RESUMO
Abstract The influence of gender on intimate partner violence (IPV) has been predominantly studied in opposite sex relationships. This article presents the results of a systematic literature review in which the aim was to understand how gender may affect not only the violence in same-sex IPV but also, and mostly, each element of the couple and third-party responses. The search was conducted in four electronic databases: B-on, PubMed, Sage and PsycINFO. From the analysis of seven articles selected, four major domains were identified in which gender affects these relationships: normalizing violence; difficulty in recognizing violence; difficulty in seeking help; and social isolation. It was concluded that gender, or gender role expectations, cannot be ignored while studying this phenomenon. More than influencing violence per se, gender shapes the way each element of the couple perceives their experiences and third-party perceptions (e.g., family, friends, justice system, and victims support services professionals), preventing an adequate social response to this form of violence.
Resumo A importância do gênero na violência na intimidade (VI) tem sido estudada, maioritariamente, nas relações entre pessoas de sexos diferentes. Este artigo é o resultado de uma revisão sistemática da literatura em que se procurou perceber a importância do gênero para a VI entre pessoas do mesmo sexo. Não só na violência em si, mas também e sobretudo nos elementos do casal e na forma como a sociedade responde a este problema. A pesquisa foi feita em quatro bases de dados eletrônicas: B-On, Pub-Med, Sage e PsycInfo. Da análise de sete artigos selecionados, resultaram quatro grandes domínios em que o gênero tem um peso importante nestas relações: normalização da violência; dificuldade em reconhecer a violência; dificuldade em pedir ajuda; e isolamento social. Concluiu-se que o gênero ou as expectativas sociais a si associadas não podem ser ignorados no estudo deste fenômeno. Mais do que influenciar diretamente a violência em si, molda não só a forma como os elementos do casal vivenciam a experiência, mas também as percepções sociais de terceiros (e.g. familiares, amigos/as, profissionais do sistema de justiça e dos serviços de apoio a vítimas), impedindo que haja uma resposta social adequada para este problema.
Resumen La importancia del género en la violencia en la intimidad (VI) ha sido estudiada, sobre todo, en las relaciones entre personas de distintos sexos. Este artículo resulta de una revisión sistemática de la literatura en la que buscamos comprender la importancia del género para la VI entre personas del mismo sexo, no solamente en la propia violencia, sino también, y sobre todo, en los elementos de la pareja y en la forma en cómo la sociedad responde a este problema. La búsqueda se hizo en cuatro bases de datos electrónicas: B-On, Pub-Med, Sage y PsycInfo. Del análisis de siete artículos seleccionados surgieron cuatro grandes dominios en los que el género tiene un peso importante en estas relaciones: normalización de la violencia; dificultad en reconocer la violencia; dificultad en pedir ayuda; y aislamiento social. Se concluyó que el género o las expectativas sociales con él relacionadas no pueden ser ignorados en el estudio de este fenómeno. Más que influir directamente a la propia violencia, él moldea no sólo el modo cómo los elementos de la pareja la viven, sino también las percepciones sociales de terceros (ej. familia, amigos/as, profesionales del sistema de justicia y de los servicios de apoyo a víctimas), impidiendo que se produzca una respuesta social adecuada a este problema.
RESUMO
A violência contra os homens na intimidade é um tema controverso e negligenciado. No entanto, são já vários os estudos que avançam que os homens podem ser vítimas na intimidade. Este artigo contempla uma análise metodológica dos estudos de prevalência acerca da violência contra os homens em relações heterossexuais. A violência contra o sexo masculino perpetrada pelo sexo feminino varia de 0.6% a 100%, dependendo do tipo de violência que abrange, do período temporal de referência, bem como do método e da amostra. Os estudos revelam que os homens são, em sua grande maioria, vítimas de violência moderada, sobretudo psicológica. Porém, as insuficiências metodológicas e o conhecimento diminuto em domínios específicos da vitimação íntima contra os homens restringem as conclusões que podem ser extraídas. Importa que as investigações futuras adotem uma abordagem mais inclusiva de ambos os sexos...
La violencia contra los hombres en la intimidad es un tema polémico y omiso. Sin embargo, ya hay varios estudios que avanzan que los hombres pueden ser víctimas en la intimidad. Este artículo incluye un análisis metodológico de los estudios de prevalencia sobre la violencia contra los hombres en relaciones heterosexuales. La violencia perpetrada contra los hombres por las mujeres varía de 0.6% a 100%, dependiendo del tipo de violencia abarcada y del período de tiempo, así como del método y de la muestra. Los estudios revelan que los hombres son en su mayoría víctimas de violencia moderada, sobre todo psicológica. No obstante, las deficiencias metodológicas y el poco conocimiento en áreas específicas de la victimización íntima contra los hombres limitan las conclusiones que pueden extraerse. Es importante que la investigación futura adopte un enfoque más inclusivo para ambos los sexos...
Intimate partner violence against men is controversial and somewhat neglected. However, there are now several studies that show that men are victims in intimacy. This article includes a methodological analysis of studies on the prevalence of violence against men in heterosexual intimate relationships. The prevalence of violence against men perpetrated by women ranges from 0.6% to 100%, depending on the type of violence, the time period of reference, as well as the method and sample used. Studies show that men are mostly victims of moderate violence, mainly psychological. However, methodological shortcomings and insufficient knowledge in specific areas of victimization against men restrict the conclusions that can be drawn. Is critical that the investigations in this area adopt a more inclusive approach and, specifically, methodologies that address both sexes...