RESUMO
Tendo como mote a comemoração dos 15 anos do "Sport: Laboratório de História do Esporte e do Lazer", este ensaio objetiva discutir as peculiaridades de dinamização de um grupo de pesquisas numa situação periférica. De início, se debate o conceito de periferia para situar os desafios tanto de investigação quanto da constituição de um campo acadêmico. Posteriormente, apresentam-se algumas reflexões sobre os limites, possibilidades e potencialidade da inserção no cenário científico internacional. Por fim, conclui-se que assumir que, nos dias atuais, somos periféricos não significa aceitar que sempre seremos assim, tampouco que devamos almejar o centro. Sugere-se ser mais interessante perspectivar um mundo em que não mais se sustente a relação centro-periferia, algo que não pode se dar somente no terreno das ilusões discursivas que prescindem de uma profunda compreensão empírica.
Having as an incentive the celebration of the 15th anniversary of the "Sport: Laboratory of History of Sport and Leisure", this essay aims to discuss the peculiarities of the organization of a research group in a peripheral situation. At first, the concept of periphery is debated in order to situate the challenges of both research and the constitution of an academic field. Subsequently, some reflections on the limits, possibilities and potential of insertion in the international scientific scenario are presented. Finally, it is concluded that assuming that, today, we are peripheral does not mean accepting that we will always be like that, nor that we should aim at the center. It is suggested that it is more interesting to envisage a world in which the center-periphery relationship is no longer sustained, something that cannot happen only in the field of discursive illusions that do not require a deep empirical understanding.