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1.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 24(2): 281-307, jun. 2021.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1289792

RESUMO

Este trabalho elenca algumas questões consideradas cru- ciais para uma articulação entre a Psicanálise e o Direito, em especial o campo dos Direitos Humanos, tomando como eixo da articulação a relação entre os conceitos de sofrimento psíquico, desamparo fundamental, ética da psicanálise e sujeito do inconsciente. Iniciando uma proposta de reflexão sobre o estatuto do Direito e do laço social a partir de um deslocamento de seu conceito de sujeito, a seguinte questão é colocada: o sujeito de direito, fundamentado na pessoa humana racional e consciente orientada pela tradição humanista e pela economia dos bens é ainda capaz de responder aos impasses no campo da política e do laço social? Partindo da afirmação de Lacan de que o objeto da psicanálise não é o homem, mas aquilo que lhe falta — não uma falta absoluta, mas a falta de um objeto, o presente trabalho toma de antemão tal proposição para percorrer algumas linhas de abordagem crítica do discurso dos Direitos Humanos com o objetivo de realçar uma via epistemológica para além das críticas filosóficas e sociais e, assim, possibilitar a emergência de algo novo, que pode ser construído a partir da psicanálise: o impossível da universalidade das Declarações de Direitos Humanos e a consequente convocação do sujeito do desejo em extimidade ao sujeito de direito a partir do método clínico como via de abordagem do sofrimento que o humanismo, a ética clássica e o discurso dos Direitos Humanos recobrem.


This article lists some issues considered crucial for correlating Psychoanalysis and Law, especially the field of Human Rights, taking as an axis of correlation the relationship between the concepts of psychological suffering, helplessness, psychoanalysis ethics and the subject of the unconscious. We suggest reflecting on the statute of law and the social bond based on a shift in its concept of subject and pose the following question: Is the subject of law, based on the rational and conscious human person guided by the humanist tradition and the economy of goods still able to respond to impasses in the field of politics and social ties? Founded on Lacan's assertion that the object of psychoanalysis is not man, but what he lacks — not an absolute lack, but the lack of an object —, this paper uses that statement for its critical approach to the discourse of Human Rights to highlight an epistemological pathway beyond philosophical and social criticism and thus to enable the emergence of something new that can be constructed based on psychoanalysis: the impossible of the universality of Human Rights Declarations and the consequent convocation of the subject of desire in extimity to the subject of law, based on the clinical method as a way of addressing the suffering which humanism, classical ethics and the discourse of Human Rights cover.


Cet article recense certaines questions jugées cruciales pour une mise en rapport entre la Psychanalyse et le Droit, en particulier le domaine des Droits de l'Homme, en prenant comme axe de mise en rapport la relation entre les concepts de souffrance psychologique, d'impuissance fondamentale, d'éthique de la psychanalyse et le sujet de l'inconscient. Partant d'une proposition de réflexion sur le statut de droit et le lien social à partir d'un déplacement de sa conception de sujet, se pose la question suivante : le sujet de droit, basé sur la personne humaine rationnelle et consciente, guidée par la tradition humaniste et l'économie des biens est-il encore capable de répondre aux impasses dans le domaine de la politique et des liens sociaux ? Partant de l'affirmation de Lacan selon laquelle l'objet de la psychanalyse n'est pas l'homme, mais ce qui lui manque — pas un manque absolu, mais le manque d'un objet —, le présent travail se base sur cette proposition pour esquisser une approche critique du discours des droits de l'homme dans le but de mettre en évidence un parcours épistémologique au-delà de la critique philosophique et sociale et, ainsi, de permettre l'émergence de quelque chose de nouveau qui puisse être construit à partir de la psychanalyse: l'impossible de l'universalité des Déclarations des Droits de l'Homme et la convocation conséquente du sujet du désir en extimité au sujet du droit à partir de la méthode clinique comme moyen d'aborder la souffrance que recouvrent l'humanisme, l'éthique classique et le discours des Droits de l'Homme.


En este trabajo se enumeran algunos temas considerados cruciales para una articulación entre el Psicoanálisis y el Derecho, especialmente, en el campo de los Derechos Humanos, tomando como eje de articulación la relación entre los conceptos de sufrimiento psíquico, desamparo fundamental, ética del psicoanálisis y el sujeto del inconsciente. Partiendo de una propuesta de reflexión sobre el estatuto del Derecho y sobre el vínculo social, a partir de un cambio en su concepto de sujeto, se plantea la siguiente pregunta: el sujeto de derecho, basado en la persona humana racional y consciente guiada por la tradición humanista y la economía de bienes, ¿sigue siendo capaz de responder a los contratiempos en el ámbito de la política y de los vínculos sociales? Partiendo de la afirmación de Lacan de que el objeto del psicoanálisis no es el hombre, sino lo que le falta; no una falta absoluta, sino la falta de un objeto, el presente trabajo toma de antemano esta propuesta para transitar por algunas líneas de abordaje crítico del discurso de los Derechos Humanos con el objetivo de resaltar un camino epistemológico que vaya más allá de la crítica filosófica y social y, así, permitir el surgimiento de algo nuevo, que se puede construir a partir del psicoanálisis: la inviabilidad de la universalidad de las Declaraciones de Derechos Humanos y la resultante convocatoria del sujeto del deseo en extimidad al sujeto de derecho desde el método clínico como forma de abordar el sufrimiento cubierto por el humanismo, la ética clásica y el discurso de los Derechos Humanos.

2.
Rev. univ. psicoanál ; (21): 47-56, mar. 2021.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-1396192

RESUMO

El arte se debate precisamente entre responder al papel asignado por la modernidad como campo de la estética, y de escapar de ese lugar e interrogar la re-presentación para abrir el horizonte de sentido, pero esta vez introduciendo lo singular como su única garantía de tratar lo real. Lo cual dista del ámbito de la investigación. El arte, en consecuencia, está expuesto al peligro de sucumbir a la demanda de la realidad en el capitalismo de la modernidad tardía. La pertinencia de tratar lo singular en su propia lógica, es decir sin la pretensión de compararlo con lo universal, mediante la creación artística y la elaboración simbólica, permite tramitar lo incomprensible, lo real, lo insoportable dándole una forma y una materia, lo cual implica contrarrestar los efectos del retorno de lo real puesto en el acto atroz


Art is debating precisely between responding to the role assigned by modernity as a field of aesthetics and escaping from that place and questioning the re-presentation to open the horizon of meaning, but this time introducing the singular as its only guarantee of trying the real. Which is far from the scope of the investigation. Consequently, art is exposed to the danger of succumbing to the demand of reality in late modern capitalism. The relevance of treating the singular in its own logic, that is, without the pretense of comparing it with the universal, through artistic creation and symbolic elaboration, allows us to process the incomprehensible, the real, the unbearable, giving it a form and a matter, which it implies counteracting the effects of the return of the real put into the heinous act


Assuntos
Humanos , Mudança Social , Arte
3.
Psicol. clín ; 32(2): 387-409, maio-ago. 2020.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1125422

RESUMO

Este ensaio parte de dois questionamentos que se entrecruzam: um, que diz respeito aos limites do estruturalismo no que tange à proposição de uma política emancipatória; e outro, à importância que o conceito de sujeito pode ter para esse tipo de proposta política. Assim, fizemos um brevíssimo percurso sobre o conceito de estrutura enquanto objeto central do estruturalismo. Em seguida, articulamos as noções de ideologia e poder em Althusser e Foucault, partindo do caráter onipresente de tais instâncias na teoria desses filósofos, que acreditamos se desdobrar da onipresença do conceito de estrutura, e das consequências de tal onipresença para a categoria de sujeito. Posteriormente, mostramos as divergências existentes entre Lacan e os outros autores no que diz respeito ao conceito de sujeito, ressaltando o alcance político desse constructo e da própria clínica psicanalítica.


This essay emerges from two interwoven inquiries: one of them about the limits of structuralism concerning the proposal of an emancipatory policy; the other about the importance of the concept of subject for this kind of political proposal. Therefore, we weave a short course about the concept of structure as a central object of structuralism. Next, we articulated the notions of ideology and power according to Althusser and Foucault, from the omnipresent character of these instances in these philosophers' theories, which we hold that arises from the omnipresence of the concept of structure; and the consequences of such omnipresence for the category of subject. Later, we display the divergences between Lacan and the other authors about the concept of subject, highlighting the political reach of this construct and of the psychoanalytic clinic itself.


Este ensayo parte de dos cuestionamientos que se entrecruzan: uno, con respecto a los límites del estructuralismo en lo que se refiere a la proposición de una política emancipatoria; y otro, a la importancia que el concepto de sujeto puede tener para ese tipo de propuesta política. Así, hicimos un brevísimo recorrido sobre el concepto de estructura como objeto central del estructuralismo. En seguida, articulamos las nociones de ideología y poder en Althusser y Foucault, partiendo del carácter omnipresente de tales instancias en la teoría de esos filósofos, que creemos desdoblarse de la omnipresencia del concepto de estructura, y de las consecuencias de tal omnipresencia para la categoría de sujeto. Posteriormente, mostramos las divergencias existentes entre Lacan y los otros autores en lo que se refiere al concepto de sujeto, resaltando el alcance político de ese constructo y de la propia clínica psicoanalítica.

4.
Psicol. USP ; 29(1): 116-125, jan.-abr. 2018.
Artigo em Espanhol | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-895694

RESUMO

Resumen Delimitar la intuición clínica de Sigmund Freud en el campo de la psicosis implica analizar las consecuencias de lo no analizable de dicha entidad clínica, tal como lo plantea el propio autor. En este trabajo, se delimita y se discute el lugar de garante de la teoría psicoanalítica, ocupado por el psicótico, y se subraya la suposición de un sujeto en las psicosis, en términos de «no querer saber¼. La imposibilidad de transferencia vacila ante el análisis que el propio Freud hace del caso Schreber. La Verwerfung se enlaza a un particular modo de retorno, excluyéndose de la relación biunívoca entre mecanismo y estructura clínica. Se manifiesta la intuición clínica de Freud en el punto donde hace del delirio o de las demás producciones en la psicosis una obra que porta la firma de un autor. Dicho recorrido nos permite sostener la importancia y actualidad del texto freudiano al campo de las psicosis.


Résumé Délimiter l'intuition clinique de Sigmund Freud sur le domaine de la psychose, implique analyser les conséquences du non analysable de cette entité clinique, posé par l'auteur lui-même. La place de garant de la théorie psychanalitique, occupée par le psychotique sera délimitée et constestée. La supposition d'un sujet dans les psychoses sera soulignée en termes de « ne pas vouloir savoir ¼. L'impossibilité de transference tremblera face à l'analyse que Freud lui-même, fait du cas Schreber. La Verwerfung se liera à un mode de retour particulier, en s'excluant de la relation biunivoque entre mécanisme et structure clinique. L'intuition clinique de Freud s'affirmera sur le point où elle fait du délire ou des autres productions dans la psychose, une oeuvre qui porte la signature d'un auteur. Ce parcours nous permettra de soutenir l'importance et l'actualité du texte freudien au domaine de la psychose.


Resumo Delimitar a intuição clínica de Sigmund Freud no campo da psicose implica investigar as consequências do não analisável dessa entidade clínica, proposto pelo próprio autor. Neste trabalho é delimitado e discutido o lugar de garante da teoria psicanalítica, ocupado pelo psicótico, e se destaca a suposição de um sujeito na psicose em termos do "não querer saber". A impossibilidade de transferência oscila diante da análise que o próprio Freud faz do caso Schreber. A Verwerfung se articula a um particular modo de retorno, excluindo-se da relação biunívoca entre mecanismo e estrutura clínica. A intuição clínica de Freud se evidencia no instante em que o delírio e as demais produções na psicose assumem a consistência de uma obra que porta a assinatura de um autor. Essa análise nos permite sustentar a importância e atualidade do texto freudiano no campo das psicoses.


Abstract Defining Sigmund Freud's clinical intuition in the field of psychosis implies analyzing the consequences of the non-analyzable of this clinical entity, as proposed by the author himself. In this work, we define and discuss the place of the guarantor of the psychoanalytic theory, occupied by the psychotic, and emphasize the assumption of a subject in the psychoses, in terms of "not wanting to know." The impossibility of transference hesitates before Freud's own analysis of the Schreber case. The Verwerfung is associated with a particular mode of return, being excluded from the two-way relationship between the mechanism and a clinical structure. Freud's clinical intuition is manifested when he makes delirium or other productions of psychosis an act that bears the mark of an author. This approach allows us to support the importance and timeliness of the Freudian text in the field of psychoses.


Assuntos
Transtornos Psicóticos/psicologia , Transferência Psicológica , Inconsciente Psicológico , Intuição
5.
Rev. univ. psicoanál ; 10: 281-299, nov. 2010.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: lil-578161

RESUMO

El presente trabajo se inicia con una introducción sobre un posible entrecruzamiento entre el psicoanálisis y la ciencia, particularmente con la física cuántica, considerando al concepto de sujeto de la ciencia como el articulador central entre ambos campos. Se desarrollan algunas diferencias nodales en la idea de determinismo en la física clásica y en la física moderna, conectando esta cuestión con el surgimiento de la teoría cuántica. Se destaca que el Principio de incertidumbre o indeterminación, realiza un quiebre epistémico fundamental en la concepción de sujeto en la ciencia contemporánea, señalándose el modo como el sujeto y el objeto quedan implicados en la observación a escala atómica. Se resaltan algunas diferencias decisivas entre el sujeto de la física clásica y el nuevo estatuto de sujeto que surge a partir de la física cuántica. Finalmente, se mencionan algunas consideraciones que relacionan al sujeto de la ciencia moderna y al sujeto del inconsciente.


Assuntos
Humanos , Ciência , Física , Psicanálise
6.
Psicol. rev. (Belo Horizonte) ; 14(2): 47-63, dez. 2008.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-572784

RESUMO

A postulação segundo a qual ôo sujeito com o qual a psicanálise opera é o sujeito da ciênciaõ (Lacan, 1966), conhecida nos meios lacanianos é, no entanto, de desenvolvimento delicado quando se trata de desdobrá-la na articulação com outros discursos. Em particular, quando estes se submetem, justamente, às referências de cientificidade. De um movimento comum, o sujeito da ciência e o da psicanálise se entrecruzam em diversos aspectos, ao mesmo tempo em que têm diferenças radicais diante do real, do simbólico e do imaginário da clínica. Fazemos um levantamento da articulação entre tais aspectos, tendo como referência as obras de Freud, Lacan e outros autores, buscando examinar e afinar a noção do sujeito em psicanálise. Desse modo, pensamos fornecer mais um instrumento àqueles que sustentam o lugar da psicanálise na pólis, no intercâmbio com outros discursos. Concluímos que, muitas vezes, a psicanálise sustenta o surgimento do sujeito onde ninguém esperava.


Lacan`s idea that 'the subject psychoanalysis deals with is the subject of science' (1966), though well known in his milieu, requires skillful handling when it comes to articulating it with other discourses, specially when those discourses are submitted precisely to scientific references. Derived from a common movement, the subject of science and that of psychoanalysis interact in many aspects, but they also differ radically when confronted with the real, the symbolic and the imaginary of the clinic. This article verifies the link between those aspects, referring to Freud, Lacan and other authors, in order to examine and sharpen the concept of subject in psychoanalysis, so as to offer one more instrument to those who sustain the political function of psychoanalysis in the world, in the interchange with other discourses. We conclude that psychoanalysis may sustain unexpected appearances of the subject.


El postulado lacaniano según el cual ôel sujeto con el cual el psicoanálisis opera es el sujeto de la cienciaõ (1966), conocido en los medios lacanianos tiene, sin embargo, un desarrollo delicado cuando se trata de prodigarlo en articulación con otros discursos. En particular, cuando estos se someten, justamente, a las referencias de cientificidad. De un movimiento común, el sujeto de la ciencia y el del psicoanálisis se entrelazan en diversos aspectos, al mismo tiempo en que tienen diferencias radicales frente a lo real, a lo simbólico y a lo imaginario de la clínica. Hacemos un examen de la articulación entre tales aspectos, teniendo como referencia las obras de Freud, Lacan y otros autores, tratando de examinar y perfeccionar la noción del sujeto en el psicoanálisis. De este modo, pensamos en proporcionar un instrumento más para aquellos que sostienen que el lugar del psicoanálisis está en la pólis, en el intercambio con otros discursos. Concluimos que muchas veces el psicoanálisis sostiene el surgimiento del sujeto donde nadie esperaba.


Assuntos
Humanos , Ética , Psicanálise
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