La psicoterapia como una construcción conjunta del sentido de realidad: un acercamiento a los principios constituyentes de una interacción psicoterapéutica / Psychotherapy as a joint construction of the sense of reality: an approach to the constituent principles of a psychotherapeutic interaction

El desarrollo de una intervención psicoterapéutica compromete un encuentro interaccional, caracterizado por la necesaria conjunción de multiversos que convergen en una esfera dialógica, asociada a la resolución de una problemática o consecución de objetivos por parte de la figura consultante. Es en esta interacción dialógica, donde surgen las dudas sobre si la psicoterapia responde a un encuentro de miradas o bien, a una co-construcción de un sentido de realidad entre terapeuta y consultante, miradas que representan un posible descarte o complementariedad en su propia constitución. Una postura sobre la interacción en psicoterapia necesita establecer una posición activa respecto del rol del terapeuta, nutrida de una visión ontológica que repercuta directamente en un trabajo de interacción discursiva. Asimismo, estaría orientada hacia un propósito metódico que configure los quehaceres de los participantes, como elementos en continuo desarrollo, mas no en una respectiva predefinición. El presente artículo tiene como objetivo desarrollar una propuesta de modelo de integración comunicativa, resultando una oportunidad de convergencia en el encuentro de universos desde una dimensión lingüística de interacción en el desarrollo de un proceso psicoterapéutico.

The development of psychotherapeutic intervention engages an interactional encounter, characterized by the necessary conjunction of multiverses that converge in a dialogical sphere associated with the resolution of a problem or achievement of objectives by the consulting figure. It is in this dialogical interaction, where doubts arise as to whether psychotherapy responds to a meeting of views or, to a co-construction that comprises a sense of reality between therapist and consultant, views that represent a possible discard or complementarity in its own nature. An approach to the interaction in psychotherapy raises the need to establish an active position regarding the role of the therapist, nourished by an ontological vision that directly affects the constitution of a work of discursive interaction. In addition, this position should be oriented towards a methodical purpose that configures the tasks of participants, not as a respective predefinition but as elements in continuous development. The present article aims to propose a communicative integration model, resulting in an opportunity for convergence in the meeting of universes from a linguistic dimension of interaction in the development of a psychotherapeutic process

Verbalizações de terapeuta e cliente e estabelecimento de relações na evolução de uma terapia analítico-comportamental / Verbalizations of therapists and clients and the establishment of relationships in the development of behavior-analysis therapy

O estudo envolveu o acompanhamento de um caso clínico atendido por uma terapeuta analítico-comportamental, com o objetivo de identificar, categorizar e analisar as funções básicas das verbalizações do terapeuta, além de analisar as verbalizações de terapeuta e cliente quanto às relações estabelecidas entre respostas do cliente fora da sessão e eventos ambientais antecedentes e subsequentes a estas. A análise das verbalizações da terapeuta foi feita com base em categorias relativas às funções básicas das verbalizações de terapeuta (FBVT) e também foram, juntamente com as verbalizações da cliente, analisadas a partir de categorias de análise, que especificavam se o interlocutor estabelecia relações entre uma resposta da cliente e eventos antecedentes e/ou subsequentes. A análise dos resultados mostrou que a terapeuta não apresentou um modelo padronizado em suas intervenções, prevalecendo aquelas de caráter investigativo e as que confrontavam a cliente com questões anteriormente abordadas por ela mesma. Apenas uma pequena proporção das intervenções da terapeuta sugeria relações entre uma resposta da cliente e contingências ambientais, predominando dentre estas últimas, as relações do tipo antecedente-resposta. Comparada com a terapeuta, a cliente estabeleceu um maior número de relações entre eventos ambientais e suas respostas, também predominantemente do tipo antecedente-resposta.

The study involved the monitoring of a clinical case by a behavior-analysis therapist and it identified, classified and analyzed the basic functions of the therapist’s verbalizations and analyzed the verbalizations of both therapist and client with regard to established relationships between client’s responses and prior or subsequent environmental events. The analysis of the therapist’s verbalizations was based on categories related to the basic functions of the therapist’s verbalization which were also analyzed together with the client’s verbalizations based on the categories of analysis, which were stipulated if the interlocutor established relationships between the client’s response and prior or subsequent events. The analysis of the results showed that the therapist did not present a standardized model for interventions. What prevailed were interventions of an investigative nature and those in which he confronted the client with issues which she herself had previously mentioned. Only a small portion of the therapist’s interventions suggests links between the response of the client and environmental contingencies. Among the latter, the antecedent-response connections were predominant. Compared to the therapist, the client established a greater number of relationships between environmental events and her responses, which were also of the antecedent-response type.