RESUMO
Abstract Objective: To evaluate the diagnostic accuracy of multi-echo Dixon magnetic resonance imaging (MRI) in hepatic fat quantification, in comparison with that of magnetic resonance spectroscopy (MRS), on 3.0-T MRI. Materials and Methods: Fifty-five adults with no known liver disease underwent MRI in a 3.0-T scanner for determination of the hepatic fat fraction, with two techniques: multi-echo Dixon, in a manually drawn region of interest (ROI) and in the entire liver parenchyma (automated segmentation); and MRS. The diagnostic accuracy and cutoff value for multi-echo Dixon were determined, with MRS being used as the reference standard. Results: The mean fat fraction obtained by multi-echo Dixon in the manually drawn ROI and in the entire liver was 5.2 ± 5.8% and 6.6 ± 5.2%, respectively, whereas the mean hepatic fat fraction obtained by MRS was 5.7 ± 6.4%. A very strong positive correlation and good agreement were observed between MRS and multi-echo Dixon, for the ROI (r = 0.988, r2 = 0.978, p < 0.001) and for the entire liver parenchyma (r = 0.960, r2 = 0.922, p < 0.001). A moderate positive correlation was observed between the hepatic fat fraction and body mass index of the participants, regardless of the fat estimation technique employed. Conclusion: For hepatic fat quantification, multi-echo Dixon MRI demonstrated a very strong positive correlation and good agreement with MRS (often considered the gold-standard noninvasive technique). Because multi-echo Dixon MRI is more readily available than is MRS, it can be used as a rapid tool for hepatic fat quantification, especially when the hepatic fat distribution is not homogeneous.
Resumo Objetivo: Avaliar a acurácia diagnóstica da técnica multieco Dixon na quantificação da gordura hepática em comparação com a espectroscopia por ressonância magnética (ERM), em exames de RM 3.0-T. Materiais e Métodos: Cinquenta e cinco participantes adultos sem doença hepática conhecida foram submetidos a RM 3.0-T para determinação da fração de gordura hepática, usando duas técnicas: multieco Dixon (em ROI desenhada manualmente e em segmentação automatizada para todo o parênquima hepático) e ERM. A precisão diagnóstica e o valor de corte para multieco Dixon foram determinados usando a ERM como padrão de referência. Resultados: A fração de gordura média usando multieco Dixon na ROI desenhada manualmente e na segmentação automatizada do fígado inteiro foi 5,2 ± 5,8% e 6,6 ± 5,2%, respectivamente. A fração de gordura hepática média usando ERM foi 5,7 ± 6,4%. Correlação positiva muito alta e forte concordância foram observadas entre ERM e multieco Dixon, tanto para ROI (r = 0,988, r2 = 0,978, p < 0,001) quanto para todo o parênquima hepático (r = 0,960, r2 = 0,922, p < 0,001). Correlação positiva moderada foi observada entre a fração de gordura hepática e o índice de massa corpórea dos participantes usando ambas as técnicas de estimativa de gordura. Conclusão: Multieco Dixon demonstrou correlação positiva muito alta e concordância com a ERM (muitas vezes considerada padrão de referência não invasivo) para quantificação de gordura hepática. Uma vez que o multieco Dixon está mais prontamente disponível do que a ERM, pode ser usado como uma ferramenta rápida para a quantificação da gordura hepática, especialmente na distribuição não homogênea da gordura.
RESUMO
Abstract Hepatic steatosis, or fatty liver disease, occurs due to the accumulation of lipids in hepatocytes. When it becomes chronic, lobular inflammation develops and the disease can evolve to hepatic fibrosis, liver cirrhosis, or hepatocellular carcinoma. Early diagnosis is desirable because patients diagnosed in the early stage of the disease respond better to treatment. In the early stages of fatty liver disease, the physical examination is often unremarkable. Fatty liver disease and hepatic fibrosis can be diagnosed and monitored through laboratory tests, imaging, and biopsy. Among the imaging methods, ultrasound stands out as an effective means of diagnosing and following patients with liver disease. Ultrasound used in conjunction with elastography (ultrasound elastography) has recently shown great utility in the follow-up of such patients. Ultrasound elastography studies the degree of deformation (stiffness) of an organ or lesion, so that when there is hardening, fibrosis, or cirrhosis of the liver, those alterations are well demonstrated. In this review article, we discuss the application of the different types of ultrasound elastography for liver studies: transient elastography, point shear wave elastography, and two-dimensional shear wave elastography. Although magnetic resonance elastography may also be used in the analysis of liver fibrosis, it will not be addressed in this article.
Resumo Esteatose hepática ocorre pelo acúmulo de lipídios nos hepatócitos, sua cronificação cursa com inflamação lobular e evolui com fibrose hepática, cirrose e carcinoma hepatocelular. O diagnóstico precoce do acometimento hepático é desejável em razão da melhor resposta terapêutica dos pacientes na fase inicial da doença. O exame físico nas fases iniciais da doença não apresenta alterações. O diagnóstico e o controle evolutivo da esteatose e fibrose hepática podem ser realizados por exames laboratoriais, exames de imagens e biópsia. Entre os exames de imagem, destaca-se a ultrassonografia (US) no diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com doença hepática. Atualmente, a US associada à elastografia vem se destacando para acompanhamento desses pacientes. A elastografia por US estuda o grau de deformação (ou dureza) do órgão ou lesão, de modo que quando há endurecimento do fígado, por fibrose ou cirrose, essa alteração é bem demonstrada na elastografia por US. Neste artigo de revisão nos propusemos a discutir a aplicação dos diversos tipos de elastografia por US para estudo do fígado: elastografia transitória, point-shear wave elastography e 2D-shear wave elastography. A elastografia por ressonância magnética também pode ser utilizada na análise de fibrose hepática, mas não será abordada neste artigo.
RESUMO
Objetivos: revisar a esteatose hepática em crianças obesas, com ênfase na sua investigação por imagem.Fonte de dados: revisão na literatura sobre o assunto, utilizando as bases de dados PubMed, SciELO e LILACS.Síntese dos dados: na população pediátrica, a esteatose hepática tem uma prevalência global de 2,6%, podendo alcançar índices alarmantes em crianças obesas, que variam de 23% a 53%. Essa ?nova? doença, anteriormente considerada uma afecção quase exclusiva dos adultos, chama a atenção da comunidade científica. A esteatose hepática não alcoólica, doença assintomática e progressiva, constitui uma das complicações hepáticas mais prevalentes, podendo evoluir para esteato-hepatite e até mesmo para cirrose. Neste sentido, é de suma importância o diagnóstico precoce e não invasivo dessa doença, através dos diferentes métodos de imagem existentes, entre os quais destacamos a ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Conclusões: dentre as vantagens e desvantagens próprias de cada método de imagem, a ressonância magnética é considerada a melhor modalidade no diagnóstico e quantificação da infiltração gordurosa hepática. No entanto, a investigação por imagem poderá ser iniciada com um método menos sofisticado, como a ultrassonografia, que é uma alternativa mais acessível e econômica.
Aims: To review hepatic steatosis in obese children, with emphasis on the imaging investigation.Source of data: Literature review about the topic, using the PubMed, SciELO and LILACS databases.Summary of the findings: Among pediatric population, hepatic steatosis has a 2.6% world prevalence and can reach striking rates in obese children, ranging from 23 to 53%. Such ?new? disease, previously regarded as a condition affecting mostly adults, has aroused attention of scientific community. Non-alcoholic hepatic steatosis, an asymptomatic and progressive disease, constitutes one of the most prevalent hepatic complications as it may lead to steatohepatitis and even cirrhosis. Accordingly, the early and noninvasive diagnosis of this disease is of great importance through different imaging methods available, among which we highlight ultrasonography, computed tomography and magnetic resonance. Conclusions: Considering the advantages and disadvantages of every diagnostic imaging method currently available, magnetic resonance is considered the best imaging procedure for diagnosis and quantification of fatty liver infiltration. However, imaging investigation may be initiated by a less sophisticated method, such as ultrasonography, which is an easier and less expensive approach.