Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 13 de 13
Filtrar
1.
Rev. méd. Urug ; 39(3)sept. 2023.
Artigo em Espanhol | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1515426

RESUMO

Introducción: los cannabinoides pueden ser una opción válida para el tratamiento del dolor crónico no oncológico de acuerdo a los estudios publicados hasta el momento y a nuestra experiencia clínica. Objetivo: valorar el beneficio clínico de preparados de cannabis medicinal (CM) para dolor crónico no oncológico en pacientes que consultaron en la Clínica de Endocannabinología del Uruguay (CEDU). Material y método: estudio descriptivo, observacional, longitudinal, de una población atendida en un centro privado de salud. Se trata de una cohorte de 438 pacientes que consultaron espontáneamente en CEDU desde septiembre de 2016 a marzo de 2020. El motivo de consulta fue dolor crónico no oncológico que no respondió al tratamiento estándar. Resultados: en la cohorte estudiada predominaron las mujeres (74%), promedio 69 años, que se asisten en el sistema privado de salud en el 95% de los casos, en su mayoría con instrucción secundaria. El tipo de dolor más frecuente fue el dolor osteoarticular. El quimiotipo de CM más usado fue cannabidiol (CBD) al 5%, con buena respuesta al tratamiento en el descenso del nivel del dolor y suspensión o disminución de uso de opioides (y derivados) y antiinflamatorios no esteroideos (AINES). Se observaron escasos y leves efectos adversos (EA) en la gran mayoría de los pacientes. Abandonaron el tratamiento 12 pacientes (menos del 3%). Conclusiones: esta investigación retrospectiva mostró una caída del nivel del dolor de 3,14 (valor p ≤ 0,0001), indicando que el CM puede ser una opción para el tratamiento del dolor crónico no oncológico. Se requieren más estudios para demostrar la efectividad y seguridad de los cannabinoides. Esto depende de muchos factores (leyes que faciliten la accesibilidad a variedad de productos de CM de grado médico, incentivos a la ciencia e investigación). De todas formas, podemos afirmar que los resultados presentados son prometedores en relación con su potencial terapéutico.


Introduction: Cannabinoids can be a valid option for the treatment of chronic non-cancer pain, according to the studies published to date and our clinical experience. Objectives: To evaluate the clinical benefit of medicinal cannabis preparations (MCPs) for chronic non-cancer pain in patients seen at the Endocannabinology Clinic of Uruguay (CEDU). Method: Descriptive, observational, longitudinal study of a population treated at a private healthcare center. This involves a cohort of 438 patients who spontaneously consulted at CEDU from September 2016 to March 2020. The reason for consultation was chronic non-cancer pain that did not respond to standard treatment. Results: in the studied cohort, women prevailed and accounted for 74% of patients. Average age was 69 years old and 95% of them sought care within the private healthcare system. Most women had completed secondary school education. The most frequent type of pain was osteoarticular pain. The most used chemovar of Medicinal Cannabis (MC) was 5% cannabidiol (CBD), showing a favorable treatment response in reducing pain levels and the discontinuation or reduction of opioid and non-steroidal anti-inflammatory drug (NSAID) usage. Few and mild adverse effects (AE) were observed in the vast majority of patients. Twelve patients (less than 3%) discontinued the treatment. Conclusions: This retrospective study demonstrated a reduction in pain level of 3.14 (p-value ≤ 0.0001) indicating that MC could be an option for the treatment of non-oncological chronic pain. Further studies are needed to demonstrate the effectiveness and safety of cannabinoids. This depends on many factors (laws facilitating accessibility to a variety of medical-grade MC products, incentives for science and research). Nevertheless, we can assert that the presented results are promising in consideration of their therapeutic potential.


Introdução: os canabinoides podem ser uma opção válida para o tratamento da dor crônica não oncológica de acordo com estudos publicados até o momento e nossa experiência clínica. Objetivos: avaliar o benefício clínico das preparações de Cannabis Medicinal (CM) para dor crônica não oncológica em pacientes que consultaram a Clínica de Endocanabinologia do Uruguai (CEDU). Método: estudo descritivo, observacional, longitudinal de uma população atendida em um centro de saúde privado. Esta é uma coorte de 438 pacientes que consultaram espontaneamente no CEDU no período setembro de 2016 - março de 2020. O motivo da consulta foi dor crônica não oncológica que não respondeu ao tratamento padrão. Resultados: na coorte estudada, 74% eram mulheres, a idade média foi 69 anos, 95% frequentam a rede privada de saúde e a maioria com ensino médio. O tipo de dor mais frequente foi a osteoarticular. O quimiotipo de MC mais utilizado foi o Canabidiol 5% (CBD), com boa resposta ao tratamento em termos de redução do nível de dor e suspensão ou redução do uso de opioides (e derivados) e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). A grande maioria dos pacientes apresentou poucos e leves efeitos adversos (EAs). Menos de 3% dos 12 pacientes abandonou o tratamento. Conclusões: Esta investigação retrospectiva mostrou uma queda no nível de dor de 3,14 (valor de p ≤ 0,0001), indicando que o MC pode ser uma opção para o tratamento da dor crônica não oncológica. São necessários mais estudos para demonstrar a eficácia e segurança dos canabinoides. Isso depende de muitos fatores (leis que facilitem o acesso a uma variedade de produtos CM de grau médico, incentivos para ciência e pesquisa). De qualquer forma, podemos afirmar que os resultados apresentados são promissores em relação ao seu potencial terapêutico.

2.
BrJP ; 6(supl.1): 12-18, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447561

RESUMO

ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: Several studies have shown the growing interest and consumption of cannabinoids and medical cannabis (MC), with management of chronic pain being one of its main therapeutic recommendations. The objective of this study was to review and analyze the results of the most recent preclinical and clinical research on the application of MC and cannabinoids to understand their analgesic efficacy. CONTENTS: A literature review was performed in Pubmed. Preclinical research has shown the role of the endocannabinoid system in pain pathways through the identification of its action sites and pain modulation mechanisms. Numerous clinical studies have endeavored to demonstrate the efficacy of CM and cannabinoids in the management of various pain syndromes. Some international guidelines have already incorporated the use of MC and cannabinoids, but as third or fourth-line treatment and, in most cases, with weak recommendation. CONCLUSION: Despite the growing production of scientific knowledge, the data currently available still lack high-quality evidence to define the efficacy and analgesic potency of cannabinoids. Larger preclinical and clinical research are needed to understand the status of cannabinoids in pain management, as well as to generate high-quality evidence to include or not the use of MC and cannabinoids in guidelines for the management of the various pain syndromes.


RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Diversos trabalhos têm constatado o crescente interesse e o consumo de canabinoides e cannabis medicinal (CM), sendo o auxílio no manejo da dor crônica uma de suas principais indicações terapêuticas na atualidade. O objetivo deste estudo foi revisar e analisar os resultados das mais recentes pesquisas pré-clínicas e clínicas da aplicação da CM e dos canabinoides para compreensão de sua eficácia analgésica. CONTEÚDO: Foi realizada uma revisão de literatura no sistema de busca Pubmed. Pesquisas pré-clínicas têm evidenciado o papel do sistema endocanabinoides nas vias da dor, através da identificação de seus locais de atuação e mecanismos de modulação da dor. Inúmeros estudos clínicos têm mostrado eficácia da CM e dos canabinoides para manejo de diversas síndromes dolorosas. Algumas diretrizes internacionais já incorporaram o uso de CM e canabinoides, mas como tratamento de terceira ou quarta linha e, na maioria dos casos, com poucas recomendações. CONCLUSÃO: Apesar da crescente produção de conhecimento científico, os dados atualmente disponíveis ainda carecem de evidências de alta qualidade para definição da eficácia e poder analgésico dos canabinoides. São necessários maiores estudos pré-clínicos e clínicos para que se possa compreender melhor o status dos canabinoides no manejo da dor, assim como gerar evidências de alta qualidade para incluir ou não o uso da CM e dos canabinoides nos guidelines de manejo das diversas síndromes dolorosas.

3.
BrJP ; 6(supl.1): 38-43, 2023.
Artigo em Inglês, Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447554

RESUMO

ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: Interest in the use of marijuana (Cannabis sativa) for medicinal purposes has increased exponentially in recent decades, and the plant and its derivatives are becoming more frequently found in prescriptions for patients with chronic pain. All prescription drugs and illicit substances have adverse effects, even those from plants, fruits, and flowers, as has been well established with the use of tobacco, alcohol, and opium. Marijuana is no exception. The purpose of this study was to review and synthesize the evidence related to the adverse effects promoted by plant-derived cannabinoids, and the implications for the safety of using these substances in pain patients. CONTENTS: A narrative review was conducted based on articles published in scientific journals indexed in Pubmed and Scielo between the years 2000 and 2022. CONCLUSION: The evidence is still contradictory and weak on many aspects of adverse effects and clearly there is a need for further research and advances towards a more detailed elucidation of these effects for both non-medical and medical cannabis use. Screening and monitoring of such use, identifying situations of vulnerability to mental illness and dependence, with careful surveillance for adverse effects, is critical.


RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O interesse na utilização da maconha (Cannabis sativa) com fins medicinais aumentou de forma exponencial nas últimas décadas e a planta e seus derivados vêm se tornando mais frequentemente encontrados nas prescrições médicas de pacientes com dor crônica. Todos os fármacos prescritos e substâncias ilícitas têm efeitos adversos, mesmo aquelas provenientes de plantas, frutas e flores, como já ficou bem estabelecido com o uso do tabaco, álcool e ópio. A maconha não é exceção. O objetivo deste estudo foi revisar e sintetizar as evidências relacionadas aos efeitos adversos promovidos pelos canabinoides derivados da planta, e às implicações sobre a segurança do uso destas substâncias em pacientes com dor. CONTEÚDO: Foi realizada uma revisão narrativa baseada em artigos publicados em revistas científicas indexadas no Pubmed e Scielo, entre os anos de 2000 e 2022. CONCLUSÃO: As evidências ainda são contraditórias e frágeis em relação a muitos aspectos dos efeitos adversos e claramente há a necessidade de mais pesquisas e avanços para uma elucidação mais detalhada destes efeitos tanto para o uso não medicinal quanto médico de cannabis. É fundamental uma triagem e monitoramento desse uso, identificando situações de vulnerabilidade a doenças mentais e dependência, com cuidadosa vigilância de efeitos adversos.

4.
BrJP ; 6(supl.2): 75-79, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513796

RESUMO

ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: Cannabis sativa is a plant that has been used by humankind for many years and is in the media spotlight due to its pharmacological features, being considered the great therapeutic option of the century. With the advent of the Drug Law (Lei de Drogas - Law No. 11,343/2006) there was a starting point for the situation of cannabis in Brazil. Thus, the objective of this narrative review was to discuss information about legal issues regarding cannabis in the Brazilian territory. CONTENTS: The Collegiate Directorate Resolution (Resolução da Diretoria Colegiada - RDC) No. 327 of December 2019, published by Brazilian Health Surveillance Agency (Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA), provides on the procedures for granting health authorization for manufacturing and importation, as well as establishes requirements for marketing, prescription, storage, monitoring and surveillance of cannabis products for medicinal purposes to human use. The Bill of Law (Projeto de Lei - PL) No. 399/2015, proposed to amend article 2 of Law No. 11,343, of August 23, 2006, to enable planting and marketing of drugs containing extracts, substrates or parts of the cannabis plant. CONCLUSION: Cannabis cultivation in Brazil would make a great contribution not only to the pharmaceutical industry, but also to the agricultural industry, generating jobs and reducing raw material costs for drugs. However, the slow pace of Brazilian politics would be an obstacle. There is a need for more consolidated and specific legislation to regulate cannabis.


RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A Cannabis sativa é uma planta utilizada pela humanidade há muitos anos e está em evidência nas mídias devido ao seu caráter farmacológico, sendo considerada a grande opção terapêutica do século. Com o advento da Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006) houve um ponto de partida para a situação da cannabis no Brasil. Dessa forma, o objetivo desta revisão narrativa foi discorrer sobre informações acerca de questões legais quanto à cannabis no território brasileiro. CONTEÚDO: A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 327, de dezembro de 2019, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), dispõe sobre os procedimentos para a concessão da autorização sanitária para a fabricação e a importação, bem como estabelece requisitos para a comercialização, prescrição, dispensação, monitoramento e a fiscalização de produtos de cannabis para fins medicinais de uso humano. O Projeto de Lei (PL) nº 399/2015, propôs alterar o artigo 2º da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, para viabilizar o plantio e a comercialização de fármacos que contenham extratos, substratos ou partes da planta cannabis. CONCLUSÃO: O cultivo da cannabis no Brasil traria uma grande contribuição não só para a indústria farmacêutica, como também para a indústria agrícola, na geração de empregos e na redução dos custos da matéria-prima de fármacos. No entanto, a morosidade da política brasileira seria um empecilho. Há necessidade de uma legislação mais consolidada e específica para regulamentação da cannabis.

5.
BrJP ; 6(supl.2): 85-89, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513798

RESUMO

ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: Cannabis is the most popular and consumed illicit drug in the world, it has about 540 bioactive phytocannabinoids, including tetrahydrocarbinol (THC) and cannabidiol (CBD). The therapeutic potential of phytocannabinoids has been the subject of many studies in recent decades for many medical situations, including the management of chronic pain. The advent of pharmacogenetics currently allows the indication of the Cannabis dose to be evaluated individually. The objective of this work was to carry out a survey of the literature on the medicinal use of Cannabis and the application of pharmacogenetics in this therapy. CONTENTS: THC and CBD phytocannabinoids are the most abundant and researched. In the endocannabinoid system there are compounds similar to phytocannabinoids, cell receptors and metabolism enzymes. All these molecules are secreted from genes, which may have individual genetic polymorphisms that determine the modulation of the endocannabinoid system, and consequently impact the patients' therapeutic response. CONCLUSION: The existence of genetic tests for the prior assessment of the patients genetic profile in order to avoid side effects and to have more assertiveness in the indication of the cannabis product is an important tool to increase adherence to cannabis treatment.


RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A cannabis é a droga ilícita mais popular e consumida no mundo, possuindo cerca de 540 fitocanabinoides bioativos, entre eles o tetra-hidrocarbinol (THC) e o canabidiol (CBD). O potencial terapêutico dos fitocanabinoides tem sido alvo de muitos estudos nas últimas décadas para muitas situações médicas, incluindo o manejo da dor crônica. O advento da farmacogenética permite que atualmente a indicação da dose de cannabis seja avaliada individualmente. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento da literatura sobre o uso medicinal da cannabis e a aplicação da farmacogenética nessa terapia. CONTEÚDO: Os fitocanabinoides THC e CBD são os mais abundantes e pesquisados. No sistema endocanabinoide, existem compostos similares aos fitocanabinoides, receptores celulares e enzimas de metabolismo. Todas essas moléculas são secretadas a partir de genes que podem possuir polimorfismos genéticos individuais determinantes para a modulação do sistema endocanabinoide e, consequentemente, impactam a resposta terapêutica do paciente. CONCLUSÃO: A existência de testes genéticos para avaliação prévia do perfil genético do paciente a fim de evitar efeitos colaterais e ter mais assertividade na indicação do produto de cannabis é uma importante ferramenta para aumentar a aderência ao tratamento com cannabis.

6.
BrJP ; 6(supl.2): 126-130, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513799

RESUMO

ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: The individualization of treatment has been recognized as essential in medical practice, especially due to the demand for different therapeutic approaches for similar situations. However, the complex and variable nature of the phytocannabinoids present in the cannabis plant presents challenges for the application of traditional models for testing the efficacy and safety of new drugs. The objective of the present study was to highlight the particularities of cannabis, including genetic variety, cultivation and production, which make it difficult to comply with traditional drug registration protocols, and the importance of individualizing treatment in the use of cannabis for the control of pain. CONTENTS: Traditional models for testing the efficacy and safety of new drugs are based on a rigid methodology, divided into development and post-market phases. However, the complexity of the cannabis plant, with hundreds of actives that can vary according to the genetic variety, cultivation and production process, makes the application of these models difficult. In addition, international rules do not allow the registration of patents on cannabis products, due to the consideration that they are natural products and the extraction methods are already used in the industry for other plant actives. The individualization of treatment is fundamental in the use of cannabis for pain control, given the complexity of the plant and the limitations of traditional models of testing and drug registration. CONCLUSION: The particularities of cannabis, such as genetic variability and the impossibility of registering patents, make compliance with current protocols difficult. However, the individualization of treatment allows adapting therapies to the needs of each patient, considering effectiveness and tolerance of side effects. Therefore, there is a need to rethink research and registry models to allow for a more flexible and personalized approach in the field of cannabis medicines.


RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A individualização do tratamento tem sido reconhecida como essencial na prática médica, especialmente devido à demanda por diferentes abordagens terapêuticas para situações semelhantes. No entanto, a natureza complexa e variável dos fitocanabinoides presentes na cannabis apresenta desafios para a aplicação dos modelos tradicionais de testes de eficácia e segurança de novos fármacos. O objetivo deste estudo foi destacar as particularidades da cannabis, incluindo a variedade genética, o cultivo e a produção, que dificultam a conformidade com os protocolos tradicionais de registro de medicamentos, e bem como a importância da individualização do tratamento na utilização da cannabis para o controle da dor. CONTEÚDO: Os modelos tradicionais de testes de eficácia e segurança de novos fármacos são baseados em uma metodologia rígida, dividida em fases de desenvolvimento e pós-mercado. No entanto, a complexidade da planta de cannabis, com centenas de ativos que podem variar de acordo com a variedade genética, o cultivo e o processo de produção, torna difícil a aplicação desses modelos. Além disso, as regras internacionais não permitem o registro de patentes de produtos canábicos, devido à consideração de que são produtos naturais e os métodos de extração já são utilizados na indústria para outros ativos vegetais. A individualização do tratamento é fundamental na utilização da cannabis para o controle da dor, dada a complexidade da planta e as limitações dos modelos tradicionais de testes e registro de fármacos. CONCLUSÃO: As particularidades da cannabis, como a variabilidade genética e a impossibilidade de registro de patentes, dificultam a conformidade com os protocolos atuais. No entanto, a individualização do tratamento permite adaptar as terapias às necessidades de cada paciente, considerando a efetividade e a tolerância aos efeitos colaterais. Portanto, é necessário repensar os modelos de pesquisa e registro para permitir uma abordagem mais flexível e personalizada no campo dos fármacos canábicos.

7.
BrJP ; 6(supl.2): 103-108, 2023.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513800

RESUMO

ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: The use of cannabis for medical purposes is known since ancient times. The endocannabinoid system is present throughout central and peripheral nervous system and plays a role in many important regulatory physiological processes like immune function, synaptic plasticity, pain and regulation of stress and emotion, among others. Due to its wide distribution and according to researches, cannabis can be indicated for symptoms management in different disorders such as chronic pain, headache, epilepsy, anxiety and other psychiatric disorders. The primary cannabinoids studied to date include delta-9-tetrahydrocannabinol (THC), cannabinol (CBN), cannabigerol (CBG), and tetrahydrocannabivarin (THCV). The active ingredients in cannabis include flavonoids, terpenes, delta-9-tetrahydrocannabinol (THC), cannabidiol (CBD) and they are able to act within the endocannabinoid system and decrease nociception and also the frequency of the symptoms. The purpose of the article is to document the validity of how medical cannabis can be utilized as an alternative therapy for chronic headache management and enlighten about false beliefs regarding its use. CONTENTS: Sixty-four relevant articles were selected after a thorough screening process using PubMed and Google Scholar databases. The following keywords were used: "Cannabis", "Medical Marijuana", "Headache", "Migraine", "Cannabis and Migraine", "Cannabis and Headache". This literature study demonstrates that medical cannabis use decreases migraine duration and frequency and headaches of unknown origin. CONCLUSION: Patients suffering from migraines and related conditions may benefit from medical cannabis therapy due to its convenience and efficacy.


RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O uso da cannabis medicinal é conhecido desde a antiguidade. O sistema endocanabinoide está distribuído no sistema nervoso central e periférico e atua como importante regulador em processos fisiológicos como função imune, plasticidade sináptica, regulação da dor e das emoções/estresse, entre outros. Devido à sua ampla distribuição e, de acordo com pesquisas, a cannabis pode ser indicada no manejo de sintomas em diferentes condições, como dor crônica, cefaleias, epilepsia, ansiedade e outras doenças psiquiátricas. Os canabinoides primários estudados são o 9-tetrahydrocannabinol (THC), cannabinol (CBN), canabigeral (CBG), e a tetrahidrocannabivarina (THCV). Os ingredientes ativos da cannabis incluem flavonoides, terpenos, delta-9- tetrahydrocannabinol (THC), canabidiol (CBD), e eles são capazes de agir dentro do sistema endocanabinoide e diminuir a nocicepção e a frequência dos sintomas. O objetivo deste estudo foi documentar a validade de como a cannabis medicinal pode ser utilizada como terapia alternativa para o manejo da cefaleia crônica, além de esclarecer sobre falsas crenças ligadas a seu uso. CONTEÚDO: Sessenta e quatro artigos foram selecionados por meio de pesquisa nas bases de dados Pubmed e Google Scholar. As seguintes palavras-chave foram usadas: "Cannabis", "Maconha Medicinal", "Cefaleia", "Enxaqueca", "Cannabis e Enxaqueca", "Cannabis e Cefaleia". A literatura mostra que o uso da cannabis medicinal reduz a duração e a frequência da enxaqueca e das cefaleias de origens não conhecidas. CONCLUSÃO: Pacientes sofrendo com enxaqueca e condições relacionadas podem se beneficiar da terapia com cannabis devido à sua conveniência e eficácia.

8.
Arq. ciências saúde UNIPAR ; 27(8): 4537-4559, 2023.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1444413

RESUMO

presente revisão visa sumarizar os estudos que abordam o uso de fitocanabinóides em pacientes com doenças neuropsiquiátricas, abordando os benefícios e possíveis efeitos adversos que podem ser observados. Foi realizada uma revisão integrativa de literatura com descritores MeSH: Cannabis, Medical Marijuana, Neurology, Neuropsychiatry e as bases de dados: PubMed, MEDLINE, CINAHL, SCOPUS, Web of Science e SciELO. Selecionou-se artigos entre 2015 a 2021 utilizando como critérios de inclusão, artigos que abordassem sobre o uso de fitocanabinoides em pacientes com doenças neurológicas e/ou psiquiátricas, disponíveis integralmente nos bancos de dados sem restrição de idioma. Após análise, foram encontrados 15 artigos, que evidenciaram benefícios como: propriedades ansiolíticas, antiepilépticas, antiparkinsonianas, antipsicóticas, de estabilização de humor, além de ser benéfico na regulação do sono, na Síndrome de Tourette, na demência, dores crônicas, amenização de sintomas eméticos dos tratamentos oncológicos e da espasticidade na esclerose múltipla, no TEPT e no autismo. Além disso, os fitocanabinoides parecem ter propriedades anti-inflamatórias e de neuroproteção. Entretanto, efeitos colaterais também foram observados, sendo os principais: piora no desempenho em testes cognitivos, sintomas gastrointestinais, sonolência, agitação, piora de alguns transtornos psiquiátricos, diminuição da concentração, aumento da ansiedade social, bem como boca e olhos secos. Conclui-se portanto que os fitocanabinóides podem apresentar ação terapêutica benéfica no tratamento de condições neuropsiquiátricas, tratamento de doenças neurodegenerativas, propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras e tratamento de dores crônicas, entretanto devem ser considerados e monitorados os efeitos adversos em cada paciente.


This review aims to summarize the studies that address the use of phytocannabinoids in patients with neuropsychiatric diseases, addressing the benefits and possible adverse effects that can be observed. An integrative literature review was conducted with MeSH descriptors: Cannabis, Medical Marijuana, Neurology, Neuropsychiatry and the databases: PubMed, MEDLINE, CINAHL, SCOPUS, Web of Science and SciELO. Articles were selected between 2015 and 2021 using as inclusion criteria articles that addressed the use of phytocannabinoids in patients with neurological and/or psychiatric diseases, available in full in the databases without language restriction. After analysis, 15 articles were found, which showed benefits such as: anxiolytic, antiepileptic, antiparkinsonian, antipsychotic, mood stabilization properties, besides being beneficial in sleep regulation, Tourette's syndrome, dementia, chronic pain, mitigation of emetic symptoms of cancer treatments and spasticity in multiple sclerosis, PTSD and autism. In addition, phytocannabinoids appear to have anti-inflammatory and neuroprotective properties. However, side effects have also been observed, the main ones being: worsening performance in cognitive tests, gastrointestinal symptoms, drowsiness, agitation, worsening of some psychiatric disorders, decreased concentration, increased social anxiety, as well as dry mouth and eyes. Therefore, it is concluded that phytocannabinoids may present beneficial therapeutic action in the treatment of neuropsychiatric conditions, treatment of neurodegenerative diseases, anti-inflammatory and neuroprotective properties and treatment of chronic pain, however, the adverse effects in each patient should be considered and monitored.


Esta revisión tiene como objetivo resumir los estudios que abordan el uso de fitocanabinoides en pacientes con enfermedades neuropsiquiátricas, abordando los beneficios y posibles efectos adversos que pueden observarse. Se realizó una revisión integral de la literatura con los descriptores de MeSH: Cannabis, Medical Marijuana, Neurology, Neuropsychiatry y las bases de datos: PubMed, MEDLINE, CINAHL, SCOPUS, Web of Science y SciELO. Se seleccionaron artículos entre 2015 y 2021, utilizando como criterios de inclusión artículos que abordaban el uso de fitocanabinoides en pacientes con enfermedades neurológicas y/o psiquiátricas, disponibles enteramente en las bases de datos sin restricción lingüística. Después del análisis se encontraron 15 artículos que mostraron beneficios tales como: propiedades ansiolíticas, antiepilépticas, antiparkinsonianas, antipsicóticas, estabilizadoras del estado de ánimo, además de ser beneficiosos para regular el sueño, en el síndrome de Tourette, en demencia, dolor crónico, alivio de los síntomas eméticos de los tratamientos contra el cáncer y de la espasticidad en esclerosis múltiple, TEPT y autismo. Además, los fitobarabinoides parecen tener propiedades antiinflamatorias y neuroprotectoras. Sin embargo, también se observaron efectos adversos, siendo los principales: empeoramiento del desempeño en las pruebas cognitivas, síntomas gastrointestinales, somnolencia, agitación, empeoramiento de algunos trastornos psiquiátricos, disminución de la concentración, aumento de la ansiedad social, así como sequedad de boca y ojos. Por lo tanto, se concluye que los fitocanabinoides pueden tener una acción terapéutica beneficiosa en el tratamiento de las afecciones neuropsiquiátricas, el tratamiento de las enfermedades neurodegenerativas, las propiedades antiinflamatorias y neuroprotectoras y el tratamiento del dolor crónico, sin embargo, se deben considerar y monitorizar los efectos adversos en cada paciente.

9.
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1398946

RESUMO

Objetivo: apresentar o estado da arte das publicações expressas na literatura cientifica mundial sobre a temática, bem como identificar os benefícios terapêuticos da Cannabis medicinal no tratamento da dor. Método: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cuja busca de dados foi realizada nas bibliotecas virtuais. Web of Science, Scopus, Medline, IBECS, Lilacs, Cochrane Library, Emerald Insight e Scielo no período de agosto a outubro de 2021. Resultados: foram encontrados 367 artigos. Quarenta e três artigos foram selecionados para serem lidos na íntegra e 15 atenderam aos critérios desta revisão. Conclusão: as evidências mostram que embora cada vez mais prescritos ou autorizados, a cannabis medicinal ou os Canabinóides para a dor crónica continuam a ser controversos para muitos médicos.


Objective: to present the state of the art of publications expressed in the world scientific literature on the subject, as well as to identify the therapeutic benefits of medicinal cannabis in the treatment of pain. Method: this is an integrative literature review, whose data search was performed in virtual libraries. Web of Science, Scopus, Medline, IBECS, Lilacs, Cochrane Library, Emerald Insight and Scielo from August to October 2021. Results: 367 articles were found. Forty-three articles were selected to be read in full and 15 met the criteria of this review. Conclusion: evidence shows that although increasingly prescribed or authorized, medical cannabis or Cannabinoids for chronic pain remain controversial for many physicians.


Objetivo: presentar el estado del arte de las publicaciones expresadas en la literatura científica mundial sobre el tema, así como identificar los beneficios terapéuticos del cannabis medicinal en el tratamiento del dolor. Método: se trata de una revisión integradora de la literatura, cuya búsqueda de datos se realizó en bibliotecas virtuales. Web of Science, Scopus, Medline, IBECS, Lilacs, Cochrane Library, Emerald Insight y Scielo de agosto a octubre de 2021. Resultados: se encontraron 367 artículos. Se seleccionaron 43 artículos para ser leídos en su totalidad y 15 cumplieron con los criterios de esta revisión. Conclusión: la evidencia muestra que, aunque cada vez más se prescribe o autoriza, el cannabis medicinal o los cannabinoides para el dolor crónico siguen siendo controvertidos para muchos médicos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Canabinoides/uso terapêutico , Dor Crônica/terapia , Maconha Medicinal/uso terapêutico , Neoplasias/terapia , Cannabis/efeitos dos fármacos
10.
Saúde Soc ; 29(3): e190856, 2020. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1127376

RESUMO

Resumo O objetivo deste trabalho é analisar o autocultivo de Cannabis para fins medicinais no Brasil, avaliando em que medida a prática poderia ser enquadrada como uma tecnologia social, na formulação de Renato Dagnino. Com base em dados coletados em trabalho de campo (entrevistas semiestruturadas) em dois centros urbanos no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro) e de uma participante nos Estados Unidos, identificam-se características dessas práticas que as aproximam de uma tecnologia social, como a adaptação a pequena escala, o atendimento a demandas sociais por meio de trabalho cognitivo, a participação ativa de produtores e usuários em seu desenvolvimento, e a ausência de diferenciação entre patrão e empregado. Pondera-se, entretanto, que a noção de tecnologia social está bastante ligada a um objetivo de transformação do setor produtivo, o que talvez limite a aplicação desse conceito em situações de produção não-comercial, para atendimento de necessidades diretas; e que a consideração dos riscos na produção de medicamentos talvez torne pouco aconselhável a generalização de práticas caseiras como a do autocultivo. Propõe-se que essa situação poderia ser remediada com o emprego de estratégias de ciência aberta e cidadã, envolvendo o diálogo com instituições públicas do campo tecnológico e científico.


Abstract The objective of this study is to analyze Cannabis self-cultivation for medicinal purposes in Brazil, evaluating to what extent the practice may fit into the framework of what Renato Dagnino termed a social technology. Based on data collected during fieldwork (semi-structured interviews) carried out in two Brazilian urban centers (São Paulo and Rio de Janeiro) and from a participant in the United States, we identified characteristics of these practices that make them akin to a social technology: adaptation to small-scale production, use of cognitive labor to meet social demands, active participation of producers and users in the practice's development, and lack of differentiation between boss and employee. It is worth noting, however, that the notion of social technology is closely linked to the objective of transforming the productive sector. This may limit the application of this concept to non-commercial production aimed at satisfying direct needs. Moreover, given the risks involved in the production of medicines, the generalization of homemade practices such as self-cultivation may not be advisable. These issues could be remedied by the use of open, democratic and citizen-oriented scientific strategies, involving dialogue with public institutions in the technological and scientific field.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Maconha Medicinal , Tecnologia Culturalmente Apropriada , Uso da Maconha/terapia
11.
Texto & contexto enferm ; 28(spe): e202, 2019. graf
Artigo em Inglês | BDENF, LILACS | ID: biblio-1020978

RESUMO

ABSTRACT Objective: to evaluate the perception of harm and benefits from using marijuana in adolescents', to determine lifetime, past year and past month prevalence of marijuana use; and to analyze the relationship between marijuana use and the perception of harm and benefits from using marijuana. Methods: multi-centric, quantitative cross sectional survey design method was utilized for this research. Data was collected using structured standardized approved questionnaire. A total of 273 students from three high schools in two cities of the country of Belize participated in the survey conducted in 2015. Results: lifetime prevalence of marijuana use of 41.4% (39.2% past year, 24.9% past 30 days), and average age of onset of 12 years. First time prevalence of marijuana use among students by sex indicated 53.1% male students used marijuana as compared to 46.9% female students with no significant (p>0.05) statistical difference seen between genders. Participants reported that their friends use marijuana (45.1%); while 68.1% of the marijuana users had some friends that use marijuana. 51% of the students surveyed stated that they would not use marijuana, even if it were legally available. The majority (70%) perceived no risk to using marijuana occasionally. Statistical analysis revealed that a high perception of benefits, a low risk perception and friends' use of marijuana was associated with individual use as well as intention to use in a hypothetical context of regulatory changes. Conclusion: the Belizean school-aged adolescents are more than likely to smoke marijuana because of friends' influence, low perception of risks and if marijuana is legally available and accessible to them.


RESUMEN Objetivo: evaluar la percepción de los daños y beneficios del uso de la marihuana en adolescentes, para determinar la prevalencia de consumo de marihuana a lo largo de la vida, en el último año y en el último mes; y analizar la relación entre el consumo de marihuana y la percepción de los daños y beneficios de su uso. Métodos: se utilizó un estudio multicéntrico para el método de corte transversal cuantitativo. Se recolectaron los datos a través de una encuesta estructurada, estandarizada y aprobada. Un total de 273 estudiantes de tres escuelas secundarias en dos ciudades del país de Belice participaron en la encuesta realizada en 2015. Resultados: los resultados demostraron que la prevalencia del consumo de marihuana a lo largo de la vida fue de 41,4% (39,2% el año pasado, y 24,9% en los últimos 30 días) y la edad media de inicio fue de 12 años. La prevalencia del uso de la marihuana por primera vez entre los estudiantes demostró que 53,1% de los estudiantes de sexo masculino consumen marihuana en comparación con los 46,9% de las estudiantes, sin que haya diferencia estadísticamente significativa (p> 0,05) entre los géneros. Los participantes informaron que sus amigos utilizan marihuana (45,1%); mientras que el 68,1% de los consumidores de marihuana tenía algunos amigos que usan marihuana. El 51% de los estudiantes entrevistados dijeron que no consumían marihuana, aunque estuviera legalmente disponible. La mayoría (70%) no señaló ningún riesgo en el uso de la marihuana ocasionalmente. El análisis estadístico reveló de que la percepción de grandes beneficios, la percepción de bajo riesgo y el uso de la marihuana por amigos están asociados al uso individual, así como de que hay una intencionalidad de uso en un contexto hipotético de cambios regulatorios. Conclusión: los adolescentes en edad escolar en Belice están más propensos a fumar marihuana, debido a la influencia de sus compañeros, a una percepción de bajo riesgo y a que la marihuana esté legalmente disponible y sea accesible para ellos.


RESUMO Objetivo: avaliar a percepção de danos e benefícios do uso de maconha em adolescentes, para determinar a prevalência de uso de maconha ao longo da vida, no último ano e no último mês; e analisar a relação entre o consumo de maconha e a percepção de danos e benefícios do seu uso. Métodos: foi utilizado método de levantamento multicêntrico de desenho de corte transversal quantitativo para esta pesquisa. Os dados foram coletados por meio de questionário estruturado, padronizado e aprovado. Um total de 273 estudantes de 3 escolas de ensino médio de duas cidades do país de Belize participaram da pesquisa realizada em 2015. Resultados: os resultados mostraram que a prevalência do uso de maconha ao longo da vida foi de 41,4% (39,2% no ano passado, 24,9% nos últimos 30 dias) e idade média de início foi de 12 anos. A prevalência do uso da maconha pela primeira vez entre os estudantes por sexo indicou que 53,1% dos estudantes do sexo masculino usavam maconha, em comparação com 46,9% das estudantes do sexo feminino, sem diferença estatística significativa (p> 0,05) entre os gêneros. Os participantes relataram que seus amigos usam maconha (45,1%); enquanto 68,1% dos usuários de maconha tiveram alguns amigos que usam maconha. 51% dos estudantes entrevistados declararam que não usariam maconha, mesmo que estivessem legalmente disponíveis. A maioria (70%) não percebeu nenhum risco em usar maconha ocasionalmente. A análise estatística revelou que uma alta percepção de benefícios, uma percepção de baixo risco e o uso de maconha por amigos estavam associados ao uso individual, bem como a intenção de usar em um contexto hipotético de mudanças regulatórias. Conclusão: é mais do que provável que os adolescentes em idade escolar de Belize fumem maconha por causa da influência dos amigos, baixa percepção de riscos e se a maconha for legalmente disponível e acessível a eles.


Assuntos
Humanos , Cannabis , Abuso de Maconha , Risco , Comportamento do Adolescente , Maconha Medicinal
12.
Hacia promoc. salud ; 22(1): 43-55, Junio 21, 2017.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-953777

RESUMO

OBJETIVO: Interpretar el proceso de regulación del uso de marihuana con fines medicinales. MATERIALES Y MÉTODOS: Cualitativo con enfoque hermenéutico, utiliza la técnica de entrevista, se aplicó a 15 expertos en octubre de 2015. Se hizo triangulación: expertos, artículos científicos e investigadores. Se realizó interpretación a partir de sistema categorial y de apoyo de programa Atlas. Ti. RESULTADOS: El debate sobre la regulación de la marihuana con fines terapéuticos se continúa dando en el mundo, en especial en relación a los beneficios para la salud. Con el uso de algunos cannabinoides ya existen evidencias, pero expertos consultados reconocen que no son suficientes; en estos casos se recomienda más investigación. Los expertos de diversas disciplinas entrevistados respaldan el argumento que con la prohibición poco se ha conseguido y que los enfoques de salud pública traen una apertura científica no represiva a la situación, situando el debate en los posibles beneficios que puede traer para el tratamiento de algunas enfermedades. Estos procesos regulatorios deben considerar un control sobre la producción, fabricación, exportación, distribución, comercio y uso del cannabis con fines médicos e investigativos; proceso distinto al de la legalización del consumo con fines recreativos. CONCLUSIÓN: Para el caso colombiano, la regulación del cannabis con fines medicinales hasta hace unos meses era solo una discusión con posiciones radicalizadas a favor y en contra. Hoy es una realidad en términos de legislación pues fue aprobada por decreto, pero con escaso debate y acción pedagógica de lo que implica la ley para población.


OBJECTIVE: To understand the process of regulating the use of marijuana for medicinal purposes.MATERIALS AND METHODS: Hermeneutical method with qualitative approach, using the interview technique, applied to fifteen experts in October 2015. Interpretation was performed from categorical system and support of Atlas.ti bar program. RESULTS: The debate on the regulation of marijuana for therapeutic purposes continuous sweeping the globe, particularly in relation to health benefits. With the use of some cannabinoids there is some evidence, but experts consulted recognize that they are not sufficient in these cases: further investigation is recommended. The interviewed experts from different disciplines support the arguments that the ban imposed over marijuana little has achieved and that public health approaches bring a non-repressive scientific openness to the situation, placing the debate on the potential benefits it can bring for the treatment of some diseases. These regulatory processes must consider control over the production, manufacture, export, distribution, sale and use of cannabis for medical and research purposes, other than the legalization of recreational use process. CONCLUSION: For the Colombian case, the regulation of cannabis for medicinal purposes, until a few months ago was just an argument with radicalized positions for and against. Today it is reality as it was approved by decree on which progress in terms of legislation is being done, but with little debate, research and information to the population.


OBJETIVO: Interpretar o processo de regulação do uso de maconha com fins medicinais. MATERIAIS E MÉTODOS: Qualitativo com enfoque hermenêutico utiliza a técnica de entrevista, se aplicou a 15 expertos em outubro de 2015. Fez-se triangulação: expertos, artigos científicos e investigadores. Realizou-se interpretação a partir de sistema categorial e de apoio de programa Atlas. Ti. RESULTADOS: O debate sobre a regulação da maconha com fins terapêuticos se continua dando no mundo, em especial em relação aos benefícios para a saúde. Com o uso de alguns canabinoides já existem evidencias, mas expertos consultados reconhecem que não são suficientes; nestes casos se recomenda mais pesquisa. Os expertos de diversas disciplinas entrevistados sustentam o argumento que com a proibição pouco se tem conseguido e que os enfoques de saúde pública trazem uma apertura científica não repressiva à situação, situando o debate nos possíveis benefícios que pode trazer para o tratamento de algumas doenças. Estes processos regulatórios devem considerar um controle sobre a produção, fabricação, exportação, distribuição, comercialização e uso do cannabis com fins médicos de pesquisa; processo distinto ao da legalização do consumo com fins recreativos. CONCLUSÃO: Para o caso colombiano, a regulação do cannabis com fins medicinais até faz uns meses era só uma discutição com posições radicalizadas a favor e em contra. Hoje é uma realidade em termos de legislação, pois foi aprovada por decreto, mas com escasso debate e ação pedagógica do que implica a lei para povoação.


Assuntos
Humanos , Masculino , Plantas Medicinais , Canabinoides , Cannabis , Fumar Maconha , Legislação de Medicamentos
13.
Rev. Fac. Nac. Salud Pública ; 35(1): 16-26, ene.-abr. 2017. tab
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-896859

RESUMO

Resumen Es intenso el debate sobre legalización de la marihuana para usos terapéuticos, que busca minimizar la criminalización del usuario. Paradójicamente, a pesar de la evidencia de efectos nocivos de la marihuana su consumo aumenta, hay altas prevalencias de vida y surgen variedades más potentes y peligrosas de cannabis. Objetivo: Analizar la información disponible sobre marihuana, describiendo la evidencia que existe y, de esta manera, aportar al debate actual sobre la legalización de esta sustancia para usos medicinales en Colombia. Metodología: Revisión sobre componentes de la marihuana, efectos y evidencia terapéutica. Resultados: La planta contiene más de 400 compuestos activos y de la mayoría se desconoce su toxicidad. Contiene, además, unos 66 cannabinoides. Hay alguna evidencia del efecto medicinal de algunos compuestos, pero, falta investigación. Una cosa son cannabinoides sintéticos y derivados de la planta, otra el consumo de la "yerba". Discusión: Componentes benéficos de la planta no pueden, hasta hoy, separarse de los tóxicos. En uso terapéutico o recreativo se ingieren unos y otros. Cannabinoides producen en humanos un síndrome que altera funciones cerebrales como memoria, estado de ánimo, sueño, atención, humor, coordinación, cognición, percepción del tiempo y distorsión de la información, entre otras alteraciones, además de generar dependencia, tolerancia, adicción y síndrome de abstinencia, todas ya probadas. Conclusiones: el desconocimiento de efectos adversos del uso de la planta de marihuana como medicamento, sin conocer muy bien qué se está consumiendo, plantea importantes riesgos para la salud.


Abstract Currently there is an intense debate regarding the legalization of marijuana for therapeutic uses seeking to decrease consumer criminalization. Paradoxically, despite the evidence of hazardous effects of marijuana with high prevalence of life, and new varieties of more powerful and more dangerous cannabis. Objective: To analyze the available information on marijuana describing the evidence that exists and, in this way, contribute to the current debate on the legalization of this substance for medicinal uses in Colombia Methodology: This study is a bibliographical review based on the components of marijuana, adverse effects and evidence of therapeutic effects. Results: The marijuana plant contains more than 400 active components, the toxicity of the majority of these components is unknown, and it also contains approximately 66 cannabinoids. There is scientific evidence of the medicinal effect of some components, yet there is still not enough research. One thing is synthetic cannabinoids from pharmaceutical research and derived from the marijuana plant, and another thing is the use of the plant as "weed". Discussion: Technically up-to-date, the beneficial components of the marijuana plant cannot be separated from the toxic ones, so when it is used for therapeutic or recreational purposes people ingest both. Cannabinoids produce in human beings a syndrome which alters important brain functions like memory, mood, sleep, attention, humor, coordination, cognition, time perception, and distortion of information, among others. This also includes dependence, tolerance, addiction and withdrawal syndromes already proven. Conclusions: A lack of knowledge of the adverse effects of the use of the marijuana plant as such poses a serious health risk when used as medication without knowing exactly what a person is using.


Resumo Atualmente, existe um debate intenso sobre a legalização da maconha para usos terapêuticos, visando minimizar a criminalização do consumidor. Paradoxalmente, apresar da evidência dos efeitos negativos, o consumo e a prevalência da maconha aumentam. Também surgem novas de variedades de cânabis, mais potentes e perigosas. Objetivo : analisar a informação disponível sobre a maconha descrevendo a evidência de que existe e, assim, contribuir para o actual debate sobre a legalização da substância para uso médico na Colômbia Metodologia: Revisão bibliográfica sobre os componentes na maconha, efeitos adversos e evidência de efeitos terapêuticos. Resultados: A planta de maconha tem mais de 400 compostos ativos e a toxicidade da maioria deles é desconhecida. Além disso, contém 66 canabinóides. Existe alguma evidencia científica sobre o efeito medicinal dalguns compostos, mais ainda é preciso pesquisar mais. O consumo da "erva" diferencia-se dos canabinóides sintéticos e dos derivados da planta da maconha produzidos através de pesquisa farmacêutica. Discussão: Neste momento, os componentes benéficos da maconha não podem ser separados tecnicamente dos tóxicos. Por isso, consumi-la para usos terapêuticos ou recreativo implica ingerir tanto uma coisa quanto a outra. Nos humanos, os canabinóides produzem uma síndrome que desvirtua a informação e altera funções cerebrais importantes: a memória, o temperamento, o sonho, a atenção, o humor, a coordenação, a cognição, a percepção do tempo, entre outras. Além da dependência, já se comprovaram a tolerância, a adição e a síndrome de abstinência. Conclusões: poderiam surgir importantes riscos para a saúde derivados do uso da maconha como medicamento, desconhecendo seus efeitos adversos. Não há claridade sobre o que se consume.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA