RESUMO
Introdução: o abscesso esplênico é uma patologia rara, com cerca de 600 casos descritos na literatura internacional até o momento. Embora tenha etiologia variada, geralmente está associada a traumas e infecções. É o último mais frequente na presença de um sitio primário de infecção, especialmente em condições com disseminação hematogênica. Além disso, a imunossupressão parece ser um importante fator de risco. O exame clínico geralmente revela um quadro típico de dor em hipocôndrio esquerdo, náuseas e sinais de toxemia enquanto os achados laboratoriais se resumem em aumento das provas inflamatórias. O diagnóstico geralmente se baseia nos achados clínicos e exames de imagem como ultrassonografia e tomografia de abdome contrastada. O tratamento é variável de acordo com o número de abcessos, tamanho e localização, podendo ser de tratamento clínico com antibioticoterapia sistêmica e drenagem percutânea até esplenectomia total, sendo este associado à rápida melhora clínica e menor índice de complicações tardias.
Background: the splenic abscess and a rare condition, with about 600 cases reported in the literature to date. Although varied etiology, is generally associated with trauma and infection. The last more frequent in the presence of a primary site of infection, especially conditions with hematogenous dissemination. Furthermore, immunosuppression appears to be an important risk factor. The clinical examination usually reveals a typical picture of pain in the left upper quadrant, nausea and signs of toxemia while laboratory findings are summarized in increased inflammatory markers. The diagnosis is usually based on clinical findings and imaging tests such as ultrasound and CT of the abdomen contrasted. Treatment varies according to the number of abscesses, size and location may be of clinical treatment with systemic antibiotics and percutaneous drainage to total splenectomy, which is associated with rapid clinical and lower rate of late complications.