RESUMO
ABSTRACT Background: Evaluate the role of liver stiffness measurement (LSM) by transient elastography (TE) as a risk factor for hepatocellular carcinoma (HCC) occurrence in a prospective cohort of Brazilian hepatitis C virus (HCV) patients with cirrhosis. Methods: A cohort of 99 consecutive HCV patients was included between 2011 and 2016 with baseline LSM ≥12 kilopascals (kPa). Baseline variables were evaluated and HCC occurrence was documented. Kaplan-Meier methods with a log-rank test and the use of cox univariate and multivariate analysis assessed the association between variables and clinical results. Results: The mean age was 57.8±10.6 years. In a follow-up over a mean of 3.3 years, 20 (20.2%) patients developed HCC. In univariate logistic regression analysis, variables associated with HCC occurrence were: lower platelet count (P=0.0446), higher serum alpha-fetoprotein (P=0.0041) and bilirubin (P=0.0008) values, higher Model for End-Stage Liver Disease (MELD) score (P=0.0068) and higher LSM (P=0.0354). LSM evaluated by TE was independently associated with HCC development, and the best cut-off value for higher HCC risk was >21.1 kPa (HR: 5.548; 95%CI: 1.244-24.766; P=0.025). Conclusion: A high value of liver stiffness relates substantially to an increased risk for HCC occurrence in Brazilian patients with cirrhosis due to HCV.
RESUMO Contexto: O carcinoma hepatocelular (CHC) é o tumor maligno hepático mais comum, e a cirrose é o principal fator de risco para o seu desenvolvimento. Objetivo: Avaliar o papel da medição da rigidez hepática por elastografia transitória (ET) como fator de risco para ocorrência de CHC em uma coorte prospectiva de pacientes brasileiros com cirrose por vírus da hepatite C (VHC). Métodos: Um total de 99 pacientes com VHC e medida de rigidez hepática ≥12 kilopascals (kPa) foram incluídos consecutivamente, entre 2011 e 2016. As variáveis do baseline foram avaliadas e a ocorrência de CHC foi documentada. Os testes de Kaplan-Meier e log-rank, além das análises uni e multivariadas de Cox avaliaram a associação entre as variáveis e os resultados clínicos. Resultados: A média de idade foi de 57,8±10,6 anos. Vinte (20,2%) pacientes desenvolveram CHC, num período médio de seguimento de 3,3 anos. Na análise de regressão logística univariada, as variáveis associadas à ocorrência de CHC foram: contagem de plaquetas mais baixa (P=0,0446), valores séricos mais elevados de alfa-fetoproteína (P=0,0041) e de bilirrubina (P=0,0008), maior pontuação do escore MELD (P=0,0068) e valores mais altos de rigidez hepática por ET (P=0,0354). A medição da rigidez hepática por ET foi independentemente associada ao desenvolvimento de CHC, e o melhor valor de corte para maior risco de CHC foi >21,1kPa (HR: 5,548; IC95%: 1,244-24,766; P=0,025). Conclusão: Um alto valor de rigidez hepática está relacionado substancialmente a um risco aumentado de ocorrência de CHC em pacientes brasileiros com cirrose por HCV.
RESUMO
Abstract Objective: To evaluate the association between shear wave elastography parameters and arterial resistance in kidney transplant recipients. Materials and Methods: This was a prospective cross-sectional study involving consecutive adult kidney transplant recipients. All patients underwent color Doppler to evaluate the resistive index (RI) and ultrasound shear wave elastography for the quantification of renal allograft stiffness. Results: We evaluated 55 patients, of whom 9 (16.4%) had an RI defined as abnormal (≥ 0.79) and 46 (83.6%) had an RI defined as normal (< 0.79). The mean age was higher in the abnormal RI group than in the normal RI group (68.0 ± 8.6 years vs. 42.6 ± 14.1 years; p < 0.001), as was the mean shear wave velocity (2.6 ± 0.4 m/s vs. 2.2 ± 0.4 m/s; p = 0.013). Multivariate analysis identified two independent predictors of arterial resistance: age (OR = 1.169; 95% CI: 1.056 to 1.294; p = 0.003) and shear wave velocity (OR = 17.1; 95% CI: 1.137 to 257.83; p = 0.040). Conclusion: We observed an association between rigidity in the cortex of the transplanted kidney, as evaluated by shear wave elastography, and arterial resistance, as evaluated by color Doppler, in kidney transplant recipients.
RESUMO Objetivo: Avaliar a associação entre parâmetros de elastografia por onda de cisalhamento e resistência arterial em pacientes transplantados renais. Materiais e Métodos: Estudo transversal prospectivo. O estudo incluiu de forma consecutiva indivíduos adultos transplantados renais. Foram coletados dados demográficos e clínicos. Todos os pacientes foram submetidos à técnica ultrassonográfica para avaliação do índice de resistência (IR) e à quantificação da elasticidade do tecido por ondas de cisalhamento para avaliar a rigidez do aloenxerto renal. Resultados: Foram avaliados 55 pacientes. A média de idade e a velocidade da onda de cisalhamento foram maiores em pacientes com IR ≥ 0,79 (respectivamente, 68,0 ± 8,6 anos e 2,6 ± 0,4 m/s) quando comparados a pacientes com IR < 0,79 (respectivamente, 42,6 ± 14,1 anos, p < 0,001 e 2,2 ± 0,4 m/s, p = 0,013). A análise multivariada identificou a idade (OR = 1,169, IC 95%: 1,056 a 1,294; p = 0,003) e a velocidade da onda de cisalhamento (OR = 17,1, IC 95%: 1,137 a 257,83; p = 0,040) como fatores independentes associados a resistência arterial. Conclusão: Observou-se associação entre a rigidez do córtex do transplante renal avaliada por elastografia por onda de cisalhamento e a resistência arterial em pacientes pós-transplantados renais avaliados por Doppler.