RESUMO
As características do desenvolvimento na sociedade deixa um legado ambiental e social extremamente preocupante, assim como suas conseqüências evidentes sobre a saúde humana. Noséculo XX, dobramos a expectativa de vida, quadruplicamos a população, aumentamos a produção global de alimentos em 6 vezes, aumentamos 6 vezes o consumo de água, aumentamos 12 vezes a produção de CO2, aumentamos 20 vezes a atividade econômica; mas, com isso, excedemos em 30 por cento a capacidade do planeta. Além da magnitude destes dados a exclusão social registra quase 300 milhões de trabalhadores desempregados, impede o acesso adequado à água a 1 bilhão de pessoas, mantém mais de 1 bilhão de famintos, impõe taxas de mortalidade infantil a países africanos próprias do mundo no século XIX dos países hoje desenvolvidos e exaure os recursos naturais de tal forma que, a continuarmos com este modelo, caminhamos para um futuro que parece inviabilizar a própria vida. Estas relações, em particular a situação brasileira, destacam o desenvolvimento econômico, o crescimento populacional e a produção e consumo de energia,cujos lastros exercem significativos efeitos sobre os sistemas sócio-ecológicos, através do solo, doar, da água, do clima e das cidades impactando, deste modo, a saúde humana. Este quadro, que corresponde à base empírica deste estudo, é abordado metodologicamente a partir do materialismo histórico e dialético, apresentado em sua construção histórica. Usando-se este referencialanalítico, discute-se o enfrentamento da crise socioambiental atual a partir dos Estados nacionais, dos organismos internacionais e dos movimentos sociais. Os dilemas que alimentam oenfrentamento dessa crise são destacados na conclusão deste trabalho.