Biomechanic of ballroom dance: corporate adaptations with different footwear / Biomecânica da dança de salão: adaptações corporais com diferentes calçados

ABSTRACT The aim of this study was to compare the joint amplitude, spine angulation and displacement of the center of mass during the execution of gafieira samba with and without high heels at different speed. In addition, the reproducibility of the movement was tested. Fifteen experienced dancers performed a sequence of gafieira samba steps under the conditions: high heels (7.5cm) and flats at two speeds according to the beat of music (72 and 96bpm). Kinematic analysis was performed on the Vicon® system with 11 cameras (100 Hz). Twenty-one reflective markers were positioned over the participants' bodies to calculate the center of mass and joint angles of the lower limbs and spine. Reproducibility was determined by the intraclass correlation coefficient and the comparison between conditions was tested by a Two-way Analysis of Variance, with the factors footwear and speed. The results indicated to a moderate to very high reproducibility in all variables analyzed. No differences were found between lumbar curvature, thoracic and displacement of the center of mass. There was no interaction between types of footwear and step execution speed, but analyzing the main factors, there was a decrease in the left ankle plantiflexion angle with increasing speed. The ankle angles showed a significant decrease under the condition flats when compared to high heels. In conclusion, high heels do not alter lumbar curvature, displacement of the center of mass and knee and hip joint amplitude in the execution of gafieira samba.

RESUMO O objetivo deste estudo foi comparar a amplitude articular, angulação da coluna e deslocamento do centro de massa durante execução do samba de gafieira com e sem salto alto em diferentes velocidades. Adicionalmente, a reprodutibilidade do movimento foi testada. Quinze dançarinas experientes realizaram uma sequência de passos de samba de gafieira nas condições: salto alto (7,5 cm) e sapatilha em duas velocidades de execução de acordo com o compasso das músicas (72 e 96bpm). A análise cinemática foi realizada no sistema Vicon® com 11 câmeras (100 Hz). Vinte e um marcadores reflexivos foram posicionados sobre o corpo das participantes a fim de calcular o centro de massa e ângulos articulares dos membros inferiores e coluna. A reprodutibilidade foi determinada pelo coeficiente de correlação intraclasse e a comparação entre condições foi testada por uma análise de variância Two way, com os fatores calçados e velocidade. Os resultados indicaram para uma reprodutibildade de moderada a muito alta em todas as variavéis analisadas. Não foram encontradas diferenças entre as curvaturas da lombar, torácia e deslocamento do centro de massa. Não houve interação entre tipos de calçado e velocidade de execução dos passos, porém analisando os fatores principais, ocorreu uma diminuição do ângulo de plantiflexão do tornozelo esquerdo com o aumento da velocidade. Os ângulos de tornozelo apresentaram diminuição significativa em situação do uso de sapatilhas, quando comparados ao salto. Conclui-se que o salto alto não altera a curvatura da lombar, deslocamento de centro de massa e amplitude articular do joelho e quadril na execução do samba de gafieira.

A influência postural do salto alto em mulheres adultas: análise por biofotogrametria computadorizada / Postural influence of high heels among adult women: analysis by computerized photogrammetry

INTRODUÇÃO: Em nossa sociedade, temos observado uma oferta cada vez maior de modelos, cores, estilos, altura e diversos tipos de salto. OBJETIVO: Avaliar se o uso de calçados de salto alto influencia nas alterações posturais com base em um conjunto de variáveis mensuradas por meio da fotogrametria computadorizada. MÉTODOS: Vinte indivíduos que utilizam salto alto com freqüência (grupo 1) e 20 indivíduos que utilizam salto alto esporadicamente (grupo 2) foram fotografados no plano frontal anterior e sagital em três momentos: a) sem utilização de calçado, b) utilizando salto agulha e c) utilizando salto plataforma, sendo estas fotografias aleatorizadas e analisadas por um experimentador cego por meio da fotogrametria. A análise estatística foi realizada a partir da análise de variância em esquema fatorial 2x3, ou seja, comparando-se a freqüência do uso de salto com o tipo de calçado, com 5 por cento de significância. RESULTADOS: Apenas o ângulo protrusão da cabeça apresentou diferença quando comparados grupo 1 e 2 (p<0,01). O efeito do tipo de calçado ocorreu na variável alinhamento do joelho direito, sendo que houve diferença apenas entre o sapato agulha e os pés descalços (p=0,03); também para a variável ângulo tibiotársico, o efeito esteve presente em todos os tipos de calçado. Os demais ângulos avaliados não apresentaram diferenças entre a freqüência no uso de salto e os outros tipos de sapato. CONCLUSÕES: A freqüência do uso de salto e o tipo de salto praticamente não modificam a postura estática avaliada pela fotogrametria.

INTRODUCTION: In our society, it is observed an increasing number of models, colors, styles, heights and types of high heels. OBJECTIVE: To evaluate whether the use of high heel shoes results in postural changes, based on a set of variables measured through computerized photogrammetry. METHODS: Twenty individuals who often used high heels (group 1) and 20 individuals who only used high heels sporadically (group 2) were photographed in the frontal and sagittal planes at three conditions: a) without using footwear; b) using stiletto heels; and c) using high platform heels. These photographs were randomized and analyzed by a blinded examiner, by means of photogrammetry. Statistical analysis was performed, using a 2x3 factorial analysis of variance to compare the frequency of high heel use with the type of shoe, at the 5 percent significance level. RESULTS: Only the head protrusion angle showed a difference between groups 1 and 2 (p<0.01). The effect of the type of shoe observed in the alignment of the right knee, which only showed a difference between stiletto heels and barefoot (p=0.03). For the tibiotarsal angle variable, the effect was also observed for all types of footwear. The other angles evaluated did not present any differences regarding the frequency of high heel use and the types of shoe. CONCLUSIONS: The frequency and type of high heel practically did not change the static posture evaluated by photogrammetry.