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1.
Psicol. clín ; 30(3): 561-578, set.-dez. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-976607

RESUMO

O objetivo deste ensaio é desdobrar a afirmação de Freud segundo a qual o trabalho psíquico do luto é iniciado a partir da constatação da realidade da perda objetal por meio da ação do exame (ou teste) de realidade. A discussão deste problema leva os autores a propor uma definição de "exame de atualidade", tendo em conta a formação da capacidade de distinguir a separação da perda. A reflexão a propósito desta distinção tem por consequência, ainda, a postulação de uma condição anterior à capacidade de vivenciar a perda objetal: o estado de perdição. Conclui-se que as construções desenvolvidas neste artigo podem auxiliar no entendimento: de certas características relacionais de pacientes que se enquadram nos chamados "estados-limites"; e do lugar que o luto ocupa na cultura contemporânea.


This essay aims to unfold Freud's statement that the psychic elaboration of grief begins upon the realization of the loss of an object through the act of reality testing. While discussing this problem, the authors propose a definition of "immediacy testing" considering the development of the capacity to distinguish separation from loss. From this distinction, they postulate, also, a prior condition to the ability to experience an object's loss: the "state of perdition". It is concluded that the constructions undertaken in this article can help in the understanding of: certain relational characteristics of patients fitting so-called "borderline states"; and the place taken by the experience of grief in today's culture.


El objetivo de este ensayo es explorar la afirmación de Freud según la cual el trabajo psíquico del luto empieza con la constatación de la realidad de la pérdida objetal por medio de la acción del examen de la realidad. La discusión acerca de este problema lleva los autores a proponer una definición de "examen de la actualidad", llevando en cuenta la formación de la capacidad de distinguir entre la separación y la pérdida. Reflejar sobre esta distinción tiene por consecuencia, además, la postulación de una condición anterior a la capacidad de vivenciar la pérdida objetal: el "estado de perdición". Se concluye que las construcciones desarrolladas en este artículo pueden contribuir a la comprensión: de ciertas características relacionales de pacientes que se encajan en lo que se llama "estados-límites"; y del lugar que el luto ocupa en la cultura contemporánea.

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