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1.
Rev. Subj. (Impr.) ; 14(1): 94-104, abr. 2014.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: lil-765917

RESUMO

Este artigo busca analisar os sentidos subjetivos que adolescentes que cometeram abuso sexual atribuem à violência cometida. Esta é uma realidade pouco conhecida e discutida no Brasil. O estudo evidencia aspectos da subjetividade de dois adolescentes a partir da análise de entrevistas clínicas. O estudo da subjetividade desses adolescentes permite conhecer sua realidade social, assim como conhecê-los em sua singularidade para que tenham acesso à atenção específica e não mais cometam abusos sexuais. Recorreu-se à Teoria da Subjetividade de González Rey como fundamentação teórica e ao seu método construtivo-interpretativo. Os resultados evidenciam que a violência configura-se um marco que limita o desenvolvimento desses adolescentes, seja por dimensões individuais ou sociais. Muitas são as contradições que constituem sua subjetividade: curiosidade e repressão da sexualidade; experimentação do ato sexual e arrependimento; relação submissa à mãe controladora e dominadora; desejo e culpa. Ressalta-se a importância do compromisso ético e social da psicologia diante desta realidade complexa. Não se trata apenas de promover o desenvolvimento psíquico saudável desses adolescentes, mas também de empreender o rompimento do ciclo de violência sexual e social.


This article seeks the subjective meanings that adolescent sexual offenders give to the violence committed. This issue is rarely known and discussed in Brazil. The study shows aspects of the subjectivity of two adolescents based on clinical psychological interviews analysis. The study of the subjectivity of these adolescents allows us to know the offenders' social reality and singularity, so they can have access to a specific care in order to stop sexual offenses. We used the Theory of Subjectivity of González Rey and his constructive and interpretative method. The results showed that the violence configures a landmark that limits the development of these adolescents in both, social and individual dimensions. There are many contradictions that constitute their subjectivity: curiosity and repression of their sexuality; sex experimentation and regret; submissive relationship with their controlling and overbearing mother; desire and guilt. We highlight the relevance of ethics and social commitment of the psychology in facing this complex situation. Our scope is not just to promote psychic healthy development, but also to undertake the interruption of sexual and social violence cycle.


Este artigo busca los sentidos subjetivos que el adolescente que cometió abuso sexual atribuye a la violencia cometida. Esta es una realidad poco conocida y discutida en Brasil. El estudio evidenció aspectos de la subjetividad de dos adolescentes por medio del análisis de entrevistas clínicas. El estudio de la subjetividad de esos adolescentes permite conocer su realidad social, así como conocerlos en su singularidad para que tengan acceso al cuidado específico y no más cometan abusos sexuales. Se recorrió a la Teoría de la Subjetividad de González Rey como fundamentación teórica y a su metodología constructivo-interpretativa. Los resultados revelan que la violencia se configura un marco que limita el desarrollo de esos adolescentes, sea por dimensiones individuales o sociales. Muchas son las contradicciones que constituyen su subjetividad: curiosidad y represión de la sexualidad; experimentación y arrepentimiento; relación sumisa a la madre controladora y dominadora; deseo y culpa. Subrayamos la importancia del compromiso ético y social de la psicología ante esa realidad compleja. No se trata apenas de promover el desarrollo psíquico saludable de esos adolescentes, pero también de emprender del rompimiento del ciclo de violencia sexual y social.


Cet article recherche les sens subjectifs que l'adolescent qui a commis des abus sexuels attribue sur les violences commises. L'étude met en évidence les aspects de la subjectivité de deux adolescents à partir de l'analyse des entrevues cliniques. C'est une réalité peu connue et discutée au Brésil. L'étude de la subjectivité des ces adolescents permet de connaître sa réalité sociale, ainsi comme de le connaître dans leur singularité afin qu'ils aient accès à des attention plus spécifiques et qu'il ne commette plus d'abus sexuels. Nous avons utilisé la Théorie de la Subjectivité, de González Rey, comme base théorique et sa méthodologie constructive interprétative. Les résultats ont montré que la violence limite le développement de ces adolescents, soit par les dimensions individuelles ou sociales. Nombreuses sont les contradictions qui constituent leur subjectivité: curiosité et répression de la sexualité; expérimentation et repentir; une relation de soumission à la mère contrôleur et dominatrice; désir et culpabilité. Nous soulignons l'importance de l'engagement éthique et social de la psychologie devant cette réalité complexe. Il ne s'agit pas seulement de promouvoir le développement de la bonne santé psychologique de ces adolescents, mais aussi de procéder à une rupture du cycle de violence sexuelle et sociale.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adolescente , Delitos Sexuais , Violência
2.
Estud. psicol. (Natal) ; 17(3): 413-420, set.-dez. 2012. tab
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: lil-666002

RESUMO

Este estudo investigou a frequência da exposição à violência intrafamiliar e extrafamiliar, em 946 adolescentes com idades entre 12 e 19 anos (M = 15,42; DP = 1,67), que viviam em diferentes contextos: com as famílias (G1), em instituições para cumprimento de medidas socioeducativas (G2) e em instituições de acolhimento (G3). Foi utilizado o Questionário da Juventude Brasileira. Foi observado que os adolescentes de G3 apresentaram maior frequência de exposição à violência intrafamiliar, enquanto os adolescentes de G2 à violência extrafamiliar, sendo as meninas as vítimas mais frequentes em todos os contextos. A importância de prevenir a exposição dos jovens à violência é destacada, bem como a necessidade de promover intervenções com os adolescentes em acolhimento institucional, já que este grupo mostrou-se o mais vulnerável.


This study verified the frequency of the exposure to domestic and community violence, on 946 adolescents with ages ranging from 12 to 19 years old (M = 15.42; SD = 1.67), who were from different contexts: with their families (G1); young offenders who were deprived of freedom (G2); and adolescents living in shelters (G3). They completed the Brazilian Youth Questionnaire. Findings indicated that adolescents of G3 showed higher levels of exposure to domestic violence and adolescents of G2 were more exposed to community violence. Furthermore, the females were the most frequent victims in all contexts. The importance of preventing the youth exposure to violence is highlighted, as well as promoting interventions with adolescents who live in shelters because this group seems to be the most vulnerable.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Adulto , Violência/psicologia , Família/psicologia , Adolescente , Adolescente Institucionalizado/psicologia , Brasil , Distribuição de Qui-Quadrado , Inquéritos e Questionários , Pesquisa Qualitativa
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