Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 23
Filtrar
1.
Psicol. USP ; 35: e220123, 2024.
Artigo em Espanhol | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1558732

RESUMO

Resumen Este texto discute sobre la psicología social latinoamericana -originariamente conectada con tradiciones críticas de acción social (educación popular, ciencias sociales militantes, filosofía de la liberación)- y la recepción en dicho espacio de paradigmas emergentes vinculados al giro decolonial, las epistemologías del Sur y otras tendencias autonomistas y subalternistas para pensar los procesos de transformación social. Se revisa como dichos movimientos estarían desordenando y revitalizando una disciplina que, en su expresión hegemónica, se encontraba adormecida y cooptada por la institucionalización burocrática y la producción teórica neoliberal para leer e intervenir en el campo social. Para ello, se sitúa el desarrollo histórico de la disciplina en el clima teórico de tres momentos relevantes en la configuración del campo social. Se concluye con algunas observaciones sobre las posibilidades que asoman para pensar lo social-comunitario a la luz de estas epistemes emergentes, pero también algunos problemas/limitaciones a tener en consideración.


Resumo Discute-se a psicologia social comunitária latino-americana - originalmente ligada às tradições críticas da ação social no continente (educação popular, ciências sociais militantes, filosofia da libertação) - e sua recepção nesse espaço de paradigmas emergentes vinculados à virada decolonial, às epistemologias do Sul e suas tendências autonomistas e subalternistas para pensar os processos de transformação social. Revisa como esses movimentos estariam desordenando e revitalizando uma disciplina que, em sua expressão hegemônica, foi cooptada pela institucionalização burocrática e pela produção teórica neoliberal para ler e intervir no campo social. Pelo exposto, o desenvolvimento histórico da disciplina situa-se no clima teórico de três momentos relevantes na configuração do campo social. Conclui com algumas observações sobre as possibilidades que surgem para pensar o social-comunidade à luz dessas epistemes emergentes, mas também sobre problemas/limitações a serem considerados.


Abstract We discuss Latin American Community-Social Psychology - originally connected with critical traditions of social action (popular education, militant social sciences, philosophy of liberation) - and its reception of emerging paradigms linked to the decolonial turn, the epistemologies of the South, and its autonomist and subalternist tendencies to think about the processes of social transformation. We review how these movements would disorder and revitalize a discipline that, in its hegemonic expression, laid dormant and co-opted by bureaucratic institutionalization and neoliberal theoretical production to read and intervene in the social field. For this, we place the historical development of the discipline in the theoretical climate of three relevant moments in the configuration of the social field. We conclude with some observations on the possibilities that seem to think about the social-community in light of these emerging epistemes but also some problems/limitations worthy of consideration.


Resumé Nous discutons de la psychologie sociale communautaire latino-américaine - à l'origine liée aux traditions critiques de l'action sociale (éducation populaire, sciences sociales militantes, philosophie de la libération) - et sa réception dans ledit espace de paradigmes émergents liés au tournant décolonial, aux épistémologies du Sud et ses tendances autonomistes et subalternistes à penser les processus de transformation sociale. Il examine comment ces mouvements perturberaient et revitaliseraient une discipline qui, dans son expression hégémonique, était cooptée par l'institutionnalisation bureaucratique et la production théorique néolibérale pour lire et intervenir dans le champ social. Considérant le précédent, le développement historique de la discipline se situe dans le climat théorique de trois moments pertinents dans la configuration du champ social. Nous concluons par quelques observations sur les possibilités qui apparaissent de penser la social-communauté à la lumière de ces épistémès émergentes, mais aussi sur quelques problèmes/limites à prendre en considération.

2.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 23(4): 1193-1211, dez. 2023.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1537293

RESUMO

Quem pode falar no divã? Como a inscrição do sujeito e do sujeito do inconsciente em relações sociais de poder de classe, gênero, sexualidade, raça, idade, validade, limita o acesso a uma elaboração analítica? O reconhecimento da colonialidade, como efeito de dominação e lugar de enunciação que persiste além da colonização, tornou possível a emergência de novas formas subjetivas, culturais e epistêmicas, incentivando a psicanálise a escutar de outra forma. Este artigo propõe se debruçar sobre a incidência da raça e da branquitude na psicanálise a partir das epistemologias do posicionamento e da epistemologia da ignorância. No contexto social francês, enquanto uma parte crescente da população francesa experimenta diariamente a discriminação racial, essa é veementemente negada por uma maioria de político·as e pesquisadore·as, que recusam até o uso da palavra "raça". A partir dessa negação oficial do racismo sistémico pelo poder político e por uma maioria de estudos acadêmicos, o artigo tenta analisar a epistemologia da ignorância que prevalece na postura clínica e teórica de uma psicanálise maioritária. Trata-se de estudar a forma como uma ignorância branca provoca uma desescuta das questões de raça no divã, produz efeitos transferenciais de silenciamento, e nega vivências particulares em nome do universalismo.


Who can speak on the couch? How does the inscription of the subject and the subject of the unconscious in class, gender, sexuality, race, age and validity social power relations limit access to a psychoanalytical elaboration? The recognition of coloniality as an effect of domination and a locus of enunciation that persists beyond colonisation has made it possible for new subjective, cultural and epistemic forms to emerge, encouraging psychoanalysis to listen differently. This article looks at the impact of race and whiteness on psychoanalysis through the perspective of the Standpoint Epistemologies and the Epistemology of Ignorance. In the French social context, while a growing part of the French population experiences racial discrimination on a daily basis, it is vehemently denied by a majority of politicians and researchers, who refuse to even use the word "race". Starting from this official denial of systemic racism by the political establishment and a majority of academic studies, the article seeks to analyse the epistemology of ignorance that prevails in the clinical and theoretical stance of a majoritian psychoanalysis. The aim is to study the way in which white ignorance causes race issues to be non-listened to on the couch produces silencing transferential effects, and denies particular experiences in the name of universalism.


¿Quién puede hablar en el diván? ¿Cómo la inscripción del sujeto y del sujeto del inconsciente en las relaciones sociales de poder de clase, género, sexualidad, raza, edad, validez, limitan el acceso a una elaboración analítica? El reconocimiento de la colonialidad como un efecto de dominación y un lugar de enunciación que persiste más allá de la colonización ha posibilitado la emergencia de nuevas formas subjetivas, culturales y epistémicas, impulsionando al psicoanálisis a escuchar de otra manera. Este artículo examina el impacto de la raza y la blanquitud en el psicoanálisis desde la perspectiva de las epistemologías del posicionamiento y la epistemología de la ignorancia. En el contexto social francés, mientras que una parte creciente de la población francesa experimenta a diario la discriminación racial, ésta es negada con vehemencia por una mayoría de políticos/as e investigadores/as, que se niegan incluso a utilizar la palabra "raza". Partiendo de esta negación oficial del racismo sistémico por parte del poder político y de una mayoría de estudios académicos, el artículo intenta analizar la epistemología de la ignorancia que prevalece en la postura clínica y teórica de un psicoanálisis mayoritario. El objetivo es estudiar el modo en que la ignorancia blanca hace que las cuestiones raciales sean des-escuchadas en el diván, produce efectos transferenciales de silenciamiento y niega las experiencias particulares en nombre del universalismo.


Assuntos
Psicanálise , Interpretação Psicanalítica , Grupos Raciais , Racismo , Política , Narcisismo
3.
Psicol. ciênc. prof ; 43: e257126, 2023.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1529221

RESUMO

O texto é um relato de experiência da participação no Grupo de Estudos psicoQuilombologia ocorrida nos meses de setembro de 2020 a março de 2021, período atravessado pela segunda onda da pandemia de COVID-19 no Brasil. O objetivo do relato é apresentar o conceito-movimento de psicoQuilombologia como uma proposta epistemológica quilombola de agenciamento de cuidado e saúde, com base em uma escuta que se faça descolonial e inspirada no fecundo e ancestral acervo de cuidado dos povos africanos, quilombolas e pretos, preservado e atualizado em nossos quilombos contemporâneos. A metodologia utilizada é a escrevivência, método desenvolvido por Conceição Evaristo que propõe uma escrita em que as vivência e memórias estão totalmente entrelaçadas, imersas e imbricadas com a pesquisa. O resultado das escrevivências dessa pesquisa descortinam que os povos pretos desenvolveram práticas de cuidado e acolhimento às vulnerabilidades do outro, enraizadas no fortalecimento de laços e conexões coletivas de afetos e cuidado mútuos. Práticas de cuidado que articulam memória, ancestralidade, tradição, comunidade, transformação, luta, resistência e emancipação, engendrando modos coletivos de ser e viver. Nas quais cuidar do outro implica tratar suas relações e situar o cuidado como extensão de uma cura que se agencia no coletivo. O trabalho conclui apontando que o cenário pandêmico vigente acentua a pungência de se desenvolver estratégias de cuidado baseadas em epistemologias pretas e quilombolas, valorizando os sentidos de ancestralidade, comunidade, pertencimento e emancipação.(AU)


The text is an experience report of the participation in the psicoQuilombology Study Group that carried out from September 2020 to March 2021, during the second wave of the COVID-19 pandemic in Brazil. The purpose of the report is to introduce the concept-movement of psicoQuilombology as a quilombola epistemological proposal for the development of care and health, based on a decolonial listening and inspired by the rich care collection of African peoples, quilombolas and Blacks, preserved and updated in our contemporary quilombos. The methodology used is writexperience [escrevivências], a method developed by Conceição Evaristo who proposes a writing in that the experiences and memories are totally involved with the research. The result of the writability of this research show that Black people have developed practices of care and acceptance of the other's vulnerabilities, based on the strengthening of ties and collective connections of mutual affection and care. Care practices that mix memory, ancestry, tradition, community, transformation, struggle, resistance and emancipation, outlining collective ways of being and living. The core idea is that taking care of the other means treating your relationships and maintaining care as an extension of a cure that takes place in the collective. The paper concludes by pointing out that the current pandemic scenario demonstrates the urgent need to develop care strategies based on black and quilombola epistemologies, valuing the senses of ancestry, community, belonging and emancipation.(AU)


Este es un reporte de experiencia de la participación en el Grupo de Estudio psicoQuilombología que ocurrió en los meses de septiembre de 2020 a marzo de 2021, periodo en que Brasil afrontaba la segunda ola de la pandemia de la COVID-19. Su propósito es presentar el concepto-movimiento de psicoQuilombología como una propuesta epistemológica quilombola para el desarrollo del cuidado y la salud, basada en una escucha decolonial e inspirada en el rico acervo asistencial de los pueblos africanos, quilombolas y negros, conservado y actualizado en nuestros quilombos contemporáneos. La metodología utilizada es la escrivivencia, un método desarrollado por Conceição Evaristo quien propone una escrita en que las vivencias y los recuerdos están totalmente involucrados con la investigación. El resultado de la escrivivencia muestra que las personas negras han desarrollado prácticas de cuidado y aceptación de las vulnerabilidades del otro, basadas en el fortalecimiento de lazos y conexiones colectivas de afecto y cuidado mutuos. Prácticas de cuidado que mezclan memoria, ascendencia, tradición, comunidad, transformación, lucha, resistencia y emancipación, perfilando formas colectivas de ser y vivir. El cuidar al otro significa tratar sus relaciones y mantener el cuidado como una extensión de una cura que tiene lugar en lo colectivo. El trabajo concluye que el actual escenario pandémico demuestra la urgente necesidad de desarrollar estrategias de atención basadas en epistemologías negras y quilombolas, y que valoren los sentidos de ascendencia, comunidad, pertenencia y emancipación.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Negro ou Afro-Americano , Estratégias de Saúde , Aprendizagem Baseada em Problemas , Conhecimento , Empatia , Pandemias , COVID-19 , Quilombolas , Pobreza , Preconceito , Psicologia , Política Pública , Qualidade de Vida , Religião , Recursos Audiovisuais , Comportamento Social , Condições Sociais , Desejabilidade Social , Predomínio Social , Identificação Social , Fatores Socioeconômicos , Estereotipagem , Violência , Comportamento e Mecanismos Comportamentais , Inclusão Escolar , Atitude , Etnicidade , Família , Saúde Mental , Colonialismo , Congressos como Assunto , Saneamento Básico , Participação da Comunidade , Vida , Comportamento Cooperativo , Internet , Cultura , Terapias Espirituais , Autonomia Pessoal , Espiritualidade , Populações Vulneráveis , População Negra , Agricultura , Educação , Ego , Acolhimento , Existencialismo , Racismo , Marginalização Social , Migração Humana , Violência Étnica , Escravização , Status Moral , Fragilidade , Sobrevivência , Ativismo Político , Construção Social da Identidade Étnica , Nação-Estado , Liberdade , Índice de Vulnerabilidade Social , Solidariedade , Empoderamento , Evolução Social , Fatores Sociodemográficos , Racismo Sistêmico , Minorias Étnicas e Raciais , Terapia de Reestruturação Cognitiva , Vulnerabilidade Social , Cidadania , Diversidade, Equidade, Inclusão , Condições de Trabalho , População Africana , Profissionais de Medicina Tradicional , Hierarquia Social , História , Comportamento de Retorno ao Território Vital , Zeladoria , Habitação , Direitos Humanos , Individualidade , Acontecimentos que Mudam a Vida , Comportamento de Massa
4.
Interface (Botucatu, Online) ; 27: e220395, 2023.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1405359

RESUMO

Este ensaio analisa conflitos e potencialidades das Ciências Sociais e Humanas em Saúde (CSHS) no campo da Saúde Coletiva e os desafios de atuar em uma área interdisciplinar. Inicialmente, apresentamos algumas particularidades das CSHS, dialogando com tensões internas. Em seguida, as metodologias qualitativas e seus usos nas pesquisas em Saúde Coletiva são problematizadas, mantendo um diálogo com as demais áreas. Por fim, apresentamos uma reflexão sobre as perspectivas futuras das CSHS e possíveis caminhos teórico-metodológicos que aprofundariam a transversalidade da área. Repensar as relações entre as áreas provoca uma reflexão sobre uma possível e oportuna reconfiguração da própria Saúde Coletiva. Os desafios nos colocam a necessidade de repensar a noção de CSHS; e de indagar sobre a linguagem que estamos construindo e sobre o que podemos fazer.(AU)


This essay analyzes the conflicts and potential of social sciences and humanities in health (SSHH) in the field of public health and the challenges of acting in an interdisciplinary area. We present some of the particularities of SSHH, dialoguing with internal tensions and then go on to problematize qualitative methodologies and their use in public health research, maintaining a dialogue with the other areas. Finally, we reflect upon the outlook for SSHH and possible theoretical and methodological pathways that would broaden the cross-cutting nature of the area. Rethinking relations between areas prompts reflection on a possible and timely reconfiguration of public health. The challenges give rise to the need to rethink the notion of SSHH, question the language we are constructing, and ask what we can do.(AU)


Este ensayo analiza conflictos y potencialidades de las Ciencia Sociales y Humanas en Salud (CSHS) en el campo de la Salud Colectiva y los desafíos de actuar en un área interdisciplinaria. Inicialmente, presentamos algunas particularidades de las CSHS, dialogando con tensiones internas. A continuación, las metodologías cualitativas y sus usos en las investigaciones de Salud Colectiva se problematizan, manteniendo un diálogo con las demás áreas. Finalmente, presentamos una reflexión sobre las perspectivas futuras de las CSHS y posibles caminos teóricos-metodológicos que profundizarían la transversalidad del área. Repensar las relaciones entre las áreas provoca una reflexión sobre una posible y oportuna reconfiguración de la propia Salud Colectiva. Los desafíos nos plantean la oportunidad de repensar la noción de CSHS, de indagar sobre el lenguaje que estamos construyendo y sobre lo que queremos hacer.(AU)

5.
Rev. colomb. bioét ; 17(2)dic. 2022.
Artigo em Espanhol | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1535761

RESUMO

Propósito/Contexto. El artículo hace un recorrido por conceptos centrales de propuestas feministas contemporáneas para ofrecer análisis filosóficos, epistemológicos y políticos, útiles para la fundamentación y la práctica de la Bioética contemporánea. Se busca profundizar y problematizar conceptos centrales de teorías bioéticas como autonomía, justicia y vulnerabilidad, desde una perspectiva anclada en una comprensión de los fenómenos sociales y las subjetividades como inmersas en un entramado complejo de estructuras de poder. Metodología/Enfoque. El texto se formula desde una perspectiva filosófica y analítica que construye un hilado de conceptos y categorías para la revisión y el enriquecimiento de algunos fundamentos de la Bioética contemporánea. Se acude a fuentes diversas de teorías feministas, teorías filosóficas y propuestas políticas para la construcción de una manera de situarse epistemológica y políticamente frente a los problemas bioéticos de la llamada perspectiva feminista. Resultados/Hallazgos. Se propone que la adopción de una perspectiva feminista para la Bioética se entienda no como el conjunto reducido de problemas de las mujeres, ni como simple inclusión de mujeres en las discusiones bioéticas, sino como la adopción de una manera de situar, observar y analizar fenómenos sociales y problemas bioéticos desde una comprensión de las causas estructurales de las opresiones, que conciba al género, la raza, la clase social, la orientación sexual, la discapacidad y otros ejes de diferencia, como categorías de análisis centrales. Discusión/Conclusiones/Contribuciones. La adopción de una perspectiva feminista implica una revisión crítica de los fundamentos del campo, particularmente del principialismo como versión más difundida, haciendo visibles algunas de sus limitaciones y consecuencias problemáticas. Asimismo, lleva a una revisión epistemológica de los saberes involucrados en el campo y a sus prácticas deliberativas, señalando la importancia de atender a las condiciones que impiden o dificultan el cumplimiento del compromiso político de la Bioética como espacio pluralista y transformador de las sociedades.


Purpose/Context. The article reviews central concepts of contemporary feminist proposals in order to offer philosophical, epistemological and political analyses useful for the foundation and practice of contemporary bioethics. It seeks to deepen and problematize central concepts of bioethical theories such as autonomy, justice and vulnerability from a perspective anchored in an understanding of social phenomena and subjectivities as immersed in a complex web of power structures. Methodology/Approach. The text is formulated from a philosophical and analytical perspective that builds a thread of concepts and categories for the revision and enrichment of some fundamentals of contemporary bioethics. Diverse sources of feminist theories, philosophical theories and political proposals are used to construct a way of situating oneself epistemologically and politically in the face of the bioethical problems of the so-called feminist perspective. Results/Findings. It is proposed that the adoption of a feminist perspective for bioethics should be understood not as a reduced set of women's problems, nor as a simple inclusion of women in bioethical discussions, but as the adoption of a way of situating, observing and analyzing social phenomena and bioethical problems from an understanding of the structural causes of oppressions, which conceives gender, race, social class, sexual orientation, disability and other axes of difference, as central categories of analysis. Discussion/Conclusions/Contributions. The adoption of a feminist perspective implies a critical review of the foundations of the field, particularly of principlism as the most widespread version, making visible some of its limitations and problematic consequences. It also leads to an epistemological review of the knowledge involved in the field and its deliberative practices, pointing out the importance of addressing the conditions that prevent or hinder the fulfillment of the political commitment of bioethics as a pluralistic and transformative space for societies.


Finalidade/Contexto. O artigo revê conceitos centrais das propostas feministas contemporâneas a fim de oferecer análises filosóficas, epistemológicas e políticas que são úteis para a fundação e prática da bioética contemporânea. Procura aprofundar e problematizar conceitos centrais de teorias bioéticas tais como autonomia, justiça e vulnerabilidade numa perspectiva ancorada numa compreensão dos fenómenos sociais e subjectividades como imersos numa teia complexa de estruturas de poder. Metodologia/Aproximação. O texto é formulado de uma perspectiva filosófica e analítica que constrói um fio de conceitos e categorias para a revisão e enriquecimento de alguns dos fundamentos da bioética contemporânea. Diversas fontes de teorias feministas, teorias filosóficas e propostas políticas são utilizadas para construir uma forma de se situar epistemologicamente e politicamente face aos problemas bioéticos da chamada perspectiva feminista. Resultados/Findings. Propõe-se que a adopção de uma perspectiva feminista da bioética não deve ser entendida como um conjunto reduzido de problemas das mulheres, nem como uma simples inclusão das mulheres nas discussões bioéticas, mas como a adopção de uma forma de situar, observar e analisar os fenómenos sociais e os problemas bioéticos a partir de uma compreensão das causas estruturais das opressões, que concebe o género, raça, classe social, orientação sexual, deficiência e outros eixos de diferença como categorias centrais de análise. Discussão/Conclusões/Contribuições. A adopção de uma perspectiva feminista implica uma revisão crítica dos fundamentos do campo, particularmente do principlismo como a versão mais difundida, tornando visíveis algumas das suas limitações e consequências problemáticas. Conduz também a uma revisão epistemológica dos conhecimentos envolvidos no campo e das suas práticas deliberativas, salientando a importância de abordar as condições que impedem ou dificultam o cumprimento do compromisso político da bioética como um espaço pluralista e transformador para as sociedades.

6.
Saúde debate ; 46(spe6): 196-206, 2022.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1424580

RESUMO

RESUMO A presença da residência em saúde no território pode contribuir para decolonizar a Academia? Este artigo visa refletir sobre a possibilidade de decolonização dos processos de construção do conhecimento nas instituições de ensino, pesquisa e extensão por meio da presença de um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família com ênfase em Saúde da População do Campo no território. Trata-se de um relato de experiência, com base epistemológica das teorias pós-coloniais e decoloniais, em especial, a Pedagogia do Território. O estudo refere-se à intersecção da formação interdisciplinar e multiprofissional na ótica da relação território e saúde a partir da realidade da comunidade quilombola de Estivas, localizada na zona rural do município de Garanhuns, região agreste de Pernambuco. Conclui-se que a residência multiprofissional como instituidora de espaços coletivos possibilita um novo olhar para o território, a comunidade e o profissional da saúde, a fim de desenvolver suas ações pautadas na interdisciplinaridade e na educação popular como uma práxis. Permite ainda compreender outros modos de produzir saúde, estimulando não só a transformação na comunidade e do profissional de saúde, mas sobretudo da sociedade, sendo, portanto, um espaço potente no contributo para a decolonização da Academia.


ABSTRACT Can the presence of health residency in the territory be a way to decolonize the academy? This article addresses the possibility of decolonizing the academy through a multiprofessional family health residency program focused on rural health in the region. This is an experiential report whose epistemological basis is postcolonial and decolonial theories, especially the pedagogy of the territory, and includes elements of interdisciplinary and multidisciplinary training, the territory and health, the relationship between the territory and the health of the rural population in the Quilombola community of Estivas, in the rural region of Garanhuns, Pernambuco. The conclusion is that the multiprofessional residency, as an institute of collective spaces, allows a new look at the territory, the community and health professionals to develop their actions based on interdisciplinarity, popular education and continuous training as a practice to understand other ways of producing health and stimulate change not only in the community and health professionals, but especially in society, making an important contribution to the decolonization of the academy.

7.
Psicol. Estud. (Online) ; 27: e58903, 2022.
Artigo em Inglês, Espanhol | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1376064

RESUMO

RESUMEN. En este manuscrito se presentan aportes y reflexiones acerca de cómo la cartografía y las epistemologías feministas, en articulación, son potentes y resultan pertinentes para la investigación con familias y parentalidades. Se puntualizan algunas decisiones y abordajes metodológicos realizados en la tesis doctoral Ficciones de familias, adolescentes entre cuidados y tránsitos, realizada durante los años 2015 a 2019, en Uruguay. En primer lugar se deja planteado el entramado teórico y epistemológico que da soporte al posicionamiento ético y político de las investigadoras y a las prácticas de investigación-intervención realizadas. A continuación, se marcan algunos puntos donde las conexiones epistémico-teóricas entre cartografía y epistemologías feministas fueron emergiendo en la práctica de investigación. A saber, en la reconstrucción del problema-objeto de investigación, en la elección del punto de vista de los participantes y en el proceso de análisis donde el énfasis se ubica en la experiencia de encuentro con los adolescentes y la emergencia de analizadores que desestabilizan y catalizan los procesos de investigación en familias y parentalidades.


RESUMO. Neste texto discutimos acerca de como a cartografia e as epistemologias feministas, articuladas, são potentes e apropriadas para pesquisas com famílias e parentalidades. Pontuamos algumas decisões e abordagens metodológicas realizadas na tese de doutorado Ficciones de familias, adolescentes entre cuidados y tránsitos, realizada durante os anos 2015 a 2019, no Uruguai. Em primeiro lugar, apresenta-se a trama teórica e epistemológica que dá suporte ao posicionamento ético e político das investigadoras e as práticas de pesquisa-intervenção realizadas. Na sequência, marcamos alguns pontos de conexão epistemológicos e teóricos entre a cartografia e as epistemologias feministas que foram emergindo durante a pesquisa. Quais sejam, a reconstrução do problema de pesquisa, a eleição do ponto de vista dos e das participantes e o processo de análise, cuja ênfase está na experiência de encontro com os e as adolescentes e a emergência de analisadores que desestabilizam e catalisam os processos de pesquisa sobre famílias e parentalidades.


ABSTRACT. In this manuscript, contributions and reflections are presented about how articulations of cartography and feminist epistemologies are powerful and relevant for research with families and parenting. Some decisions and methodological approaches made in the doctoral thesis Family fictions, adolescents between care and transits, carried out during the years 2015 to 2019 in Uruguay, are specified. First, the theoretical and epistemological framework that supports the ethical and political positioning of the researchers and the research-intervention practices carried out is raised. Next, some points are shown where the epistemic-theoretical connections between cartography and feminist epistemologies were emerging in research practice. Namely, in the reconstruction of the problem-object of research, in the choice of the participants' point of view and in the analysis process that focuses on the experience of encountering adolescents and the emergence of analyzers that destabilize and catalyze the research processes in families and parenting.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Psicologia Social , Poder Familiar/psicologia , Feminismo/história , Mapeamento Geográfico , Filosofia , Uruguai/etnologia , Família/psicologia , Adolescente , Conhecimento , Metodologia como Assunto
8.
Interface (Botucatu, Online) ; 26: e210361, 2022. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1364992

RESUMO

O objetivo do artigo é compartilhar a aprendizagem em pesquisa, fruto da vivência das pesquisadoras e dos pesquisadores na rede de cuidado à saúde de urgência e emergência na Amazônia, Brasil. Propomos pensar no conceito de pesquisa como travessia de fronteiras para falar da interculturalidade, da singularidade do território, mas também do diálogo tenso entre racionalidades da Ciência e das práticas de saúde e de pensamento. O texto está constituído de três eixos: a apresentação da categoria "território líquido", seguida da discussão epistemológica sobre o método e a apresentação dos recursos utilizados na pesquisa para propor uma episteme "emergente e insurgente". Traçamos linhas decolonizadoras do pensamento por entendermos que a função da pesquisa é descrever e produzir visibilidades como existência e não apenas como representação do que está vigente. (AU)


The aim of this article is to share research lessons learnt from the experiences of researchers in the urgent and emergency care network in the Amazon, Brazil. We propose to think about the concept of research as a crossing of boundaries to talk about interculturality, the uniqueness of territories, as well as the tense dialogue between the rationality of science and health practices and thinking. This article is structured into three core sections: presentation of the category "fluid territory", followed by an epistemological discussion of the method and presentation of the resources used in the study to propose an "emergent and insurgent" episteme. We outline decolonizing lines of thought based on the understanding that the function of research is to describe and produce visibility as existence and not just as a representation of what is current. (AU)


El objetivo del artículo es compartir el aprendizaje en investigación, fruto de la vivencia de las investigadoras e investigadores en la red de cuidados de la salud de Urgencias y Emergencias en la Amazonia, Brasil. Proponemos pensar en el concepto de investigación como travesía de fronteras, para hablar de la interculturalidad, de la singularidad del territorio, pero también del diálogo tenso entre racionalidades de la ciencia y de las prácticas de salud y de pensamiento. El texto está formado por tres ejes: la presentación de la categoría "territorio líquido", seguida de la discusión epistemológica sobre el método y presentación de los recursos utilizados en la investigación para proponer una episteme "emergente e insurgente". Trazamos líneas descolonizadoras del pensamiento por entender que la función de la investigación es describir y producir visibilidades como existencia y no solo como representación de lo vigente. (AU)


Assuntos
Humanos , Pesquisa/instrumentação , Emergências , Brasil
9.
Pesqui. prát. psicossociais ; 16(3): 1-10, set.-dez. 2021.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1351270

RESUMO

Este artigo versa sobre dados que afirmam a Psicologia como uma profissão feminina. Essa constatação é continuamente negligenciada e produtora de estereotipias que associam "comportamentos femininos" à prática da Psicologia. A fim de fazer uma análise comparativa, trazendo as marcas do tempo, acessamos dados apresentados em sete estudos dos anos 1970 até os dias atuais. Encontramos poucas análises que interpretam o dado de que 89% dos profissionais em Psicologia são mulheres. Alguns trabalhos se propõem interpretar esse dado, mas o fazem pela divisão sexual do trabalho, enfatizando a luta das mulheres pelo direito à igualdade. Este artigo, no entanto, propõe uma leitura da Psicologia como profissão feminina, a partir da luta e da produção de saber feminista negro radical.


This article deals with data that affirm Psychology as a female profession. This finding is continually neglected and produces stereotypes that associate "female behavior" with the practice of psychology. In order to make a comparative analysis bearing the marks of time, we accessed data presented in seven studies from the 1970s to the present day. We found few analyzes that interpret the data that 89% of professionals in psychology are women. Some works propose to interpret this data, but do so by the sexual division of labor, emphasizing women's struggle for the right to equality. This article, however, proposes a reading of psychology as a female profession, based on the struggle and production of radical black feminist knowledge.


Este artículo trata sobre datos que afirman que la psicología es una profesión femenina. Este hallazgo se descuida continuamente y produce estereotipos que asocian el "comportamiento femenino" con la práctica de la psicología. Para hacer un análisis comparativo con las marcas del tiempo, accedimos a los datos presentados en siete estudios desde la década de 1970 hasta la actualidad. Encontramos pocos análisis que interpretan los datos de que el 89% de los profesionales en psicología son mujeres. Algunos trabajos proponen interpretar estos datos, pero lo hacen por la división sexual del trabajo, enfatizando la lucha de las mujeres por el derecho a la igualdad. Este artículo, sin embargo, propone una lectura de la psicología como una profesión femenina, basada en la lucha y la producción del conocimiento feminista negro radical.


Assuntos
Humanos , Feminino , Psicologia , Mulheres Trabalhadoras , Feminismo , Racismo , Comportamento
10.
Motrivivência (Florianópolis) ; 33(64): [1-24], Mar. 2021.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1357996

RESUMO

O presente texto é fruto de uma tese de doutorado e tem como objetivo apresentar as práticas científicas dos grupos de pesquisa da região sul do Brasil que pesquisam o subcampo acadêmico-científico da Educação Física escolar. O desenho metodológico estrutura-se a partir da pesquisa qualitativa e apresenta a prosopografia como procedimento metodológico vinculado a entrevistas semiestruturadas e à análise de documentos como ferramentas do processo de obtenção das informações. Foi possível compreender que as práticas científicas são orientadas político-epistemologicamente e indicam não apenas aquilo que os agentes fazem e a forma que fazem, mas, sobretudo, os interesses e intencionalidades que orientam as suas ações e disposições no espaço social; pois, suas agendas de pesquisas, os caminhos metodológicos, as problematizações e as produções científicas estão intimamente articuladas as suas bases político-epistemológicas e, portanto, concepções de mundo, de educação e de Educação Física escolar.


This text aims to analyze the scientific practices of research groups dedicated to the academic-scientific subfield of Physical Education in Schools. It focuses on groups working in the Southern region of Brazil. As the methodological design, the authors have chosen qualitative research and prosopography as methodological procedures linking semi-structured interviews to the analysis of documents for obtaining information. The authors conclude that the scientific practices of the groups are politically and epistemologically oriented, which affects not only the agents' practices but also the interests and intentions that guide their actions and dispositions in the social space. As a result, their research agendas, methodological paths, problematizations, and scientific productions become closely linked to their political and epistemological basis, and, therefore, conceptions of the world, of education and school Physical Education.


Este texto tiene como objetivo presentar las prácticas científicas de los grupos de investigación en la región sur de Brasil que se dedican a investigar el subcampo académico-científico de la Educación Física en la escuela. El diseño metodológico se basa en la investigación cualitativa y presenta la prosopografía como un procedimiento metodológico vinculado a las entrevistas semiestructuradas y el análisis de documentos como herramientas para el proceso de obtención de información. Entendemos que las prácticas científicas de los grupos están orientadas político-epistemológicamente y no solo indican lo que hacen y cómo lo hacen los agentes, sino, sobre todo, los intereses e intenciones que orientan sus acciones y disposiciones en el espacio social, desde su Las agendas de investigación, los caminos metodológicos tomados, las problematizaciones realizadas y las producciones científicas están estrechamente vinculadas a sus bases político-epistemológicas y, por tanto, concepciones del mundo, la educación e la Educación Física escolar.

11.
Pesqui. prát. psicossociais ; 15(3): 1-13, set.-dez. 2020. ilus
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1135591

RESUMO

A partir de teorizações produzidas pelos feminismos subalternos, abordarei neste artigo a ideia de uma docência como uma performance capaz de criar outras ficções em cenários e escritas acadêmicas. Essas ficções se contrapõem às cosmovisões fossilizadas da ciência moderna, trazendo a possibilidade de cruzamentos com epistemes alternativas. Dessa hibridização, resultam escritas e pesquisas que tomam como parâmetro sujeitos do conhecimento fraturados, que se inspiram em suas incertezas epistemológicas, entrelaçando vida e ciência, conscientes da conexão que há entre elas. A partir de concepções que trazem a possibilidade de que o saber das(os) subalternizadas(os) venha à tona, enceno o encontro de quatro mulheres, "as mortas-vivas do conhecimento": Carolina Maria de Jesus, Anastácia, Tia Marcelina e Gloria Anzaldúa. Desse encontro improvável, mas fecundo, resulta uma escrita feminista e poética banhada na pluriversalidade e que serve de parâmetro para inspirar performances discentes, em um movimento no qual nossos corpos se afetam mutuamente.


From the theorizations produced by the subaltern feminisms, in this article I will approach the idea of a teaching as a performance able to create other fictions in scenarios and academic writings. Those fictions are opposed to the fossilized worldviews of modern science, bringing the possibility of intersections with alternative epistemes. This hybridization results in writings and researches that take as parameter fractured subjects of knowledge, who get inspired by their epistemological uncertainties, interlacing life and science, aware of the connection between them. From the conceptions that bring the possibility that the knowledge of the subaltern people comes up, I stage the meeting of four women, "the living dead of knowledge": Carolina Maria de Jesus, Anastácia, Aunt Marcelina e Gloria Anzaldúa. From this unlikely, but fruitful meeting, results a feminist and poetic writing bathed in pluriversality and that serves as a parameter to inspire student's performances, in a movement in which our bodies mutually affect each other.


A partir de las teorizaciones producidas por feminismos subalternos, abordaré en este artículo la idea de una enseñanza como una performance capaz de crear otras ficciones en escenarios y escritos académicos. Estas ficciones contrastan con las cosmovisiones fosilizadas de la ciencia moderna, trayendo la posibilidad de intersecciones con epistemes alternativos. De esta hibridación, derivan escritas y investigaciones que toman como parámetro sujetos de conocimiento fracturados, que se inspiran en sus incertidumbres epistemológicas, entrelazan la vida y la ciencia, conscientes de la conexión entre ellos. A partir de concepciones que traen la posibilidad de que surja el conocimiento de los subordinados, avivé la reunión de cuatro mujeres, "las muertas vivas del conocimiento": Carolina María de Jesús, Anastácia, Tía Marcelina y Gloria Anzaldúa. De este encuentro improbable pero fructífero resulta una escritura poética y feminista bañada en la pluriversidad y que sirve como parámetro para inspirar las actuaciones de los estudiantes en un movimiento en el que nuestros cuerpos se afectan mutuamente.


Assuntos
Conhecimento , Feminismo , Psicologia , Ciência , Predomínio Social , Ensino , Mulheres , Redação
12.
Saúde Soc ; 29(3): e200563, 2020.
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1145111

RESUMO

Resumo Este ensaio aborda a importância da descolonização da saúde, fundamentada no referencial teórico das epistemologias do Sul de Boaventura de Sousa Santos, e aponta para uma ecologia de cuidados a ser produzida no campo da saúde coletiva, abordando saúde e doença, sofrimento e cura, agravo e cuidado por formas de luta que emergem no enfrentamento das dinâmicas capitalista, colonialista e patriarcal. O processo de biomedicalização tem se produzido na emergência de uma monocultura de concepções dominantes do saber biomédico que define as condições de validade do conhecimento e das intervenções sobre saúde, doença, cuidado e cura. Esta análise aponta para a importância de pesquisas colaborativas e não extrativistas que partem do reconhecimento dessa diversidade de saberes, práticas e experiências, da sua copresença e dos seus encontros, das lutas pela justiça social e cognitiva e das múltiplas e diversificadas lutas pelo acesso à saúde e aos cuidados de saúde. As relações entre a saúde coletiva e os saberes e práticas do cuidado e da cura que fazem parte da experiência e do mundo dos povos indígenas aparecem como um exemplo importante para o aprendizado de um pensamento e de um agir ecológico em saúde.


Abstract This essay focuses on the importance of decolonizing health care, based on the theoretical framework of the epistemologies of the South proposed by Boaventura de Sousa Santos, and points to an ecology of care to be produced in the field of public healthcare, approaching health and illness, suffering and healing, disorder and care through struggles that emerge in facing capitalist, colonialist and patriarchal dynamics. The process of biomedicalization emerges within a monoculture of dominant conceptions of biomedical knowledge that define the terms of validity of knowledge and interventions on health, illness, care and healing. This analysis points to the importance of collaborative and non-extractivist research projects based on the recognition of the diversity of knowledges, practices and experiences, of their copresence and their encounters, of the struggles for social and cognitive justice and of the multiple and diverse struggles for health and access to medical care. The relations between collective health and the knowledge, care, and healing practices that are part of the experience and of the world of the indigenous peoples emerge as an important example of how to learn to think and act ecologically in the field of health.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Processo Saúde-Doença , Saúde Pública , Conhecimento , Acessibilidade aos Serviços de Saúde
13.
Saúde Soc ; 29(3): 1-8, 2020.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1156880

RESUMO

Resumo Este ensaio traz o discurso proferido por Ailton Krenak em 25 de março de 2020, na Banca de Doutorado de Nayara Scalco, sob orientação da professora Marília Louvison, no Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, acrescido de trechos da palestra proferida no Seminário Internacional: A Saúde Indígena e a Ecologia de Saberes no Enfrentamento dos Desafios Atuais: "Tem que ser do nosso jeito"1, em 26 de março de 2020. Neste cenário, traz a importância do diálogo entre diferentes saberes e como o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena se constitui. Com foco no debate sobre a relação entre Estado brasileiro e povos indígenas desde os tempos do Brasil colônia, a partir da produção das Epistemologias do Sul que guia a discussão da tese, propõe repensar a saúde e o cuidado para além do saber biomédico.


Abstract This essay presents the speech given by Ailton Krenak on March 25, 2020, at the PhD thesis' defense of Nayara Scalco, advisee of Professor Marília Louvison, in the Graduate Program in Public Health, School of Public Health, University of São Paulo, plus excerpts from the lecture given at the International Seminar: Indigenous Health and Ecology of Knowledges in Facing Current Challenges: "It has to be our way"1, on March 26, 2020. In this context, it highlights the importance of a dialogue between different knowledges and how the Indigenous Health Care Subsystem is constituted. Focusing on the debate about the relationship between the Brazilian State and indigenous peoples since colonial times, based on the production of Epistemologies of the South that guides the discussion of the dissertation, it proposes rethinking health and care beyond biomedical knowledge.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Política Pública , Diversidade Cultural , Saúde de Populações Indígenas , Política de Saúde , Serviços de Saúde do Indígena , Antropologia Cultural
14.
Arq. bras. psicol. (Rio J. 2003) ; 72(spe): 199-208, 2020.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1149133

RESUMO

No atual contexto da valorização dos conhecimentos dos povos que historicamente foram subalternizados, o risco do extrativismo epistêmico emerge como um novo elemento com o qual as pesquisas precisam se enfrentar. No campo da investigação sobre subjetividades nos terreiros de candomblé este perigo também aparece. Ao compreender os modos como os terreiros se constituem como espaços de resistência, como os processos de subjetivação são experimentados e qual o lugar do conhecimento nesses processos, buscamos apresentar elementos que subsidiem uma proposta de um pensamento e de uma pesquisa enterreirados como um dos caminhos possíveis para contornar o risco sinalizado e discutimos alguns elementos de um ethos da pesquisa enterreirada nos espaços das comunidades de terreiro.


In the present context of valuing the knowledge of historically subordinated peoples, the risk of epistemic extractivism emerges as a new element that concerns the field of research. Specifically with regard to the investigation of subjectivities in Terreiros de Candomblé, this danger also appears, effectively. By understanding the ways in which the Terreiros are structured as spaces of resistance, how the processes of subjectivation are experienced and what is the importance of knowledge in these processes, this article aims to present elements that support a proposal of thought and research enterreirados as one of the paths possible to circumvent the signaled risk and we discussed some elements of an ethos of research buried in the spaces of the Terreiro communities.


En el contexto actual de valoración del saber de pueblos históricamente subordinados, el riesgo del extractivismo epistémico surge como Al comprender las formas en que los Terreiros se constituyen como espacios de resistencia, cómo se viven los procesos de subjetivación y cuál es el lugar del conocimiento en estos procesos, buscamos presentar elementos que sustenten una propuesta de pensamiento e investigación erados como uno de los caminos posibles para evitarse el riesgo señalado y discutimos algunos elementos de un ethos de investigación erado en los espacios de las comunidades Terreiro.


Assuntos
Religião , Pesquisa , Conhecimento , População Negra , Racismo
15.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(12): 4449-4458, dez. 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1055741

RESUMO

Resumo O artigo propõe uma leitura da crise da saúde no interior de uma crise mais ampla das utopias e da necessidade de reinventarmos a emancipação social que indique trilhas realistas de esperanças a partir do presente. Para isso propomos a articulação de quatro tipos de justiça: social, sanitária, ambiental e cognitiva. As duas primeiras são bem conhecidas do pensamento crítico e da saúde coletiva, e as duas últimas ampliam o entendimento da crise em sua natureza civilizatória, ética e planetária, marcada pelas contradições e potencial destrutivo da modernidade eurocêntrica, ocidental e capitalista. O social, na perspectiva assumida, é considerado indissociável das dimensões ecológicas, ontológicas e epistemológicas que marcarão os grandes embates na interface entre ética, política, ciência e transformação social em tempos de acirramento das várias crises, surgimento de distopias e necessária transição civilizatória. O artigo se apoia nas contribuições de três campos do conhecimento: a saúde coletiva, a ecologia política e as abordagens pós-coloniais, em especial as epistemologias do Sul de Boaventura de Sousa Santos, em torno da reinvenção da emancipação social. Ao final propomos breves reflexões para que a saúde coletiva produza alternativas sobre temas como desenvolvimento econômico, científico e tecnológico, promoção, vigilância, atenção e cuidado.


Abstract The article proposes a reinterpretation about the health crisis within a broader crisis of utopias and the need to reinvent social emancipation that can show us realistic paths of hope from the present. For this purpose, we propose the association of four types of justice: social, health, environmental and cognitive. The two first ones are well known in critical thinking and collective health, and the last two extend the understanding of the crisis in its civilizing, ethical, and planetary aspects, marked by the contradictions and destructive potential of Eurocentric, Western and capitalist modernity. The social is considered inseparable from the ecological, ontological, and epistemological dimensions in the interface between ethics, politics, science and social transformation related to the various crises and the necessary civilizational transition. The article is based on contributions from three fields of knowledge: collective health, political ecology and postcolonial approaches, especially the Epistemologies of the South, as presented by Boaventura de Sousa Santos around the reinvention of social emancipation. Finally, we propose some brief reflections for collective health to produce alternatives on topics such as economic, scientific and technological development, health promotion, surveillance, and care.


Assuntos
Humanos , Justiça Social , Saúde Ambiental , Saúde Pública , Liberdade , Direito à Saúde , Violência , Guerra , Desenvolvimento Econômico , Vestuário , Colonialismo , Metáfora , Capitalismo , Marketing Social , Racismo , Violência Étnica , Desenvolvimento Sustentável/economia , Indústrias
16.
Fractal rev. psicol ; 31(spe): 214-219, set.-dez. 2019.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1056219

RESUMO

A ciência hegemônica, pautada em referenciais coloniais, traça linhas bem definidas entre o eu e o outro da pesquisa. Ao lançar foco sobre as tradições de matriz africana, estas linhas são reforçadas com as cores do racismo, seja na expressão das desigualdades como naturais desta divisão, seja na ratificação de um lugar subalterno, pela desqualificação dos saberes da população negra, desde a escravização. Ainda que este cenário produza imensas desigualdades, ao longo da história os povos tradicionais vêm resistindo, pela manutenção de suas tradições, na produção de valores contracoloniais. Este trabalho visa apresentar os caminhos de uma pesquisa colaborativa, em parceria com as sacerdotisas de uma sociedade secreta de culto à deusa Iyami Osoronga. Pensada a partir do campo da psicossociologia, tem como referencial os estudos de memória, tradição, discursos pós e decoloniais e os estudos culturais. A pesquisa colaborativa tem o intuito de propor, não um desenho de pesquisa focada em uma ou outra teoria, como posicionamento de uma construção específica, singular, dependente direta de suas autoras e de múltiplos fatores, mas levando à reflexão sobre autoria, saberes e fazeres de epistemologias contra-hegemônicas, que pensam e falam "com" e não "de" ou "para" seus "objetos" de pesquisa.(AU)


The hegemonic science based on colonial references draws well defined lines between the self and the other of the research. In the case of the African matrix traditions, these lines are reinforced with the colors of racism, either in the expression of the inequalities as natural of this division, or in the ratification of a subaltern place, by the disqualification of the knowledge of the black population, from enslavement. Although this scenario produces immense inequalities, throughout the history, the traditional people have been resisting, by the maintenance of their traditions, in the production of contracolonials values. This work aims to present the ways of a collaborative research, in partnership with the priestesses of a society secret cult of the goddess Iyami Osoronga. Based on the field of psycho-sociology, with reference to studies of memory, tradition, discourses after and decolonials and cultural studies with reference to studies of memory, tradition, discourses after and decolonials and cultural studies with the purpose of proposing, not a research design focused on one or another theory, but the search for the positioning of a specific construction, unique, direct dependence of its authors and of multiple factors, leading to the reflection on authorship, knowledge and practices of epistemologies against hegemonic, the speak "with" and "for" and not "of" their "objects" of research.(AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Mulheres , Conhecimento , Cultura , População Negra
17.
Fractal rev. psicol ; 31(spe): 179-184, set.-dez. 2019.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1056226

RESUMO

O problema abordado neste artigo é como podemos produzir fraturas no modelo normatizado de escrita acadêmica ao qual estamos historicamente familiarizadas. Considerando esta questão, apresentamos um ensaio teórico e uma experiência de escrita que se ancora na ideia de afrontarmos a fórmula objetividade-neutralidade-universalidade que engessa nossas práticas científicas há séculos. Buscamos seguir os rastros das diferentes vozes que nos constituem, de modo a performarmos escritas de si polifônicas e descolonizadas. Amparadas em escritoras, teóricas e nas mulheres com as quais partilhamos nosso dia a dia, defendemos o pressuposto de que a hegemonia de uma monocultura narrativa - nortecêntrica, masculinista - dentro da academia, tem como finalidade última emudecer as vozes das mulheres que produzem conhecimento. Neste ensaio enfatizamos os rastros apagados dessas vozes e escritas, diminuindo a distância entre os verdes gramados acadêmicos e os tortuosos cascalhos do cotidiano. Concluímos afirmando que epistemologias contra-hegemônicas, constituindo políticas de escrita, de narrativas e produção de conhecimentos, acolhedoras da polifonia da vida, só podem ser radicalmente não-disciplinares e insurgentemente indisciplinadas.(AU)


The problem addressed in this article is how we can produce fissures in the normatized model of academic writing with which we are historically familiar. Considering this question, we present a theoretical essay and a writing experience that lies on the idea of us confronting the formula objectivity-neutrality-universality that has plastered our scientific practices for centuries. We seek to follow the trails of the different voices that constitute us, so that we can perform polyphonic and decolonized self-writings. Supported by female writers and theorists and by women with whom we share our day-to-day lives, we defend the assumption that the hegemony of a narrative monoculture - north-centered, masculinist - inside the academy, has as final purpose to mute the voices of the women who produce knowledge. In this essay, we emphasize the erased trails of those voices and writings, decreasing the distance between the green academic lawn and the tortuous gravel tracks of the everyday life. We conclude stating that counter-hegemonic epistemologies, constituting writing and narrative policies and the production of knowledge that are welcoming to the polyphony of life, must be therefore radically non-disciplinary and insurgently undisciplined.(AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Pesquisa , Conhecimento , Escrita Manual
18.
Rev. bras. saúde ocup ; 44: e16, 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-985369

RESUMO

Resumo Diante da gravidade da crise envolvendo graves retrocessos de políticas sociais em curso no Brasil, a proposta deste ensaio é pensar alternativas para futuras intervenções em Saúde do Trabalhador em uma perspectiva emancipatória. Trata-se de um convite à reflexão de novos horizontes teóricos e políticos que façam dialogar a Saúde do Trabalhador com os referenciais da abordagem pós-colonial e da proposição das Epistemologias do Sul (EdS). As EdS substanciam a obra do cientista social português Boaventura de Sousa Santos em torno de um pensamento alternativo de alternativas inspirado pelos saberes produzidos nas lutas sociais dos grupos subalternizados. Após apresentarmos uma síntese das EdS e do conceito de pensamento abissal, discutimos alguns limites e potencialidades para pensar novos horizontes teóricos, temáticos e políticos em trabalho e saúde. Em seguida refletimos sobre como os desastres industriais são emblemáticos por articular processos de exclusões radicais dentro e fora dos muros fabris. Por fim, discutimos a potência das EdS em abrir os termos do debate sobre possíveis intervenções em Saúde do Trabalhador, trazendo para o campo novos referenciais que fazem repensar, de forma ampla e radical, as agendas epistemológicas e políticas pela frente.


Abstract In view of the severity of the Brazilian crisis involving serious setbacks in social policies, the purpose of this essay is to think alternatives for future interventions in Workers' Health from an emancipatory perspective. It is an invitation to reflect on new theoretical and political horizons for discussing Workers' Health from the reference of the postcolonial approach and the proposition of the Epistemologies of the South (EdS). The EdS reflects the work of the Portuguese social scientist Boaventura de Sousa Santos around an alternative thinking of alternatives inspired by knowledge produced in social struggles of the groups that were made subaltern. After presenting a synthesis of the EdS and the concept of abyssal thinking, we discuss some limits and potentialities for thinking new theoretical, thematical and political horizons in workers´ health. Then we reflect on how industrial disasters are emblematic by articulating radical exclusion processes within and outside the factory walls. Finally, we discuss the potential of EdS to open the debate on possible interventions in Workers' Health, bringing new theoretical frameworks to the field, and enabling the broad and radical rethinking of the epistemological and political agendas to come.

19.
RECIIS (Online) ; 12(4): 396-414, out.-dez. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-980330

RESUMO

Este artigo discute a proposição de metodologias colaborativas não extrativistas e sua relação com a comunicação a partir da obra de Boaventura de Sousa Santos. Partindo de autores como Orlando Fals Borda e Paulo Freire, Santos questiona as metodologias qualitativas que extraem conhecimentos apartados das lutas sociais e não reconhecem os saberes dos sujeitos investigados. A partir desse referencial e de uma pesquisa sobre documentários produzidos no contexto das lutas sociais contra os agrotóxicos e pela agroecologia, buscamos levantar possibilidades metodológicas relacionais que apontem para processos de colaboração e co-criação. A construção de novas narrativas e conhecimentos dilui fronteiras entre ciência e arte, ao mesmo tempo que resgata e avança na perspectiva freiriana da comunicação enquanto um tornar comum. Entrevistas narrativas e contação de histórias da literatura oral são exemplos dados no artigo que apontam para uma abordagem teórico-poética como alternativa


This article discusses the proposal of non-extractive collaborative methodologies and their relationship to the communication based on the works of Boaventura de Sousa Santos. Based on authors such as Orlando Fals Borda and Paulo Freire, Santos questions qualitative methodologies which extract knowledge that is separated from social struggles, and also they not recognize the knowledge of the investigated subjects. Based on this reference and a research on documentaries produced in the context of social struggles against pesticides and agroecology, we seek to raise methodological relational possibilities that point to processes of co-labor-action and co-creation. The construction of new narratives and knowledge dilutes the rigid boundaries between science and art; moreover, it restores and advances in the Freirean perspective to become the communication a common action. Narrative interviews and storytelling of oral literature are examples given in this article that point to a theoretical poetic approach as an alternative to qualitative methodology


Este artículo discute la proposición de metodologías colaborativas no extractivistas y su relación con la comunicación a partir de la obra de Boaventura de Sousa Santos. Basado en autores como Orlando Fals Borda y Paulo Freire, Santos cuestiona las metodologías cualitativas que extraen conocimientos apartados de las luchas sociales, al mismo tiempo que no reconocen los saberes de los sujetos investigados. A partir de ese referencial y de una investigación sobre documentales producidos en el contexto de las luchas sociales contra los agrotóxicos y la agroecología, buscamos levantar posibilidades metodológicas relacionales que apunten a procesos de co-labor-acción y co-creación. La construcción de nuevas narrativas y conocimientos diluye fronteras entre ciencia y arte, al mismo tiempo que recobra y avanza en la perspectiva freireana de la comunicación mientras un hacer común. Entrevistas narrativas y narraciones de cuentos de la literatura oral son ejemplos dados en el artículo que apuntan para un enfoque teórico poético como alternativa


Assuntos
Humanos , Arte , Agroquímicos , Comunicação , Documentários Cinematográficos , Pesquisa Qualitativa , Agricultura Sustentável , Agroindústria , Práticas Interdisciplinares , Apoio Social , Conhecimento , Marginalização Social , Aprendizagem
20.
Rev. chil. ter. ocup ; 18(1): 55-72, jun. 2018. ilus
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-964000

RESUMO

La actual hegemonía anglosajona en las definiciones sobre ocupación evidencia escaso conocimiento y visibilización de los saberes que emergen en el quehacer de la Terapia Ocupacional (TO)local para lo que esta investigación busca comprender los saberes sobre ocupación desde la praxis de los Terapeutas Ocupacionales (TTOO) en la Región de La Araucanía. La metodología es constructivista, cualitativa, descriptiva, con diseño de teoría fundamentado. Participan tres informantes claves, se utiliza entrevista semiestructurada con guión temático; el análisis es descriptivo, axial y selectivo, basado en codificación, comparación constante y triangulación entre informantes. Los resultados indican que los saberes están formados por un núcleo de contenidos esenciales que es asumido y compartido entre TTOO y emerge la palabra "hacer" como código común; que las características del contexto local influyen en estas comprensiones y contribuyen a ampliar los interpretaciones de ocupación; que los saberes se expresan y configuran en la praxis de TO (procesos TO, dar conocer/validar y docencia) y en las acciones y argumentos en los que subyace lo comprensión de ocupación de los TTOO. Se concluye que los saberes sobre ocupación están implícitos y naturalizados en el quehacer cotidiano de TO, en los comprensiones que nutren y determinan su praxis, configurando saberes situados que promueven una praxis pertinente y tension o el predominio de perspectivas globales. Sin embargo, se vislumbra un abismo epistemológico entre el discurso hegemónico anglosajón academicista con atractivas propuestas teóricas y pretensiones de definiciones universales, además de saberes locales que emergen anclados en contextos particulares de la praxis de TO en Chile.


The current hegemony of English-speaking in definitions about occupation, demonstrate low knowledge and visibility of wisdom in local Occupationa Therapy (OT) work, reason why this research aims to understand the wisdom about occupation from Occupotional Therapists praxis in Araucanía Region, Chile. The methodology is constructivist, qualitative, descriptive, with a supported theory design. Three key informants participate, a semi­ structured interview is used with thematic script; the analysis is descriptive, axial and selective, based on codification, constant comparison and triangulation among informants. The results describe that wisdom is formed by a core of essential contents, accepted and shared among TOs where the word "hacer" (do or make in English) emerges as a common code; the characteristics of local context injluence these comprehensions and contribute to widen occupation interpretations; wisdom is expressed and shoped on OT praxis (OT processes, teach/validate and teaching) ond also in octions and arguments where underlies the OTs understanding of occupation. lt is concluded that occupation wisdom is implicit and naturalized in Chilean daily OTs work and in the understanding that nourishes and determines their praxis, they shape situated knowledge that promotes and appropriate praxis, and stresses the predominance of global views. However, it ispossible to glimpse an epistemological abyss between the English-speaking hegemonic academic discourse -with attractive theoretical proposals and aspirotions for universal deftnitions- and the situated knowledge that emerges anchored in specific contexts of OTpraxis in Chile.


Assuntos
Humanos , Competência Profissional , Terapia Ocupacional , Conhecimento , Ocupações , Chile , Entrevistas como Assunto , Pesquisa Qualitativa
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA