Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 2 de 2
Filtrar
Adicionar filtros








Intervalo de ano
1.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 22(4): 1643-1662, dez. 2022.
Artigo em Inglês, Espanhol, Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1428540

RESUMO

As interrogações contemporâneas colocadas à psicanálise pelas transidentidades têm sido recebidas pelo campo de maneiras muito diversas, ora a partir de posições defensivas, ora a partir de leituras mais abertas a dialogar com essas interrogações. Do lado das perspectivas defensivas, encontramos, frequentemente, a tentativa de reduzir os problemas de gênero a questões do imaginário, como se o gênero se tratasse apenas de um capricho narcísico do eu, dirigido à identificação alienante a uma dada identidade. No cenário francês, que ainda repercute no contexto brasileiro, Jacques-Alain Miller e Élisabeth Roudinesco, cada um a seu modo, podem ser considerados representativos desse tipo de posicionamento. Na contramão dessa tendência, o objetivo deste artigo, que se serve de uma revisão crítica de literatura, é recolocar os termos do debate a partir da intervenção do filósofo Paul B. Preciado, evidenciando que o que está em jogo nas temáticas de gênero não é apenas uma questão quanto ao registro das identificações, mas também uma problemática mais ampla concernente à violência social e ao modo como a psicanálise irá se posicionar diante do regime da necrobiopolítica que atravessa o mundo contemporâneo.


The contemporary issues posed to psychoanalysis by transidentities have been discussed in the field in very different ways, either in defensive positions or in an interpretation more prone to the dialogue with such questions. Among defensive perspectives, we often find the attempt to reduce gender problems to imaginary issues, as if gender was just a narcissistic whim of the ego, connected to an alienating identification with a given identity. In the French scenario, which has strong repercussions in the Brazilian context, Jacques-Alain Miller and Elisabeth Roudinesco, each one in its own way, can be considered representative of this kind of thought. Against this tendency, the objective of this article, which is based upon a critical review of literature, is to refocus the terms of the debate resorting to the intervention of the philosopher Paul B. Preciado, showing that what is at stake in matters of gender is not only a question regarding the register of identifications, but also a broader issue concerning social violence and the way in which psychoanalysis takes sides itself in relation to the regime of necrobiopolitics that pervades the contemporary world.


Las preguntas contemporáneas que las transidentidades plantean al psicoanálisis han sido recibidas por el campo de formas muy diversas, a veces desde posiciones defensivas, a veces desde lecturas más abiertas al diálogo con tales preguntas. Del lado de las perspectivas defensivas, a menudo encontramos el intento de reducir los problemas de género a cuestiones imaginarias, como si el género fuera solo un capricho narcisista del yo, dirigido a la identificación alienante de una determinada identidad. En el escenario francés, que aún repercute en el contexto brasileño, Jacques-Alain Miller y Élisabeth Roudinesco, cada uno a su manera, pueden considerarse representativos de este tipo de posicionamiento. Frente a esta tendencia, el objetivo de este artículo, que utiliza una revisión crítica de la literatura, es remplazar los términos del debate a partir de la intervención del filósofo Paul B. Preciado, mostrando que lo que está en juego en los problemas de género no es sólo una cuestión en cuanto al registro de las identificaciones, pero también un tema más amplio en torno a la violencia social y a la forma en que el psicoanálisis se posicionará frente al régimen de la necrobiopolítica que atraviesa el mundo contemporáneo.


Assuntos
Política , Psicanálise , Violência , Sexualidade , Pessoas Transgênero , Identidade de Gênero
2.
Tempo psicanál ; 54(2): 161-180, jul.-dez. 2022.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1450545

RESUMO

Pretende-se discutir o horizonte ético político de uma clínica que se articula à ideia de uma multidão de minorias a partir da consideração de experiências transidentitárias, ancoradas na recusa da norma binária de gênero. Para tanto, parte-se de uma breve consideração histórica da apropriação psicanalítica da dita transexualidade, indicando deslocamentos entre a figura do dito transexual verdadeiro, descrita por Robert Stoller, e as formas contemporâneas de dissidências de gênero para em seguida determo-nos na crítica a um aspecto central de tal apropriação: a ênfase no modelo diagnóstico-etiológico. Por fim, propomos a consideração da clínica psicanalítica como campo de experimentação ética, sustentado por uma atitude crítica que interrogue permanentemente as formas hegemônicas de subjetivação e de laço social.


Having regard to transidentitarian experiences, anchored in the refusal of the binary gender norm, this article intends to discuss the ethical political horizon of a clinic that articulates itself to the idea of a multitude of minorities. In order to do so, it starts with a brief historical consideration of the psychoanalytic appropriation of the so-called transsexuality, indicating a displacement between the figure of the "true transexual", described by Robert Stoller, and the contemporary forms of gender dissidence. We consider, specially, the emphasis on the diagnostic-etiological model. Finally, we propose the consideration of the psychoanalytic clinic as a field of ethical experimentation, supported by a critical attitude that permanently interrogates the hegemonic forms of subjectivation and social bond.


À partir de la prise en compte d'expériences transidentitaires, ancrées dans le refus de la norme de genre binaire, il s'agit d'interroger l'horizon politique éthique d'une clinique qui s'articule à l'idée d'une multitude de minorités. Pour ce faire, nous commençons par une brève considération historique de l'appropriation psychanalytique de la soi-disant transsexualité, indiquant les déplacements entre la figure du «vrai transsexuel¼, décrite par Robert Stoller, et les formes contemporaines de dissidence de genre. Nous privilégions l'accent mis sur le modèle diagnostique-étiologique. Finalement, nous proposons de considérer la clinique psychanalytique comme un champ d'expérimentation éthique, soutenu par une attitude critique qui interroge en permanence les formes hégémoniques de la subjectivation et du lien social.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA