Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 3 de 3
Filtrar
Adicionar filtros








Intervalo de ano
1.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 23(4): 1233-1254, dez. 2023.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1537934

RESUMO

Trata-se, neste artigo, de explorar o papel da obra de Lélia Gonzalez a partir de um problema que pode ser pensado nos termos de uma encruzilhada epistemológica para a psicanálise: assumir-se em movimento descolonial, descentrado e destituinte com respeito às heranças do contexto colonial dentro do qual ela se constituiu e segue sendo transmitida, e, a partir daí, realizar um outro movimento que passa por elaborar referenciais teóricos próprios, bem como estabelecer modalidades de transmissão coerentes com a realidade histórico-social na qual ela opera. Defendemos que categorias como as de pretuguês, amefricanidade e a reconsideração da função materna a partir da retomada do lugar histórico-cultural da mãe preta são expedientes teóricos com relevância e incidência clínicas que exemplificam como tal encruzilhada epistemológica pode ser vista como um lugar conceitual tanto de impasse quanto de potencialidade criativa contracolonial. Defendemos ainda que tal guinada epistemológica é fundamental para que psicanalistas brasileiros contemporâneos estejam à altura da escuta e do posicionamento em "seu tempo".


We intend, in the present paper, to explore how Lelia Gonzalez's oeuvre can be thought in terms of the problem of an epistemological crossroads for the psychoanalytical field: that of assuming itself in a decolonial movement, decentered and destituent regarding the heritage of the colonial context into which it came to be - and in which it is still transmitted -, and, taking over from there, a psychoanalysis that goes in yet another direction, that of elaborating its own theoretical notions, as well as to establish strategies of transmission coherent with the social-historical reality in which it acts. We argue that categories such as blacktuguese [pretuguês], amefricanity and the rethinking of maternal function under the light of a reconsideration of the extensive historical-cultural role of the black mother are all theoretical expedients with relevance and incidence in clinical practice, which can also be seen as the conceptual expression of both a stalemate and a countercolonial creative potentiality. An epistemological lurch such as that is considered here crucially important for Brazilian psychoanalysts, so that they can be up to par - listening and taking part in - the historical demands of their own times.


El propósito de este artículo es explorar el papel de la obra de Lélia González a partir de un problema que puede pensarse en términos de una encrucijada epistemológica para el psicoanálisis: asumirse en movimiento descolonial, descentrado y destituyente respecto de las herencias del contexto colonial dentro del cual se constituyó y se sigue transmitiendo, y, a partir de ahí, lograr un otro movimiento que implica elaborar sus propios referentes teóricos, así como establecer modalidades de transmisión acordes con la realidad histórico-social en que opera. Argumentamos que categorías como el "pretugués", la "amefricanidad" y la reconsideración de la función materna a partir de la revalorización del lugar histórico-cultural de la "madre negra" son expedientes teóricos con relevancia e incidencia clínica que ejemplifican cómo tal encrucijada epistemológica puede ser vista como un lugar tanto de impasse como de potencial creativo contracolonial. Argumentamos que tal giro epistemológico es esencial para que los psicoanalistas brasileños contemporáneos estén a la altura de la tarea de escuchar y actuar en "su tiempo".


Assuntos
Psicanálise , Interpretação Psicanalítica , Colonialismo , Racismo
2.
Junguiana ; 41(3)2º sem. 2023.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1524428

RESUMO

Este artigo propõe uma leitura de alguns aspectos da obra de Jung a partir do orixá Exu e da noção de encruzilhada, entendida como referencial epistemológico para uma ampliação da psicologia analítica. Ler Jung a partir de Exu é propor reflexões complexas e contemporâneas sobre a psicologia analítica, ampliando possibilidades terapêuticas e de análises sócio-históricas. Exu é um princípio descolonizador, que duvida de ortodoxias, enfrenta estagnações e desestabiliza visões de mundo eurocêntricas. Comunicação, movimento, dinamismo, criatividade e transformação são elementos comuns a Exu e à psicologia analítica. Inconsciente, sombra e função transcendente são alguns dos conceitos junguianos trabalhados em diálogo com o princípio Exu.


This paper proposes a reading of some aspects of Jung's work based on the orisha Exu and the notion of the crossroads, understood as an epistemological reference for an expansion of analytical psychology. Reading Jung through Exu means proposing complex and contemporary reflections on analytical psychology, expanding therapeutic possibilities and socio-historical analysis. Exu is a decolonizing principle that doubts orthodoxies, confronts stagnation and destabilizes Eurocentric worldviews. Communication, movement, dynamism, creativity and transformation are elements common to Exu and analytical psychology. Unconscious, shadow and transcendent function are some of the Jungian concepts worked on in dialogue with the Exu principle.


Este paper propone una lectura de algunos aspectos de la obra de Jung a partir del orisha Exu y de la noción de encrucijada, entendida como referencia epistemológica para una expansión de la psicología analítica. Leer a Jung a través de Exu significa proponer reflexiones complejas y contemporáneas sobre la psicología analítica, ampliando las posibilidades terapéuticas y los análisis socio-históricos. Exu es un principio descolonizador que pone en duda las ortodoxias, se enfrenta al estancamiento y desestabiliza las visiones eurocéntricas del mundo. Comunicación, movimiento, dinamismo, creatividad y transformación son elementos comunes a Exu y a la psicología analítica. Inconsciente, sombra y función trascendente son algunos de los conceptos junguianos trabajados en diálogo con el principio Exu.


Assuntos
Religião e Psicologia , Psicologia , Teoria Junguiana
3.
Saúde Soc ; 32(4): e230050pt, 2023.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1530416

RESUMO

Resumo Este ensaio, que traz contribuições póstumas da primeira autora, parte da compreensão da interseccionalidade como ferramenta teórica-metodológica e oferenda analítica que evidencia como sistemas múltiplos de subordinação e discriminação, suas consequências e dinâmicas estruturais, se relacionam entre dois ou mais eixos de opressão social. Propomos uma aproximação epistemológica entre esta compreensão e o campo da Alimentação e Nutrição, que contribua para pensar um cuidado alimentar e nutricional interseccional e uma práxis integral. Corroborando a metáfora da intersecção (e da encruzilhada), afirmamos que vários eixos de poder - raça, gênero, sexualidade, etnia, idade, classe, tamanho corporal, (dis)capacidades, entre outros - conformam as avenidas que estruturam o terreno do cuidado em saúde, inclusive o alimentar e nutricional. Entre tais avenidas e encruzilhadas, traçamos uma proposição inicial de Nutrição Clínica Ampliada e Implicada. Entre as implicações propostas, destacamos a reflexividade e a ação nas relações de poder e opressão, situando o(a) nutricionista como agente político, implicado com práxis emancipatórias, participativas e referenciadas socialmente. A interseccionalidade se traveste aqui como estratégia para o trabalho de justiça social, incluindo nesta a alimentação e a nutrição. Tratamos de relações em construção, constituindo práticas reflexivas, de composição de sentidos no ato do trabalho vivo alimentar e nutricional.


Abstract This essay, which brings posthumous contributions from the first author, starts from the understanding of intersectionality as a theoretical-methodological tool and analytical offering that shows how multiple systems of subordination and discrimination, their consequences and structural dynamics, relate between two or more axes of social oppression. We propose an epistemological approximation between this understanding and the field of Eating and Nutrition, which contributes to thinking an intersectional eating and nutritional care and an integral praxis. Corroborating the intersection (and crossroads) metaphor, we state that several axes of power - race, gender, sexuality, ethnicity, age, class, body size, (dis)abilities, among others - shape the avenues that structure the field of health care, including eating and nutritional care. Among such avenues and crossroads, we outline an initial proposal of an Extended and Implicated Clinical Nutrition. Among the proposed implications, we highlight reflexivity and action in power and oppression relations, placing the nutritionist as a political agent, involved with emancipatory, participatory, and socially referenced praxis. Intersectionality, therefore, is treated here as a strategy for social justice work, including eating and nutrition. We deal with relationships under construction, constituting reflective practices, the composition of meanings in the act of living eating and nutrition work.


Assuntos
Terapia Nutricional , Prática Clínica Baseada em Evidências , Enquadramento Interseccional , Nutrologia
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA