RESUMO
Neste estudo analisamos os pressupostos da cena fundante e da história oficial como referenciais explicativos para a constituição dos modos de subjetivação. Utilizar esses pressupostos implica a adoção do mito da origem como capaz de explicar a constituição do país e das subjetividades. Temos, assim, tanto a questão do conteúdo remetido às representações construídas da origem, quanto o problema da manutenção do status quo, gerado pela adoção de um sentido verdadeiro para a interpretação histórica. Interessa questionar esse cenário, dada a sua associação à concepção da organização subjetiva e das práticas clínicas.
This paper analyzes the presuppositions of the founding scenario and theofficial history as explanatory references to the constitution of the ways ofsubjectivity. The use of such presuppositions implies the adoption of themyth of origin capable of explaining the development of the country andof subjectiveness. Thus, we have both the question of content, sent to therepresentations built around the origin and the problem of maintenance ofthe status quo, created by the adoption of a "true" meaning assigned tohistorical interpretation. It is interesting to question that scenario due to itsassociation with the conception of the subjective organization and ofclinical practices