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Arq. bras. psicol. (Rio J. 2003) ; 70(1): 291-304, jan./mar. 2018.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-913313

RESUMO

Objetivando compreender a trajetória teórica que levou Winnicott, ao final de sua obra, a tecer um franco diálogo com a teoria freudiana, o artigo apresenta as elaborações do autor sobre os processos emocionais primitivos, os quais devem ser entendidos como emergentes a partir das negociações empreendidas entre o impulso original agressivo do bebê e os modos como o Ambiente o maneja e sustenta a possibilidade de que, no processo de diferenciação Eu/Não eu, a destrutividade signifique a criação dos mundos interno e externo, uma vez o Ambiente sobreviva à sua própria destruição. Destaca que, à função paradoxal destrutividade/criatividade, Winnicott conecta o entendimento de pulsão de morte, postulada por Freud, como princípio desagregador necessário ao devir psíquico. À (in)destrutividade do Ambiente, o autor recorre à proposta freudiana sobre a presença paterna como elemento imprescindível ao processo de singularização. Conclui indicando a existência de uma continuidade/descontínua entre as teorias dos autores


In order to understand the theoretical trajectory that led Winnicott to open a dialogue with Freud, the article presents Winnicott's thinking on primitive emotional development, that must be understood as emerging from the negotiations stablished between baby's aggressive original impulse and the ways Environment holds it and permits that the process of differentiation between Me and Not-Me occurs, if the Environment survive from its own destruction. The article depicts that Winnicott enlaces the paradox destructivity/creativity to Freud's concept of Death Drive understood as the disintegrating principle necessary to psychic becoming. The (un)destructiveness of the Environment the author links to Freudian notions on father's presence as essential element to singularization process. As a conclusion, it proposes that there is a continuous/not/ continuous link between the two theories


Con el objetivo de comprender la trayectoria teórica que llevó a Winnicott, al final de su obra, a tejer un franco diálogo con la teoría freudiana, el artículo presenta las elaboraciones del autor sobre los procesos emocionales primitivos, los cuales deben ser entendidos como emergentes a partir de las negociaciones emprendidas entre el impulso original agresivo del bebé y los modos como el Ambiente lo maneja y sostiene la posibilidad de que en el proceso de diferenciación Yo/No-yo, la destructividad signifique la creación de los mundos interno y externo, una vez el Ambiente sobreviva a su propia destrucción. Destaca que, a la función paradójica destructividad/creatividad, Winnicott conecta al entendimiento de pulsión de muerte, postulada por Freud, como principio desagregador necesario al devenir psíquico. A la (in)destructividad del Ambiente, el autor recurre a la propuesta freudiana sobre la presencia paterna como elemento imprescindible al proceso de singularización. Concluye indicando la existencia de una continuidad/discontinua entre las teorías de los autores


Assuntos
Humanos , Meio Ambiente , Teoria Freudiana , Comportamento do Lactente , Pais/psicologia , Psicanálise
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