Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 3 de 3
Filtrar
Adicionar filtros








Intervalo de ano
1.
Rev. bras. educ. méd ; 47(1): e006, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1423151

RESUMO

Resumo: Introdução: A ampliação da educação superior no Brasil é recente. Na área médica, com o advento do Programa Mais Médicos, essa expansão tornou-se viável e culminou com a publicação de novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o curso de graduação em Medicina. O projeto pedagógico do curso (PPC) traduz o que se realiza no curso e funciona como instrumento de comunicação entre a instituição e a sociedade. A análise dos PPC das instituições de ensino superior propicia a identificação de elementos que apontam para convergência ou se afastam do preconizado nas mudanças pretendidas pelas DCN de 2014. Objetivo: Este estudo descreve demograficamente no Brasil o número de cursos de Medicina públicos e privados por estado e região da Federação, o número de vagas disponíveis e o acesso aos PPC dessas escolas por meio de metodologia sistematizada. Método: Realizou-se um levantamento de todas as faculdades com curso de Medicina no Brasil, no ano de 2021. A procura dos PPC foi realizada no site institucional. Em caso de ausência da informação, encaminhamos mensagem eletrônica à coordenação do curso de Medicina. Na indisponibilidade de contato direto com a coordenação pelo site institucional, encaminhamos mensagem ao coordenador por meio do acesso ao seu Currículo Lattes. Resultado: Foram identificadas 336 escolas médicas, 115 (34,2%) públicas e 226 (65,8%) privadas. Observamos a maior concentração de cursos na Região Sudeste (41,3%), seguida da Região Nordeste (24,6%). Das instituições públicas, o Nordeste é a região que mais concentra as escolas (35,6%), seguida da Região Sudeste (26%). Quanto às instituições privadas, ocorre o inverso. Obteve-se um total de 134 PPC (39,8%), sendo 111 (83%) das escolas públicas e 23 (17%) das privadas. Conclusão: Embora a disponibilização do documento de informação pedagógica no site da instituição seja obrigatória, isso não foi verificado em realidade, o que corrobora a necessidade de políticas de valorização e fiscalização da disponibilidade do PPC para facilitar o seu acesso pelos maiores interessados: alunos, comunidade acadêmica e pesquisadores da área da educação médica.


Abstract Introduction: The expansion of higher education in Brazil is recent. In the medical field, with the advent of the "Mais Médicos" Program, this expansion became feasible and culminated with the publication of new National Curricular Guidelines (DCN, Diretrizes Curriculares Nacionais) for undergraduate medical courses. The Pedagogical Course Project (PCP) translates what is accomplished in the course and works as an instrument of communication between the institution and society. The analysis of the PCPs of Higher Education Institutions provides the identification of elements that point to the convergence or move away from the changes proposed by the DCN 2014. Objective: To describe demographically in Brazil the number of public and private medical courses by state and region of the federation, the number of available vacancies, and access to the PCPs of these schools through a systematized methodology. Method: A study was carried out in all institutions with medical courses in Brazil by the year 2021. The search for the PCPs was carried out in the institutional website. In case of lack of information, an electronic message was sent to the medical course coordination. When it was not possible to contact the coordinator directly through the institutional website, a message was sent to the coordinator by accessing their curriculum lattes. Results: A total of 336 medical schools were identified, 115 (34.2%) of which were public and 226 (65.8%) private ones. A higher concentration of courses was observed in the southeast region (41.3%), followed by the northeast region (24.6%). Of the public institutions, the northeast region has the highest concentration of schools (35.6%), followed by the southeast region (26%). The opposite was observed regarding the private institutions. A total of 134 PCPs were obtained (39.8% of the total), 83% from public schools and 17% from private ones. Conclusion: Although the availability of the pedagogical information document on the institution's website is an obligation, this was not verified in reality, which makes it necessary to implement policies for valuing and monitoring PCP availability, thus facilitating its access by the most interested parties: students, the academic community and researchers in the field of medical education.

2.
Rev. bras. educ. méd ; 46(3): e133, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1423131

RESUMO

Resumo: Introdução: Embora a educação médica esteja pautada, hegemonicamente, por princípios universalistas e igualitários, este artigo pretende tensionar tais concepções ao considerar a heterogeneidade e a multiplicidade imbricadas no saber-fazer médico ante as determinações históricas, sociais e locorregionais de saúde. Para compreender a medicina nesse panorama complexo, é preciso que a produção de conhecimento, desde a construção de projetos pedagógicos e currículos de graduação, privilegie a equidade em saúde, abrangendo, sobretudo, o cuidado destinado às minorias sociais. Nesse substrato, encontra-se a população negra, coletivo majoritário no Brasil, principalmente na Região Nordeste, que enfrenta diversas fragilidades no alcance de uma atenção à saúde integral. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar os projetos pedagógicos dos cursos (PPC) de graduação em Medicina, do Nordeste brasileiro, e suas interfaces com conteúdos que contribuam para a formação médica no enfrentamento das iniquidades da saúde da população negra. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal, com análise de 23 PPC de graduação em Medicina de 13 universidades públicas federais da Região Nordeste. Realizou-se também a correlação dos dados com achados científicos e referenciais teóricos que abordam a temática de saúde da população negra e formação médica. Resultado: Identificou-se a presença de disciplinas obrigatórias e optativas sobre a contextualização de raça na saúde em seus aspectos essenciais, o que permite proporcionar aos estudantes de Medicina a compreensão histórica e sociocultural da negritude. Entretanto, é imperioso enfatizar o déficit na abordagem prática com escassez de temas transversais, propostas de internato ou estágio e fomento de programas de extensão, bem como de políticas institucionais de incentivo ao assunto, o que sinaliza o pouco valor atribuído ao campo da experiência para a compreensão da saúde racializada e fortalece o esvaziamento de práticas específicas à saúde da população negra, diminuindo a capacidade médica de interpretar situações, práticas e condutas de maneira efetiva. Conclusão: Este artigo evidencia, portanto, que o fomento de uma educação médica antirracista exige uma formação pautada na práxis dialógica, humanista e crítico-reflexiva da saúde da população negra, sendo necessário correlacionar teorias com habilidades, competências e atitudes assistenciais pautadas no conhecimento racializado para a construção de PCC dos cursos de Medicina.


Abstract: Introduction: The hegemony of medical education is based on so-called universalistic and egalitarian principles. This paper questions such principles, considering the heterogeneity and multiplicity imbricated in medical know-how in light of historical, social and loco-regional health conditions. To understand medical knowledge in that complex panorama, the production of knowledge must privilege equity in health in the development of pedagogical projects and undergraduate curricula. Do these projects and curricula deal with care for social minorities properly? In Brazil, black people constitute the main social group affected by that social reality. In the Northeast region of the country, that population usually faces several difficulties to access proper medical care. Objective: This paper aims to analyze the pedagogical projects of undergraduate medical programs in the Northeast of Brazil and their interfaces with contents that contribute to medical training to address the health inequities of the black population. Methodology: This is an exploratory, descriptive and cross-sectional study. It analyzes 23 pedagogical projects from 13 federal public undergraduate medical programs at universities in the Brazilian Northeast. Data were correlated with scientific findings and theoretical references that address the health of black people and medical education. Results: The studied programs contain compulsory and optional courses which contextualize social race in health. They present a historical and sociocultural understanding of blackness to medical students. However, in a practical sense there are several gaps, including a lack of cross-sectional approaches, of proposals for internships and limited promotion of community outreach programs and institutional policies to encourage racial issues. This reveals the little value ascribed to the field of experience for understanding racialized health, and shows a lack of specific practices for the health of the black population, reducing medical capacity to interpret situations, practices and behaviors in racialized contexts. Conclusion: This paper shows that the promotion of an antiracist medical education requires a training based on dialogical, humanistic, critical-reflexive praxis regarding the health of the black population. It is necessary to correlate theories and skills, competencies and care practices, based on racialized knowledge for the construction of pedagogical projects for undergraduate medical programs in the Brazilian Northeast.

3.
Rev. bras. educ. méd ; 46(4): e133, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1407390

RESUMO

Resumo: Introdução: Embora a educação médica esteja pautada, hegemonicamente, por princípios universalistas e igualitários, este artigo pretende tensionar tais concepções ao considerar a heterogeneidade e a multiplicidade imbricadas no saber-fazer médico ante as determinações históricas, sociais e locorregionais de saúde. Para compreender a medicina nesse panorama complexo, é preciso que a produção de conhecimento, desde a construção de projetos pedagógicos e currículos de graduação, privilegie a equidade em saúde, abrangendo, sobretudo, o cuidado destinado às minorias sociais. Nesse substrato, encontra-se a população negra, coletivo majoritário no Brasil, principalmente na Região Nordeste, que enfrenta diversas fragilidades no alcance de uma atenção à saúde integral. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar os projetos pedagógicos dos cursos (PPC) de graduação em Medicina, do Nordeste brasileiro, e suas interfaces com conteúdos que contribuam para a formação médica no enfrentamento das iniquidades da saúde da população negra. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal, com análise de 23 PPC de graduação em Medicina de 13 universidades públicas federais da Região Nordeste. Realizou-se também a correlação dos dados com achados científicos e referenciais teóricos que abordam a temática de saúde da população negra e formação médica. Resultado: Identificou-se a presença de disciplinas obrigatórias e optativas sobre a contextualização de raça na saúde em seus aspectos essenciais, o que permite proporcionar aos estudantes de Medicina a compreensão histórica e sociocultural da negritude. Entretanto, é imperioso enfatizar o déficit na abordagem prática com escassez de temas transversais, propostas de internato ou estágio e fomento de programas de extensão, bem como de políticas institucionais de incentivo ao assunto, o que sinaliza o pouco valor atribuído ao campo da experiência para a compreensão da saúde racializada e fortalece o esvaziamento de práticas específicas à saúde da população negra, diminuindo a capacidade médica de interpretar situações, práticas e condutas de maneira efetiva. Conclusão: Este artigo evidencia, portanto, que o fomento de uma educação médica antirracista exige uma formação pautada na práxis dialógica, humanista e crítico-reflexiva da saúde da população negra, sendo necessário correlacionar teorias com habilidades, competências e atitudes assistenciais pautadas no conhecimento racializado para a construção de PCC dos cursos de Medicina.


Abstract: Introduction: The hegemony of medical education is based on so-called universalistic and egalitarian principles. This paper questions such principles, considering the heterogeneity and multiplicity imbricated in medical know-how in light of historical, social and loco-regional health conditions. To understand medical knowledge in that complex panorama, the production of knowledge must privilege equity in health in the development of pedagogical projects and undergraduate curricula. Do these projects and curricula deal with care for social minorities properly? In Brazil, black people constitute the main social group affected by that social reality. In the Northeast region of the country, that population usually faces several difficulties to access proper medical care. Objective: This paper aims to analyze the pedagogical projects of undergraduate medical programs in the Northeast of Brazil and their interfaces with contents that contribute to medical training to address the health inequities of the black population. Methodology: This is an exploratory, descriptive and cross-sectional study. It analyzes 23 pedagogical projects from 13 federal public undergraduate medical programs at universities in the Brazilian Northeast. Data were correlated with scientific findings and theoretical references that address the health of black people and medical education. Results: The studied programs contain compulsory and optional courses which contextualize social race in health. They present a historical and sociocultural understanding of blackness to medical students. However, in a practical sense there are several gaps, including a lack of cross-sectional approaches, of proposals for internships and limited promotion of community outreach programs and institutional policies to encourage racial issues. This reveals the little value ascribed to the field of experience for understanding racialized health, and shows a lack of specific practices for the health of the black population, reducing medical capacity to interpret situations, practices and behaviors in racialized contexts. Conclusion: This paper shows that the promotion of an antiracist medical education requires a training based on dialogical, humanistic, critical-reflexive praxis regarding the health of the black population. It is necessary to correlate theories and skills, competencies and care practices, based on racialized knowledge for the construction of pedagogical projects for undergraduate medical programs in the Brazilian Northeast.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA