RESUMO
OBJETIVOS: Revisar o papel da avaliação clínica, da qualidade de vida, da espirometria, do teste de broncoprovocação e dos marcadores inflamatórios na avaliação da asma. FONTES DOS DADOS: Pesquisa nas bases MEDLINE e LILACS. SÍNTESE DOS DADOS: A avaliação clínica auxilia na avaliação do controle da asma e é amplamente preconizada. No entanto, os pacientes podem apresentar obstrução e inflamação das vias aéreas a despeito da normalidade clínica. A espirometria quantifica o grau de obstrução das vias aéreas e auxilia no diagnóstico, enquanto a broncoprovocação pode ser indicada na suspeita de asma com espirometria normal. Já os marcadores inflamatórios do condensado do ar exalado, do escarro induzido e do lavado broncoalveolar, além dos fragmentos da biópsia brônquica, encontram-se alterados na asma e são métodos complexos, quase sempre restritos às pesquisas. A fração exalada de óxido nítrico (FeNO) é elevada nos pacientes com asma, reprodutível e não invasiva, reduzindo-se com o tratamento. O uso da FeNO como auxiliar no ajuste de doses do corticoide inalatório tem sido estudado, mas as vantagens ainda não estão claras. CONCLUSÕES: Vários métodos são necessários para avaliar de forma acurada o controle da asma, e todos têm vantagens e limitações. A avaliação clínico-funcional é útil para o diagnóstico de asma, porém limitada para avaliar de forma precisa a intensidade do processo inflamatório nas vias aéreas. É necessário que mais estudos controlados, randomizados, com adequado poder estatístico sobre a utilidade dos marcadores inflamatórios não invasivos, especialmente a FeNO, no manejo da asma, sejam realizados para determinar sua utilidade clínica.
OBJECTIVES: To review the role of clinical assessment, quality of life assessment, spirometry, bronchial responsiveness test and inflammatory markers for asthma assessment. SOURCES: Search run on MEDLINE and LILACS. SUMMARY OF THE FINDINGS: Clinical assessment aids with assessing asthma control and is widely recommended. However, patients may have airway inflammation and obstruction despite normal clinical findings. Spirometry quantifies the degree of airway obstruction and helps with diagnosis, while the bronchial responsiveness test may be indicated for when asthma is suspected but spirometry is normal. The results of assaying the inflammatory markers in exhaled breath condensate, induced sputum, bronchoalveolar lavage and bronchial biopsy specimens are abnormal in asthma patients, but these are complex techniques almost always restricted to research. Fractional exhaled nitric oxide (FeNO) is elevated in patients with asthma, is reproducible and noninvasive and reduces with treatment. Studies have investigated using FeNO to help with adjusting inhaled corticoid dosages, but the benefits are not clear. CONCLUSIONS: A range of different methods are needed to accurately assess disease control, all with their advantages and limitations. Clinical and functional assessment is useful for diagnosing asthma, but is of limited use for precisely evaluating the intensity of the inflammatory process in the airways. More randomized and controlled studies with adequate statistical power should be carried out to investigate the true utility of noninvasive inflammatory markers, especially FeNO, for asthma management.