Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 142
Filtrar
1.
Arq. bras. cardiol ; 120(12): e20230409, dez. 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1533711

RESUMO

Resumo Fundamento A rigidez arterial pode afetar diretamente os rins, que são perfundidos passivamente por alto fluxo. No entanto, determinar se a relação entre rigidez arterial e função renal depende das condições de diabetes e hipertensão é uma questão controversa. Objetivo Investigar a relação entre a rigidez arterial, por velocidade da onda de pulso carotídea-femoral (VOPcf), e a incidência de doença renal crônica (DRC) em indivíduos e verificar se essa associação está presente em indivíduos sem hipertensão e diabetes. Métodos Estudo longitudinal com 11.647 participantes do ELSA-Brasil acompanhados por quatro anos (2008/10-2012/14). A VOPcf basal foi agrupada por quartil, de acordo com pontos de corte específicos com relação a sexo. A presença de DRC foi verificada pela taxa de filtração glomerular (TFGe-CKD-EPI) < 60 ml/min/1,73 m2 e/ou relação albumina/creatinina ≥ 30 mg/g. Modelos de regressão logística foram executados para toda a coorte e uma subamostra livre de hipertensão e diabetes no início do estudo, após ajuste para idade, sexo, raça, escolaridade, tabagismo, relação colesterol/HDL, índice de massa corporal, diabetes, uso de anti-hipertensivos, pressão arterial sistólica, frequência cardíaca e doenças cardiovasculares. A significância estatística foi fixada em 5%. Resultados A chance de DRC foi de 42% (IC de 95%: 1,05;1,92) maior entre indivíduos no quartil superior da VOPcf. Entre os participantes normotensos e não diabéticos, os indivíduos do 2º, 3º e 4º quartis da VOPcf apresentaram maiores chances de desenvolver DRC, quando comparados aos do quartil inferior, sendo a magnitude dessa associação maior para aqueles do quartil superior (OR: 1,81 IC de 95%: 1,14;2,86). Conclusão A maior VOPcf aumentou as chances de DRC, e sugere que esse efeito é ainda maior em indivíduos sem diabetes e hipertensão.


Abstract Background Arterial stiffening can directly affect the kidneys, which are passively perfused by a high flow. However, whether the relation between arterial stiffness and renal function depends on diabetes and hypertension conditions, is a matter of debate. Objective To investigate the relationship between arterial stiffening by carotid-to-femoral pulse wave velocity (cfPWV) and chronic kidney disease (CKD) incidence in individuals and verify whether this association is present in individuals without hypertension and diabetes. Methods A longitudinal study of 11,647 participants of the ELSA-Brasil followed up for four years (2008/10-2012/14). Baseline cfPWV was grouped per quartile, according to sex-specific cut-offs. Presence of CKD was ascertained by glomerular filtration rate (eGFR-CKD-EPI) < 60 ml/min/1.73 m2 and/or albumin-to-creatinine ratio ≥ 30 mg/g. Logistic regression models were run for the whole cohort and a subsample free from hypertension and diabetes at baseline, after adjustment for age, sex, race, schooling, smoking, cholesterol/HDL ratio, body mass index, diabetes, use of antihypertensive, systolic blood pressure, heart rate, and cardiovascular disease. Statistical significance was set at 5%. Results The chance of CKD was 42% (CI 95%: 1.05;1.92) greater among individuals in the upper quartile of cfPWV. Among normotensive, non-diabetic participants, individuals in the 2nd, 3rd, and 4th quartiles of cfPWV presented greater chances of developing CKD, as compared to those in the lower quartile, and the magnitude of this association was the greatest for those in the upper quartile (OR: 1.81 CI 95%: 1.14;2.86). Conclusion Higher cfPWV increased the chances of CKD and suggests that this effect is even greater in individuals without diabetes and hypertension.

3.
J. bras. nefrol ; 45(3): 310-317, Sept. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1521107

RESUMO

ABSTRACT Introduction: Pulse wave velocity is used to diagnose central arterial stiffness (CAS) and quantify healthy vascular aging (HVA). Objective: To evaluate the CAS and HVA in elderly patients with systemic blood pressure levels classified as optimal/normal. Methods: A total of 102 patients without comorbidities and with systolic pressure (SP) < 120 mmHg and diastolic pressure (DP) < 80 mmHg were selected from the EVOPIU database (Pulse Wave Velocity of Elderly Individuals in an Urban area of Brazil). The carotid-femoral pulse wave velocity (c-fPWV) and the central and peripheral pressures were evaluated in all patients. The patients were divided into four groups: G1: (n = 19, with c-fPWV < 7.6 m/s, without medication), G2 (n = 26, c-fPWV ≥ 7.6 m/s; without medication), G3 (n = 25, c-fPWV < 7.6 m/s with antihypertensive medication), and G4 (n = 32, c-fPWV ≥ 7.6 m/s with antihypertensive medication). Results: In our sample, 56.7% of patients had c-fPWV ≥ 7.6 m/s. The central systolic pressure in G1 [99 (10) mmHg] was lower than that found in the other three groups [vs. 112 (14) mmHg, 111 (15), 112 (20) mmHg; P < 0.05)]. Conclusion: Older people with optimal arterial blood pressure do not necessarily have HVA and could have c-fPWV values close to the limits established for CAS diagnosis.


RESUMO Introdução: A velocidade da onda de pulso é usada para diagnosticar a rigidez arterial central (RAC) e quantificar o envelhecimento vascular saudável (EVS). Objetivo: Avaliar a RAC e o EVS em pacientes idosos com níveis pressóricos sistêmicos classificados como ideais/normais. Métodos: Um total de 102 pacientes sem comorbidades e com pressão sistólica (PS) < 120 mmHg e pressão diastólica (PD) < 80 mmHg foram selecionados do banco de dados EVOPIU (Estudo da Velocidade de Onda de Pulso em Idosos em área Urbana no Brasil). Foram avaliadas a velocidade da onda de pulso carotídeo-femoral (VOPcf) e as pressões central e periférica em todos os pacientes. Os pacientes foram divididos em quatro grupos: G1: (n = 19; com VOPcf < 7,6 m/s; sem medicação), G2 (n = 26; VOPcf ≥ 7,6 m/s; sem medicação), G3 (n = 25; VOPcf < 7,6 m/s com medicação anti-hipertensiva), e G4 (n = 32; VOPcf ≥ 7,6 m/s com medicação anti-hipertensiva). Resultados: Em nossa amostra, 56,7% dos pacientes apresentaram VOPcf ≥ 7,6 m/s. A pressão sistólica central no G1 [99 (10) mmHg] foi inferior à encontrada nos outros três grupos [vs. 112 (14) mmHg, 111 (15), 112 (20) mmHg; P < 0,05)]. Conclusão: Pessoas idosas com pressão arterial ideal não necessariamente têm EVS e podem apresentar valores de VOPcf próximos aos limites estabelecidos para o diagnóstico de RAC.

4.
J. vasc. bras ; 22: e20230076, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528974

RESUMO

Abstract Background Prediabetes (PD) is defined as impaired fasting glucose and/or impaired glucose tolerance (IGT) and may be associated with high risk of cardiovascular injury. It is recommended that PD patients be screened for signs of arterial stiffness and cardiovascular injury to reinforce therapeutic strategies. Objectives To identify pulse wave velocity values discriminative for arterial stiffness and cardiovascular injury in PD patients. Methods A cross-sectional study was conducted with PD (N=43) and normoglycemic (N=37) patients who underwent clinical evaluation, arterial stiffness assessment by carotid-femoral pulse wave velocity (cfPWV) using SphygmoCor, laboratory blood analysis, investigation of morphological and functional cardiac variables by transthoracic echocardiogram, and assessment of carotid intima-media-thickness (CIMT) by carotid ultrasonography. A statistical analysis was performed using SPSS software and values of p<0.05 were considered significant. Results A cfPWV cut-off value of 6.9 m/s was identified for IGT (Sensitivity [SE]: 74% and Specificity [SP]: 51%). Comparison of general data and risk factors between subsets with values above and below this cutoff value revealed higher rates of fasting glucose (p=0.02), obesity (p=0.03), dyslipidemia (p=0.004), early signs of left ventricle (p=0.017) and right ventricle (p=0.03) impaired diastolic function, and elevated CIMT in subjects with cfPWV ≥ 6.9m/s (p=0.04). Conclusions In PD patients, a cfPWV cutoff of 6.9 m/s was considered a discriminative value for arterial stiffness. These findings highlight the value of early investigation of cardiovascular injury and aggressive therapy strategies with good control of risk factors in PD.


Resumo Contexto O pré-diabetes (PD) é definido como glicemia de jejum alterada e/ou tolerância à glicose alterada (TGA) e pode estar associado a alto risco de lesão cardiovascular. Recomenda-se discriminar quais pacientes com PD podem apresentar sinais de rigidez arterial e lesão cardiovascular para reforçar as estratégias terapêuticas. Objetivos Identificar os valores discriminativos da velocidade de onda de pulso determinantes de rigidez arterial e lesão cardiovascular em pacientes com PD. Métodos Estudo transversal em pacientes com PD (N=43) e normoglicêmicos (N=37) submetidos a avaliação clínica, avaliação da rigidez arterial pela velocidade da onda de pulso carótido-femoral (cfPWV) utilizando SphygmoCor, análise laboratorial de sangue, investigação de alterações morfológicas e variáveis cardíacas funcionais por ecocardiograma transtorácico e avaliação da espessura íntima-média carotídea (EIMC) pela ultrassonografia da carótida. A análise estatística foi realizada no software SPSS, e valores de p<0,05 foram considerados significativos. Resultados Foi identificado um valor de corte cfPWV de 6,9 m/s para TGA (sensibilidade 74% e especificidade 51%). A comparação dos dados e fatores de risco entre valores acima e abaixo do valor de corte estabelecido revelou glicemia de jejum elevada (p=0,02), obesidade (p=0,03), dislipidemia (p=0,004), sinais precoces de função diastólica prejudicada do ventrículo esquerdo (p=0,017) e ventrículo direito (p=0,03) e maior EIMC em cfPWV ≥6,9m/s (p=0,04). Conclusões Em pacientes com PD, o cfPWV de 6,9 m/s foi considerado um valor discriminativo de rigidez arterial. Esses achados reforçam que a investigação precoce da lesão cardiovascular e uma estratégia com terapia agressiva são valiosas no controle dos fatores de risco na PD.

5.
Arq. bras. cardiol ; 120(10): e20220934, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1520139

RESUMO

Resumo Fundamento Estudos prévios estabeleceram valores de normalidade e de referência da Velocidade de Onda de Pulso (VOP). Porém, qual valor de VOP que apresenta a associação mais forte com biomarcadores cardiovasculares ainda é pouco conhecido. Objetivo Identificar o valor de VOP com maior possibilidade de estar associado com hipertrofia ventricular esquerda (HVE), aumento da espessura íntima-média carotídea (EIMC), e presença de placas carotídeas em pacientes hipertensos. Métodos Este é um estudo transversal de 119 pacientes. Análise de curvas características de operação do receptor (ROC) foi realizada para cada biomarcador cardiovascular. A diferença estatística foi estabelecida em p<0,05. Resultados Segundo análises das curvas ROC, valores de VOP de 8,1m/s para HVE, 8,2m/s para EMIC aumentada e 8,7m/s para a presença de placa carotídea foram encontrados, respectivamente. O valor de VOP de 8,2m/s foi definido como melhor o parâmetro para encontrar os três biomarcadores de LOA. A VOP acima de 8,2m/s associou-se ao aumento da EMIC (p = 0,004), à presença de placas carotídeas (p = 0,003) e à HVE (p < 0,001). A VOP acima de 8,2m/s apresentou maior sensibilidade para EMIC aumentada (AUC = 0,678, sensibilidade 62,2), HVE (AUC = 0,717, sensibilidade 87,2), e presença de placas (AUC = 0,649, sensibilidade 74,51) na análise das curvas ROC. Conclusão O valor de 8,2m/s de VOP foi mais sensível em identificar, precocemente, a existência de biomarcadores cardiovasculares de LOA.


Abstract Background Previous studies have established normal and reference values for Pulse Wave Velocity (PWV). However, the PWV value that has the strongest association with cardiovascular biomarkers remains poorly understood. Objective This study aimed to determine the PWV value more likely to be associated with left ventricular hypertrophy (LVH), increased intima-media thickness (IMT), and presence of carotid plaques in patients with hypertension. Methods This cross-sectional study included 119 patients. Analysis of receiver operating characteristic (ROC) curves was performed for each cardiovascular biomarker. Statistical significance was set at p < 0.05. Results According to the ROC curve analysis, the PWV values were 8.1 m/s, 8.2 m/s, and 8.7 for the LVH, IMT, and presence of carotid plaques, respectively. A PWV value of 8.2 m/s was identified as the best parameter to determine the three TOD biomarkers. PWV above 8.2 m/s was associated with increased CIMT (p = 0.004) and the presence of carotid plaques (p = 0.003) and LVH (p<0.001). PWV above 8.2 showed greater sensitivity for increased CIMT (AUC = 0.678, sensitivity = 62.2), LVH (AUC = 0.717, sensitivity = 87.2), and the presence of plaques (AUC = 0.649, sensitivity = 74.51) in the ROC curve analysis. Conclusion The PWV value 8.2 m/s was more sensitive in early identifying the existence of cardiovascular biomarkers of TOD.

6.
Rev. bras. hipertens ; 30(3): 67-73, set. 2023. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1517004

RESUMO

Introdução: A síndrome metabólica (SM) é considerada um importante fator de risco para doenças cardiovasculares por promover mudanças biomecânicas nas paredes dos vasos que acarretam rigidez arterial (RA). Objetivo: Analisar a associação entre a síndrome metabólica e rigidez arterial. Além de descrever a população de estudo segundo características sociodemográficas e clínicas. Métodos: Estudos transversal de base populacional, na área restrita do Vale do Ogunjá, Salvador-Bahia. Foram obtidos dados sociodemográficos, por meio de questionário e dados clínicos. A VOP foi avaliada por tonometria de aplanação com o aparelho SphygmoCor® (AtCor Medical Pty Ltd, New South Wales, Austrália). Foram obtidas medidas de frequência e descritivas de central e dispersão, e o teste Qui-quadrado para análise estatística. Resultados: A VOP alterada foi mais prevalente em indivíduos que foram diagnosticados com a síndrome metabólica (37,2%), com uma razão de prevalência 2,0 vezes maiores quando comparados aos indivíduos hígidos (IC95%: 0,86 ­ 4,45). Houve também maior prevalência da RA no sexo masculino (30,4%), na faixa etária entre 40 a 74 anos (38,7%), em autodeclarados preto/pardo (27,4%), em divorciados/viúvos (38,9%) e com baixo nível de escolaridade (38,5%). As diferenças proporcionais entre os indivíduos com e sem rigidez arterial foram estatisticamente significantes entre as variáveis escolaridade (p=0,022), faixa etária (p=0,001) e hipertensão arterial (p=0,000). Por outro lado, não foram encontradas diferenças proporcionais estatisticamente significantes (p>0,05) entre as variáveis sexo, cor e estado civil, assim como para a síndrome metabólica e as variáveis que fazem parte da sua definição (hipertrigliceridemia, HDL, glicemia de jejum e obesidade abdominal), com exceção da hipertensão arterial. Conclusão: Apesar da maior prevalência de rigidez arterial em indivíduos com síndrome metabólica, não foi encontrada uma associação estatisticamente significante entre essas duas variáveis. Foi possível verificar uma associação estatisticamente significante entre a hipertensão arterial, indivíduos com idade mais avançada e com baixo nível de escolaridade e a rigidez arterial. (AU)


iomechanical changes in the walls of the vessels that cause arterial stiffness (AR). Objetive: Analyze the association between Metabolic Syndrome (MS) and arterial stiffness and to characterize the study population according to sociodemographic and clinical characteristics. Methods: Cross-sectional population-based studies, in the restricted area of Vale do Ogunjá, Salvador-Bahia. Sociodemographic data, through questionnaire and clinical data were obtained. A PWV was evaluated by applanation tonometry using the device SphygmoCor® (AtCor Medical Pty Ltd, New South Wales, Australia). Frequency and descriptive measurements of central and dispersion were obtained, and the Chi-square test to statistical analysis. Results: The altered PWV was more prevalent in individuals who were diagnosed with the metabolic syndrome (37.2%), with a prevalence ratio 2.0 times higher when compared to healthy individuals (95% CI: 0.86 - 4.45). There was also a higher prevalence of AR in males (30.4%), aged between 40 and 74 years (38.7%), in self-declared black / brown (27.4%), in divorced / widowed (38, 9%) and with a low level of education (38.5%). The proportional differences between individuals with and without arterial stiffness were statistically significant between the variables education (p = 0.022), age group (p = 0.001) and arterial hypertension (p = 0.000). On the other hand, there were no statistically significant proportional differences (p> 0.05) between the variables gender, color and marital status, as well as for the metabolic syndrome and the variables that are part of its definition (hypertriglyceridemia, HDL, blood glucose) fasting and abdominal obesity), with the exception of arterial hypertension. Conclusion: Despite the higher prevalence of arterial stiffness in individuals with metabolic syndrome, no statistically significant association was found between these two variables. It was possible to verify a statistically significant association between arterial hypertension, individuals with older age and with low level of education and arterial stiffness.


Assuntos
Humanos , Síndrome Metabólica , Rigidez Vascular , Análise de Onda de Pulso
7.
Arq. bras. cardiol ; 120(4): e20220398, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1429806

RESUMO

Resumo A pressão arterial central (PAc) é considerada um preditor independente de lesão de órgão, eventos cardiovasculares e mortalidade por todas as causas. Evidências mostram que o treino intervalado de alta intensidade (HIIT) é superior ao treino contínuo de intensidade moderada (MICT) na melhoria da aptidão cardiorrespiratória e da função vascular. No entanto, os efeitos dessas modalidades de treino aeróbico sobre a PAc não foram propriamente revisados. Esta metanálise tem como objetivo investigar os efeitos do HIIT versus MICT sobre a PAc.Conduzimos uma metanálise de ensaios controlados randomizados que compararam HIIT versus MICT sobre a PAc. Os desfechos primários foram Pressão Arterial Sistólica (PAS) central (PASc) e Pressão Arterial Diastólica central (PADc). A PAS periférica (PASp), a PAD periférica (PADp), a Velocidade de Onda de Pulso (VOP) e a captação máxima de oxigênio (VO2max) foram analisadas como desfechos secundários. A metanálise das diferenças médias (DM) foi conduzida usando modelos de efeitos aleatórios.Nosso estudo incluiu 163 pacientes recrutados em seis ensaios. Encontramos que HIIT foi superior ao MICT em reduzir PASc (DM = -3,12 mmHg, IC95% -4,75 - 1,50, p = 0,0002) e PAS (DM = -2,67 mmHg, IC95% -5,18 - -0,16, p = 0,04) e aumentar VO2max (DM = 2,49 mL/Kg/min, IC95% 1,25 - 3,73, p = 0,001). No entanto, não foram relatadas diferenças quanto à PADc, PAD ou VOP. O HIIT foi superior ao MICT em reduzir PASc, sugerindo seu potencial papel como uma terapia não farmacológica para a pressão arterial elevada.


Abstract Central blood pressure (cBP) is considered an independent predictor of organ damage, cardiovascular events and all-cause mortality. Evidence has shown that high intensity interval training (HIIT) is superior to moderate-intensity continuous training (MICT) for improving cardiorespiratory fitness and vascular function. However, the effects of these aerobic training modalities on cBP have not yet been properly reviewed.This meta-analysis aims to investigate to effects of HIIT versus MICT on cBP.We conducted a meta-analysis of randomized controlled trials that compared HIIT versus MICT on cBP. Primary outcomes were measures of central systolic blood pressure (cSBP) and central diastolic blood pressure (cDBP). Peripheral systolic blood pressure (pSBP) and diastolic blood pressure (pDBP), pulse wave velocity (PWV) and maximal oxygen uptake (VO2max) were analyzed as second outcomes. Meta-analysis of mean differences (MD) was conducted using the random effects model.Our study included 163 patients enrolled in six trials. We found that HIIT was superior to MICT in reducing the cSBP (MD = -3.12 mmHg, 95% CI: -4.75 to -1.50, p = 0.0002) and SBP (MD = -2.67 mmHg, 95% CI: -5.18 to -0.16, p = 0.04), and increasing VO2max(MD = 2.49 mL/kg/min, 95% CI: 1.25 to 3.73, p = 0.001). However, no significant differences were reported for cDBP, DBP and PWV.HIIT was superior to MICT in reducing the cSBP, which suggests its potential role as a non-pharmacological therapy for high blood pressure.

8.
Arq. bras. cardiol ; 120(2): e20200291, 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1420186

RESUMO

Resumo Fundamento O SAGE foi desenvolvido para identificar hipertensos com chance de velocidade de onda de pulso (VOP) aumentada. Até o momento, as publicações do escore foram em hipertensos. Objetivo Verificar a capacidade do SAGE de identificar os normotensos ou pré-hipertensos com chance de aumento da VOP. Métodos Transversal retrospectivo, incluiu exames de normotensos e pré-hipertensos que realizaram a medida central da pressão arterial e apresentavam os parâmetros para o cálculo do escore. Para cada pontuação do escore, foi analisada a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo utilizando como ponto de corte para o diagnóstico positivo VOP ≥ 10m/s, ≥9,08 m/s (percentil 75) e ≥7,30 m/s (percentil 50). Um valor de p<0,05 foi adotado como estatisticamente significante. Resultados A amostra foi de 100 participantes normotensos ou pré-hipertensos, com média (DP) de 52,64 (14,94) anos e VOP mediana de 7,30 m/s (6,03 - 9,08). O SAGE apresentou correlação com idade (r=0,938, p<0,001), glicemia (r=0,366, p<0,001) e taxa de filtração de glomerular (r=-0,658, p<0,001). A área sob a curva ROC foi de 0,968 (p<0,001) para VOP≥10 m/s, 0,977 (p<0,001) para VOP≥9,08 m/s e 0,967 (p<0,001) para VOP≥7,30 m/s. O escore 7 apresentou especificidade de 95,40% e sensibilidade de 100% para VOP≥10 m/s. O ponto de corte seria cinco para VOP≥9,08 m/s (s=96,00%, e= 94,70%), e dois para VOP≥7,30 m/s. Conclusão O SAGE foi capaz de identificar indivíduos com maior chance de apresentar rigidez arterial, utilizando diferentes pontos de corte de VOP. Entretanto, o desenvolvimento de um escore específico para normontensos e pré-hipertensos faz-se necessário.


Abstract Background The SAGE score was developed to detect individuals at risk for increased pulse wave velocity (PWV). So far, studies have been focused on hypertensive patients. Objective To assess the ability of the score to detect non-hypertensive and pre-hypertensive patients at risk for increased PWV. Methods Retrospective cross-sectional study of analysis of central blood pressure data and calculation of the SAGE score of non-hypertensive and pre-hypertensive patients. Each score point was analyzed for sensitivity, specificity, positive and negative predictive values, using the cut-off point for positive diagnosis a PVW ≥ 10m/s, ≥9.08 m/s (75thpercentile) and ≥7.30 m/s (50thpercentile). A p<0.05 was considered statistically significant. Results The sample was composed of 100 normotensive and pre-hypertensive individuals, with mean age of 52.64 ± 14.94 years and median PWV of 7.30 m/s (6.03 - 9.08). The SAGE score was correlated with age (r=0.938, p<0.001), glycemia (r=0.366, p<0.001) and glomerular filtration rate (r=-0.658, p<0.001). The area under the ROC curve was 0.968 (p<0.001) for PWV ≥ 10 m/s, 0.977 (p<0.001) for PWV ≥ 9.08 m/s and 0.967 (p<0.001) for PWV ≥ 7.30 m/s. The score 7 showed a specificity of 95.40% and sensitivity of 100% for PWV≥10 m/s. The cut-off point would be of five for a PWV≥9.08 m/s (sensitivity =96.00%, specificity = 94.70%), and two for a PWV ≥ 7.30 m/s. Conclusion The SAGE score could identify individuals at higher risk of arterial stiffness, using different PWV cutoff points. However, the development of a specific score for normotensive and pre-hypertensive subjects is needed.

9.
Arq. bras. oftalmol ; 85(6): 578-583, Nov.-Dec. 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1403466

RESUMO

ABSTRACT Purpose: To investigate whether pseudoexfoliation syndrome affects arterial stiffness by using cardio-ankle vascular index measurement. Methods: This cross-sectional case-control study included 55 patients with pseudoexfoliation syndrome and 106 age- and gender-matched healthy control subjects. All subjects underwent a complete ophthalmic exa mination of both eyes and cardio-ankle vascular index measu rements. Echocardiographic and body mass index measurements were performed in all patients, and the results were recorded. A binary regression model was used to determine the relationship between cardio-ankle vascular index and pseudoexfoliation. Results: There were no significant differences between the pseudoexfoliation and control groups in baseline clinical and demographic characteristics, echocardiographic measurements of left ventricular ejection fraction, and body mass index. The mean cardio-ankle vascular index value was significantly higher in the pseudoexfoliation group than in the controls (9.47 ± 1.23 vs. 8.33 ± 1.50, p<0.001). Intraocular pressure was significantly higher in the pseudoexfoliation group than in the controls (18.31 ± 1.78 vs. 15.24 ± 2.42 mm Hg, p<0.05). Although the logistic regression analysis showed that mean cardio-ankle vascular index and IOP values were positively associated with pseudoexfoliation syndrome (Odds ratios (OR) = 1.973, 95% CI, 1.051-3.706, p=0.035; OR=3.322, 95% CI = 2.000-5.520, p<0.001, respectively), the Pearson correlation analysis revealed a borderline significant positive correlation between age and mean cardio-ankle vascular index and a significant positive correlation between dyslipidemia and intraocular pressure and mean cardio-ankle vascular index (r=0.265, p=0.050; r=0.337, p=0.012; r=0.433, p=0.001, respectively). Conclusion: Our findings demonstrated that cardio-ankle vascular index values increased in patients with pseudoexfoliation syndrome.


RESUMO Objetivo: Investigar se a síndrome de pseudoesfoliação afeta a rigidez arterial, usando a medição do índice vascular cardíaco-tornozelo. Métodos: Este estudo transversal caso-controle incluiu 55 pacientes com síndrome de pseudoesfoliação e 106 controles saudáveis, pareados por idade e gênero. Todos os indivíduos foram submetidos a um exame oftalmológico completo de ambos os olhos e à medição do índice vascular cardíaco-tornozelo. Medidas ecocardiográficas e do índice de massa corporal também foram feitas em todos os pacientes, e os resultados foram registrados. Usou-se um modelo de regressão binária para avaliar uma possível relação entre o índice vascular cardíaco-tornozelo e a pseudoesfoliação. Resultados: Não houve diferença significativa entre os grupos com pseudoesfoliação e de controle em relação às características clínicas e demográficas basais, às medidas ecocardiográficas da fração de ejeção do ventrículo esquerdo e ao índice de massa corporal. Os valores médios do índice vascular cardíaco-tornozelo foram significativamente maiores no grupo com pseudoesfoliação do que no de controle (9,47 ± 1,23 contra 8,33 ± 1,50, p<0,001). Os valores da pressão intraocular no grupo com pseudoesfoliação excederam significativamente os do grupo de controle (18,31 ± 1,78 mmHg contra 15.24 ± 2.42 mmHg, p<0.05). A análise de regressão logística demonstrou uma associação positiva das médias do índice vascular cardíaco-tornozelo e da pressão intraocular com a síndrome de pseudoesfoliação (respectivamente, OR=1,973, IC 95%: 1,051-3,706, p=0,035 e OR=3,322, IC 95%: 2,000-5,520, p<0,001). Já a análise de correlação de Pearson revelou uma correlação positiva de significância limítrofe entre a idade e a média do índice vascular cardíaco-tornozelo, e uma correlação positiva significativa entre a dislipidemia, a pressão intraocular e a média do índice vascular cardíaco-tornozelo (respectivamente, r=0,265, p=0,050; r=0,337, p=0,012; e r=0,433, p=0,001). Conclusão: Nossos achados demonstraram que os valores do índice vascular cardíaco-tornozelo se encontram aumentados em pacientes com síndrome de pseudoesfoliação.

10.
Vive (El Alto) ; 5(15): 728-737, dic. 2022.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1424744

RESUMO

La osteoartritis pertenece al grupo de afecciones articulares degenerativa más común y una de las principales causas de discapacidad en el mundo, caracterizada por provocar dolor articular, rigidez, y pérdida de la capacidad funcional. Objetivo. Evaluar la funcionalidad de los pacientes con osteoartritis que asistieron al Centro de Rehabilitación Integral Especializado Guayaquil # 2. Materiales y Métodos. Se realizó un estudio bajo un enfoque cuantitativo, con un alcance descriptivo y de corte transversal, se desarrolló mediante la medición numérica y análisis de datos de las variables en estudio como edad; sexo; patología; ocupación laboral; rigidez y capacidad funcional, mediante opciones de respuestas. La recolección de datos se ejecutó por medio de la técnica de la observación, para el análisis de los resultados obtenidos del Cuestionario Western Ontario and McMasters Universities Osteoarthritis Índex. Resultados. Se determinó que de acuerdo al sexo prevaleció el femenino en un 90%, la mayoría entre 60 y 70 años de edad; el 70% del grupo estudiado fueron las amas de casa; patología frecuente la poliosteoartritis en un 85%; presentaron un 55% muchísimo dolor y el 45% mucho dolor; la rigidez en un 45%; mientras un 10% no disminución de la capacidad funcional en las articulaciones afectadas. Conclusiones. La osteoartritis afectó la condición funcional a la mayoría de las mujeres y se evidenció con el análisis de la evaluación del resultado obtenido, mediante el Cuestionario Womac.


Osteoarthritis belongs to the most common group of degenerative joint conditions and is one of the leading causes of disability in the world, characterized by joint pain, stiffness, and loss of functional capacity. Objective. To evaluate the functionality of patients with osteoarthritis who attended the Centro de Rehabilitación Integral Especializado Guayaquil # 2. Materials and Methods. A study was carried out under a quantitative approach, with a descriptive and cross-sectional scope, developed through numerical measurement and data analysis of the variables under study such as age; sex; pathology; work occupation; stiffness and functional capacity, by means of response options. Data collection was carried out by means of the observation technique, for the analysis of the results obtained from the Western Ontario and McMasters Universities Osteoarthritis Index Questionnaire. Results. It was determined that according to sex, 90% were female, most of them between 60 and 70 years of age; 70% of the group studied were housewives; 85% had polyosteoarthritis; 55% had a lot of pain and 45% a lot of pain; 45% had stiffness; while 10% had no decrease in the functional capacity of the affected joints. Conclusions. Osteoarthritis affected the functional condition of most of the women and this was evidenced by the analysis of the evaluation of the result obtained by means of the Womac Questionnaire.


A osteoartrite pertence ao grupo mais comum de condições articulares degenerativas e é uma das principais causas de incapacidade no mundo, caracterizada pela dor articular, rigidez e perda da capacidade funcional. Objetivo. Avaliar a funcionalidade dos pacientes com osteoartrite que atendem ao Centro de Reabilitação Integral Especializado Guayaquil # 2. Materiais e métodos. Foi realizado um estudo sob uma abordagem quantitativa, com um escopo descritivo e transversal, desenvolvido por meio de medição numérica e análise de dados das variáveis em estudo, tais como idade; sexo; patologia; ocupação do trabalho; rigidez e capacidade funcional, por meio de opções de resposta. A coleta de dados foi realizada por meio da técnica de observação, para a análise dos resultados obtidos das Universidades Western Ontario e McMasters Questionário do Índice de Osteoartrite. Resultados. Foi determinado que, segundo o sexo, 90% eram do sexo feminino, a maioria entre 60 e 70 anos de idade; 70% do grupo estudado eram donas de casa; 85% tinham polioseartrose; 55% tinham muita dor e 45% muita dor; 45% tinham rigidez; enquanto 10% não tinham diminuição da capacidade funcional das articulações afetadas. Conclusões. A osteoartrose afetou a condição funcional da maioria das mulheres e foi evidenciada pela análise da avaliação do resultado obtido por meio do Questionário Womac.


Assuntos
Coleta de Dados , Avaliação de Resultados em Cuidados de Saúde , Osteoartrite , Centros de Reabilitação , Articulações
11.
Arq. neuropsiquiatr ; 80(11): 1126-1133, Nov. 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1429860

RESUMO

Abstract Background Depression is an important nonmotor symptom of Parkinson's disease (PD) and has been associated with the motor symptoms in these individuals. Objectives To determine whether there are relationships between depressive symptoms and abnormalities in axial postural alignment and axial motor deficits, especially postural instability, and trunk rigidity in PD. Methods In this cross-sectional study, 65 individuals were evaluated using the Beck Depression Inventory-II (BDI-II) for the analysis of depressive symptoms and underwent a postural assessment of head, trunk, and hip sagittal alignment through computerized photogrammetry. The MDS-UPDRS was used to assess clinical aspects of PD, the Trunk Mobility Scale was used to assess axial rigidity, and the MiniBESTest to assess balance. To determine the relationship between depressive symptoms and postural alignment, multiple linear regression analysis was performed. Results The participants with depressive symptoms had more severe motor deficits as well as greater trunk rigidity and worse postural instability (p < 0.05). When the postural angles were compared between men and women using Student's t-test, it was found that men had greater flexion angles of the head (p = 0.003) and trunk (p = 0.017). Using multiple linear regression analysis corrected for the age and sex of the participants, we verified that the anterior trunk inclination was significantly larger in the PD population with depressive symptoms (R2 = 0.453, β = 0.116, and p = 0.045). Conclusion PD individuals with depressive symptoms have more severe flexed trunk posture, mainly in older men. Additionally, more severe depressive symptoms are associated with worsening postural instability, trunk rigidity and motor deficits in this population.


Resumo Antecedentes A depressão é um sintoma não motor importante da doença de Parkinson (DP) e tem sido associada aos sintomas motores nesses indivíduos. Objetivos Determinar se existem relações entre sintomas depressivos e anormalidades no alinhamento postural axial e déficits motores axiais, especialmente instabilidade postural e rigidez de tronco na DP. Métodos Neste estudo transversal, 65 indivíduos foram avaliados pelo BDI-II para análise de sintomas depressivos e submetidos à avaliação postural do alinhamento sagital de cabeça, tronco e quadril por meio de fotogrametria computadorizada. A MDS-UPDRS avaliou os aspectos clínicos, TMS avaliou rigidez axial e o MiniBESTest equilíbrio. Para determinar a relação entre sintomas depressivos e alinhamento postural, realizou-se uma análise de regressão linear múltipla. Resultados Os participantes com sintomas depressivos apresentaram déficits motores mais graves, bem como maior rigidez de tronco e pior instabilidade postural (p < 0,05). Quando comparados os ângulos posturais entre homens e mulheres pelo teste t de Student, verificou-se que os homens apresentaram maiores graus de flexão da cabeça (p = 0,003) e do tronco (p = 0,017). Por meio da análise de regressão linear múltipla corrigida para a idade e sexo dos participantes, verificamos que a inclinação anterior do tronco foi significativamente maior nos indivíduos com DP com sintomas depressivos do que sem sintomas depressivos (R2 = 0,453, β = 0,116 e p = 0,045) Conclusão Indivíduos com DP com sintomas depressivos apresentam postura de tronco flexionado mais severa, principalmente em homens mais idosos. Além disso, os sintomas depressivos mais graves pioram significativamente a instabilidade postural, a rigidez do tronco e os déficits motores nessa população.

12.
Arq. bras. cardiol ; 119(4): 604-615, Oct. 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1403361

RESUMO

Resumo O envelhecimento biológico é reflexo da interação entre genética, idade cronológica e fatores externos; é a base para novos conceitos em envelhecimento vascular, cuja progressão é determinada pela diferença entre idade biológica e cronológica. Do ponto de vista estrutural, os efeitos do envelhecimento vascular são mais evidentes na camada média das grandes artérias elásticas e resultam em aumento da rigidez arterial, da dilatação do lúmen e da espessura da parede. Esses efeitos são descritos no continuum de envelhecimento cardiovascular (proposto por Dzau em 2010) em que as etapas progressivas de lesões da microvasculatura de coração, rins e cérebro, têm início a partir do processo de envelhecimento. O aumento da rigidez arterial pode ser verificado de forma não invasiva por vários métodos. Os eventos cardiovasculares têm sido tradicionalmente previstos utilizando escores que combinam fatores de risco convencionais para aterosclerose. No continuum cardiovascular clássico (Dzau, 2006), é desafiador avaliar o peso exato da contribuição de cada fator de risco; entretanto, por refletir o dano precoce e cumulativo desses fatores de riscos cardiovascular, a rigidez arterial reflete o verdadeiro dano à parede arterial. Este artigo fornece uma visão geral dos mecanismos da fisiopatogenia, alterações estruturais das artérias e consequências hemodinâmicas do envelhecimento arterial; métodos não invasivos para a avaliação da rigidez arterial e da medida central da pressão arterial; o continuum de envelhecimento cardiovascular, e aplicação do conceito de rigidez arterial na estratificação de risco cardiovascular.


Abstract Biological aging occurs as a result of the interaction between genetics, chronological age and external factors. It is the basis for new concepts of vascular aging, whose progression is determined by the difference between biological and chronological age. From the structural point of view, the effects of vascular aging are more evident in the tunica media of large elastic arteries, marked by increased arterial stiffness, lumen dilation and wall thickness. These effects are described in the continuum of cardiovascular aging (proposed by Dzau in 2010), in which the progressive steps of microvasculature lesions of the heart, kidney and brain are initiated from the aging process. The increase of arterial stiffness can be detected by several non-invasive methods. Cardiovascular events have been traditionally described using scores that combine conventional risk factors for atherosclerosis. In the classic cardiovascular continuum (Dzau, 2006), to determine the exact contribution of each risk factor is challenging; however, since arterial stiffness reflects both early and cumulative damage of these cardiovascular risk factors, it is an indicator of the actual damage to the arterial wall. This article provides a general overview of pathophysiological mechanisms, arterial structural changes, and hemodynamic consequences of arterial stiffness; non-invasive methods for the assessment of arterial stiffness and of central blood pressure; the cardiovascular aging continuum, and the application of arterial stiffness in cardiovascular risk stratification.

13.
Arq. bras. cardiol ; 119(3): 436-445, set. 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1403329

RESUMO

Resumo Fundamento O receptor fraco indutor de apoptose semelhante a fator de necrose tumoral solúvel (sTWEAK) é um membro da superfamília de TNF que tem um papel crítico na proliferação e inflamação na circulação arterial. Objetivos Este estudo prospectivo tem o objetivo de mostrar a relação entre os níveis de sTWEAK e calcificação da artéria coronária (CAC) em pacientes com doença renal crônica (DRC). Métodos Este estudo prospectivo incluiu 139 pacientes consecutivos que passaram por angiografia coronariana por tomografia computadorizada, por qualquer motivo, para síndromes coronarianas agudas, de agosto de 2020 a fevereiro de 2021. Um total de 12 pacientes foi excluído do estudo devido aos critérios de exclusão. Os pacientes foram divididos em dois grupos com base em terem um escore CAC menor que 400 (n=84) ou um escore de 400 ou mais (n=43). A significância foi presumida em p-valor bilateral <0,05. Resultados À medida que o escore CAC aumentou, os níveis de sTWEAK diminuíram de forma estatisticamente significativa e detectou-se uma relação forte entre níveis de sTWEAK e escore CAC (r: -0,779, p<0,001). A análise ROC revelou que o nível de corte ideal de sTWEAK para prever o escore CAC de 400 era 761 pg/mL com uma sensibilidade de 71% e especificidade de 73% (AUC: 0,78; IC 95%: 0,70-0,85; p <0,001). Conclusões Embora os estudos em larga escala tenham demonstrado uma correlação positiva entre os níveis de TFGe e sTWEAK, alguns estudos detectaram que o aumento nos níveis de sTWEAK estão associados a mortalidade e gravidade do sistema da artéria coronária em pacientes com DRC. Nossos resultados comprovam nossa hipótese de que os níveis de sTWEAK mostram calcificação coronária em vez de outros tipos de placas ateroscleróticas.


Abstract Background The soluble tumor necrosis factor-like weak inducer of apoptosis (sTWEAK) is a member of the TNF superfamily that plays a critical role in proliferation and inflammation in the arterial circulation. Objectives This prospective study aimed to show the relationship between the sTWEAK levels and coronary artery calcification (CAC) in patients with chronic kidney disease (CKD). Methods This prospective study included 139 consecutive patients undergoing computed coronary angiography for any reason except for acute coronary syndromes from August 2020 to February 2021. A total of 12 patients were excluded from the study due to exclusion criteria. Patients were divided into two groups with regard to having a CAC score of less than 400 (n=84) and 400 or more (n=43). Significance was assumed at a 2-sided p<0.05. Results As the CAC score increased, sTWEAK levels presented a statistically significant decrease, and a strong relationship between sTWEAK levels and the CAC score (r: -0.779, p<0.001) was observed. The ROC analysis revealed that the optimal cut-off level of sTWEAK for predicting the CAC score of 400 was 761 pg/mL with a sensitivity of 71% and a specificity of 73% (AUC: 0.78; 95% CI:0.70-0.85; p < 0.001) Conclusions Even though the large-scale studies showed a positive correlation between eGFR and the sTWEAK levels, some studies found the increased sTWEAK levels to be associated with mortality and the severity of the coronary artery system in patients with CKD. Our results support our hypothesis that the sTWEAK level shows coronary calcification rather than other types of atherosclerotic plaques.

15.
Arq. bras. cardiol ; 119(2): 257-264, ago. 2022. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1383762

RESUMO

Resumo Fundamento: A rigidez arterial é um forte preditor de doença cardiovascular (DCV). Medidas de gordura corporal, como a circunferência da cintura (CC), têm sido associadas à DCV na idade adulta. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar a associação da rigidez arterial, medida por tonometria de aplanação-Sphygmocor, com a CC. Métodos: Estudo observacional com 240 participantes que fazem consultas de rotina no ambulatório de clínica médica de um hospital universitário. Os participantes foram entrevistados e tiveram as medidas centrais da pressão arterial (MCPA), parâmetros antropométricos, gordura abdominal e gordura visceral mensurados. Foram u tilizados os testes t pareado e não pareado e qui-quadrado. Foi a dotado nível de significância de 5%. Resultados: Dos 240 participantes, 51,82% era do sexo masculino com idade média de 59,71(±14,81) anos e CC média de 99,87 (±11,54) cm. Os valores médios das MCPA foram: Pressão arterial central (PAC) = 130,23 (91-223) mmHg, velocidade de onda de pulso (VOP) = 9,8 (5,28-19,6)m/s e Augmentation Index [Índice de amplificação (AI)] = 29,45 (-14-60). A VOP e a PAC foram altamente correlacionadas com uma CC com p<0,001 e p=0,02, respectivamente; porém, a mesma correlação positiva não foi encontrada entre a CC e o AI (p=0,06). Conclusão: O presente estudo mostrou uma associação positiva entre a CC e a rigidez arterial, através da velocidade de onda de pulso carotídeo femoral (VOP-cf) e o AI, sendo mais forte com a VOP-cf, sugerindo a avaliação do efeito da CC na saúde vascular como método de auxílio no tratamento precoce das DCV e na prevenção de desfechos clínicos.


Abstract Background: Arterial stiffness is a strong predictor of cardiovascular disease (CVD). Body fat measures such as waist circumference (WC) have been associated with CVD in adulthood. Objectives: The objective of this study was to evaluate the association of arterial stiffness, measured by applanation tonometry-Sphygmocor, with WC. Methods: Observational study with 240 participants who make routine consultations at the outpatient clinic of a university hospital. Participants were interviewed and had central blood pressure measurements (CBPM), anthropometric parameters, abdominal fat and visceral fat measured. Paired and unpaired t and chi-square tests were used. A significance level of 5% was adopted. Results: Of the 240 participants, 51.82% were male with a mean age of 59.71(±14.81) years and a mean WC of 99.87 (11.54) cm. Mean CBPM values were: Central arterial pressure (CAP) = 130.23 (91-223) mmHg, pulse wave velocity (PWV) = 9.8 (5.28-19.6)m/s and Augmentation Index [Amplification Index (AI)] = 29.45 (-14-60). PWV and CAP were highly correlated with WC with p<0.001 and p=0.02, respectively; however, the same positive correlation was not found between WC and AI (p=0.06). Conclusion: The present study showed a positive association between WC and arterial stiffness, through the femoral carotid pulse wave velocity (cf-PWV) and AI, being stronger with cf-PWV, suggesting the evaluation of the effect of WC in vascular health as a method of aid in the early treatment of CVD and in the prevention of clinical outcomes.

16.
Arq. bras. cardiol ; 118(5): 961-971, maio 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1374359

RESUMO

Resumo Fundamento A rigidez aórtica é considerada um marcador de doença cardiovascular. A ressonância magnética cardiovascular (RMC) permite realizar uma avaliação abrangente da rigidez aórtica e da isquemia miocárdica em um único exame. Entretanto, dados prognósticos relacionados à rigidez aórtica em pacientes idosos permanecem limitados. Objetivo Determinar o valor prognóstico da rigidez aórtica usando a velocidade da onda de pulso (VOP) baseada em RMC em pacientes idosos com doença arterial coronariana (DAC). Métodos Foram cadastrados pacientes consecutivos com idade >70 com indicação para RMC com perfusão de estresse com adenosina incluindo VOP, entre 2010 e 2014. Os pacientes foram acompanhados para verificar a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (MACE), incluindo mortalidade cardíaca, infarto do miocárdio não fatal, hospitalização por insuficiência cardíaca, revascularização tardia (>180 dias após a RMC), e acidente vascular isquêmico. Foram realizadas análises univariadas e multivariadas para determinar os preditores de MACE. Um p-valor <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados A VOP média foi 13,98±9,00 m/s. Depois de um período mediano de acompanhamento de 59,6 meses em 263 pacientes (55% do sexo feminino, 77±5 anos), ocorreram 61 MACE. Pacientes com VOP elevada (>13,98 m/s) tiveram índices de MACE significativamente mais altos (FC 1,75; IC 95% 1,05-2,94; p=0,03) que os dos pacientes com VOP não elevada (<13,98 m/s). A análise multivariada demonstrou que pressão arterial diastólica, fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE), isquemia miocárdica, e VOP elevada são preditores independentes de MACE (p<0,05 para todos). A VOP apresentou um valor prognóstico incremental em relação a dados clínicos, FEVE e isquemia (qui-quadrado global aumentado = 7,25, p=0,01). Conclusão A rigidez aórtica, usando-se a RMC, é um preditor independente forte de eventos cardiovasculares em pacientes idosos com suspeita de DAC ou DAC confirmada.


Abstract Background Aortic stiffness is established as a marker of cardiovascular disease. Cardiovascular magnetic resonance (CMR) provides a comprehensive assessment of aortic stiffness and myocardial ischemia in a single examination. However, prognostic data concerning aortic stiffness in elderly patients remain limited. Objective To determine the prognostic value of aortic stiffness using CMR-based pulse wave velocity (PWV) in elderly patients with known or suspected coronary artery disease (CAD). Methods This study enrolled consecutive patients aged >70 referred for adenosine stress perfusion CMR including PWV between 2010 and 2014. Patients were followed up for occurrence of major adverse cardiovascular events (MACE), including cardiac mortality, nonfatal myocardial infarction, hospitalization for heart failure, late revascularization (>180 days after CMR), and ischemic stroke. Univariable and multivariable analyses were performed to determine the predictors of MACE. A p-value of <0.05 is considered statistically significant. Results Mean PWV was 13.98±9.00 m/s. After a median follow-up period of 59.6 months in 263 patients (55% female, 77±5 years), 61 MACE occurred. Patients with elevated PWV (>13.98 m/s) had significantly higher rates of MACE (HR 1.75; 95% CI 1.05-2.94; p=0.03) than those with non-elevated PWV (<13.98 m/s). Multivariate analysis demonstrated diastolic blood pressure, left ventricular ejection fraction (LVEF), myocardial ischemia, and elevated PWV as independent predictors for MACE (p<0.05 for all). PWV provided an incremental prognostic value over clinical data, LVEF, and ischemia (increased global chi-square=7.25, p=0.01). Conclusion Aortic stiffness using CMR is a strong and independent predictor of cardiovascular events in elderly patients with known or suspected CAD.

18.
Rev. cienc. salud (Bogotá) ; 20(2): 1-12, 20220510.
Artigo em Inglês | LILACS, COLNAL | ID: biblio-1427167

RESUMO

Introduction: The progressive and chronic characteristics of knee osteoarthritis imply the presence of symptoms, such as pain, stiffness, and functional capacity difficulty to varying degrees. However, asso-ciated psychosocial phenomena, such as kinesiophobia, may also arise, impeding the patient's recov-ery. The aim of this study is to determine the association among pain, stiffness, functional capacity, and kinesiophobia in patients with knee osteoarthritis at Hospital Nacional Hipolito Unanue, Peru, in the first two months of 2020. Materials and methods: An observational, correlational, cross-sectional study was conducted on 88 patients with knee osteoarthritis who were selected by census sampling. The Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index questionnaire and the Tampa Scale for Kinesiophobia were used to measure pain, stiffness, functional capacity and kinesiophobia, respectively. Pearson's chi-square test (p < 0.01) was used for bivariate analysis. Results: The results showed a mean age of 66.38 years and a higher frequency in the female sex (68.2 %), current occupation without physical workload (56.8 %), secondary level education (40.9 %), time of illness of 1­5 years (51.1 %), bilateral lower limb involvement (68.18 %), moderate pain (51.1 %), moderate stiffness (51.1 %), functional capacity dif-ficulties (61.4 %), and a high level of kinesiophobia (60.2 %). A relationship was found between the vari-ables of pain, stiffness, and functional capacity associated with kinesiophobia (0.000). Conclusions: Pain, stiffness, and functional capacity are associated with kinesiophobia in patients with knee osteoarthritis. The degree of symptomatology increases with the increasing level of kinesiophobia.


Introducción: la característica progresiva y crónica de la gonartrosis supone la presencia de síntomas como el dolor, la rigidez y la dificultad de la capacidad funcional en diferentes grados; sin embargo, pueden también surgir fenómenos psicosociales asociados como la kinesiofobia, que impiden la recuperación del paciente. El objetivo del estudio es determinar la asociación entre dolor, rigidez, capacidad funcional y kinesiofobia en pacientes con gonartrosis del Hospital Nacional Hipólito Unanue (Perú), en los primeros dos meses de 2020. Materiales y métodos: estudio observacional, correlacional y de corte transversal realizado en 88 pacientes con gonartrosis seleccionados por muestreo censal. Se empleó el Cuestionario womac y la Escala Tampa para Kinesiofobia (tsk-11) y se utilizó el estadístico chi cuadrado de Pearson (p < 0.01) para el análisis bivariado. Resultados: una edad media de 66.38 años y una mayor frecuencia del sexo femenino (68.2 %), ocupación actual sin carga física (56.8 %), grado de instrucción secundaria (40.9 %), tiempo de enfermedad de 1-5 años (51.1 %), afectación bilateral de miembros inferiores (68.18 %), grado moderado de dolor (51.1 %), grado moderado de rigidez (51.1 %), grado con dificultades de capacidad funcional (61.4 %) y nivel alto de kinesiofobia (60.2 %). Se halló relación entre las variables dolor, rigidez y capacidad funcional con la kinesiofobia (0.000). Conclusiones: el dolor, la rigidez y la capacidad funcional están asociadas con la kinesiofobia en pacientes con gonartrosis. A mayor grado de sintomatología, mayor kinesiofobia.


Introdução: a característica progressiva e crônica da gonartrose supõe a presença de sintomas como dor, rigidez e dificuldade na capacidade funcional em diferentes graus, porém, fenômenos psicosso-ciais associados como a cinesiofobia também podem surgir, impedindo a recuperação do paciente. O objetivo do estudo é determinar a associação entre dor, rigidez, capacidade funcional e cinesiofobia em pacientes com gonartrose do Hospital Nacional Hipólito Unanue, no Peru, nos dois primeiros meses de 2020. Materiais e métodos: estudo observacional, correlacional e de corte transversal realizado em 88 pacientes com gonartrose selecionados por amostragem censitária. Foram utilizados o Questionário womac e a Escala Tampa para Cinesiofobia (tsk-11) e a estatística Qui-quadrado de Pearson (p < 0,01) para análise bivariada. Resultados: idade média de 66,38 anos e maior frequência do sexo feminino (68,2 %), ocupação atual sem carga física (56,8 %), ensino médio (40,9 %), tempo de doença de 1 a 5 anos (51,1 %), acometimento bilateral de membros inferiores (68,18 %), grau moderado de dor (51,1 %), grau moderado de rigidez (51,1 %), grau com dificuldades de capacidade funcional (61,4 %) e alto nível de cinesiofobia (60,2 %). Foi encontrada relação entre as variáveis dor, rigidez e capacidade funcional com cinesiofobia (0,000). Conclusões: dor, rigidez e capacidade funcional estão associadas à cinesiofobia em pacientes com gonartrose. Maior grau de sintomatologia, maior nível de cinesiofobia.


Assuntos
Humanos , Dor , Doença , Osteoartrite do Joelho , Educação , Hospitais
19.
Rev. méd. Minas Gerais ; 31: 31119, 2022.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1372680

RESUMO

Introdução: Os fatores associados ao comprometimento da qualidade de vida em pacientes com isquemia crônica ameaçadora ao membro não estão bem estabelecidos. Objetivo: Verificar se existe associação entre a qualidade de vida e os índices de rigidez arterial, velocidade de onda de pulso (VOP) e o índice de aumentação normalizado para a frequência cardíaca de 75 bpm (AIx@75). Métodos: Trata-se de um estudo transversal, observacional, com a participação de 17 pacientes (65,65 ±11,79 anos) com isquemia crônica ameaçadora ao membro definida pela classificação de Rutherford 4, 5 e 6, e com o índice tornozelo-braço (ITB) < 0,80. A avaliação dos parâmetros vasculares e os índices de rigidez arterial foram realizadas com o aparelho Mobil-O-Graph ® que gera a onda de pulso aórtica a partir da oscilometria da artéria braquial. A qualidade de vida foi avaliada pelo questionário Vascular quality of life questionaire (VascuQoL-6), versão curta, desenvolvido especificamente para avaliar pacientes com comprometimento circulatório, arterial ou venoso. Resultados: Os valores do ITB e do escore de qualidade de vida foram 0,48 ± 0,14 e 15,88 ± 1,03; respectivamente. Dos 17 pacientes, 12 apresentavam hipertensão arterial sistólica e dezesseis apresentaram a VOP maior que 10 m/s. Não foram observadas correlações entre o escore de qualidade de vida com o AIx@75 (p=0,54 e r=0,16), a VOP (p=0,332 e r=0,248) e o ITB (p=0,707 e r=0,098). Conclusão: O presente estudo demonstrou que pacientes com isquemia crônica ameaçadora ao membro apresentam comprometimento importante da qualidade de vida sem associação com os índices de rigidez arterial e ITB.


Introduction: The factors associated with impaired quality of life in patients with chronic limb-threatening ischemia are not well established. Objective: Check whether there is an association between quality of life and arterial stiffness indexes, pulse wave velocity (PWV) and the augmentation index corrected to 75 beats per minute heart rate (AIx@75). Methods: This is a cross-sectional, observational study, with the participation of 17 patients (65.65 ± 11.79 years) with chronic limb-threatening ischemia defined by the Rutherford classification 4, 5 and 6, and with the ankle-arm index (ABI) < 0.80. The evaluation of vascular parameters and arterial stiffness indeces was performed with the MobilO-Graph ® device that generates the aortic pulse wave from the brachial artery oscillometry. Quality of life was assessed using the questionnaire Vascular quality of life questionaire (VascuQoL-6), short version, developed specifically to evaluate patients with circulatory, arterial or venous involvement. Results: The values of the ITB and the quality of life score were 0.48 ± 0.14 and 15.88 ± 1.03; respectively. Of the 17 patients, 12 had systolic arterial hypertension and sixteen had PWV greater than 10 m / s. No correlations were observed between the quality of life score with AIx @ 75 (p = 0.54 and r = 0.16), PWV (p = 0.332 and r = 0.248) and ABI (p = 0.707 and r = 0.098). Conclusion: The present study demonstrated that patients with chronic limb-threatening ischemia present significant impairment of quality of life without association with arterial stiffness and ABI.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Doença Arterial Periférica , Rigidez Vascular , Qualidade de Vida , Análise de Onda de Pulso
20.
Acta ortop. bras ; 30(1): e253503, 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1355578

RESUMO

ABSTRACT Introduction To evaluate the relationship between the genetic polymorphism of matrix metalloproteinases 1 and 13 and posttraumatic elbow stiffness, as well as the association of other risk factors with this condition. Materials and methods We evaluated 20 patients with posttraumatic elbow stiffness and 12 controls with traumatic elbow disorders without contracture. Deoxyribonucleic acid (DNA) was obtained from buccal mucosa epithelial cells of the volunteers. The MMP-1 and MMP-13 genotypes were determined using PCR-restriction fragment length polymorphism assays. Results We did not find any significant differences in the frequency of genotypes and alleles between the test and control groups for the polymorphism of metalloproteinases 1 and 13. We observed that genotypes 1G/2G and 2G/2G of MMP-1 were present in 65% (13/20) of patients with articular stiffness and 50% (6/12) of controls (p = 0.599). Genotypes A/A and A/G of MMP-13 were obtained in 95% (19/20) of patients and 91.6% (11/12) of controls (p = 0.491). Among the prognostic factors for elbow stiffness, only immobilization time correlated positively. The mean immobilization time for cases and controls were 16 ± 10 days and 7 ± 7 days, respectively (p = 0.017). Conclusion The genetic polymorphism of MMP-1 at position -1607 and MMP-13 at position -77 was not associated with post-traumatic elbow stiffness. Level of Evidence III; Prognosis Study; Case-Control Study.


RESUMO Introdução Avaliar a relação entre o polimorfismo genético das metaloproteinases 1 e 13 da matriz e a rigidez pós-traumática do cotovelo, assim como a associação de outros fatores de risco com essa condição. Material e método Foram avaliados 20 pacientes com rigidez pós-traumática do cotovelo e 12 controles com distúrbios traumáticos do cotovelo sem contratura. O ácido desoxirribonucleico (DNA) de voluntários foi obtido a partir de células epiteliais da mucosa bucal. Os genótipos MMP-1 e MMP-13 foram determinados usando ensaios de polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição de PCR. Resultados Não encontramos diferença significativa na frequência de genótipos e alelos entre os grupos teste e controle para o polimorfismo das metaloproteinases 1 e 13. Observamos que os genótipos 1G/2G e 2G/2G de MMP-1 estavam presentes em 65% (13/20) dos pacientes com rigidez articular e 50% (6/12) dos controles (p = 0,599). Os genótipos A/A e A/G da MMP-13 foram obtidos em 95% (19/20) dos pacientes e 91,6% (11/12) dos controles (p = 0,491). Dentre os fatores prognósticos para rigidez de cotovelo, apenas o tempo de imobilização se correlacionou positivamente. O tempo médio de imobilização para casos e controles foi de 16 ± 10 dias e 7 ± 7 dias, respectivamente (p = 0,017). Conclusões O polimorfismo genético de MMP-1 na posição -1607 e MMP-13 na posição -77 não foi associado à rigidez pós-traumática do cotovelo. Nível de Evidência III; Estudos Prognósticos; Estudo de Caso-Controle.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA