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1.
Psicol. soc. (Online) ; 31: e191231, 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1020248

RESUMO

RESUMO Tendo como referência os estudos pós-coloniais e suas críticas ao norte-centrismo, sexismo e racismo na produção científica, buscamos nesse artigo apresentar a experiência da oficina Racismo, Sexismo, Epistemicídios e os saberes Psi, que aconteceu durante a XXVI Semana de Psicologia da Universidade Federal do Ceará. Nesse contexto, promovemos o debate sobre como o eurocentrismo epistêmico, o racismo e o sexismo produzem efeitos no campo de saber da Psicologia e discutimos com estudantes de graduação e pós-graduação estratégias de resistência cientificamente engajadas no enfrentamento das injustiças sociais. Na medida em que questionamos a objetividade, neutralidade e universalidade da ciência, também colocamos em discussão a naturalização da desigualdade e exclusão social. O exercício de decolonialidade proposto na oficina teve uma dimensão de provocação denunciativa das violências epistêmicas que nos constituem e imaginativa das transformações que temos de realizar para acolher a diversidade epistêmica em um mundo pluriversal.


RESUMEN Tomando como referencia los estudios postcoloniales y sus críticas al nortecentrismo, sexismo y racismo en la producción científica, buscamos en este artículo presentar la experiencia del taller Racismo, Sexismo, Epistemicidios y los saberes Psi, que ocurrió durante la XXVI Semana de Psicología de la Universidade Federal do Ceará. En ese contexto promovemos el debate sobre cómo el eurocentrismo epistémico, el racismo y el sexismo producen efectos en el campo de saber de la Psicología y discutimos con estudiantes de graduación y postgrado estrategias de resistencia científicamente comprometidas en el enfrentamiento de las injusticias sociales. A medida que cuestionamos la objetividad, neutralidad y universalidad de la ciencia, también ponemos en discusión la naturalización de la desigualdad y exclusión social. El ejercicio de decolonialidad propuesto en el taller tuvo una dimensión de provocación denunciante de las violencias epistémicas que nos constituyen y imaginativa de las transformaciones que tenemos que realizar para acoger la diversidad epistémica en un mundo pluriversal.


ABSTRACT Having as reference the post-colonial studies and its critics towards the North-centrism, sexism and racism in the scientific production, we intend to present in this article the experience from the workshop Racism, Sexism, Epistemicide and the Psi knowledges, which took place during the XXVI Psychology Week of Federal University of Ceará. In this context we promoted the debate about how the epistemic eurocentrism, the racism and the sexism produce effects in the field of knowledge of Psychology and discussed with students from the undergraduate and graduate programs the resistance strategies scientifically engaged in the confrontation of social injustices. As long as we query objectivity, neutrality and the universality of science, we also bring to discussion the naturalisation of social inequality and exclusion. The exercise of decoloniality as proposed in the workshop had a dimension of denunciatory provocation concerning the epistemic violences which constitute ourselves, as well as of an imaginative one concerning the transformations we have to make so that we welcome epistemic diversity in a pluriversal world.


Assuntos
Psicologia/educação , Domínios Científicos , Racismo/psicologia , Sexismo/psicologia
2.
Rev. psicol. polit ; 17(40): 454-469, set.-dez. 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-985810

RESUMO

O objetivo deste artigo é discutir metodologias críticas para pesquisa tomando como eixo de análise contribuições de estudos feministas e pós-coloniais e decoloniais sobre a ciência em relação à violência epistemológica. Esta perspectiva faz com que o entendimento da inclusão e o reconhecimento de relações de poder em pesquisa sejam vistos como fundamentais tanto para epistemologia quanto para metodologias e métodos de pesquisa. Estudos feministas desenvolveram aspectos-chave sobre as reflexões das relações de poder em pesquisa. Neste artigo, focarei nas noções de situacionalidade, interseccionalidade e reflexividade, que serão debatidos com exemplos focados nos dilemas e paradoxos deflagrados em pesquisas críticas. Os aspectos levantados neste artigo apontam para elementos que permitem considerar grupos tradicionalmente excluídos, mal representados ou sub-representados em pesquisas.


This article aims to provide a debate on critical methodologies for research. For this debate I centre on contributions from feminist research and post-colonial and decolonial studies on science concerning epistemological violence. In this sense, the understanding of inclusion and the acknowledgement of power relations in research are seen as key for epistemology, methodology and methods for research. Feminist studies developed key-aspects on power relations. In this article I will focus on the notions of situationality, interseccionality and reflexivity, which will be seen alongside dilemmas and paradoxes seen in examples of critical research. These aspects bring aspects regarding the inclusion of traditionally excluded, mis-represented or under-represented groups in research.


El objetivo de este artículo es promover el debate sobre las metodologías críticas para investigación. Para ese debate, el foco será en las contribuciones de estudios feministas y pos-coloniales y decoloniales sobre la ciencia en relación a los aspectos entendidos como violencia epistemológica. Así, los aspectos como inclusión y el reconocimiento de las relaciones de poder en investigación son vistos como fundamentales para la epistemología y metodología y métodos de investigación. Estudios feministas han desarrollado aspectos importantes sobre las reflexiones acerca de las relaciones de poder en investigación. En el artículo el foco será en las nociones de situacionalidad, interseccionalidad y reflexividad, que serán debatidos con ejemplos de dilemas y paradojas vistos en pesquisas críticas. Los aspectos debatidos aquí invitan para un análisis de la inclusión de grupos tradicionalmente excluidos, mal representados o sub-representados en investigaciones.


Le but de cet article est d'attirer le débat sur les methodologies critiques pour la recherché. Pour ce débat, centre de contribution des études féministes, post-coloniales et décoloniales sur la science par rapport à la violence épistomologique. Dans ce sens la compréhension de l'inclusion et la reconnaissance des rapports de pouvoir sont considérés fondamentaux pour l'épistomologie et méthodes de recherches. Les études féministes ont développé des aspects-clés sur les réflexions des rapports de pouvoir en recherches. Dans cet article je me baserai sur les notions de situationnalité, intersection et réflexivité qui seront discutées comme exemple dans les dilemmes et paradoxes déflagrés en recherches critiques. Les aspects suscités dans cet article apportent des éléments visant l'inclusion de groupes traditionnellement exclus, mal représentés ou sous-représentés en recherches.

3.
Rev. psicol. polit ; 16(37): 379-396, set.-dez. 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-961962

RESUMO

O objetivo deste artigo é analisar como processos de silenciamento e de invisibilização que caracterizaram historicamente a construção das culturas infantis das crianças do campo, impuseram-lhe formas subalternas de existência, mediante revisão do conceito de socialização. À luz da sociologia da infância e dos estudos pós-coloniais, partimos do pressuposto de que a infância enquanto categoria social é uma construção que implica uma condição de vida não apenas biológica, mas cultural. Com base em abordagens críticas da perspectiva teórica intercultural, examinamos a existência de uma pluralidade de culturas infantis nas quais as crianças do campo constroem-se e são construídas nas relações estabelecidas com os seus pares, os adultos e o mundo rural ao qual pertencem, considerando o tensionamento entre o rural e o urbano. Após análises desenvolvidas a partir das reflexões teóricas efetuadas, concluímos que as tensões e contradições que permeiam a invisibilidade das crianças do campo, ainda que marcados pela subalternização, expressam também a busca por novos caminhos e referenciais para dar visibilidade a este sujeito social.


The aim of this article is to analyze how processes of silencing and invisibilization that historically characterized a construction of the children 's cultures of the rural children, imposed, subaltern forms of existence, by reviewing the concept of socialization. In light of the sociology of childhood and post-colonial studies, we start from the assumption of a childhood as a social category is a construction that implies a condition of life not only biological but cultural. Based on critical approaches from the intercultural theoretical perspective, it examines the existence of a plurality of child cultures in which as rural children are constructed and built in the relationships established with their peers, adults and the rural world to which they belong, considering the tension between rural and urban. After analysis developed from theoretical reflections made, we conclude that as tensions and contradictions that permeate the invisibility of rural children, even if marked by subalternization, also express the search for new ways and referential to the vision of a social subject.


El objetivo de este artículo es analizar como procesos de silenciamiento y de invisibilización que caracterizaron históricamente la construcción de las culturas infantiles de los niños del campo, impusieron formas subalternas de existencia, mediante la revisión del concepto de socialización. A la luz de la sociología de la infancia y de los estudios postcoloniales, partimos del supuesto de que la infancia como categoría social es una construcción que implica una condición de vida no sólo biológica, sino cultural. Sobre la base de enfoques críticos de la perspectiva teórica intercultural, examinamos la existencia de una pluralidad de culturas infantiles en las que los niños del campo se construyen y se construyen en las relaciones establecidas con sus pares, los adultos y el mundo rural al que pertenecen, la tensión entre lo rural y lo urbano. Después de análisis desarrollados a partir de las reflexiones teóricas efectuadas, concluimos que las tensiones y contradicciones que permean la invisibilidad de los niños del campo, aunque marcados por la subalternización, expresan también la búsqueda de nuevos caminos y referencias para dar visibilidad a este sujeto social.


L'objectif de cet article est d'analyser comment les processus de silence et d'invisibilisation qui caractérisent historiquement la construction des cultures infantiles des enfants ruraux lui imposent des formes subalternes d'existence, par la révision de la notion de socialisation. À la lumière de la sociologie de l'enfance et des études post-coloniales, nous partons de l'hypothèse que l'enfance en tant que catégorie sociale est une construction qui implique une condition de vie non seulement biologique mais culturelle. Basé sur des approches critiques du point de vue théorique interculturel, nous examinons l'existence d'une pluralité de cultures infantiles dans lesquelles les enfants ruraux sont construits et construits dans les relations établies avec leurs pairs, les adultes et le monde rural auquel ils appartiennent, compte tenu la tension entre rural et urbain. Après une analyse développée à partir des réflexions théoriques réalisées, nous concluons que les tensions et les contradictions qui imprègnent l'invisibilité des enfants ruraux, même si elles sont marquées par la subalternisation, expriment également la recherche de nouvelles voies et références pour donner une visibilité à cette sujet sociale.

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