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1.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 23(2): 727-745, julho 2023.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1532760

RESUMO

O artigo compartilha um relato de experiência de atendimento psicológico a pessoas que vivem com HIV/AIDS na pandemia causada pela covid-19, da Campanha Voluntariado pelas Américas Covid-19 e HIV/AIDS. A proposta busca colaborar com a tessitura de elaborações teóricas e técnicas sobre a escuta clínica, especialmente em sua forma remota. O atendimento psicológico virtual, de curta duração, foi realizado por 14 psicólogas voluntárias, a maioria ancorada na Psicanálise. A escuta orientou-se pela avaliação da angústia central a partir da queixa-sintoma, avaliando riscos, fatores estressantes e apoios. Amparou-se na noção de clínica ampliada, na articulação com as ações da campanha relacionadas à falta de medicamentos e à carência de alimentos, com encaminhamentos para a rede de atenção à saúde. Considerou o sofrimento psíquico associado a vulnerabilidades socioeconômicas a partir do dispositivo da necropolítica. O sofrimento emocional foi atravessado pelo adoecimento físico, por questões relativas à covid-19, e pela atualização de sentimentos vivenciados com o HIV, tais como: não aceitação do diagnóstico, medo da morte, abandono, isolamento e estigmas. Conclui-se que a escuta psicológica deu suporte emocional às pessoas em momento de intenso sofrimento psíquico. A empatia, o afeto e a solidariedade foram teias de resistência no momento de crise sanitária.


The article shares an experience report of psychological care for people living with HIV/AIDS in the pandemic caused by covid-19, from the Campaign Volunteering for the Americas Covid-19 and HIV/AIDS. The proposal seeks to collaborate with the fabric of theoretical and technical elaborations on clinical listening, especially in its remote form. The virtual psychological care, of short duration, was carried out by 14 volunteer psychologists, the majority referenced by Psychoanalysis. The listening was guided by the assessment of the central anguish based on the symptom-complaint, assessing risks, stressors and supports, based on the notion of an expanded clinic, in articulation with the actions of the campaign related to the lack of medication and the lack of food, with referrals to the health care network. It considered psychic suffering associated with socioeconomic vulnerabilities from the necropolitics device. Emotional suffering was crossed by physical illness, by issues related to covid-19, and by updating feelings experienced with HIV, such as non-acceptance of the diagnosis, fear of death, abandonment, isolation and stigma. In conclusion, psychological listening provided emotional support to people in times of intense psychic suffering. Empathy, affection and solidarity were webs of resistance in times of health crisis.


El artículo comparte un relato de experiencia de atención psicológica a personas viviendo con VIH/SIDA durante la pandemia de covid-19, de la Campaña Voluntariado por las Américas Covid-19 y VIH/SIDA. Busca colaborar con la construcción de elaboraciones teóricas y técnicas sobre la escucha clínica, especialmente en su modalidad a distancia. La atención psicológica virtual, de corta duración, estuvo a cargo de 14 psicólogas voluntarias, la mayoría ancladas en el Psicoanálisis. La escucha considerada la valoración de la angustia central a partir del síntoma-queja, valorando riesgos y soportes, sustentada en la noción de clínica ampliada, junto con el apoyo a la falta de alimentos e de medicamentos. Considerado el sufrimiento psíquico asociado a las vulnerabilidades socioeconómicas a partir del dispositivo de la necropolítica. El sufrimiento emocional estuvo atravesado por la enfermedad física, relacionadas con el covid-19, y por la actualización de sentimientos vividos con el VIH, como la no aceptación del diagnóstico, el miedo a la muerte, el abandono, el aislamiento y el estigma. Se concluye que la escucha psicológica brindó apoyo emocional a las personas en momentos de intenso sufrimiento psíquico. La empatía, el cariño y la solidaridad fueron redes de resistencia en momentos de crisis sanitaria.


Assuntos
Humanos , Psicanálise , Psicoterapia , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida , COVID-19 , Angústia Psicológica , Acontecimentos que Mudam a Vida
2.
Estilos clín ; 26(2)2021.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1444040

RESUMO

Este artigo tem como objetivo abordar as transformações ocorridas no trabalho institucional do Lugar de Vida -Centro de Educação Terapêutica durante o período de distanciamento social acarretado pela pandemia do COVID-19. Retoma-se a história da instituição, ressaltando o caráter inventivo inerente à clínica psicanalítica com crianças com entraves estruturais na constituição psíquica. São trabalhadas situações clínicas disparadoras do questionamento e da reformulação dos projetos terapêuticos nesse cenário, assim como a forma da instituição continuar com o seu trabalho com as crianças, a família e a escola. Considera-se que, para algumas crianças, os atendimentos remotos funcionam como tratamento do Outro. São novas modalidades de barreira e proteção frente a um Outro invasivo ou caótico. As telas podem ser dispositivos subjetivantes se, de um lado, houver um interlocutor-sujeito e, do outro, um suposto-sujeito


Este artículo aborda las transformaciones que se produjeron en el trabajo institucionalde Lugar de Vida -Centro de Educação Terapêutica durante el período de distanciamiento social provocado por la pandemia COVID-19. Se retoma la historia de la institución, enfatizando el carácter inventivo de la clínica psicoanalítica con niños con barreras estructurales en su constitución psíquica. Se presentan situaciones clínicas que desencadenan el cuestionamiento y reformulación de proyectos terapéuticos, así como la forma en que la institución continúa con su trabajo con los niños, la familia y la escuela. Para algunos niños, se considera que las sesiones remotas funcionan como un tratamiento para el Otro. Son nuevas formas de bloquear al Otro invasivo o caótico. Las pantallas pueden ser subjetivadoras si de un lado hay un interlocutor sujeto y, del otro, un supuesto sujeto


This article introduces the transformations that took place in the institutional work of Lugar de Vida -Centro de Educação Terapêutica during the period of social distance caused by the COVID-19 pandemic. The institution's history is presented, emphasizing the inventive character in psychoanalytic clinic with children with structural barriers in their psychic constitution. Clinical situations ilustrate the questioning and reformulation of therapeutic projects in this scenario and the way the institution continues with its work with children, family and school. For some children, it is considered that remote sessions function as a treatment of the Other. It is a new way of blocking and protecting the invasive or chaotic Other. Screens can be subjectivating devices if on one side there is an interlocutor-subject and, on the other side, a supposed-subject


Cet article traite des transformations qui ont eu lieu dans la pratique clinique du Lugar de Vida -Centro de EducaçãoTerapêutica, pendant la période de distanciation sociale à cause de la pandémie COVID-19. L'histoire de l'institution est citée, soulignant le caractère inventif de la clinique psychanalytique des enfants avec des barrières structurelles dans leurconstitution psychique. Situations cliniques déclenchent la reformulation des projets thérapeutiques et la manière dont l'institution poursuit son travail. Pour certains enfants, on considère que la séance à distance peut être une manière de traiter l'Autre, puisque ça possibilite des nouvelles façons de bloquer l'Autre invasif ou chaotique de l'enfant autiste ou psychotique. Donc, les écrans peuvent être des dispositifs subjectivants s'il y aura d'un côté un sujet-interlocuteur et de l'autre un sujet-supposé


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Criança , Psicanálise , Transtorno Autístico , Educação Inclusiva/história , Intervenção Baseada em Internet , COVID-19 , Relações Profissional-Família , Política Pública , Transferência Psicológica
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