Analysis of the relationship of the vertical extension of mouth opening with muscle rigidity and sociodemographic factors in Parkinson's disease / Análise da relação da extensão vertical da abertura de boca com a rigidez muscular e fatores sociodemográficos na doença de Parkinson

Introduction: Changes caused by the rigidity of Parkinson's Disease (PD) can affect the mandibular musculature. However, few studies have been published about its impact on the oral opening. Objective: To analyze the relationship of the vertical extension of the oral opening with muscular rigidity and sociodemographic factors of the elderly with PD. Material and method: This is a cross-sectional, quantitative study that collected data from a primary study conducted at the Hospital das Clínicas of the Federal University of Pernambuco in 2018. Data were collected from medical records and from the questionnaire, Research Diagnostic Criterion for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD). The sample was composed of 81 parkinsonians and characterized using: sociodemographic variables and the presence or absence of muscular rigidity. The measures of vertical extension of the oral opening evaluated were: mouth opening without assistance and without pain (ABASD), and maximum mouth opening without assistance (AMBSA). The Pearson's linear correlation and Spearman's correlation tests were applied to investigate the relationship among the continuous variables. Analyses of association were conducted using simple logistic regression. The level of significance was set at p<0.05. Result: Limitation of the oral opening was not related to age or sex. The greatest level of significance was between mouth opening without assistance and without pain and muscular rigidity (p=0.012), and years of schooling (p=0.038). Conclusion: The limitation of mouth opening in people with PD was shown to be related to muscular rigidity and fewer years of schooling.

Introdução: As alterações causadas pela rigidez na Doença de Parkinson (DP) podem afetar a musculatura mandibular, mas há uma escassez de estudos publicados sobre seu impacto na abertura bucal. Objetivo: Analisar a relação da extensão vertical da abertura de boca com a rigidez muscular e os fatores sociodemográficos de idosos com a DP. Material e método: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, que coletou dados de uma pesquisa primária realizada no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, em 2018. Apanhou-se dados dos prontuários e do questionário: Critério de Diagnóstico de Pesquisa para Disfunções Temporomandibulares (RDC/TMD). A amostra foi composta por 81 parkinsonianos e caracterizadas em: variáveis sociodemográficas e presença ou ausência de rigidez muscular. As medidas de extensão vertical de abertura de boca avaliadas foram: abertura de boca sem auxílio e sem dor (ABASD) e abertura máxima da boca sem auxílio (AMBSA). Aplicou-se os testes de correlação linear de Pearson e de correlação de Spearman para averiguar relação entre as variáveis contínuas. Análises de associações foram realizadas através da regressão logística simples. Nível de significância de p<0,05. Resultado: A limitação de abertura de boca não apresentou relação com a idade e o sexo. O maior nível de significância foi entre a abertura de boca sem auxílio e sem dor e a rigidez muscular (p= 0,012) e a escolaridade (p= 0,038). Conclusão: A limitação de abertura de boca nas pessoas com DP se mostrou relacionada a rigidez muscular e a escolaridade mais baixa.

Análise eletromiográfica do efeito da fisioterapia no músculo masseter em pós-operatório de politrauma de face / Electromyographic analysis of the effect of physical therapy on the masseter muscle in post-operative facial polytrauma

Em situações de acidente, os traumas faciais têm ocupado lugar de destaque, e as fraturas mandibulares compreendem o maior percentual de injúrias tratadas pelos cirurgiões bucomaxilofaciais. Intervenções fisioterapêuticas vêm sendo somadas à reabilitação pós-operatória, otimizando a atividade muscular pós-trauma, colaborando na recuperação das funções mastigatórias, de fonação, deglutição e posturais. Objetivo: o presente estudo objetivou comparar a evolução longitudinal da atividade elétrica do músculo masseter por meio de exame eletromiográfico em um indivíduo politraumatizado submetido à fisioterapia e outro com fratura de mandíbula sem tratamento fisioterapêutico. Sujeitos e método: para tal pesquisa, analisou-se um voluntário politraumatizado submetido a tratamento fisioterapêutico, um voluntário com fratura de mandíbula sem tratamento fisioterapêutico e três voluntários sem fraturas como grupo controle. Foi realizada uma primeira coleta de dados eletromiográficos nos primeiros dias após alta do serviço de cirurgia responsável pelo tratamento das fraturas e uma segunda coleta 60 dias após. No indivíduo submetido ao tratamento fisioterápico, realizou-se ainda uma terceira coleta após 90 dias. Resultados: o voluntário politraumatizado submetido ao tratamento fisioterapêutico, em 90 dias, obteve atividade elétrica do músculo masseter, semelhante ao grupo controle. Já o voluntário com fretura mandibular não submetido ao tratamento fisioterapêutico apresentou resultados semelhantes ao grupo controle após 60 dias de alta hospitalar. Considerações finais: conclui-se que a intervenção fisioterapêutica em pacientes politraumatizados é de grande relevância, devolvendo a condição muscular fisiológica de mastigação, no que tange à atividade elétrica, num prazo de até 90 dias, apresentando, além disso, vantagens na redução da sintomatologia desarmonizadora da função.(AU)

In cases of accident, facial trauma has stood out and mandibular fractures comprise the highest rate of injuries treated by oral and maxillofacial surgeons. Physiotherapeutic interventions have been added to postoperative rehabilitation, optimizing post-trauma muscle activity, aiding the recovery of masticatory, phonation, swallowing, and postural functions. Objective: the present study aimed to compare the longitudinal evolution of the electrical activity of the masseter muscle through electromyographic examination in a polytraumatized individual subjected to physical therapy and another individual with mandibular fracture without physical therapy. Subjects and method: the study analyzed a polytraumatized volunteer subjected to physical therapy treatment, a volunteer with mandibular fracture without physical therapy treatment, and three volunteers without fractures as control group. A first electromyographic data collection was performed in the first days after the discharge from the surgery department responsible for the treatment of fractures, and a second collection occurred 60 days later. In the individual subjected to physiotherapeutic treatment, a third collection was performed 90 days later. Results: the polytraumatized volunteer subjected to the physiotherapeutic treatment obtained, in 90 days, electrical activity of the masseter muscle similar to the control group. The volunteer with mandibular fracture not subjected to physical therapy presented results similar to the control group 60 days after hospital discharge. Final considerations: it is concluded that the physiotherapeutic intervention in polytraumatized patients is of great relevance, returning the physiological muscular condition of chewing, regarding the electrical activity, within a period of up to 90 days, also presenting advantages in the reduction of the function disharmonizing symptomatology.(AU)