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1.
Estilos clín ; 25(3): 201-517, maio-dez. 2020.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1286404

RESUMO

Este trabalho se originou no atendimento psicanalítico de crianças com surdez e seus familiares. Considerou-se, na singularidade do encontro entre o analista e o sujeito, a língua de sinais como nó inquietante ao redor da qual o Real da transferência era percebido em seus efeitos e a posição ocupada pela criança no discurso materno evidenciava-se. Os efeitos da língua de sinais transitavam entre o incômodo, com tentativas de impedir sua circulação no discurso, e o apaziguamento, em momentos em que trazia sentido e fazia movimentar a cadeia de significantes. Para além da especificidade dos conteúdos analisados, pretende-se expor considerações quanto à língua materna dos sujeitos com surdez, articulando-a com conceitos referentes à dinâmica pulsional dos objetos a - voz e olhar. Tais objetos se apresentaram de modo singular e suas particularidades estiveram relacionadas à língua materna e ao modo como ela se colocou para os sujeitos quando ocorreu o diagnóstico da surdez. Para atingir os objetivos propostos, foram utilizados trechos dos casos clínicos analisados a fim de contribuir para o desenvolvimento das proposições e articulações teóricas.


Este trabajo se originó a partir del cuidado psicoanalítico de los niños sordos y sus familias, teniendo, en la singularidad del encuentro entre el analista y el sujeto, el lenguaje de señas como un nudo que trajo reflexiones, alrededor del cual se percibía lo Real de la transferencia en sus efectos y la posición ocupada por el niño en el discurso de la madre era evidente. Los efectos del lenguaje de señas pasaron entre la inquietud, con intentos de evitar su circulación en el discurso, y apaciguamiento, en momentos que dieron sentido y movieron la cadena de significantes. Además de la especificidad de los contenidos analizados, se presentan consideraciones con respecto a la lengua materna de los sujetos sordos, articulando conceptos relacionados con la dinámica de conducción de los objetos voz y mirada, que se presentaron de una manera única. Sus características se relacionaron con la lengua materna y con la forma cómo la lengua materna se presentó para los sujetos cuando recibieron el diagnóstico de la sordera. Para lograr los objetivos, se emplearon extractos de los casos clínicos analizados para contribuir al desarrollo de las proposiciones y articulaciones teóricas.


This work originated from the psychoanalytical care of deaf children and their families, having, in the singularity of the encounter between the analyst and the subject, the sign language as a disturbing knot, around which the Real of the transfer was perceived in its effects and the position occupied by the child in the mother's speech was evident. The effects of sign language passed between the nuisance, with attempts to prevent its circulation in the speech; and appeasement, in moments that brought meaning and moved the chain of signifiers. In addition to the specificity of the analyzed contents we intend to expose considerations regarding the mother tongue of deaf subjects, articulating concepts related to the drive dynamics of objects voice and gaze. These happened in a unique way and the particularities were related to the mother tongue and how it was placed for these subjects when deafness was diagnosed. To achieve the proposed objectives we will use some excerpts of the clinical cases analyzed, in the format of vignettes, in order to contribute to the development of the propositions and theoretical articulations.


Ce travail est né de la prise en charge psychanalytique des enfants sourds et de leurs familles. Dans la singularité de la rencontre entre l'analyste et le sujet, la langue des signes était vue comme un nœud inquiétant autour duquel le Réel du transfert était perçu dans ses effets et la place occupée par l'enfant dans le discours de la mère était évidente. Les effets du langage des signes évoluent entre l'inconfort, avec des tentatives d'empêcher sa circulation dans le discours, et l'apaisement, dans des moments où il apportait du sens et faisait bouger la chaîne des signifiants. En plus de la spécificité du contenu analysé, nous avons l'intention d'exposer des considérations concernant la langue maternelle des sujets atteints de surdité, en l'articulant avec des concepts liés à la dynamique pulsionnelle des objets à - voix et regard. Ces objets étaient présentés de manière unique et leurs particularités étaient liées à la langue maternelle et à la manière dont elle était présentée aux sujets lors du diagnostic de surdité. Pour atteindre les objectifs proposés, des extraits des cas cliniques analysés ont été utilisés afin de contribuer au développement de propositions et d'articulations théoriques.


Assuntos
Humanos , Masculino , Língua de Sinais , Transferência Psicológica , Surdez
2.
Rev. polis psique ; 5(1): 134-153, 2015.
Artigo em Francês | LILACS | ID: biblio-982998

RESUMO

Depuis le mouvement de reconnaissance de la langue des signes française des années 1980 et la législation promouvant l'égalité des chances des personnes handicapées (loi du 11 février 2005), les sourds locuteurs d'une langue visuo-gestuelle se sont mobilisés pour réclamer la présence de la langue des signes française comme condition d’accès au plein exercice de leur citoyenneté. Cette revendication, liant langue et instruction à l'accès à la citoyenneté, remonte à deux siècles. Afin d’explorer l'idée de citoyenneté, la place des sourds en tant qu’êtres parlants et "capables de" s'exprimer comme n’importe qui, servira d'analyseur. Nous nous efforcerons de déplacer la perspective : pour nous dégager de la conception statique du citoyen sourd comme sujet de droit ressortissant des lois et des institutions, nous tenterons de l’inscrire dans un processus de subjectivation politique toujours soumis à l'épreuve de l'égalité.


Desde o movimento de reconhecimento da língua francesa de sinais nos anos 1980 e a legislação promovendo oportunidades igualitárias para pessoas com deficiência (lei de 11 de fevereiro de 2005), pessoas surdas que utilizam língua gestual-visual têm se mobilizado para solicitar a presença da língua de sinais como uma condição para o acesso ao pleno exercício de sua cidadania. Esta questão, relacionando língua e instrução com o acesso de pessoas surdas à cidadania, surgiu há dois séculos. Com a finalidade de explorar a ideia de cidadania, o papel de pessoas surdas como seres falantes e “aptos a” expressarem-se como qualquer outro, servirá aqui como analisador. Tentaremos mover de uma perspectiva a outra. Com a finalidade de nos distanciarmos de uma concepção estática do cidadão surdo como sujeito jurídico emergindo de leis e instituições, nós o consideramos como inscrito em um processo de subjetivação política submetido sempre à prova da igualdade.


Since the French sign language recognition's movement in the 80's and the legislation promoting equal opportunities for disabled persons (law of February 11th, 2005), Deaf people using a visual-gestural language have mobilized to claim French sign language's presence as a condition of access to the full exercise of their citizenship. This question, linking language and instruction with Deaf people's access to citizenship, dates back to two centuries ago. In order to explore the idea of citizenship, Deaf people's role as talking beings and "able to" express themselves like anyone else, will serve here as analyzer. We will try to move from one perspective to another: in order to move forward from the static conception of the Deaf citizen as a legal subject emerging from laws and institutions, we will rather consider him as part of a process of political subjectivation always depending on the test of equality.


Desde el movimiento de reconocimiento de la lengua de señas francesa en los años 1980 y la legislación que promueve igualdad de oportunidades para las personas discapacitadas (ley de 11 de febrero de 2005), las personas sordas locutores de una lengua visual-gestual han reclamado la lengua de señas como condición del pleno ejercicio de su ciudadanía. Esta reivindicación, que condiciona lengua e instrucción al acceso a la ciudadanía, surgió hace dos siglos. Con la finalidad de explorar la idea de ciudadanía, el papel de las personas sordas como seres hablantes y "capaces de" expresarse como cualquier otro, servirá como analizador. Intentaremos desplazar la perspectiva : para liberarnos de una concepción estática del ciudadano sordo como sujeto de derechos emergente de leyes e de instituciones, lo inscribiremos en un proceso de subjetivación política sometido incesantemente a la prueba de la igualdad.


Assuntos
Humanos , Participação da Comunidade , Educação de Pessoas com Deficiência Auditiva , Política , Língua de Sinais
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