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1.
Psicol. USP ; 29(2): 189-199, maio-ago. 2018.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-955629

RESUMO

Resumo A emergência da cultura digital a partir do desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação levou a críticas ao conceito de indústria cultural elaborado por Horkheimer e Adorno nos anos 1940, definindo a nova configuração a partir da interatividade, comunicação aberta e maior liberdade entre usuários. Entretanto, a um olhar crítico, a nova configuração se revela mais totalitária que a anterior. Todas as ações dos usuários no ambiente digital geram informações que podem ser compiladas e organizadas de acordo com algoritmos matemáticos, configurando o chamado Big Data; essas informações incluem dados sobre preferências, tendências políticas, gênero e perfis de personalidade, e levam a tentativas de vigilância ubíqua e manipulação por meio de propaganda dirigida, sendo política e economicamente muito mais eficaz do que na era da indústria cultural descrita por Adorno. A atualização da teoria crítica da sociedade implica compreender essa nova configuração, suas pretensões e contradições. Nesse sentido, este artigo objetiva tanto atualizar o conceito de indústria cultural, denunciando, assim, as novas formas de manipulação, quanto criticar a ideia de que a liberdade é imanente à Cultura Digital, presente em seus defensores.


Résumé L'émergence de la culture dite numérique du développement des nouvelles technologies de l'information et de la communication a conduit à critiquer le concept d'industrie culturelle élaboré par Horkheimer et Adorno dans les années 1940, définissant la nouvelle configuration de l'interactivité, de la communication ouverte et plus grande liberté parmi les utilisateurs. Cependant, d'un oeil critique, la nouvelle configuration est encore plus totalitaire que la précédente. Toutes les actions des utilisateurs dans l'environnement numérique génèrent des informations qui peuvent être compilées et organisées selon des algorithmes mathématiques, en configurant les Big Data; ces informations comprennent des données sur les préférences, les tendances politiques, le genre et même les profils de personnalité, et mènent à des tentatives de surveillance et de manipulation omniprésentes par des publicités ciblées, politiquement et économiquement beaucoup plus efficaces qu'à l'ère de l'industrie culturelle décrite par Adorno. L'actualisation de la théorie critique de la société implique de comprendre cette nouvelle configuration, ses prétentions et ses contradictions. En ce sens, le présent article vise à la fois à actualiser le concept d'industrie culturelle dénonçant, ainsi, les nouvelles formes de manipulation, et à critiquer l'idée que la liberté est immanente à la culture numérique, présente chez ses défenseurs.


Resumen La emergencia de la llamada cultura digital a partir del desarrollo de nuevas tecnologías de información y comunicación llevó a críticas al concepto de industria cultural elaborado por Horkheimer y Adorno en los años cuarenta del siglo pasado, definiendo la nueva configuración a partir de la interactividad, comunicación abierta y mayor libertad entre los usuarios. Sin embargo, a una mirada crítica, la nueva configuración se revela aún más totalitaria que la anterior. Todas las acciones de los usuarios en el entorno digital generan informaciones que pueden ser compiladas y organizadas de acuerdo con algoritmos matemáticos, configurando el llamado Big Data; estas informaciones incluyen datos sobre preferencias personales, tendencias políticas, género e, incluso, perfiles de personalidad, y llevan a intentos de vigilancia ubicua y manipulación por medio de propaganda dirigida, siendo política y económicamente mucho más eficaz que en la era de la industria cultural descrita por Adorno. La actualización de la teoría crítica de la sociedad implica comprender esta nueva configuración, sus pretensiones y sus contradicciones. En este sentido, el presente artículo objetiva tanto actualizar el concepto de industria cultural denunciando así las nuevas formas de manipulación, como criticar la idea de que la libertad es inmanente a la Cultura Digital, presente en sus defensores.


Abstract The emergence of the so-called digital culture from the development of new information and communication technologies led to criticisms of the concept of cultural industry, elaborated by Horkheimer and Adorno in the 1940s, defining the new configuration based on interactivity, open communication and greater freedom among users. However, to a critical view, the new configuration is even more totalitarian than the previous one. All the actions of users in the digital environment generate information that can be compiled and organized according to mathematical algorithms, configuring the so-called Big Data; such information includes personal preferences, political trends, gender, and even personality profiles, and leads to ubiquitous surveillance and manipulation through targeted advertising, being politically and economically far more effective than in the age of the cultural industry described by Adorno. The update of the critical theory of society implies understanding this new configuration, its pretensions and its contradictions. Therefore, the present article aims both to update the concept of cultural industry denouncing, thus, the new forms of manipulation, and to criticize the idea that freedom is immanent to the Digital Culture, present in its defenders.


Assuntos
Humanos , Propaganda , Teoria Crítica , Big Data , Cultura
2.
Rev. mal-estar subj ; 13(1/2): 81-112, jun. 2013.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-765881

RESUMO

Este artigo está vinculado ao projeto de pesquisa-intervenção "Phenix: a ousadia do renascimento do indivíduo-sujeito - fase II" e objetiva fornecer subsídios teóricos para a prática semanal dos acadêmicos do Curso de Psicologia da UEM em sua intervenção junto aos adolescentes de um centro social da periferia da cidade de Maringá. Consiste em uma pesquisa bibliográfica a partir de renomados autores que investigam o tema dos vínculos afetivos prevalentes na atual sociedade, principalmente na fase da adolescência. Para percorrer este caminho analisamos alguns aspectos do cenário político-econômico e cultural a partir da Idade Média até a contemporaneidade, bem como a constituição do psiquismo a partir das relações afetivas estabelecidas entre os homens na contemporaneidade e mais propriamente na fase da adolescência, por ser esta uma fase de grandes mudanças e de novas identificações. Partimos da compreensão de Freud de que o homem é um ser construído no contato com a cultura, um ser do afeto, da falta e do conflito. Portanto, ele necessariamente necessita da relação com seus pares para empreender seu processo de sobrevivência e de individuação. Esperamos que, mediante a reflexão crítica da realidade, seja possível rever conceitos e vislumbrar mudanças, num tempo em que o debate sobre a afetividade e o estabelecimento de laços fraternos se configura como uma saída dos vínculos desruptivos que nos assolam. É importante ressaltar que este estudo não pretende ter uma postura reducionista e finalizante, pois, considera sobretudo a complexidade deste tema, a unicidade e a singularidade dos indivíduos, cada um dos quais apresenta ações e reações tão diversas e inesperadas diante do mesmo "espetáculo" a que estamos todos assujeitados. Da mesma forma, este artigo reitera a importância de pesquisas empíricas com os jovens e adolescentes de forma que a coleta de dados possa então estabelecer maior riqueza com o arcabouço teórico aqui exposto.


This article is linked to the intervention research project: "Phenix: the daring of subject individual's renaissance - phase II" and aims to provide reflections for the weekly practice of Psychology students of UEM in their interventions with teenagers of a social center of Maringa's periphery. It consists in a bibliographic research starting with authors that investigate the theme of affective bonds in the current society, mainly in the teenagers' phase. To follow this path we analyze some aspects of the political economic and cultural scenario since Middle Age until Contemporaneity, as well as the psyche constitution regarding the affective relations established by men in contemporaneity, but mainly during adolescence, since this phase provides great change and new identifications. We understand men from Freud's point of view, as beings constituted in the contact with culture, an affective, conflictive and lacking human being. Therefore, he necessarily needs to relate with pals to proceed his survival and individuation. We expect that this critical reflection on reality makes it possible to revise concepts and the perception of changes, in a time when the debate on affections and fraternal bonds mean a way out from the disruptive bonds that ravages us. It is important to highlight that the intention of this study is not reductionist and conclusive, once it considers above all the complexity of the theme, individuals' singularity and their exclusive reaction against the "spectacle" that we are all submitted. In the same way, this article reiterates the importance of empirical researches with teenagers and youths, so that data collection can bring new insights in relation to the theory exposed here.


Este artículo está relacionado con el proyecto de investigación-intervención "Phenix: la audacia del renacimiento del individuo-sujeto - fase II" y tiene como objetivo proporcionar sustento teórico para la práctica semanal del curso de psicología académica de la UEM en su intervención con adolescentes de un centro social en las afueras de la ciudad de Maringá. Consiste en una investigación bibliográfica de autores consagrados que investigan el tema de los vínculos afectivos prevalentes en la sociedad actual, principalmente en la etapa de la adolescencia. Para recorrer este camino analizamos algunos aspectos del escenario económico, político y cultural de la edad media a la contemporánea, así como la constitución de la psique de las relaciones establecidas entre los hombres en tiempos contemporáneos y más concretamente en la etapa de la adolescencia, siendo esta una fase de grandes cambios y nuevas identidades. Partimos de Freud para entender los hombres como un ser construido en contacto con la cultura, un ser del afecto, de la falta y del conflicto. Por lo tanto, requiere necesariamente la relación con sus compañeros para llevar a cabo su proceso de individuación y supervivencia. Esperamos que, a través de la reflexión crítica de la realidad, seá posible revisar conceptos y prever los cambios, en un momento cuando el debate sobre la afectividad y el establecimiento de los lazos fraternos se configura como una salida de los lazos desruptivos a hacer estragos. Es importante señalar que este estudio no pretende tener una postura reduccionista y acabado apagado por lo tanto, considera la complejidad de este tema, la unicidad y singularidad de los individuos, cada uno de los cuales presenta acciones y reacciones tan diverso e inesperado en el mismo "espectáculo" que todos estamos sometidos. Asimismo, este artículo reitera la importancia de la investigación empírica con jóvenes y adolescentes para que la recolección de datos puede establecer una mayor riqueza con la teórica aquí expuestos.


Cet article est lié à l'intervention-projet de recherche "Phenix : l'audace de la Renaissance de l'individu-sujet - phase II" et vise à fournir un appui théorique à la pratique hebdomadaire de cours universitaire de psychologie de l'UEM dans son intervention auprès des adolescents d'un centre social à la périphérie de la ville de Maringá. Se compose d'une recherche bibliographique des auteurs de renom qui enquête sur le thème des liens affectifs répandue dans la société actuelle, surtout au stade de l'adolescence. Pour parcourir ce chemin que nous analysons certains aspects de la scène politique et économique et culturelle du Moyen Age au contemporain, ainsi que la Constitution de la psyché des relations établies entre les hommes, à l'époque contemporaine et plus précisément au stade de l'adolescence, cela étant une phase de grands changements et de nouveaux identifiants. Nous sommes partis de Freud la compréhension que l'homme est qu'un être construit en contact avec la culture, un être de l'affection, de l'absence et le conflit. Par conséquent, il faut nécessairement la relation avec leurs pairs d'entreprendre sa survie et son processus d'individuation. Nous espérons que, par une réflexion critique de la réalité, il sera possible de revoir les concepts et envisager des changements, à un moment où le débat sur l'affectivité et la mise en place d'obligations fraternelles est configuré comme sortie des liens desruptivos à ravager. Il est important de noter que cette étude n'est pas prévue d'avoir une position réductionniste et arrivée devant considère donc la complexité de cette rubrique, l'unité et l'unicité des individus, chacun d'entre eux présente les actions et réactions aussi diverses et inattendues sur le même « spectacle ¼ que nous sommes tous soumis. De même, cet article réaffirme l'importance de la recherche empirique avec les jeunes et les adolescents afin que la collecte de données peut alors établir une plus grande richesse avec le théoriques exposés ici.

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