with the use of triptans. A new outpatient investigation was carried out, which showed multiple small infarcts in the right hemisphere secondary to atheromatous plaque in the right carotid bulb with an obstruction of approximately 85%. Diagnostic and therapeutic arteriography was performed, with stent implantation, uneventfully. Conclusion: The differential diagnosis between migraine with aura and a cerebrovascular event has already been widely reported in the literature and constitutes a pitfall in the routine of headaches, since a serious and potentially disabling condition can be overlooked. The joint evaluation of the alarm signs with the global context becomes an important tool in the propaedeutics of these patients, with knowledge of this casuistry being something relevant within clinical practice.


Introdução: A cefaleia é uma queixa muito comum nos consultórios médicos, sendo as causas primárias majoritárias em relação às secundárias. Apesar disso, a identificação de cefaleias secundárias é muito relevante na prática clínica, uma vez que estas podem ser uma condição potencialmente fatal, funcional ou mesmo uma causa reversível. No entanto, o rastreio imagiológico para todos os indivíduos com cefaleias é dispendioso e pouco recompensador. Portanto, é importante conhecer os sinais de alerta que, juntamente com o contexto clínico, levam a uma indicação mais precisa destes exames e a intervenções terapêuticas precoces e bem direcionadas. Caso clínico: Trata-se de um homem de 60 anos, previamente dislipidémico e fumador, com queixa de enxaqueca com aura desde a infância, que realizou tratamento com valproato de sódio, com supressão das crises de cefaleia. Cerca de 4 meses antes da internação apresentou alteração do padrão álgico, amaurose fugaz em olho direito, tontura e leve paresia e hipoestesia no lado esquerdo do corpo, tratada por ele primariamente como crises de enxaqueca, sem melhora com o uso de triptanos. Foi realizada nova investigação ambulatorial que evidenciou múltiplos pequenos infartos no hemisfério direito secundários a placa de ateroma no bulbo carotídeo direito com obstrução de aproximadamente 85%. Foi realizada arteriografia diagnóstica e terapêutica, com implante de stent, sem intercorrências. Conclusão: O diagnóstico diferencial entre enxaqueca com aura e evento cerebrovascular já foi amplamente relatado na literatura e constitui uma armadilha na rotina das cefaleias, uma vez que uma condição grave e potencialmente incapacitante pode ser negligenciada. A avaliação conjunta dos sinais de alarme com o contexto global torna-se uma ferramenta importante na propedêutica destes pacientes, sendo o conhecimento desta casuística algo relevante dentro da prática clínica.

12.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(2): 128-130, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531813

RESUMO

Headaches are characterized by a sensation of discomfort or pain in the cephalic region. Due to the large number of types and subtypes of headaches, the standardization of their approach is necessary through the International Classification of Headache Disorders (ICHD), a document that is currently in its 3rd edition (ICHD-3). The evolution of the ICHD follows the hypothetical-deductive model of science based on Karl Popper's philosophy, which has a strong presence in the health sciences. The classification of headaches has evolved over time, incorporating and removing criteria, reflecting the need to adapt the classification to constantly evolving scientific and clinical demands. However, some changes can generate discrepancies between clinical practice and the elaborated diagnostic tools. In this context, this article reflects on whether it would be advantageous to return to old principles and foundations of obsolete classifications. The criterion of osmophobia, which is no longer in use in ICHD-3, is highlighted. This reflection can be developed following Thomas Kuhn's (1922-1996) view on science. In his main work, "The Structure of Scientific Revolutions" (1962), Kuhn proposes a three-stage model for science: the adoption of a paradigm, normal science, and a period of crisis. Kuhn also proposes the principle of incommensurability to understand the limitations and complexities of science. The application of this principle allows headache specialists to recognize that different approaches to headache classification have their own limitations and complexities, encouraging them to consider a variety of perspectives, paradigms, and theories in approaching clinical cases and conducting scientific studies. An integrative approach that combines Popper's hypothetical-deductive model with Kuhn's principle of incommensurability allows headache specialists to have a broader and more critical understanding of headache classifications


As dores de cabeça são caracterizadas por uma sensação de desconforto ou dor na região cefálica. Devido ao grande número de tipos e subtipos de cefaleias, é necessária a padronização da sua abordagem através da Classificação Internacional das Cefaleias (ICHD), documento que se encontra atualmente na sua 3ª edição (ICHD-3). A evolução da ICHD segue o modelo hipotético-dedutivo de ciência baseado na filosofia de Karl Popper, que tem forte presença nas ciências da saúde. A classificação das cefaleias evoluiu ao longo do tempo, incorporando e eliminando critérios, refletindo a necessidade de adaptar a classificação às exigências científicas e clínicas em constante evolução. Contudo, algumas mudanças podem gerar discrepâncias entre a prática clínica e os instrumentos diagnósticos elaborados. Neste contexto, este artigo reflete sobre se seria vantajoso regressar aos velhos princípios e fundamentos de classificações obsoletas. Destaca-se o critério de osmofobia, que não é mais utilizado na ICHD-3. Esta reflexão pode ser desenvolvida seguindo a visão de Thomas Kuhn (1922-1996) sobre a ciência. Em sua obra principal, "A Estrutura das Revoluções Científicas" (1962), Kuhn propõe um modelo de três estágios para a ciência: a adoção de um paradigma, a ciência normal e um período de crise. Kuhn também propõe o princípio da incomensurabilidade para compreender as limitações e complexidades da ciência. A aplicação deste princípio permite que os especialistas em cefaleias reconheçam que diferentes abordagens à classificação das cefaleias têm as suas próprias limitações e complexidades, encorajando-os a considerar uma variedade de perspectivas, paradigmas e teorias na abordagem de casos clínicos e na condução de estudos científicos. Uma abordagem integrativa que combina o modelo hipotético-dedutivo de Popper com o princípio da incomensurabilidade de Kuhn permite que os especialistas em cefaleia tenham uma compreensão mais ampla e crítica das classificações das cefaleias

13.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(2): 108-11, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531775

RESUMO

Botulinum toxin type A (BTA) injection, marketed as BOTOX, is commonly used as a treatment for a variety of clinical indications and is widely viewed as safe, effective and largely devoid of serious side effects. Anaphylactic reactions to BTA are typically unheard of in the scientific literature. BOTOX is approved by the Food and Drug Administration for the treatment of cervical dystonia and prophylaxis for chronic migraines. This case report documents a unique instance of allergic reaction to BTA in a 29-year-old woman with cervicogenic headache and cervical dystonia who reported immediate flushing, light-headedness and nausea after receiving BTA injections.


A injeção de toxina botulínica tipo A (BTA), comercializada como BOTOX, é comumente usada como tratamento para uma variedade de indicações clínicas e é amplamente considerada segura, eficaz e amplamente desprovida de efeitos colaterais graves. As reações anafiláticas ao BTA são normalmente inéditas na literatura científica. BOTOX é aprovado pela Food and Drug Administration para o tratamento de distonia cervical e profilaxia de enxaquecas crônicas. Este relato de caso documenta um caso único de reação alérgica ao BTA em uma mulher de 29 anos com dor de cabeça cervicogênica e distonia cervical que relatou rubor imediato, tontura e náusea após receber injeções de BTA.

14.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(4): 214-220, 30/12/2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531631

RESUMO

Introduction: Headaches, including migraines and tension headaches, affect millions of people globally. Migraines are the most common neurological disorder, with around 14.4% of the world's population affected. It is suggested that dysregulation of biochemical markers and individual metabolic differences may contribute to headaches. Objective: We evaluated the frequency of headaches or migraines with changes in lipid, glucose and vitamin D serum levels in young women. Methods: Clinical, cross-sectional study with 139 young women, aged at least 18 years, based on the third edition of the International Classification of Headache Disorders (ICHD-3). The individuals were divided into two groups: one without headache and another with headache. Anthropometric analyzes (BMI, WC, BP and DBP) and blood samples were collected for analysis of vitamin D, glycemia and lipid profile. Results: Mean age was 22 (±4.6) years. We observed associations between headache and the following factors: high glucose levels (97 mg/dL, p=0.028), total cholesterol (180.4 mg/dL, p=0.002), HDL (44.2 mg/dL, p=0.017), and LDL (121.6 mg/dL, p=0.005). Longer duration of headache attacks was associated with increased levels of glucose (97.9 mg/dL, p=0.028), total cholesterol (186.8 mg/dL, p=0.05), diastolic blood pressure (74 mmHg, p=0.038), and BMI (24.6 kg/m2, p=0.024). High glucose levels were found to be directly related to the presence of migraine, particularly those with aura (105 mg/dL, p=0.034). However, there was no significant difference in vitamin D levels (p=0.640). Conclusion: Elevated levels of blood glucose and total plasma cholesterol and its fractions seems to be associated can increase with bouts of headache attacks, especially migraine, prolonging the duration of pain.


Introdução: Dores de cabeça, incluindo enxaquecas e dores de cabeça tensionais, afetam milhões de pessoas em todo o mundo. As enxaquecas são o distúrbio neurológico mais comum, afetando cerca de 14,4% da população mundial. Sugere-se que a desregulação dos marcadores bioquímicos e as diferenças metabólicas individuais possam contribuir para as dores de cabeça. Objetivo: Avaliamos a frequência de dores de cabeça ou enxaquecas com alterações nos níveis séricos de lipídios, glicose e vitamina D em mulheres jovens. Métodos: Estudo clínico, transversal, com 139 mulheres jovens, com idade mínima de 18 anos, baseado na terceira edição da Classificação Internacional de Cefaleias (ICHD-3). Os indivíduos foram divididos em dois grupos: um sem cefaleia e outro com cefaleia. Foram coletadas análises antropométricas (IMC, CC, PA e PAD) e amostras de sangue para análise de vitamina D, glicemia e perfil lipídico. Resultados: A média de idade foi de 22 (±4,6) anos. Observamos associações entre cefaleia e os seguintes fatores: níveis elevados de glicose (97 mg/dL, p=0,028), colesterol total (180,4 mg/dL, p=0,002), HDL (44,2 mg/dL, p=0,017) e LDL (121,6 mg/dL, p=0,005). A maior duração das crises de cefaleia foi associada ao aumento dos níveis de glicose (97,9 mg/dL, p=0,028), colesterol total (186,8 mg/dL, p=0,05), pressão arterial diastólica (74 mmHg, p=0,038) e IMC (24,6kg/m2, p=0,024). Verificou-se que níveis elevados de glicose estão diretamente relacionados à presença de enxaqueca, principalmente naqueles com aura (105 mg/dL, p=0,034). Entretanto, não houve diferença significativa nos níveis de vitamina D (p=0,640). Conclusão: Níveis elevados de glicose no sangue e colesterol plasmático total e suas frações parecem estar associados e podem aumentar com crises de dor de cabeça, especialmente enxaqueca, prolongando a duração da dor.

15.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(4): 189-192, 30/12/2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531316

RESUMO

Introduction: Headache is as old as the emergence of man on earth. A classification for headaches has been suggested for many centuries. After the invention of writing, numerous words were created to designate different types of headache. Objective: The objective of this review was to discuss the historical and etymological aspects of the terms "migrânea" and "enxaqueca". Methods: This study was an integrative review using articles with historical data on the etymology of the terms "migrânea" and "enxaqueca" and their evolution over the years. Results: The terms "migrânea" and "enxaqueca" have Greek and Arabic origins, respectively. Both describe a neurological syndrome characterized by headache and other associated symptoms. Usually, sufferers of this disease are more familiar with the term "enxaqueca" and confuse it with headache, while health professionals prefer the term "migrânea". Conclusions: After so many years that the term "migrânea" has been used, it would be a step backwards to use the term "enxaqueca" again, especially because "migrânea" has been adopted by young neurologists, including those from other specialties.


Introdução:A dor de cabeça é tão antiga quanto o surgimento do homem na terra. Uma classificação para dores de cabeça tem sido sugerida há muitos séculos. Após a invenção da escrita, inúmeras palavras foram criadas para designar diferentes tipos de dor de cabeça. Objetivo: O objetivo desta revisão foi discutir os aspectos históricos e etimológicos dos termos "migranânea" e "enxaqueca". Métodos: Este estudo foi uma revisão integrativa utilizando artigos com dados históricos sobre a etimologia dos termos "migranânea" e "enxaqueca" e sua evolução ao longo dos anos. Resultados: Os termos "migranânea" e "enxaqueca" têm origem grega e árabe, respectivamente. Ambos descrevem uma síndrome neurológica caracterizada por dor de cabeça e outros sintomas associados. Normalmente, quem sofre desta doença conhece mais o termo "enxaqueca" e confunde-o com dor de cabeça, enquanto os profissionais de saúde preferem o termo "migranânea". Conclusões: Depois de tantos anos de uso do termo "migranânea", seria um retrocesso usar novamente o termo "enxaqueca", até porque "migranânea" tem sido adotada por jovens neurologistas, inclusive de outras especialidades.

16.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(4): 184-188, 30/12/2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531305

RESUMO

Introduction: Psychiatric symptoms and analgesic overuse may contribute to migraine chronification. Impulsivity is a common symptom in several psychiatric disorders that can potentiate substance overuse, including analgesics. Dopamine has been associated with migraine pathophysiology and impulsivity. Objective: This review aims to assess the current knowledge about the potential association between migraine and impulsivity. Methods: PubMed and LILACS were queried using relevant descriptors related to migraine and impulsivity. Results: Five articles were selected; however, none revealed a significant correlation between migraine and impulsivity. This lack of correlation was verified in different migraine subtypes (with or without aura, chronic, or episodic). Conclusion: The heterogeneity in patient grouping and diverse impulsivity assessment tools of the studies precluded definitive conclusions. The Barratt Impulsivity Scale (BIS-11) was the most frequently used tool. Given the paucity of data and the potential impact on migraine management, further studies are crucial to elucidate the potential association between migraine and impulsivity.


Introdução: Sintomas psiquiátricos e uso excessivo de analgésicos podem contribuir para a cronificação da enxaqueca. A impulsividade é um sintoma comum em vários transtornos psiquiátricos que pode potencializar o uso excessivo de substâncias, incluindo analgésicos. A dopamina tem sido associada à fisiopatologia e impulsividade da enxaqueca. Objetivo: Esta revisão tem como objetivo avaliar o conhecimento atual sobre a potencial associação entre enxaqueca e impulsividade. Métodos: PubMed e LILACS foram consultados utilizando descritores relevantes relacionados à enxaqueca e impulsividade. Resultados: Foram selecionados cinco artigos; no entanto, nenhum revelou uma correlação significativa entre enxaqueca e impulsividade. Essa falta de correlação foi verificada em diferentes subtipos de enxaqueca (com ou sem aura, crônica ou episódica). Conclusão: A heterogeneidade no agrupamento de pacientes e as diversas ferramentas de avaliação da impulsividade dos estudos impediram conclusões definitivas. A Escala de Impulsividade Barratt (BIS-11) foi o instrumento mais utilizado. Dada a escassez de dados e o potencial impacto no tratamento da enxaqueca, mais estudos são cruciais para elucidar a potencial associação entre enxaqueca e impulsividade.

17.
Medicina UPB ; 40(2): 84-87, 13 oct. 2021. Ilus
Artigo em Espanhol | LILACS, COLNAL | ID: biblio-1342239

RESUMO

Se describe el caso de un paciente de 70 años que consultó por cefalea súbita, tipo trueno, sin alteración del estado de consciencia, acompañada de dolor torácico de una hora de evolución y de baja intensidad. A su ingreso fue enfocado como cefalea en trueno, que es clasificada, en cuanto a la atención, como bandera roja. La medición de troponina fue negativa y una tomografía de cráneo fue leída como normal. Desde el ingreso presentaba signos vitales normales, cuando iba a ser dado de alta se torna hipotenso (completamente asintomático) y por su síntoma cardinal (cefalea), que se asoció a dolor torácico leve y no anginoso, se solicitó angiotomografía toracoabdominal, con la que se demostró aneurisma disecante de la aorta. Con la presentación de este caso, se busca resaltar la importancia en el servicio de urgencias de la asociación de la cefalea tipo trueno, con condiciones vasculares como la disección aórtica.


We describe the case of a 70-year-old patient, who seeks medical advice due to sudden, thunder headache, without alteration of the state of consciousness, accompanied by chest pain of 1 hour of evolution and of low intensity. Upon his admission, the patient was treated as a thunderclap headache, which is considered a red flag. His troponin was negative, and his head tomography was interpreted as normal. From admission he had normal vital signs, but when he was going to be discharged, he became hypotensive (completely asymptomatic) and due to his cardinal symptom (headache) that was asso-ciated with mild non-anginal chest pain, a thoracoabdominal angioCT was requested, with which dissecting aneurysm of the aorta was evidenced. With the presentation of this case, we seek to highlight the importance of the association of thunder-type headache with possible vascular conditions such as aortic dissection in the emergency department.


Descrevemos o caso de uma paciente de 70 anos que consultou por quadro de cefaleia súbita, tipo trovão, sem alteração do estado de consciência, acompanhada de dor torácica de uma hora de evolução e de baixa intensidade. Na admissão, foi tratado como cefaleia em trovoada, que é classificada, em termos de atenção, como bandeira vermelha. A me-dição da troponina foi negativa e uma tomografia de crânio foi lida como normal. Desde a admissão apresentava sinais vitais normais, quando ia receber alta ficou hipotenso (totalmente assintomático) e devido ao seu sintoma cardinal (cefaleia), que se associou a dores torácicas ligeiras e não anginosas, foi solicitada angiografia toracoabdominal, com cujo aneurisma dissecante da aorta foi demonstrado. Com a apresentação deste caso, o objetivo é destacar a importância no pronto-socorro da associação da cefaleia do tipo trovão com afecções vasculares como a dissecção da aorta.


Assuntos
Humanos , Dissecção Aórtica , Aorta , Dor no Peito , Angiografia , Cefaleia
18.
Multimed (Granma) ; 24(4): 741-755, jul.-ago. 2020. tab
Artigo em Espanhol | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1125297

RESUMO

RESUMEN Introducción: la cefalea constituye uno de los motivos de consulta más comunes por el cual las personas acuden a los servicios médicos, es una causa importante de discapacidad, que trae consigo consecuencias a nivel personal. Objetivo: evaluar la utilización del método clínico, en el diagnóstico de la cefalea de causa oftalmológica en la edad pediátrica. Método: se realizó un estudio observacional, descriptivo de corte transversal, a 192 pacientes que asistieron a los servicios de Urgencias de Oftalmología, en el Hospital Pediátrico Hermanos Cordové, en el período comprendido entre enero y diciembre del 2019. Se estudiaron las variables: edad y sexo, enseñanza escolar, antecedentes patológicos personales, características de la cefalea y diagnóstico presuntivo. Resultados: predominó los pacientes entre 6 y 7 años de edad del sexo femenino, cursando la enseñanza primaria, sin antecedentes patológicos personales, con una cefalea de inicio subagudo, episódica, que afecta las actividades cotidianas, que aparece en cualquier momento del día, acompañada principalmente de alteraciones visuales y náuseas y vómitos, predominando como diagnóstico presuntivo la cefalea migrañosa. Conclusiones: se demostró que el mayor por ciento de los pacientes que acudieron por cefalea a los servicios de urgencias de oftalmología, esta, no estaba relacionada a trastornos oftalmológicos.


ABSTRACT Introduction: headache is one of the most common reasons for consultation for which people go to medical services, it is an important cause of disability, which brings with it consequences on a personal level. Objective: to evaluate the use of the clinical method in the diagnosis of headache of ophthalmic cause in pediatric age. Method: an observational, descriptive, cross-sectional study was carried out of 192 patients who attended the Ophthalmology Emergency Services at the Hermanos Cordové Pediatric Hospital, in the period between January and December 2019. The variables were studied: age and sex, school education, personal pathological history, headache characteristics and presumptive diagnosis. Results: there was a predominance of female patients between 6 and 7 years of age, attending primary school, without personal pathological history, with a headache of subacute onset, episodic, which affects daily activities, which appears at any time of the day, accompanied mainly of visual disturbances and nausea and vomiting, prevailing as a presumptive diagnosis migraine headache. Conclusions: It was shown that the highest percentage of patients who attended the ophthalmology emergency department for headache, this was not related to ophthalmological disorders.


RESUMO Introdução: a dor de cabeça é um dos motivos mais comuns de consulta para as quais as pessoas vão aos serviços médicos; é uma importante causa de incapacidade, o que traz conseqüências em nível pessoal. Objetivo: avaliar o uso do método clínico no diagnóstico de cefaleia de causa oftalmológica em idade pediátrica. Método: estudo observacional, descritivo, transversal, com 192 pacientes atendidos no Serviço de Emergência em Oftalmologia do Hospital Pediátrico Hermanos Cordové, no período de janeiro a dezembro de 2019. As variáveis ​​estudadas foram: idade e sexo, educação escolar, história patológica pessoal, características da dor de cabeça e diagnóstico presuntivo. Resultados: houve predomínio de pacientes do sexo feminino entre 6 e 7 anos de idade, frequentadoras do ensino fundamental, sem histórico patológico pessoal, com cefaléia de início subagudo, episódica, que afeta as atividades diárias, que aparecem a qualquer hora do dia, acompanhadas principalmente de distúrbios visuais e náuseas e vômitos, prevalecendo como diagnóstico presuntivo de enxaqueca. Conclusões: Foi demonstrado que o maior percentual de pacientes que compareceu ao pronto-socorro oftalmológico por cefaleia não estava relacionado a distúrbios oftalmológicos.

19.
Acta méd. (Porto Alegre) ; 39(2): 370-379, 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-995863

RESUMO

Introdução: O objetivo principal deste tudo é facilitar o acesso a profissionais da área médica aos dados de literatura referentes à cefaleia de origem neoplásica. Através de uma revisão bibliográfica, investiga-se os principais sinais clínicos da doença, de maneira a simplificar a prática médica das casuísticas comumente encontradas na rotina clínica. Métodos: Revisão bibliográfica sobre o diagnóstico e manejo de cefaleias com provável origem neoplásica visando aprimorar a acurácia na identificação dessa patologia. Resultados: Observamos que a cefaleia de provável origem neoplásica apresenta uma clínica atípica na grande maioria dos casos, a qual varia com tipo, tamanho, localização e velocidade de crescimento do tumor. Para correto diagnóstico clínico, é recomendado a procura por sinais de alerta e, quando presentes, um exame de imagem com TC ou RNM se faz necessário. Como a sobrevida nesses pacientes costuma ser limitada, é imperativo o diagnóstico preciso da etiologia da cefaleia para controle adequado da dor e escolha do tratamento. Caso nenhum sinal de alerta esteja presente, deve-se então tranquilizar o paciente. Conclusão: A cefaleia, por sua natureza comum, é benigna na maior parte dos casos, sendo subvalorizada pelo próprio paciente. De fato, são poucas as ocorrências de tumores cerebrais concomitantes à cefaleia. Entretanto, investigar e tratar os casos em que a cefaleia está presente é de suma importância para o manejo correto do paciente, pois 71% dos tumores cerebrais apresentam cefaleia como primeiro sinal clínico, segundo dados da literatura.


Introduction: The main objective is to facilitate access to science-related literature for headache associated with brain tumors. Through a bibliographic review, investigating the main clinical events of the disease, in a way to simplify a medical practice of the common series are a medical routine. Methods: Bibliographic review on the diagnosis and management of headache with neoplastic origin helping to improve the accuracy in the identification of this pathology. Results: Headache of probable neoplastic origin presents with atypical characteristics in the vast majority of cases, which varies on type, size, location and speed of tumor growth. For correct clinical diagnosis, the search for warning signs is recommended and, when present, an imaging examination with CT or MRI is mandatory. As the survival in these patients is usually limited, it is imperative to accurately diagnose the etiology of headache for adequate pain control and treatment choice. If no alert signal is present, the patient should be reassured. Conclusion: Headache has a benign nature in most cases. However, it is still undervalued by patients. In fact, there are few occurrences of brain tumors concomitant with headache. Investigating and treating the cases in which headache is present is of paramount importance for the correct management of the patient, since 71% of the brain tumors present headache as the first clinical sign.


Assuntos
Neoplasias Encefálicas , Cefaleia/diagnóstico
20.
Pensam. psicol ; 13(1): 27-38, ene.-jun. 2015. ilus, tab
Artigo em Espanhol | LILACS, COLNAL | ID: lil-752906

RESUMO

Objetivo. Validar el Cuestionario de lugar de control del dolor (CLCD) en una muestra de estudiantes universitarios argentinos con cefaleas recurrentes. Método. Se empleó un muestreo no probabilístico intencional de 382 estudiantes universitarios de la ciudad de Córdoba (Argentina), que en los últimos seis meses habían sufrido de cefaleas. El 77.7% de la muestra fueron mujeres y el 22.3% varones, con una media de edad de 22.4 años (DE=4.2). Se realizaron estudios para evaluar la estructura interna, consistencia interna y la validez externa del cuestionario. Resultados. El análisis factorial exploratorio mostró tres factores que explicaban un 39.79% de la varianza: (1) locus de control externo por profesionales de la salud, (2) locus de control externo por azar y (3) locus de control interno. Asimismo, los valores alfa de Cronbach para evaluar la consistencia interna de los factores resultaron óptimos (valores α comprendidos entre 0.80 y 0.86).Los análisis realizados para evaluar la validez externa del cuestionario, mediante el coeficiente de correlación de Pearson, revelaron que los factores locus de control externo por profesionales de la salud y los factores locus de control externo por azar correlacionaron positivamente con la intensidad del dolor (r= 0.15, p<0.01; r=0.23, p<0.01, respectivamente), no obstante los valores obtenidos fueron bajos. Conclusión. Aunque presenta limitaciones en su validez externa, los estudios psicométricos realizados permiten concluir que el CLCD es un instrumento confiable y válido para evaluar locus de control en población universitaria argentina con dolor crónico ocasionado por cefaleas.


Objective. This study aims to validate the Pain Locus of Control Questionnaire (PLCQ) in Argentinean university students with recurrent headaches. Method. 382 university students were intentionally selected, 77.7% were females and the 22.3% males, with an average age of 22.4 years old (SD= 4.2). Psychometric studies were developed to evaluate internal structure, internal consistency and external validity. Results. Exploratory factor analysis revealed a factor structure of three dimensions that explained the 39.79% of variance: (1) health professional's external locus of control, (2) hazardous locus of control and (3) internal locus of control. Additionally, Cronbach's α values were observed to be optimal for the three factors of the scale (among 0.80 and 0.86). Although, Pearson's coefficients calculated to evaluate external validity revealed that the factors "health professionals' external locus of control" and "random external locus of control" were significantly and positively correlated to pain intensity (r=0.15/ p<0.01; r= 0.23, p<0.01, respectively), they turned out to be low. Conclusion. The psychometric studies developed in this study suggest that the PLCQ is reliable and valid to be used with Argentinean university students with recurrent headaches. However this study is preliminary, therefore more studies are needed to supplement these findings and to improve its lack of external validity.


Escopo. Validar o Questionário de lugar de controle de dor (QLCD) numa amostra de estudantes universitários argentinos com dores de cabeça recorrentes. Metodologia. Foi empregada uma amostragem não probabilística intencional de 382 estudantes universitários da cidade de Córdoba (Argentina) que nos últimos seis meses têm sofrido dores de cabeça. O 77.7% da amostra foram mulheres e 22.3% homens, com uma média de idade de 22.4 anos de idade (DE= 4.2). Foram realizados estudos para avaliar a estrutura interna, consistência interna e a validez externa do questionário. Resultados. A análise fatorial exploratório mostrou três fatores que explicavam um 39.79% da variação: 1) locus de controle externo por profissionais da saúde, 2) locus de controle externo aleatório e 3) locus de controle interno. Do mesmo jeito os valores alfa de Cronbach para avaliar a consistência interna dos fatores resultaram ótimos (valores α compreendidos entre 0.80 e 0.86). As análises feitas para avaliar a validez externa do questionário, a través do coeficiente de correlação de Pearson, revelaram que os fatores locus de controle externo por profissionais da saúde e os fatores locus de controle externo aleatório correlacionaram positivamente com a intensidade da dor (r= 0.15, p<0.01; r=0.23, p<0.01 respetivamente), contudo, os valores obtidos foram baixos. Conclusão. Embora apresente limitações na sua validez externa, os estudos psicométricos feitos permitem concluir que o QLCD é um instrumento confiável e válido para avaliar locus de controle em população universitária argentina com dor crónica ocasionada por dores de cabeça.


Assuntos
Humanos , Cefaleia , Dor , Psicometria , Estudo de Validação , Cognição
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA