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1.
São Paulo; s.n; s.n; 2022. 111 p. tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1396973

RESUMO

O objetivo desse trabalho foi identificar as consequências moleculares e funcionais da falta da proteína Ric8b no epitélio olfatório de camundongos. Para esse fim, comparamos o transcriptoma de epitélio olfatório de camundongos knock-out tecido específico para a proteína RIC8B (Ric8b cKO) com o dos seus irmãos tipo selvagem (WT). Identificamos muitos genes que apresentaram expressão reduzida no epitélio olfatório do camundongo Ric8b cKO, mas também vários genes que apresentaram a sua expressão aumentada. A maioria dos genes com expressão reduzida corresponde a genes normalmente expressos em neurônios olfatórios maduros, como por exemplo os genes de receptores olfatórios, o que é compatível com o fato já conhecido de que os camundongos Ric8b cKO apresentam um menor número desses neurônios. Inesperadamente, apesar de a maioria dos genes de receptores olfatórios ter a sua expressão diminuída no camundongo Ric8b cKO, observamos que um grupo destes genes de receptores teve a sua expressão aumentada. Os camundongos Ric8b cKO apresentaram também genes marcadores de outros tipos celulares que não neurônios canônicos com expressão aumentada no seu epitélio olfatório. Dentre eles, os mais significativamente alterados foram os genes marcadores de neurônios Trpc2+ tipo B (que expressam a guanilato ciclase solúvel Gucy1b2). Sabe-se que este tipo de neurônio é responsável pela sensibilidade a diferentes gases, e concordantemente, observamos que os camundongos Ric8b cKO apresentaram um aumento da sensibilidade a gás carbônico. Como o olfato apresenta um papel importante na regulação de ingestão alimentar, analisamos como os camundongos Ric8b cKO se comportam frente a diferentes dietas. Interessantemente, observamos que esses animais não apresentam preferência por alimento rico em gorduras quando comparado aos seus irmãos tipo selvagem. Nossos resultados sugerem, portanto, que a ausência da proteína RIC8B resulta na alteração de representatividade de neurônios canônicos e não canônicos no epitélio olfatório de camundongos, o que por sua vez leva a alterações funcionais e comportamentais


The objective of this work was to identify the molecular and functional consequences of the lack of the RIC8B protein in the main olfactory epithelium of mice. To this end, we compared the olfactory epithelium transcriptome of Ric8b tissue-specific knock-out mice (Ric8b cKO) with that of their wild-type littermates (WT). We identified many genes with differential expression, many of which were downregulated and also some which were upregulated in the olfactory epithelium of the Ric8b cKO mice. Most of the downregulated genes correspond to genes normally expressed in mature olfactory sensory neurons, such as olfactory receptor genes. This is compatible with the already known fact that the Ric8b cKO mice have less of this kind of neuron. Unexpectedly, even though most of the olfactory receptor genes were downregulated, we observed a subset of these genes that had their expression upregulated in the Ric8b cKO mice. The Ric8b cKO mice also showed upregulation for genes that are markers for cell types other than canonic neurons in their olfactory epithelium. Among these, the most significantly altered were the markers for neurons Trpc2+ type B (that express the soluble guanylate cyclase Gucy1b2). It is known that this kind of neuron is responsible for sensitivity to different gases. Accordingly, we observed that the Ric8b cKO mice presented a higher sensitivity to carbon dioxide. Since olfaction has an important role in food intake, we analyzed how the Ric8b cKO mice behaved with different diets. Interestingly, we observed that the Ric8b cKO mice lack preference for high fat diet when compared to their wild-type littermates. Our results indicate, therefore, that the lack of the RIC8B protein results in altered representativity of canonic and non-canonic neurons in the olfactory epithelium of mice, which then leads to altered function and behavior


Assuntos
Animais , Masculino , Feminino , Camundongos , Mucosa Olfatória/anormalidades , Receptores Odorantes/agonistas , Neurônios Receptores Olfatórios , Camundongos Knockout , Comportamento Alimentar/classificação , Neurônios/química , Absenteísmo
2.
São Paulo; s.n; s.n; 2020. 77 p. tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1292751

RESUMO

As primeiras células responsáveis pela percepção olfatória são os neurônios olfatórios (OSNs) presentes no epitélio olfatório (EO) da cavidade nasal, que reconhecem moléculas voláteis presentes no ar, denominadas odorantes, através de receptores específicos. Diferentemente de neurônios do sistema nervoso central (SNC), que estão relativamente protegidos de genotoxinas exógenas, OSNs estão em constante contato com agentes potencialmente genotóxicos, incluindo o oxigênio atmosférico. Além disto, em contraste com a maioria dos neurônios do SNC, OSNs são periodicamente repostos através de neurogênese adulta, portanto, possuem um tempo de vida menor do que outros neurônios. A função olfatória diminui durante o envelhecimento normal e patológico, através de mecanismos que ainda não estão totalmente claros. Em doenças neurodegenerativas, a perda do olfato é um dos sintomas iniciais e é utilizada como marcador de resposta a alguns tratamentos. Relações causais entre deficiências em reparo de DNA e neurodegeneração já foram demonstradas em vários modelos experimentais. No entanto, ainda não se sabe se alterações nessas vias contribuem para a perda olfatória observada nessas condições, provavelmente porque não há dados disponíveis na literatura sobre vias de reparo de DNA em OSNs. Por isso, o objetivo deste estudo foi caracterizar as vias de reparo de DNA presentes em populações de OSNs maduros e seus precursores. Analisamos dados de expressão de genes de reparo extraídos de dois transcriptomas diferentes, um relacionado à idade e outro, ao estágio de diferenciação destes neurônios. Em seguida, validamos os resultados obtidos da análise in silico através de PCR em tempo real utilizando amostras de EO de camundongos da linhagem C57BL/6J em duas idades (neonatos e com três semanas de idade). Nossos resultados indicam que OSNs são proficientes em todas as vias de reparo de excisão analisadas, apresentando expressão detectável de genes essenciais de cada via. A comparação entre populações enriquecidas em precursores ou em neurônios maduros, nas duas análises, sugere que a atividade de pelo menos quatro vias de reparo de excisão é menor em camundongos jovens, quando comparados aos neonatos, sugerindo, portanto, que há diminuição na expressão durante a diferenciação destas células. Esta observação vai corrobora com dados da literatura que mostraram que a expressão e atividade de proteínas de reparo em células proliferativas é maior do que em célulasterminalmente diferenciadas. Para testar a hipótese de que, por estarem em constante contato com agentes genotóxicos, OSNs acumulam mais lesões em DNA do que células no SNC, comparamos os níveis de lesões em DNA obtido de amostras de EO e de bulbo olfatório (BO), e de córtex temporal (CT), uma região cerebral que não apresenta taxas significativas de neurogênese e não expostas ao ambiente externo. A taxa de lesão foi calculada a partir de dados obtidos por PCR de longa extensão. Resultados obtidos utilizando EO, BO e CT de camundongos com três semanas de idade mostram que a amplificação em amostras de CT é muito menor do que em EO ou BO, sugerindo que neurônios do SNC acumulam mais lesões do que neurônios de regiões que apresentam neurogênese, mesmo que estas estejam constantemente expostas a agentes genotóxicos exógenos. Além disso, a eficiência de amplificação de fragmentos longos de DNA mitocondrial (mtDNA) foi menor em EO do que em BO, sugerindo que a constante exposição ao oxigênio atmosférico contribui para o acúmulo de lesões ao mtDNA, que é mais suscetível do que o DNA nuclear. Esse trabalho demonstra, pela primeira vez, que OSNs expressam proteínas essenciais de vias de reparo de DNA, cuja expressão decresce durante o processo de maturação dos neurônios olfatórios. Esses resultados devem contribuir para o entendimento dos mecanismos de manutenção da integridade genômica nestas células tão únicas


The first cells responsible for olfactory perception are the olfactory sensory neurons (OSNs), located in the olfactory epitelhium (OE) in the nasal cavity, which recognize volatile molecules in the air, called odorants, through olfactory receptors. Unlike neurons located in the central nervous system (CNS), which are relatively protected from exogenous toxins, OSNs are in constant contact with genotoxic agents, including atmospheric oxygen. Moreover, in contrast with most neurons in CNS, OSNs are periodically replaced through adult neurogenesis, therefore, having shorter lifespan than most neurons. Olfactory function decreases during normal and pathological aging, through mechanisms that are still not fully understood. In neurodegenerative diseases, olfactory loss is an early symptom and, in some cases, is used as a treatment response marker. DNA repair defects have been causally linked with neurodegeneration in different experimental models. However, it still unclear whether DNA repair alterations contribute to olfactory loss in these conditions, probably because there are no data available on DNA repair dynamic in OSNs. Therefore, our goal was to characterize the DNA repair pathways present in precursor and mature OSNs populations. We analyzed gene expression data from age-related and differentiation stage-related transcriptomes of these neurons, and validated the results by real time PCR using mouse OE samples from C57BL/6J lineage in two different ages (newborns and three weeks old). Our results indicate that OSNs are proficient in all DNA repair pathways investigated, showing detectable expression of essential genes from each pathway. When comparing populations enriched for mature OSNs or its precursors, our results suggest that the activities of at least four repair pathways are lower in young mice than in newborns, suggesting that DNA repair expression decreases during OSNs differentiation. This observation is consistent with published data showing that the expression and activities of repair proteins is lower in terminally differentiated than in proliferative cells . To test the hypothesis that OSNs would accumulate more DNA damage than CNS neurons, since they are in constant contact wtih genotoxic agents, we compared DNA damage levels in nuclear and mitochondrial DNA from OE, olfactory bulb (OB), and temporal cortex (TC) samples. We chose to use the TC region and a non-olfactory related control as it does not show significant adult neurogenesis and it is not exposed to external environment. Lesion rate wascalculated from data obtained by long extension PCR. Results from 3 weeks old mice OE, OB and TC samples showed that the amplification in TC samples is much lower than OE or OB samples, suggesting that neurons in CNS accumulate more damage than neurons that undergo neurogenesis. Besides, lesion frequency was higher in OE mitochondrial DNA (mtDNA) than in OB, suggesting that the constant exposure to atmospheric oxygen may contribute to accumulation of mtDNA lesions. This work demonstrates, for the first time, that OSNs are proficient in at least four DNA repair pathways, and that expression of key genes in these pathways decreases with differentiation. These results will contribute to better our understanding of the mechanisms involved in genomic stability in such unique cell types


Assuntos
Bulbo Olfatório , Olfato , Dano ao DNA , DNA , Cavidade Nasal , Simulação por Computador , Sistema Nervoso Central , Receptores Odorantes , Doenças Neurodegenerativas
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