RESUMO
Introduction Refractory occipital neuralgia is a difficult medical condition, especially when the patient has already been submitted to occipital nerve neurectomy and radiofrequency rhizotomy. There is no case report of spinal cord stimulation in the C1- C4 cervical segments for this condition. Objective To evaluate if C1-C4 dorsal spinal cord stimulation is effective in a patient with refractory occipital neuralgia who was already submitted to neurectomy and rhizotomy. Methods After obtaining the approval from the Ethics Committee of one of our institutions, a unilateral laminectomy was performed between C3 and C4, and a neurostimulator lead was conducted until the posterior portion of the C1 arc was in full view. Then we performed an intraoperative test to evaluate the correspondence between pain location and stimulation-induced paresthesias. We could not put the subcutaneous lead for such condition because of the scar tissue of the area and the previous neurectomy. Results After one year of follow up, we noticed a dramatic improvement in pain control, as well as medication withdrawal. The score of the visual analogue scale was 9 before the surgery, and it dropped to 2 after 1 year of follow-up. Conclusion Spinal cord stimulation between the C1 and C4 cervical segments can be an option for selected cases of refractory occipital neuralgia, including those patients who have already been submitted to neurectomy or rhizotomy.
Neuralgia occipital refratária é uma condição médica difícil, especialmente em pacientes submetidos previamente a neurectomia nos nervos occipitais e rizotomia por radiofrequência. Não há na literatura relato de estimulação da medula espinhal entre os níveis C1 e C4 para essa condição. Objetivos Avaliar se a estimulação da coluna dorsal da medula nos níveis C1 a C4 é eficaz no controle da dor em paciente com neuralgia occipital refratária já submetido a neurectomia e rizotomia. Métodos Após aprovação do Conselho de Ética de uma de nossas instituições, foi realizada laminectomia unilateral de C3 e C4, com posterior introdução do conjunto de eletrodos em placa, que foi posicionado até que a porção anterior do arco de C1 estivesse sob visão direta. Posteriormente, foi realizado um teste intraoperatório para avaliar a correspondência entre a área dolorosa e a parestesia induzida pela estimulação. Não possível optar pelo uso de eletrodo subcutâneo devido ao extenso tecido cicatricial secundário às cirurgias prévias. Resultados Melhora significativa da dor ocorreu ao longo de um ano de acompanhamento, com redução progressiva da dose da medicação. O valor da escala visual analógica no pré-operatório era 9, e após 1 ano de acompanhamento, reduziu para 2. Conclusão Estimulação da coluna dorsal da medula espinhal entre os seguimentos C1 e C4 pode, em casos selecionados, ser uma opção terapêutica na neuralgia occipital refratária, incluindo pacientes que já foram submetidos a neurectomia e rizotomia.