RESUMO
Resumo: Neste artigo, temos como objetivo estabelecer um diálogo entre as pesquisas construcionista social e feminista, destacando aproximações e possíveis tensões. Nossa discussão se faz a partir da sugestão da divisão da pesquisa feminista em três momentos: empiricista, standpoint e pós-moderno. Sugerimos que a interface entre as pesquisas construcionista social e feminista pós-moderna propõe a problematização de verdades universais, a partir da noção da construção social das realidades. A proposição epistemológica dessa interface é política e relacional, potencializa práticas pelo alargamento de possíveis temas e métodos de pesquisa, com especial interesse pelos efeitos de discursos opressivos para o cotidiano. Este artigo tem como principal contribuição o convite para que a comunidade científica se aproxime dos movimentos sociais feministas, reconhecendo suas demandas latentes e urgentes para transformação da sociedade.
Resumen: En este artículo, pretendemos establecer un diálogo entre la investigación construccionista social y la feminista, destacando similitudes y posibles tensiones. Nuestra discusión se basa en la sugerencia de dividir la investigación feminista en tres momentos: empirista, de punto de vista y posmoderna. Sugerimos que la interfaz entre la investigación construccionista social y la feminista posmoderna propone la problematización de las verdades universales, a partir de la noción de construcción social de las realidades. La propuesta epistemológica de esta interfaz es política y relacional, potencializa prácticas al ampliar posibles temas y métodos de investigación, con especial interés en los efectos de los discursos opresores en la vida cotidiana. El principal aporte de este artículo es invitar a la comunidad científica a acercarse a los movimientos sociales feministas, reconociendo sus demandas latentes y urgentes para la transformación de la sociedad.
Abstract: In this article, we aim to establish a dialogue between social constructionist and feminist research, highlighting similarities and possible tensions. Our discussion is based on the suggestion of dividing feminist research into three moments: empiricist, standpoint and postmodern. We suggest that the interface between social constructionist and postmodern feminist research proposes the problematization of universal truths, based on the notion of the social construction of realities. The epistemological proposition of this interface is political and relational, it potentiates practices by expanding possible themes and research methods, with a special interest in the effects of oppressive discourses on everyday life. The main contribution of this article is to invite the scientific community to approach feminist social movements, recognizing their latent and urgent demands for the transformation of society.