RESUMO
Em todo o mundo, a incidência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) vem aumentando devido às mudanças no estilo de vida. Estudos comprovam que o consumo de frutas, legumes e verduras reduzem a incidência de doenças crônicas não transmissíveis na população devido à presença de fibras, antioxidantes e compostos bioativos, que aumentam as defesas orgânicas estimulando a proteção contra as agressões por radicais livres, contribuindo para diminuir o risco de doença cardiovascular e degenerativa. O aumento no consumo de produtos frescos tem sido acompanhado por uma maior incidência de surtos alimentares. Alguns micro-organismos patogênicos como Salmonella, Escherichia coli e alguns tipos de virus, apresentam a capacidade de se internalizar, levando à colonização da planta. Este artigo teve o propósito de iniciar uma discussão acerca do incentivo ao consumo de produtos frescos, os quais podem contribuir para veicular doenças transmitidas por alimentos. Foram consultadas as bases eletrônicas: Lilacs, Scielo, Scirus e Scopus, sendo selecionados artigos em intervalo de 30 anos (1982-2012). Com base nas contribuições dos artigos algumas considerações são apresentadas acerca das diferentes formas de internalização microbiana para partes comestíveis de produtos frescos e como os micro-organismos internalizados não são efetivamente removidos por tratamentos da superfície.
Worldwide, the incidence of noncommunicable diseases (NCDs) is increasing due changes in lifestyles. Studies confirm consumption of fruits and vegetables reduce the incidence of noncommunicable diseases in the population due to the presence of fiber, antioxidants and bioactive compounds that increase the organic defenses stimulating protection against attacks by free radicals, helping to reduce the risk of cardiovascular disease and degenerative. The increased consumption of fresh products has been accompanied by a higher incidence of food borne outbreaks. Some pathogens such as Salmonella, Escherichia coli and some types of virus, have the ability to internalize, leading to colonization of the plant. This article has the purpose of initiate a discussion about the incentive to consumption of fresh products which can help convey foodborne diseases.The electronic databases consulted were: Lilacs, Scielo, Scirus e Scopus, were selected studies over a period of 30 years (1982-2012). Based on their contributions some considerations are presented about the various types of microbial internalization for edible plant parts and how microorganisms internalized are not effectively removed by surface treatment.