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1.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 24(3): 312-318, set.-dez. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-957526

RESUMO

Apresentaremos uma possível operacionalidade da Fenomenologia da Vida de Michel Henry e seu método em situações clínicas. Neste método investigamos o conceito desenvolvido por Michel Henry nesta fenomenologia denominado corpopropriação e a intuição reflexiva na compreensão e intervenção clínica. É a relação terapêutica em instituições de saúde que é colocada em primeiro plano, tanto nos cuidados a um paciente adulto com transtorno psiquiátrico quanto em grupo com crianças acolhidas. Verifica-se como os terapeutas se corpo-apropriam de seus pacientes e como estes se corpo-apropriam de seus sofrimentos nos cuidados clínicos, bem como o uso das reflexões intuitivas no diálogo. Os resultados nos mostram que um corpo doente pode ser humanizado na relação terapêutica e tem possibilidades de encarnar vivências, ampliando assim a mobilidade afetiva, do sofrer ao fruir de si. No entanto, se a relação não tiver sustentação e continuidade, dificilmente se consegue a estabilidade dessa transformação, mas deixa marcas enraizadas em cada encontro inter-humano.


We will present a possible operationalization of Michel Henry's Phenomenology of Life and his method in clinical situations. This method investigates the concept developed by Michel Henry in this phenomenology called corpspropriation and the reflexive intuition in the comprehension and clinical intervention. It is a therapeutic relationship in health institutions that is placed In the foreground, both in the care of an adult patient with psychiatric disorder and in a group with sheltered children. It is verified how therapists body-apropriation of their patients and how they body-appropriate their sufferings in clinical care, as well as the use of intuitive reflections in dialogue. The results show that a sick body can be humanized in the therapeutic relationship and has possibilities of embodying experiences, thus increasing the affective mobility, of suffering when enjoying oneself. However, if the relationship does not have support and continuity, it is difficult to achieve the stability of this transformation, but leaves marks rooted in each inter-human encounter.


Presentaremos una posible operatividad de la Fenomenología de la Vida de Michel Henry y su método en situaciones clínicas. En este método investigamos el concepto desarrollado por Michel Henry en esta fenomenología denominado cuerpopropriación y la intuición reflexiva en la comprensión e intervención clínica. Es la relación terapéutica en instituciones de salud que es colocada en primer plan, tanto en el cuidado a un paciente adulto con trastorno psiquiátrico como en grupo con niños huérfanos. Se verifica cómo los terapeutas se apropian de sus pacientes y cómo éstos se apropian de sus sufrimientos en los cuidados clínicos, así como el uso de las reflexiones intuitivas en el diálogo. Los resultados nos muestran que un cuerpo enfermo puede ser humanizado en la relación terapéutica y tiene posibilidades de encarnar vivencias, ampliando así la movilidad afectiva, del sufrir al goce de sí. Sin embargo, si la relación no tiene sustentación y continuidad, difícilmente se consigue la estabilidad de esa transformación, pero deja marcas enraizadas en cada encuentro interhumano.


Assuntos
Criança , Criança Acolhida , Psicoterapia Interpessoal
2.
Estud. psicol. (Campinas) ; 33(3): 425-430,
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-787464

RESUMO

In this paper we develop the thesis of the possibility of understanding human beings, starting from the phenomenality of their therapeutic needs. We bring the phenomenality of hallucination to the center of the debate. We show how, in Michel Henry, the phenomenality of sight, touch and anguish is, in all, comparable to the phenomenality of hallucination. From the starting point of this phenomenality we will understand human actions and thus, the essence of clinical practice.


Neste texto desenvolveu-se a tese da possibilidade da compreensão do humano a partir da fenomenalidade das suas necessidades terapêuticas. A fenomenalidade da alucinação é trazida para o centro do debate. Buscou-se mostrar como é que, em Michel Henry, a fenomenalidade da visão, do tato e da angústia é em tudo comparável com a fenomenalidade da alucinação. Será a partir dessa fenomenalidade que se compreenderá o agir humano e, com ela, a essência da clínica.


Assuntos
Humanos , Afeto , Emoções , Alucinações , Terapêutica
3.
Psicol. USP ; 26(3): 378-383, set.-dez. 2015.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-769852

RESUMO

Este trabalho busca discutir os quadros psicopatológicos contemporâneos, decorrentes de um contexto sociocultural, no qual encontramos a vida humana organizada segundo os princípios fundamentais que caracterizaram a modernidade e a pós-modernidade. O mal-estar na atualidade acontece como resultado de um mundo assentado em hiper-realidades, nas quais as condições originárias do ser humano são esquecidas. Nesse contexto, observa-se que o corpo humano é o foco das alterações mais fundamentais, que merecem nossas reflexões. A situação clínica necessita ser reinventada para dar conta das novas formas de subjetivação, e para isso as contribuições de Michel Henry são profundamente relevantes. Apresentam-se alguns dos conceitos mais fundamentais desse autor em diálogo com a situação clínica.


En este trabajo se analiza la psicopatología contemporánea derivada de un contexto socio-cultural en el que nos encontramos con la vida humana organizada de acuerdo a los principios fundamentales que caracterizan la modernidad y la posmodernidad. El malestar actual ocurre como resultado de un mundo fundamentado en la híper-realidad, en el cual se olvidan las afecciones originadas en el ser humano. En este contexto, se observa que el cuerpo humano es el centro de los cambios más fundamentales, que merecen nuestra reflexión. La situación clínica debe ser reinventada para tener en cuenta las nuevas formas de subjetividad y para eso las contribuciones de Michel Henry son profundamente relevantes. Presentase algunos de los conceptos más fundamentales de este autor en diálogo con la situación clínica.


Ce document traite de la psychopathologie contemporaine, issue d'un contexte socio-culturel, dans lequel nous trouvons la vie humaine organisée selon les principes fondamentaux qui caractérisent la modernité et la postmodernité. Le malaise a lieu aujourd'hui à la suite d'un monde basé dans les hyperréalités, où les conditions originaires de l'homme sont oubliées. Dans ce contexte, on observe que le corps humain est au centre des changements les plus fondamentaux, qui méritent notre réflexion. La situation clinique doit être réinventée pour tenir compte des nouvelles formes de subjectivité, et par conséquence les contributions de Michel Henry sont hautement pertinentes. Cette contribution présente certains des concepts les plus fondamentaux que l'auteur a développé en dialogue avec la situation clinique.


This study discusses the contemporary psychopathological pictures derived from a sociocultural context in which human life is organized according to the fundamental principles that characterize modernity and postmodernity. Today, distress is a result of a world characterized by hyper-realities, in which the human originary conditions are forgotten. In this context, it is observed that the human body is the focus of the most fundamental changes that deserve our reflection. The clinical situation needs to be reinvented in order to manage the new forms of subjectivity. To that end, the contributions of Michel Henry are highly relevant. The present study discusses some of the most fundamental concepts developed by this author in dialogue with the clinical situation.


Assuntos
Humanos , Características Culturais , Pós-Modernismo , Psicologia Clínica/tendências
4.
Psicol. USP ; 26(3): 352-357, set.-dez. 2015.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: lil-769860

RESUMO

Em sua teoria da encarnação, Michel Henry subverte radicalmente o paradigma cartesiano tal como é entendido pela fenomenologia tradicional, oferecendo à psicologia e a outras áreas do saber a concepção da indissociabilidade entre a subjetividade e o corpo. Ele concebe o corpo como subjetivo e o denomina carne, sendo que as dissociações são modos de padecimento da individualidade encarnada. Contudo, Michel Henry não tematiza os problemas da encarnação e suas consequências, sendo que tais problemas podem advir de degenerações orgânicas. É relevante para a clínica psicológica tematizarmos sobre os problemas da encarnação, pois o modo como vivemos o corpo é o modo como habitamos a carne. O objetivo deste trabalho é buscar compreender a questão da encarnação nas degenerações orgânicas e como elas afetam a constituição do Si. Para tanto, será utilizado o sentido da audição e sua perda como fio condutor na abordagem da problemática.


In his incarnation theory, Michel Henry radically subverts the Cartesian paradigm, as understood by the traditional phenomenology, offering to psychology and other fields of knowledge the conception of indissociability between body and subjectivity. He conceives the body as subjective and calls it flesh, whereas the dissociations are suffering modes of the incarnated individuality. However, Michel Henry does not thematizes the incarnation's problems and its consequences. These problems can arise by organic degenerations. It is relevant for the psychological clinic to discuss about the incarnation's problems because the way we live the body is the way we inhabit the flesh. The objective of this work is to understand the question of incarnation in organic degenerations and how they affect the constitution of the self. For that it will be used the sense of hearing and its loss as a conductive thread in addressing this issue.


Dans sa théorie de l'incarnation, Michel Henry subvertit radicalement le paradigme cartésien tel qu'il est compris par la phénoménologie traditionnelle, offrant à la psychologie et à d'autres disciplines la possibilité de concevoir l'inséparabilité corps/subjectivité. Il conçoit le corps comme subjectivité et l'appele chair, de telle manière qu'on peut les comprendre comme des modalités de la souffrance de l'individu incarné. Michel Henry ne thématise pas ses problèmes dans la phénoménalité de l'incarnation en tant que ses conséquences, mais ces questions peuvent survenir par rapport aux problèmes vécus dans une dégénérescence organique. Il est pertinent pour la psychologie clinique de thématiser ces problèmes dans une phénomenologie de l'incarnation, car la façon dont nous vivons notre corps est la façon dont nous vivons notre chair. Le but de ce travail est de comprendre la question de l'incarnation dans les dégénérescences organiques et comment ils affectent la formation de soi. Ainsi, l'exemple du sens de l'ouïe et de sa perte sera utilisé comme un fil conducteur pour l'approche de cette problématique.


En su teoría de la encarnación, Michel Henry subvierte radicalmente el paradigma cartesiano, tal como la fenomenología tradicional lo entiende, ofreciendo a psicología y a otras áreas del conocimiento la concepción de inseparabilidad de la subjetividad y del cuerpo. Él concibe el cuerpo como subjetivo y lo denomina carne, siendo las disociaciones modos de padecimiento de la individualidad encarnada. Sin embargo, Michel Henry no tematiza los problemas de la encarnación y sus consecuencias. Estos problemas pueden advenir por medio de las degeneraciones orgánicas. Para la clínica psicológica es relevante tematizar los problemas de la encarnación, porque la forma como vivimos un cuerpo es la forma como habitamos una carne. Este trabajo busca comprender la cuestión acerca de la encarnación en las degeneraciones orgánicas y como afectan la constitución del Sí. Para eso se utilizará el sentido de la audición y su pérdida como hilo conductor para el abordaje de esta cuestión.


Assuntos
Humanos , Corpo Humano , Individualidade , Filosofia
5.
Psicol. estud ; 19(2): 309-319, abr.-jun. 2014.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-725565

RESUMO

A fenomenologia da vida de Michel Henry considera a afetividade como central para a constituição da pessoa. Sofrer é provar-se a si mesmo, é sentir-se afetado pela vida, que, em sua autoafecção, constitui-se como vida do corpo nele encarnada. Com sua noção sobre o sofrer e o fruir originários, Michel Henry contribui com a clínica psicológica, de modo que esta possa repensar a questão da modalização do sofrimento como um fazer clínico alinhado ao registro ontológico da vida em sua autoafecção. Diante da relevância do sofrimento para a clínica e da original contribuição da fenomenologia da vida de Michel Henry, esse trabalho tem por objetivo discutir a fenomenalidade da modalização afetiva do sofrimento na clínica psicológica. Para tanto, iremos dar atenção ao sofrimento manifesto na depressão, como fez Michel Henry em seu trabalho Souffrance et Vie, no qual propõe que a compreensão da depressão só é possível dentro do sofrer e do fruir originários, resgatando assim seu valor como vivência afetiva, constitutiva e eminentemente humana.


Michel Henry's phenomenology of life considers affectivity as central to the constitution of the person. To suffer is to prove yourself, to feel yourself affected by life which in its autoaffection, constitutes itself as life of the body, incarnated in it. With his notion of original suffering and fruition, Michel Henry contributes the psychological clinic so that it may reconsider the issue of suffering modalization as a clinical work aligned to the ontological record of life in its auto affection. Given the relevance of the suffering to the clinic and the original contribution of Michel Henry's phenomenology of the life, this study aims to discuss the phenomenality of the suffering affective modalization in the psychological clinic. For this purpose, we will give attention to the suffering manifested in depression, as did Michel Henry in his work Souffrance et Vie, which proposes that the understanding of depression is only possible within the original suffering and fruition, thereby rescuing their value as an affective experience, constitutive and eminently human.


La fenomenología de la vida de Michel Henry considera la afectividad como elemento central a la constitución de la persona. El sufrir es el probarse a sí mismo, es sentirse afectado por la vida que en su auto afección se constituye como vida del cuerpo en él encarnada. Con su noción del sufrir y fruir originarios, Michel Henry contribuye con la clínica psicológica, de modo que esta puede reconsiderar la cuestión de la modalización del sufrimiento como un hacer clínico alineado con el registro ontológico de la vida en su auto afección. Dada la importancia del sufrimiento para la clínica y la original contribución de la fenomenología de la vida de Michel Henry, este trabajo tiene como objetivo discutir la fenomenalidad de la modalización afectiva del sufrimiento en la clínica psicológica. Para ello, enfocaremos en el sufrimiento manifiesto en la depresión, como lo hizo Michel Henry en su trabajo Souffrance et Vie, en el cual propone que la comprensión de la depresión sólo es posible dentro del sufrir y fruir originarios, rescatando así su valor como vivencia afectiva, constitutiva y eminentemente humana.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Depressão , Estresse Psicológico
6.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 19(1): 92-96, jul. 2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-693408

RESUMO

A psicoterapia é realizada no contexto da relação terapêutica entre o psicoterapeuta e o paciente. A intersubjetividade se coloca como preponderante, pois é nesse registro que o trabalho terapêutico se desenvolve. Michel Henry (1922-2002), filósofo e romancista francês, desenvolveu a Fenomenologia da Vida, na qual é revelada o papel originário dos afetos na constituição do indivíduo, na sua relação consigo mesmo, com o outro e com o mundo. O objetivo deste trabalho é discutir a intersubjetividade dentro dos pressupostos teóricos da Fenomenologia da Vida de Michel Henry, tendo em vista o que este conhecimento contribui para a compreensão deste conceito relevante para a clínica psicológica...


The psychotherapy develops in the context of the therapeutic relationship between the therapist and the patient. The intersubjectivity is fundamental because it is in this context that psychotherapeutic work is evolved. Michel Henry (1922-2002), French philosopher and novelist, developed the Phenomenology of Life, which reveals the originary role of affects in the individual's constitution in his relationship with himself, with others and with the world. The objective of this paper is to discuss intersubjectivity within the theoretical frame of the Michel Henry's Phenomenology of Life, considering what this knowledge contribute to the understanding of this relevant concept to the psychological clinic...


La psicoterapia se realiza en el contexto de la relación terapéutica entre el terapeuta y el paciente. Se plantea la intersubjetividad como predominante, ya que en ella se desarrolla el trabajo terapéutico. Michel Henry (1922-2002), novelista y filósofo francés, desarrolló la Fenomenología de la Vida, en la cual se revela el papel originario de los afectos en la constitución de la persona y su relación con ellos mismos, con los demás y con el mundo. El objetivo de este trabajo es discutir la intersubjetividad dentro de los supuestos teóricos de la Fenomenología de la Vida de Michel Henry, teniendo en cuenta lo que este conocimiento contribuye en la comprensión de este concepto pertinente para la clínica psicológica...


Assuntos
Humanos , Afeto , Relações Médico-Paciente
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