Influence of preoperative hospital stay in the antimicrobial resistance profile of oral microbiotic / Influência do tempo de permanência hospitalar pré-operatória no perfil de resistência a antimicrobianos da Microbiota oral

Objective: Verify whether there was a relationship between the occurrence of multidrug-resistant bacterial strains and the length of stay in the preoperative period. Methods: Clinical samples of the oral surfaces of the teeth and/or cheek mucosa were collected in the oral cavity of 37 patients who underwent elective cardiac surgery in the preoperative period from May to July 2019. The clinical samples collected were subjected to identification of colonies and antimicrobial sensitivity tests. Results: We observed that the patients who stayed for more than 60 days in that hospital had 17 times more likely to develop multi-resistant strains (Multi-Rs) than those that have not remained. Conclusions: We realized that the longer the patient stays in the hospital, the greater the chances of bacterial strains Multi-Rs. Therefore, it is important to try to reduce the length of hospital stay so that there is no increase in the occurrence of multiresistant strains in these patients

Objetivo: Verificar se houve relação entre a ocorrência de cepas bacterianas multirresistentes e o tempo de internação no pré-operatório. Métodos: Amostras clínicas das superfícies orais dos dentes e / ou mucosa jugal foram coletadas na cavidade oral de 37 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca eletiva no período pré-operatório de maio a julho de 2019. As amostras clínicas coletadas foram submetidas à identificação de colônias e testes de sensibilidade antimicrobiana. Resultados: Observamos que os pacientes que permaneceram por mais de 60 dias naquele hospital tiveram 17 vezes mais chance de desenvolver cepas multirresistentes (Multi-Rs) do que os que não permaneceram. Conclusões: Percebemos que quanto mais tempo o paciente permanece internado, maiores são as chances de cepas bacterianas Multi-Rs. Portanto, é importante tentar reduzir o tempo de internação hospitalar para que não haja aumento na ocorrência de cepas multirresistentes nesses pacientes.

How to avoid the inappropriate use of antibiotics in upper respiratory tract infections? A position statement from an expert panel / Como evitar o uso inadequado de antibióticos nas infecções de vias aéreas superiores? Posição de um painel de especialistas

Abstract Introduction: Bacterial resistance burden has increased in the past years, mainly due to inappropriate antibiotic use. Recently it has become an urgent public health concern due to its impact on the prolongation of hospitalization, an increase of total cost of treatment and mortality associated with infectious disease. Almost half of the antimicrobial prescriptions in outpatient care visits are prescribed for acute upper respiratory infections, especially rhinosinusitis, otitis media, and pharyngotonsillitis. In this context, otorhinolaryngologists play an important role in orienting patients and non-specialists in the utilization of antibiotics rationally and properly in these infections. Objectives: To review the most recent recommendations and guidelines for the use of antibiotics in acute otitis media, acute rhinosinusitis, and pharyngotonsillitis, adapted to our national reality. Methods: A literature review on PubMed database including the medical management in acute otitis media, acute rhinosinusitis, and pharyngotonsillitis, followed by a discussion with a panel of specialists. Results: Antibiotics must be judiciously prescribed in uncomplicated acute upper respiratory tract infections. The severity of clinical presentation and the potential risks for evolution to suppurative and non-suppurative complications must be taken into 'consideration'. Conclusions: Periodic revisions on guidelines and recommendations for treatment of the main acute infections are necessary to orient rationale and appropriate use of antibiotics. Continuous medical education and changes in physicians' and patients' behavior are required to modify the paradigm that all upper respiratory infection needs antibiotic therapy, minimizing the consequences of its inadequate and inappropriate use.

Resumo Introdução: A resistência bacteriana a antibióticos nos processos infecciosos é um fato crescente nos últimos anos, especialmente devido ao seu uso inapropriado. Ao longo dos anos vem se tornando um grave problema de saúde pública devido ao prolongamento do tempo de internação, elevação dos custos de tratamento e aumento da mortalidade relacionada às doenças infecciosas. Quase a metade das prescrições de antibióticos em unidades de pronto atendimento é destinada ao tratamento de alguma infecção de vias aéreas superiores, especialmente rinossinusites, otite média aguda supurada e faringotonsilites agudas, sendo que uma significativa parcela dessas prescrições é inapropriada. Nesse contexto, os otorrinolaringologistas têm um papel fundamental na orientação de pacientes e colegas não especialistas, para o uso adequado e racional de antibióticos frente a essas situações clínicas. Objetivos: Realizar uma revisão das atuais recomendações de utilização de antibióticos nas otites médias, rinossinusites e faringotonsilites agudas adaptadas à realidade nacional. Método: Revisão na base PubMed das principais recomendações internacionais de tratamentos das infecções de vias aéreas superiores, seguido de discussão com um painel de especialistas. Resultados: Os antibióticos devem ser utilizados de maneira criteriosa nas infecções agudas de vias aéreas superiores não complicadas, a depender da gravidade da apresentação clínica e dos potenciais riscos associados de complicações supurativas e não supurativas. Conclusões: Constantes revisões a respeito do tratamento das principais infecções agudas são necessárias para que sejam tomadas medidas coletivas no uso racional e apropriado de antibióticos. Somente com orientação e transformações no comportamento de médicos e pacientes é que haverá mudanças do paradigma de que toda infecção de vias aéreas superiores deva ser tratada com antibióticos, minimizando por consequência os efeitos de seu uso inadequado.

Prevalencia de Escherichia coli productor de betalactamasas de espectro extendido (BLEE) y otras resistencias en urocultivos en un hospital general de Ica, Perú / Prevalence of Escherichia coli producing extended-spectrum beta-lactamase (ESBL) and other resistance urinecultures at a general hospital in Ica, Peru

Objetivo: Determinar la prevalencia de Escherichia coli BLEE y otras resistencias en urocultivos realizados en el Hospital Regional de Ica, durante el periodo 2013 al 2014. Materiales y métodos: Estudio descriptivo, observacional y retrospectivo que comprendió el estudio de 2792 urocultivos realizados durante el periodo 2013 y 2014 en el Hospital Regional de Ica, de los cuales se recolectó información. Los análisis se realizaron usando la estadística descriptiva y la prueba chi2 con un nivel de confianza del 95% (p<0,05). Resultados: La prevalencia de Escherichia coli BLEE fue de 4% hallando asociación signficativa con sexo y servicio hospitalario. Se identificó que la población positiva a E. coli BLEE se encontraba mayormente en mujeres (78%) así como el servicio hospitalario con mayor positividad fue medicina interna con un 54% de frecuencia, el grupo etario donde esta infección fue más frecuente estuvo comprendido entre 30 y 59 años, sin embargo no mostró significancia estadística. Se halló un predominio de resistencia a cefalosporinas como la ceftriaxona (60%), mientras que en otras resistencias fue predominante la gentamicina (88%) seguido por sulfatrimetropin (74%). Conclusión: La prevalencia de Escherichia coli BLEE y el tipo de resistencia a los antibióticos reportados en este estudio sugieren la presencia de una cepa de Escherichia coli BLEE diferente a las reportadas en nuestro país, por lo que se sugiere mayor investigación ya que es un serio problema de salud pública. (AU)

Objective: To determine the prevalence of Escherichia coliand ESBL resistance in other cultures made in the Ica Regional Hospital during the period 2013 to 2014. Materials and methods: retrospective observational study involving 2792 study cultures made during the period 2013 and 2014 in the Regional Hospital of Ica, of which data were collected. Analyses were performed using descriptive statistics and chi 2 test with a confidence level of 95% (p <0.05).Results: The prevalence of Escherichia coli ESBL was 4% finding signficativa association with sex and hospitable service. It was identified that the positive E. coli ESBL population was mostly women (78%) and hospital services more positivity was internal medicine with 54% frequency, the age group where the infection was most common was between 30 and 59, but did not show statistical significance. a predominance of cephalosporin resistance as ceftriaxone (60%) was found,where as in other gentamicin resistance was predominantly (88%) followed by sulfatrimetropin (74%).Conclusion: The prevalence of E. coli ESBL and type of antibiotic resistance reported in this study suggest the presence of a strain of E. coli other than those reported in our country ESBL, so further research is suggested because it is a serious public health problem. (AU)

Caracterización de aislamientos invasivos de S. pneumoniae, H. influenzae y N. meningitidis en América Latina y el Caribe: SIREVA II, 2000-2005 / Characterization of invasive isolates of S. pneumoniae, H. influenzae, and N. meningitidis in Latin America and the Caribbean: SIREVA II, 2000-2005

OBJETIVOS: Analizar las características fenotípicas y la susceptibilidad a antibióticos de las cepas circulantes de Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae y Neisseria meningitidis en América Latina y el Caribe entre 2000 y 2005. Se evaluó la cobertura potencial de las vacunas conjugadas. MÉTODOS: Se estudió por métodos convencionales la distribución de los serotipos o serogrupos de 17 303 cepas de S. pneumoniae, 2 782 cepas de H. influenzae y 6 955 cepas de N. meningitidis aisladas de casos de neumonía, meningitis, sepsis, bacteriemias y otros procesos invasivos. Se evaluó la susceptibilidad a los antibióticos de las cepas estudiadas. Los aislamientos procedían de 453 centros centinelas de 19 países de América Latina y 4 del Caribe, como parte del proyecto SIREVA II. RESULTADOS: El serotipo 14 de S. pneumoniae fue el más frecuentemente aislado (21,1 por ciento), especialmente en niños menores de 6 años (29,1 por ciento). Las coberturas potenciales de las vacunas conjugadas antineumocócicas hepta, nona, deca y tridecavalentes fueron de 59,0 por ciento, 73,4 por ciento, 76,5 por ciento y 85,9 por ciento, respectivamente. De los aislamientos, 63,3 por ciento eran sensibles a la penicilina. El serotipo b de H. influenzae estuvo presente en 72,2 por ciento de los aislamientos en niños menores de 2 años, mientras 8,6 por ciento correspondieron a los serotipos a, c, d, e y f; 19,2 por ciento resultaron no serotipables. La proporción de cepas de H. influenzae productoras de betalactamasa en aislamientos en niños menores de 2 años fue de 16,3 por ciento. Los serogrupos de N. meningitidis más frecuentes fueron el B (69,0 por ciento) y el C (25,7 por ciento); 65,8 por ciento y 99,2 por ciento de las cepas fueron sensibles a la penicilina y a la rifampicina, respectivamente. CONCLUSIONES: Estos resultados resaltan la importancia de la vigilancia epidemiológica integral de S. pneumoniae, H. influenzae y N. meningitidis en América Latina...

OBJECTIVES: To analyze the phenotypical characteristics and the susceptibility to antibiotics of the circulating strains of Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, and Neisseria meningitidis circulating in Latin America and the Caribbean from 2000-2005. Potential coverage by conjugate vaccines was evaluated. METHODS: Conventional methods were used to study the distribution of the serotypes or serogroups of 17 303 strains of S. pneumoniae, 2 782 strains of H. influenzae, and 6 955 strains of N. meningitidis isolated from cases of pneumonia, meningitis, sepsis, bacteriemias, and other invasive processes. The antimicrobial susceptibilities of the study strains were evaluated. The isolates came from 453 sentinel surveillance sites in 19 countries in Latin America and four in the Caribbean, as part of the SIREVA II (Network Surveillance System for the Bacterial Agents Responsible for Pneumonia and Meningitis) project. RESULTS: S. pneumoniae serotype 14 was the most frequently isolated (21.1 percent), especially in children under 6 years of age (29.1 percent). The potential coverages by hepta-, nona-, deca-, and trideca-valent antipneumonia conjugate vaccines were 59.0 percent, 73.4 percent, 76.5 percent, and 85.9 percent, respectively. Of the isolates, 63.3 percent were sensitive to penicillin. H. influenzae serotype b was present in 72.2 percent of the isolations from children under 2 years of age, whereas 8.6 percent produced serotypes a, c, d, e, and f, and 19.2 percent could not be serotyped. The rate of H. influenzae beta-lactamase-producing strains isolated from children under 2 years of age was 16.3 percent. The most frequent N. meningitidis serogroups were B (69.0 percent) and C (25.7 percent); 65.8 percent and 99.2 percent of the strains were susceptible to penicillin and rifampicin, respectively. CONCLUSIONS: These results highlight the importance of comprehensive epidemiological surveillance of S. pneumoniae, H. influenzae...

Patrones de resistencia bacteriana en urocultivos en un hospital oncológico / Antimicrobial resistance patterns of isolates from urine cultures at an oncological center

OBJETIVOS: Describir los patrones de resistencia bacteriana en cultivos de orina en un hospital oncológico. MATERIAL Y MÉTODOS: Se incluyeron las cepas obtenidas de cultivos de orina de 1998 a 2005. Se obtuvo el porcentaje de sensibilidad para diferentes antibióticos, tras analizar por separado cepas nosocomiales y compararlas con las de la comunidad. RESULTADOS: Se detectaron 9 232 cultivos positivos (20.7 por ciento) de 44 447 muestras: gramnegativos, 78.8 por ciento; grampositivos, 13.8 por ciento; y levaduras, 7.4 por ciento. Escherichia coli fue el principal microorganismo identificado (41.3 por ciento); la resistencia en aislados nosocomiales fue mayor que en la comunidad para amikacina (92.4 y 97 por ciento), ceftazidima (83.1 y 95.1 por ciento) y ciprofloxacina (46.2 y 58.6 por ciento). De igual manera, Pseudomonas aeruginosa presentó mayor resistencia para amikacina y ceftazidima en las cepas nosocomiales (55.7 y 66.6 por ciento; y 65.5 y 84.8 por ciento, respectivamente). Enterococcus resistente a vancomicina se encontró sólo en 2.5 por ciento (3/119 aislados de E. faecium). CONCLUSIONES: Existe una mayor resistencia bacteriana en las cepas de origen nosocomial en comparación con las cepas comunitarias. Se encontró un incremento progresivo de la resistencia para E. coli, el patógeno aislado con más frecuencia de infecciones nosocomiales y comunitarias. Es prioritario intensificar una campaña educativa para el control y uso racional de los antibióticos.

OBJECTIVE: To describe the patterns of antimicrobial resistance of organisms isolated from urine cultures at a teaching oncological hospital for adult patients. MATERIAL AND METHODS: All strains obtained from urine cultures from 1998 to 2005 were included. Mean susceptibilities were obtained for each antimicrobial tested; nosocomial and community-acquired isolates were analyzed separately. RESULTS: A total of 9 232 positive urine cultures were obtained (20.7 percent) from 44 447 samples taken. Gram negative bacteria were reported in 78.8 percent, Gram-positive in 13.8 percent and yeasts in 7.4 percent. Escherichia coli was the most frequently isolated bacterium (41.3 percent); antimicrobial resistance was higher in nosocomial isolates than in community strains (amikacin 92.4 vs. 97 percent, ceftazidime 83.1 vs. 95.1 percent and ciprofloxacin 46.2 vs. 58.6 percent). Pseudomonas aeruginosa showed a greater resistance to amikacin and ceftazidime in nosocomial cultures compared to community-acquired bacterial cultures (55.7 vs. 66.6 percent and 65.5 vs. 84.8 percent respectively). Vancomycin-resistant enterococci were found in only 2.5 percent (3 of 119 E. faecium isolates). CONCLUSIONS: Higher bacterial resistance was observed in nosocomial cultures than in community ones. Antimicrobial resistance was found to be progressively increasing for E. coli, the most frequent pathogen isolated both in nosocomial and community infections. We consider imperative the establishment of an intense educational campaign for the use and control of antibiotics.

La resistencia de bacterias a antibióticos, antisépticos y desinfectantes una manifestación de los mecanismos de supervivencia y adaptación / Resistance to bacterial antibiotics, antiseptics and disinfectants a manifestation of the survival and adaptation mechanisms

La resistencia a múltiples sustancias es un problema de salud pública que se viene observando a nivel mundial después de la aparición de los antibióticos. El uso indiscriminado de los antibióticos y la presión selectiva ambiental realizada por antisépticos y desinfectantes ha generado una respuesta de supervivencia en los microorganismos, que los capacita para evadir con eficiencia la acción bactericida de algunos agentes. En la actualidad se intenta dilucidar si hay mecanismos compartidos entre antibióticos, antisépticos y desinfectantes que les permita a las bacterias y otros microorganismos activar genes que potencialmente expresen los cinco mecanismos propuestos hasta ahora como respuesta evolutiva a la intervención humana. La presente revisión examina el estado del arte de los mecanismos mencionados,con énfasis en los que actualmente utilizan las bacterias que causan brotes de resistencia en centros hospitalarios.

Resistance to multiple substances is a problem of public health coming to world-wide level observation since the appearance of antibiotics. Indiscriminate use of antibiotics and the environmental selective pressure made by antiseptics and disinfectants have generated a survival answer in the microorganisms, enabling them to efficiently evade the bactericidal action of some agents. Nowadays the time has come to try to explain if mechanisms shared among antibiotics, antiseptics and disinfectants allow bacteria and other germs to activate genes that potentially express the five mechanisms proposed until now as an evolutionary answer to man’s intervention. The present review examines the state-of-the-art of the mentioned mechanisms, with emphasis about the resistance mechanisms performed by nosocomial bacteria in hospitals centers.

Streptococcus pneumoniae: estudo das cepas isoladas de liquor / Streptococcus pneumoniae: a study of strains isolated from cerebrospinal fluid

OBJETIVO: Determinar a freqüência dos sorotipos capsulares e a susceptibilidade antimicrobiana de cepas de Streptococcus pneumoniae, assim como dar suporte à indicação de vacinas disponíveis e ao uso de antimicrobianos. MÉTODOS: Neste estudo retrospectivo, foram adotadas metodologias padronizadas para identificar, sorotipar e determinar a susceptibilidade à penicilina, cefotaxima e vancomicina. O estudo foi realizado com cepas de pneumococo isoladas de liquor em pacientes atendidos nos hospitais públicos e em três hospitais particulares do Distrito Federal no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2004. A identificação e a determinação de susceptibilidade a antimicrobianos foi realizada no Laboratório Central de Saúde Pública no Distrito Federal. A sorotipagem foi realizada no Instituto Adolfo Lutz. RESULTADOS: Foram isoladas 232 cepas de pneumococo, compreendendo 126 cepas (54,31 por cento) de pacientes do sexo masculino. A idade dos pacientes variou de 0 a 62 anos, sendo agrupados em faixas etárias de 0 a 5, 6 a 17, 18 a 50 e acima de 50 anos. Identificaram-se 36 sorotipos distintos. Desses destacaram-se oito: 14, 6B, 18C, 5, 19F, 23F, 9V e 6A. O teste de oxacilina caracterizou 67 cepas resistentes à penicilina; dessas, 47 foram confirmadas pelo E teste com resistência de nível intermediário. Nenhuma cepa apresentou resistência de alto nível. CONCLUSÃO: A resistência do pneumococo à penicilina apresentou um aumento gradativo nos últimos 10 anos no Distrito Federal. Os sorotipos mais isolados na faixa etária de 0 a 5 anos foram também os mais envolvidos na resistência à penicilina, e estão incluídos na vacina 7-valente.

OBJECTIVE: To determine the frequency of capsular serotypes and the antimicrobial susceptibility of strains of Streptococcus pneumoniae, as well as to provide recommendations on the use of available vaccines and antimicrobial drugs. METHODS: In this retrospective study, standard procedures were followed to identify, serotype, and determine bacterial susceptibility to penicillin, cefotaxime, and vancomycin. Pneumococcal strains were isolated from the cerebrospinal fluid (CSF) of patients admitted to nine public and three private hospitals in Distrito Federal, Brazil, between January 1995 and December 2004. Identification and antimicrobial susceptibility tests were carried out at the Central Laboratory of Public Health (Laboratório Central de Saúde Pública). Serotyping was performed at Instituto Adolfo Lutz. RESULTS: A total of 232 pneumococcal strains were isolated, including 126 (54.31 percent) strains from male patients. Patients had an age range of 0 to 62 years and were distributed into four age groups: 0 to 5, 6 to 17, 18 to 50, and above 50. From the 36 distinct serotypes identified, eight were more prevalent: 14, 6B, 18C, 5, 19F, 23F, 9V, and 6A. The oxacillin test identified 67 penicillin-resistant strains, out of which 47 were confirmed by the E test as having intermediate level of resistance. None of the strains exhibited high-level resistance. CONCLUSIONS: Pneumococcal resistance to penicillin has gradually increased over the last 10 years in Distrito Federal. Serotypes more frequently isolated in the 0 to 5 years age group were the same involved in penicillin-resistance, all of which are covered by the 7-valent vaccine.

Ocorrência de bactérias multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de Hospital brasileiro de emergências / Occurrence of multi-resistant bacteria in the Intensive Care unit of a Brazilian hospital of emergencies

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A infecção hospitalar representa um desafio na prática clínica do paciente hospitalizado. A sua ocorrência determina um aumento considerável no período de hospitalização, da morbimortalidade e, paralelamente contribui na elevação dos custos hospitalares. Os pacientes hospitalizados, em especial, na Unidade de Terapia Intensiva, são particularmente mais susceptíveis à infecção hospitalar, dada as suas condições clínicas, que exigem procedimentos invasivos e terapia antimicrobiana. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de bactérias multiresistentes em pacientes hospitalizados em Centro de Terapia Intensiva de um hospital brasileiro de emergências. MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado no período de outubro de 2003 a setembro de 2004, mediante aprovação do Comitê de Ética. Para análise estatística utilizou-se o programa Software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 10.0 após elaboração do banco de dados mediante a codificação de cada uma das variáveis e dupla digitação. RESULTADOS: Totalizou-se 68 pacientes portadores de bactérias multiresistentes dos quais 47 (69,1 por cento) do sexo masculino, com média de idade de 55 anos correspondeu. Todos os pacientes foram submetidos a intubação endotraqueal e a punção venosa central. CONCLUSÕES: O Staphylococcus sp. coagulase-negativo foi a bactéria mais freqüente (36,4 por cento) seguido do Staphylococcus aureus (19 por cento). A classe de antimicrobiano mais utilizado foi a cefalosporina (21,4 por cento). O conhecimento das infecções permitiu refletir sobre a problemática da multiresistência, orientar as ações educativas e favorecer as intervenções de prevenção e controle de situações-problema.

BACKGROUND AND OBJECTIVES: Nosocomial infection represents a challenge in clinical practice involving hospitalized patients, as they considerably extend the hospitalization period and morbidity and mortality rates and, at the same time, increase hospital costs. Given their clinical conditions, which require invasive procedures and antimicrobial treatment, hospitalized patients, especially at the Intensive Care Unit, are particularly susceptible to hospital infection. This study aimed to evaluate the occurrence of multiresistant bacteria in patients hospitalized at the Intensive Care Unit of a Brazilian emergency hospital. METHODS: Our retrospective study was approved by the Ethics Committee and considered the period between October 2003 and September 2004. A database was developed through variable coding and double entry, and Statistical Package for Social Sciences (SPSS) software, version 10.0, was used for statistical analysis. RESULTS: Multiresistant bacteria were identified in 68 patients, 47 (69.1 percent) of whom were men, with 55 years as the mean age. All patients were submitted to endotracheal intubation and central venipuncture. The most frequent bacteria were coagulase-negative Staphylococcus sp. (36.4 percent), followed by Staphylococcus aureus (19 percent). Cephalosporin was the most frequently used (21.4 percent) antimicrobial agent. CONCLUSIONS: Knowledge on infection occurrence provokes reflections on multiresistance, directs educative actions and favors interventions to prevent and control problem situations.