Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 1 de 1
Filtrar
Adicionar filtros








Intervalo de ano
1.
Cad. Bras. Ter. Ocup ; 30: e3002, 2022. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1374800

RESUMO

Resumo A estrutura social patriarcal produz e sustenta violências cotidianas individuais e coletivas. Baseamo-nos na ideia de "corpos/experiências", como pulsão vital para o existir, compreendendo o corpo-terapia ocupacional, profissão predominantemente feminina, para retratar as violências de gênero. O objetivo foi compreender as percepções de terapeutas ocupacionais, atuantes do campo da saúde, sobre violências de gênero em seus cotidianos, por meio da cartografia como dispositivo metodológico. Foram analisadas 67 respostas de terapeutas ocupacionais dentre 1018 respondentes de questionário remoto produzido pelo coletivo Adelaides em pesquisa sobre experiências de violência de gênero no Brasil vivenciadas por mulheres do campo da saúde coletiva. Com questões narrativas e de múltipla escolha, o questionário foi distribuído em três seções: dados socioeconômicos; atuação profissional e acadêmica; experiências envolvendo machismo e violência, e em ações de enfrentamento. Os dados numéricos foram analisados com estatística simples e os qualitativos baseadas na técnica analítica da tradução das narrativas. Os resultados indicam que 91% das participantes sofreram violências por ser mulher nos espaços cotidianos do domicílio, de estudo, trabalho e/ou ambientes públicos. As formas de enfrentamento utilizadas foram organizadas em quatro ações: formar e pesquisar, politizar, romper e cuidar. Concluímos que o cotidiano se apresenta como um espaço-tempo potencial das expressões, visíveis e invisíveis, da ação humana, que podem se manifestar por ações violentas, assim como por ações de enfrentamento, assumindo aspectos de reprodução ou transformação das relações estabelecidas como as embebidas na cultura da violência a que as mulheres estão submetidas.


Abstract The patriarchal social structure produces and sustains individual and collective violence every day. We are based on the idea of ​​"bodies/experiences", as a vital drive for existence, comprising occupational body-therapy, a predominantly female profession, to portray gender violence. The objective was to understand the perceptions of occupational therapists working in the health field about gender violence in their daily lives, through cartography as a methodological device. We analyzed 67 responses from occupational therapists among 1018 respondents to a remote questionnaire produced by the Adelaides collective in a research on experiences of gender violence in Brazil experienced by women in the field of public health. With narrative and multiple-choice questions, the questionnaire was divided into three sections: socioeconomic data; professional and academic performance; experiences involving machismo and violence, and in coping actions. Numerical data were analyzed using simple statistics and qualitative data based on the analytical technique of narrative translation. The results indicate that 91% of the participants suffered violence for being a woman in the daily spaces of the home, study, work and/or public environments. The coping ways used were organized into four actions: training and research, politicizing, breaking away and caring. We conclude that everyday life presents itself as a potential space-time of expressions, visible and invisible, of human action, which can be manifested by violent actions, as well as by confrontational actions, assuming aspects of reproduction or transformation of established relationships such as those embedded in in the culture of violence to which women are subjected.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA