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1.
Rev. psicol. polit ; 19(45): 216-228, maio-ago. 2019.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1020829

RESUMO

Este artigo parte da análise da ruptura ocorrida na Marcha das Vadias de Porto Alegre no ano de 2014, para pensar como se negociaram as políticas de aliança e coalizões dentro de um campo de tensões dos feminismos contemporâneos. Trata-se de um recorte de uma pesquisa de mestrado que acompanhou o processo de organização da Marcha das Vadias em caráter etnográfico e entrevistou sete pessoas que fizeram parte desse momento político. Aqui, são apresentadas brevemente as personagens a fim de refletir como se compôs a pluralidade em um campo de disputa que parecia ser polarizado. Essa análise busca ainda trazer uma reflexão mais ampla em relação aos movimentos políticos contemporâneos, suas pluralidades e negociações em campo identitário. Conclui-se que para pensar as alianças nas pautas é necessário considerar os marcadores sociais que se atravessam nos diferentes modos de fazer política feminista.


Marcha das Vadias de Porto Alegre: uma análise das políticas de aliança. Psicologia Política, 19(45), p 216-228 The aim of this article is to apply the analysis of rupture that occurred in the SlutWalk, during 2014 in Porto Alegre, to explore how alliances and coalitions were negotiated in a contemporary feminism tension field. This is part of a master's research that followed the SlutWalk organization, in an ethnographic process, and interviewed seven people who were part of this political moment. Here, the characters are briefly introduced in order to reflect how the plurality was composed in a dispute field that seemed to be polarized. This analysis also seeks to bring a broader reflection on contemporary political movements, their pluralities and negotiations in the identity field. In conclusion, in order to think about the alliances in the feminist guidelines, it is necessary to consider social markers that are crossed in the different ways of doing of feministpolitics.


Este artículo parte del análisis de la ruptura ocurrida en la Marcha de las Putas de Porto Alegre en el ano 2014, para pensar cómo se negociaron las políticas de alianza y coaliciones dentro de un campo de tensiones de los feminismos contemporáneos. Se trata de un recorte de una investigación de maestría que acompanó el proceso de organización de la Marcha de las Putas en carácter etnográfico y entrevistó a siete personas que formaron parte de ese momento político. Aquí, se presentan brevemente los personajes para reflejar cómo se compuso la pluralidad en un campo de disputa que parecía ser binario. Este análisis busca aún traer una reflexión más amplia en relación a los movimientos políticos contemporáneos, sus pluralidades y negociaciones en campo identitario. Se concluye que para pensar las alianzas en las pautas feministas es necesario considerar marcadores sociales que se atravesan en las diferentes formas de feminismos.


Cet article commence par l'analyse de la rupture survenue lors de la SlutWalk de Porto Alegre en 2014, afm de réfléchir à la manière dont les politiques d'alliance et de coalitions ont été négociées dans un champ de tensions du féminisme contemporain. Il s 'agit d 'une partie de la recherche d 'un Master qui a accompagné le processus d 'organisation de la SlutWalk à caractère ethnographique et qui a interrogé sept personnes qui faisaient partie de ce moment politique. Ici, les personnages sont brièvement présentés afm de refléter la composition de la pluralité dans un champ de controverse qui semblait être polarisé. Cette analyse cherche également à apporter une réflexion plus large sur les mouvements politiques contemporains, leurs pluralités et leurs négociations dans le domaine de l'identité. Il est conclu que, pour penser les alliances dans les lignes directrices, il est nécessaire de considérer différents marqueurs sociaux croisés dans les différentes formes de féminisme.

2.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (25): 231-255, jan.-abr. 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-846247

RESUMO

Resumo Os corpos e as emoções sempre foram importantes recursos políticos para ativistas, embora apenas recentemente tenham se tornado objetos de interesse dos estudos sobre movimentos sociais. Na Marcha das Vadias, protesto feminista contra o estupro, os corpos das participantes constituem os próprios sentidos da ação coletiva, já que são mobilizados por elas para produzir novos códigos acerca da violência sexual e da sexualidade. A nudez e o uso de roupas “sensuais” são algumas das formas pelas quais o corpo é utilizado para produzir e comunicar essas mensagens. A performatividade incorporada das participantes busca produzir eficácia simbólica evocando emoções associadas ao humor, à provocação e à autoafirmação, e preterindo a expressão pública de dor e a figura da vítima, marcantes em outros protestos contra o estupro. Os repertórios corporais e emocionais do protesto, resultantes do trabalho simbólico e material feito pelas ativistas a partir de contextos culturais e de interação específicos, reelaboram a política identitária feminista, na medida em que são usados tanto pelas vadias como por outros grupos feministas para delimitar fronteiras, sempre fluidas, de diferenciação mútua.


Abstract Bodies and emotions have always been important political resources for activists, although only recently have they become objects of social movements’ studies. In the SlutWalk (Marcha das Vadias), an anti-rape global feminist protest, demonstrators’ bodies constitute the very meanings of collective action, since they are mobilized to produce new codes about sexual violence and sexuality. The employment of nudity and “sexy” clothes by the participants are some of the ways by which the body is used to produce and communicate those meanings. The protesters’ performative embodiment aim to produce symbolic efficacy by evoking emotions connected to humor, provocation and self-affirmation, and overlooking those associated to pain and victimization, which are central at other anti-rape protests. The bodily and emotional repertoires of the protest, which result from symbolic and material work done by activists in and from specific cultural and interactional contexts, re-elaborate the feminist identity politics, as they are used by the Slutwalkers and other feminist groups to delineate fluid boundaries of mutual differentiation.


Resumen Los cuerpos y emociones siempre han sido un recurso político importante para activistas, pero sólo recientemente se han convertido en objetos de interés para el estudio de los movimientos sociales. En la Marcha de las Putas, protesta feminista contra la violación, los cuerpos de las participantes constituyen los propios sentidos de la de acción colectiva, ya que son movilizados por ellas para producir nuevos códigos sobre la violencia sexual y la sexualidad. La desnudez y el uso de ropa "sexy" son algunas de las formas en las que el cuerpo es utilizado para producir y comunicar estos mensajes. La performatividad encarnada de los participantes trata de producir eficacia simbólica evocando emociones asociadas con humor, provocación y autoafirmación, y pretiriendo la expresión pública del dolor y la figura de la víctima, destacada en otras protestas contra la violación. Los repertorios corporales y emocionales de la protesta, que resultan del trabajo simbólico y material realizado por activistas desde contextos culturales y de interacción específicos, reelaboran la política de identidad feministas, en la medida en que son usados ​​tanto por las vadias como por otros grupos feministas para delimitar fronteras, siempre fluidas, de diferenciación mutua.


Assuntos
Humanos , Identificação Social , Emoções Manifestas , Feminismo , Ativismo Político , Delitos Sexuais , Brasil , Sexualidade
3.
Psicol. soc. (Online) ; 29: e159528, 2017. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-955846

RESUMO

Resumo O presente artigo tem como objetivo mostrar as formas como os debates feministas em torno da prostituição em Belo Horizonte se atualizam e adquirem novos contornos a partir da emergência da "Marcha das Vadias" e de sua relação com o movimento de prostitutas. O artigo apresenta parte dos dados da pesquisa de doutorado concluída por uma das autoras em 2015, incluindo métodos como observação participante, entrevistas em profundidade, coleta documental, dentre outros. No que toca à Marcha das Vadias de Belo Horizonte, realizamos etnografia das edições de 2012, 2014 e 2015, participando também das listas de discussão e grupos de organização e avaliação da mesma. Observamos que a Marcha das Vadias se mostra aberta ao diálogo com as prostitutas na cidade, mas que esse debate é frequentemente perpassado por concepções prévias e pouca margem para construções e ações efetivamente conjuntas.


Resumen Este artículo tiene como objetivo mostrar las formas en que se actualizan o reformulan los debates feministas acerca de la prostitución en Belo Horizonte con la aparición de "Slutwalk". El artículo presenta parte de los datos de investigación de doctorado completados por una de las autoras en 2015, incluyendo métodos tales como la observación participante, entrevistas en profundidad, análisis documental, entre otros. En cuanto a la Slutwalk de Belo Horizonte, se realizó la etnografía de las ediciones de 2012, 2014 y 2015, participando también en la organización de listas de correo electrónico y grupos y la evaluación de la misma. Se observó que la Slutwalk se muestra abierta al diálogo con las prostitutas en la ciudad, pero este debate es a menudo impregnado de ideas preconcebidas y con poco espacio para las estructuras y acciones conjuntas eficaces.


Abstract This article aims to show the ways in which feminist debates on prostitution at Belo Horizonte are updated and acquire new characteristics from the emergence of the "Slutwalk" and its relation with the prostitutes movement. The article presents part of the doctoral research data completed by one of the authors in 2015, including methods such as participant observation, in-depth interviews, documents collection, among others. Regarding the Slutwalk of Belo Horizonte, we conducted ethnography of the editions of 2012, 2014 and 2015, also participating in the mailing lists and the Facebook group of the organization members. We observed that the Slutwalk showed open to dialogue with the prostitutes in the city, but this debate is often permeated by preconceptions and gives little room for effective joint structures and actions.


Assuntos
Humanos , Feminino , Feminismo , Profissionais do Sexo , Ativismo Político , Marcha
4.
Rio de Janeiro; s.n; 2016. 90 f p. il.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-905016

RESUMO

O estudo toma como objeto a Marcha das Vadias do Rio de Janeiro, movimento político que, ancorado no paradigma dos direitos sexuais e reprodutivos, articula a luta contra a violência de gênero a demandas referentes à autonomia feminina no tocante à sexualidade e à defesa da diversidade sexual. O foco recai sobre as controvérsias em torno desse movimento, a partir da constatação de que as slutwalks valorizam a pluralidade e a diversidade, mas são confrontadas por críticas centradas na reivindicação de identidades específicas baseadas em diferenças. Ao longo de 2014 realizou-se observação participante de reuniões e eventos organizados pelas ativistas da Marcha das Vadias do Rio de Janeiro, posteriormente complementada por entrevistas semiestruturadas. Buscou-se compreender como as especificidades desse ato político enquanto modalidade de ativismo influenciam a maneira pela qual são pensadas igualdade/diferença e políticas de identidade. Um questionamento perpassa toda a dissertação: qual é a possibilidade de alianças entre mulheres, tendo em vista as diferenças e desigualdades entre elas? As análises apontam que mulheres negras e de periferia caracterizam a Marcha das Vadias como um feminismo "elitista e branco", questionando a dimensão libertadora atribuída ao termo "vadia". A despeito do comprometimento das ativistas com preceitos democráticos - resumidos no ideal de "horizontalidade" -, as interações foram marcadas por denúncias de hierarquizações, nas quais os marcadores raça e geração foram centrais. Por fim, os significados atribuídos às figuras de vítima/agressor, que nas dinâmicas internas se desdobraram em opressoras/oprimidas, apontam para possibilidades e limites de estratégias políticas nas quais a vulnerabilidade não é associada a falta de agência


Assuntos
Humanos , Feminino , Feminismo , Violência de Gênero , Ativismo Político , Pesquisa Qualitativa , Controles Informais da Sociedade , Valores Sociais
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