RESUMO
Objetivo: avaliar o tônus do corpo perineal em mulheres jovens nulíparas e correlacionar com as funções sexuais e a presença de disfunção sexual. Método: foi realizado um estudo descritivo, observacional, transversal utilizando uma amostra de conveniência incluindo mulheres adultas jovens nulíparas. A avaliação das participantes consistiu na aplicação dos questionários socioclínico, Pelvic Organ Prolaps / Urinary Incontinence Sexual Questionnaire (PISQ-12), Female Sexual Function Index (FSFI) e exame físico do tônus do corpo perineal. Os dados foram analisados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®), versão 23, adotando um nível de significância de 5%. Resultados: participaram 77 mulheres jovens nulíparas (21,68 ± 2,94 anos), destas 77, 92% apresentavam vida sexual ativa e 66,03% tônus normal do corpo perineal. Dentre as alterações tônicas, o aumento do tônus predominou (33,76%). Houve alta prevalência de disfunção sexual (87,01%) pelo FSFI (23,38 ± 7,21) com maior queixa de dispareunia. Mulheres com tônus aumentado apresentaram maior disfunção sexual em relação a desejo e estímulo subjetivo (p=0,04), à excitação (p=0,01), satisfação (p=0,04) e dor ou a desconforto (p=0,03). Houve correlação inversa entre a presença de aumento do tônus e os domínios FSFI desejo e estímulo subjetivo (R= - 0,56) e excitação (R= - 0,34) e correlação direta para dor ou desconforto (R= 0,30). Conclusão: o aumento do tônus do corpo perineal piora a função sexual de mulheres jovens nulíparas.
Sexual Function Index (FSFI) and physical examination of the tone of the perineal body. The data were analyzed using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®), version 23, adopting a significance level of 5%. Results: 77 young nulliparous women (21.68 ± 2.94 years) participated, of which 77, 92% had an active sexual life and 66.03% had normal tone of the perineal body. Among the tonic changes, increased tone predominated (33.76%). There was a high prevalence of sexual dysfunction (87.01%) according to the FSFI (23.38 ± 7.21) with greater complaints of dyspareunia. Women with increased tone had greater sexual dysfunction in relation to desire and subjective stimulation (p=0.04), excitement (p=0.01), satisfaction (p=0.04) and pain or discomfort (p=0.03). There was an inverse correlation between the presence of increased tone and the FSFI domains desire and subjective stimulus (R= - 0.56) and excitement (R= - 0.34) and a direct correlation for pain or discomfort (R= 0.30). Conclusion: increased perineal body tone worsens sexual function in young nulliparous women.
Assuntos
Humanos , Feminino , AdultoRESUMO
Abstract Fractures of two columns of the acetabulum according to the Letournel classification are among the most common in frequency, indication and surgical complexity. These are mainly the result of lateral compression mechanisms and are characterized by originating a disconnected acetabulum from the axial skeleton. Its surgical treatment may include: isolated anterior or posterior approach; combined, at the same surgical time or not; or broad approaches. The authors present another surgical option with association of the Kocher-Langenbeck pathway with the iliac crest approach simultaneously and in the same positioning (lateral decubitus) based on the first three clinical cases performed and their clinical and imaging results. In addition to the presentation of the cases, a description of the three characteristic fragments of this type of acetabular fractures, the approach pathway, and the reduction sequence performed are made. From the results obtained and the associated advantages, the authors believe that the addition of the iliac crest approach to the Kocher-Langenbeck pathway may be a very attractive option to consider in the surgical treatment of properly selected fractures of two columns of the acetabula.
Resumo As fraturas de duas colunas do acetábulo segundo a classificação de Letournel são das mais comuns em frequência, indicação e complexidade cirúrgica. Estas resultam essencialmente de mecanismos de compressão lateral e caracterizam-se por originarem um acetábulo desconectado do esqueleto axial. O seu tratamento cirúrgico pode incluir: abordagem anterior ou posterior isolada; combinadas, no mesmo tempo cirúrgico ou não; ou abordagens alargadas. Os autores apresentam outra opção cirúrgica com associação de via de Kocher-Langenbeck e abordagem da crista ilíaca simultânea e no mesmo posicionamento (decúbito lateral) com base nos três primeiros casos clínicos realizados e seus resultados clínicos e imagiológicos. Para além da apresentação dos casos, é feita uma descrição dos três fragmentos característicos deste tipo de fraturas acetabulares, da via de abordagem e da sequência de redução realizada. Pelos resultados obtidos e vantagens associadas, os autores acreditam que a adição da abordagem da crista ilíaca à via de Kocher-Langenbeck pode ser uma opção muito atrativa a ter em conta no tratamento cirúrgico de fraturas de duas colunas do acetábulo devidamente selecionadas.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Pelve , Fraturas Ósseas/cirurgia , Acetábulo/lesõesRESUMO
ABSTRACT Introduction: The Judet and Letournel classification is the most widely used classification system for acetabular fractures. Some complex fractures couldn't be classified according to this classification. The main purpose of this study was to evaluate the reliability of the Letournel and Judet classification system for acetabular fractures. Material and methods: 10 acetabular fractures were analyzed among 17 orthopedic surgeons. The surgeons were asked to classify the fractures according to the Judet and Letournel classification. Their experience, the number of surgeries, and the incision type that the surgeon uses for the anterior part of the acetabulum were recorded. Results: The overall interobserver agreement for the Letournel classification was found to be poor, with a Kappa value of 0.287. The Kappa value for interobserver agreement was 0.224 for plain radiographs, 0.293 for 2D-CT, and 0.321 for 3D-CT scans. There was no significant difference between the incision types used by the surgeons. The highest reliability was determined among the surgeons who operate on 10-20 acetabular fractures per year, with a Kappa value of 0.309. Conclusion: This results revealed that the Judet and Letournel Judet classification is not sufficient to classify acetabular fractures because of unclassified fractures and the complex algorithm of the system. Level of Evidence III; Comparative Retrospective Study.
RESUMO Introdução: A classificação de Judet e Letournel é o sistema de classificação mais amplamente utilizado para fraturas acetabulares. Algumas fraturas complexas, porém, não puderam ser classificadas de acordo com esta classificação. O principal objetivo deste estudo foi avaliar a confiabilidade do sistema de classificação de Judet e Letournel para fraturas acetabulares. Material e métodos: Foram selecionadas aleatoriamente 10 fraturas acetabulares de um banco de dados. Participaram do estudo 17 cirurgiões ortopédicos. Foi solicitado aos cirurgiões que classificassem as fraturas de acordo com a classificação de Judet e Letournel. Suas experiências, o número de cirurgias e o tipo de incisão que o cirurgião utiliza para a parte anterior do acetábulo foram registrados. Resultados: A concordância interobservadores geral para a classificação de Judet e Letournel foi considerada fraca, com um valor de Kappa de 0,287. O valor de Kappa para a concordância interobservadores foi de 0,224 para radiografias simples, 0,293 para tomografias computadorizadas em 2D e 0,321 para tomografias computadorizadas em 3D. Não houve diferença significativa entre os tipos de incisão utilizados pelos cirurgiões. A maior confiabilidade foi determinada entre os cirurgiões que operam de 10 a 20 fraturas acetabulares por ano, com um valor de Kappa de 0,309. Conclusão: Os resultados revelaram que a classificação de Judet e Letournel não é suficiente para classificar fraturas acetabulares devido a fraturas não classificadas e ao algoritmo complexo do sistema. Nível de Evidência III; Estudo Comparativo Retorpectivo.
RESUMO
Abstract Axial axis metastasis remains a challenge for surgical as well as other treatment modalities, like chemotherapy, immunotherapy, and radiotherapy. It is unequivocal that surgery provides pain improvements and preservation of neurological status, but this condition remains when associated with radiotherapy and other treatment modalities. In this review, we emphasize the current forms of surgical treatment in the different regions of the spine and pelvis. The evident possibility of percutaneous treatments is related to early or late cases, and in cases in which there are greater risks and instability to conventional surgeries associated with radiotherapy and have been shown to be the appropriate option for local control of metastatic disease.
Resumo As metástases no eixo axial permanecem um desafio para o tratamento cirúrgico bem como para outras modalidades, como quimioterapia, imunoterapia e radioterapia. É inequívoco que a cirurgia proporciona melhorias na dor e na preservação do status neurológico; porém, há permanência desta condição quando associada à radioterapia e a outras modalidades de tratamento. Nesta revisão damos ênfase às formas de tratamento cirúrgico atuais nas diferentes regiões da coluna vertebral e pelve. A evidente possibilidade de tratamentos percutâneos está relacionada a casos iniciais ou tardios, bem como a casos em que há maiores riscos e instabilidade às cirurgias convencionais associadas à radioterapia, e tem se mostrado a opção adequada para o controle local da doença metastática.
Assuntos
Humanos , Pelve/cirurgia , Coluna Vertebral/cirurgia , Neoplasias Ósseas , Fraturas EspontâneasRESUMO
ABSTRACT Objectives: Three pelvic osteotomies (Salter, Dega, Pemberton) are widely used in walking patients under seven years old for DDH treatment. We've proposed a modified Salter Pelvic Osteotomy (SPO), which has the advantages of the abovementioned osteotomies. Methods: Short- and mid-term results were assessed in 19 patients after the modified SPO application. Patients were examined before and after the surgery, at 6 months postoperatively, and at follow-up. Results: Acetabular Index (AI) before the surgery was 39.5 ± 7 °; after the surgery - 24.4 ± 5.5 °, at 6 months - 20.4 ± 5 ° (9-28), at follow-up - 14.5 ± 4 °; AI correction - 14.9 ± 5.5 °. Lateral Centre-Edge Angle at follow-up - 22.7 ± 4.7 °. Clinical results at follow-up were I / II McKay grade in 18 patients (94.7%); radiological results were I / II Severin class in 18 patients (94.7%). Conclusion: Modified SPO improves the FH coverage in any direction; results after modified SPO are excellent and good in most patients. Level of Evidence IV; Case Series.
RESUMO Objetivos: Três osteotomias pélvicas (Salter, Dega, Pemberton) são am-plamente utilizadas em pacientes ambulatoriais com menos de sete anos de idade para tratamento com DDH. Foi proposta a Osteotomia Pélvica de Salter modificada (SPO), que apresenta as vantagens das osteotomias acima mencionadas. Métodos: Os resultados de curto e médio prazo foram avaliados em 19 pacientes após a aplicação da SPO modificada. Os pacientes foram examinados antes e após a cirurgia, aos 6 meses de pós-operatório, e no acompanhamento. Resultados: O Índice Acetabular (IA) antes da cirurgia foi de 39,5 ± 7°; após a cirurgia - 24,4± 5,5°, aos 6 meses - 20,4 ± 5° (9-28), no acompanhamento - 14,5 ± 4°; correção da IA - 14,9 ± 5,5°. Ângulo Lateral do Centro-Edge Angle no acompanhamento - 22,7 ± 4,7 °. Os resultados clínicos no acompanhamento foram I / II grau McKay em 18 pacientes (94,7%); os resultados radiológicos foram I / II classe Severin em 18 pacientes (94,7%). Conclusão: A SPO modificada melhora a cobertura de FH em todos os sentidos; os resultados após a SPO modificada são excelentes e bons na maioria dos pacientes. Nível de Evidência IV; Série de casos.
RESUMO
ABSTRACT Objective: To evaluate children and adolescents with polytrauma and fractures of the pelvis and proximal and diaphyseal femur and correlate the impact of these conditions and clinical outcomes. Methods: Retrospective study carried out in a public hospital in Taboão da Serra (SP), with pediatric patients with polytrauma from January 2012 to December 2021. In total, 44 patients were evaluated, 70.44% boys and 29.55% girls, aged from 12 to 17 years. Results: Diaphyseal fracture of the femur affected 70.44% of the patients, mainly caused by a fall from a height (56.81%). Linear external fixation was the most used treatment (45.45%). All patients were discharged from hospital. Conclusion: We found essential sociodemographic information: 84.11% of patients did not have associated injuries; 88.63% were hospitalized from 3 to 11 days; 90.91% did not need to be admitted to an ICU, 77.27% did not need reoperation, and 22.73% underwent another surgery; 45.45% used the external fixator to stabilize injuries; 11.36% converted the external fixator to the intramedullary nail; 9.09% needed an intramedullary nail remover; 2.27% converted to a plate (bilateral) and 2.27% to a rigid nail; 2.27% had loss of reduction and revision with rod; 2.27% underwent corrective osteotomy; 2.27% had clinical hospitalization; 2.27% had osteonecrosis of the femoral head and screws removed; 2.27% removed the plate. No deaths were recorded. Level of Evidence II, Retrospective Study.
RESUMO Objetivo: Avaliar crianças e adolescentes politraumatizados com fraturas da pelve, proximal e diafisária do fêmur e correlacionar o impacto dessas condições e desfechos clínicos. Métodos: Estudo retrospectivo realizado em hospital público de Taboão da Serra (SP), com pacientes pediátricos politraumatizados entre janeiro de 2012 e dezembro de 2021. Avaliaram-se 44 pacientes, 70,44% meninos e 29,55% meninas, de 12 a 17 anos. Resultados: A fratura diafisária fechada do fêmur acometeu 70,44%, sendo causada principalmente por queda de altura (56,81%). A fixação externa linear foi o tratamento mais utilizado (45,45%). Todos os pacientes receberam alta hospitalar. Conclusão: Identificaram-se importantes informações sociodemográficas: 84,11% dos pacientes não apresentaram lesões associadas; 88,63% ficaram internados de 3 a 11 dias; 90,91% não necessitaram de internação em unidade de terapia intensiva (UTI), 77,27% não precisaram ser reoperados; 22,73% realizaram nova cirurgia; 45,45% utilizaram fixador externo para estabilização de lesões;11,36% converteram o fixador externo para a haste intramedular; 9,09% precisaram remover as hastes intramedulares; 2,27% converteram para placa (bilateral) e 2,27% para haste rígida; 2,27% tiveram perda de redução e revisão com haste; 2,27% realizaram osteotomia corretiva; 2,27% tiveram internação clínica; 2,27% tiveram osteonecrose da cabeça femoral e parafusos removidos; e 2,27% retiraram a placa. Não foram observados óbitos. Nível de Evidência II, Estudo Retrospectivo.
RESUMO
Abstract Objectives The present study aimed to assess whether preoperative spinopelvic parameters can influence the gain of segmental lordosis after one level of lateral lumbar interbody fusion. Methods The following radiological parameters were measured in the X-rays: pelvic incidence, lumbar lordosis, pelvic tilt, L4S1 lordosis, index level segmental lordosis, intraoperative index segmental lordosis, pelvic mismatch (IP-LL), distal lordosis proportion, delta segmental lordosis, Pelvic Titlt (PT) > 20, actual sacral slope, and ideal sacral slope, and the correlation of these variables with the gain of segmental lordosis was investigated. Afterwards, an exploratory cluster analysis was performed to identify common characteristics between patients and segmental lordosis gain. Results The sample of the present study comprised 104 patients, of which 76% presented segmental lordosis gain. The most correlated parameters with the segmental lordosis gain were preoperative segmental lordosis (−0.50) and delta intraoperative lordosis (0.51). Moreover, patients in the high PI groups had a trend to gain more segmental lordosis (p< 0.05) and a reduced risk of losing segmental lordosis (Odds 6.08). Conclusion Patients with low-medium PI profiles presented higher odds of loss of segmental lordosis. However, the preoperative spinopelvic parameters alone do not seem to play a significant role in the fate of segmental lordosis gain.
Resumo Objetivos O presente estudo teve como objetivo avaliar se os parâmetros espinopélvicos pré-operatórios podem influenciar o ganho da lordose segmental após fusão intersomática lombar por via lateral de um nível. Métodos Os seguintes parâmetros radiológicos foram medidos nos raios X: incidência pélvica, lordose lombar, versão pélvica, lordose L4S1, lordose segmental do nível operado, índice intraoperatório de lordose segmentar, mismatch pélvico (IP-LL), proporção de lordose distal, delta de lordose segmentar, PT > 20, inclinação sacral real e inclinação sacral ideal, e a correlação dessas variáveis com o ganho da lordose segmentar foi investigada. Posteriormente, foi realizada uma análise exploratória de cluster para identificar características comuns entre os pacientes e o ganho de lordose segmentar. Resultados O presente estudo contou com 144 pacientes, dos quais 76% apresentaram ganho de lordose segmentar. Os parâmetros mais correlacionados com o ganho de lordose segmentar foram lordose segmentar pré-operatória (−0,50) e delta intraoperatório de lordose (0,51). Além disso, os pacientes dos grupos de incidência pélvica (IP) alto tiveram tendência de ganho de lordose segmental maior (p< 0,05) e redução do risco de perda de lordose segmental (chances 6.08). Conclusão Pacientes com perfis de IP médios baixos apresentaram maiores chances de perda de lordose segmentar. No entanto, os parâmetros espinopélvicos pré-operatórios por si só não parecem desempenhar um papel significativo no destino do ganho da lordose segmentar.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Dor , Artroscopia , Medição da Dor , Impacto Femoroacetabular , Quadril , LordoseRESUMO
RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência, o conhecimento e os fatores associados à incontinência urinária (IU) em mulheres estudantes de um curso de fisioterapia, bem como sua qualidade de vida. Foi aplicada uma ficha de avaliação, o International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) e um questionário de conhecimento sobre a musculatura do assoalho pélvico (MAP) e a ocorrência de IU, baseado em estudo tipo conhecimento, atitude e prática (CAP). Das 248 estudantes do curso, 170 (69%) participaram do estudo. Pela ficha de avaliação, 111 (65%) relataram perda urinária. De acordo com o ICIQ-SF, 63 participantes (37%) são incontinentes, sendo que 41 (65%) dessas apresentam IU de esforço, apresentando pequena perda e com frequência de uma vez na semana ou menos, com baixo impacto na sua qualidade de vida. A maioria das participantes que relataram ter dor na relação sexual (59%) e alguns sintomas uroginecológicos e intestinais, como esforço ao urinar (92%), jato interrompido (75%), incômodo na região vaginal (73%), constipação (53%), esforço ao defecar (53%) e esvaziamento intestinal incompleto (70%), apresentou queixa de IU. Todas as que usam protetor (100%) e procuraram atendimento médico (100%) eram incontinentes. O uso de anticoncepcional foi maior em mulheres sem perda urinária (84%). O conhecimento sobre a MAP e a IU foi adquirido gradualmente com o avançar do curso. Esse resultado sugere que as mulheres que não cursam Fisioterapia não têm domínio do assunto, sendo necessário disseminar o conhecimento sobre a IU e a atuação da fisioterapia.
RESUMEN El objetivo de este estudio fue evaluar la prevalencia, el conocimiento y los factores asociados a la incontinencia urinaria (IU) en mujeres estudiantes de Fisioterapia, así como su calidad de vida. Se aplicó un formulario de evaluación, el International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) y un cuestionario de conocimiento sobre la musculatura del suelo pélvico (MSP) y la ocurrencia de IU, basado en un estudio de conocimiento, actitud y práctica (CAP). De las 248 estudiantes del curso, 170 (69%) participaron en el estudio. Según el formulario de evaluación, 111 (65%) reportaron pérdida urinaria. Conforme el ICIQ-SF, 63 participantes (37%) son incontinentes, y 41 (65%) de ellas tienen IU de esfuerzo, presentando una pequeña pérdida y con frecuencia de una vez a la semana o menos, con bajo impacto en su calidad de vida. La mayoría de las participantes que informaron sentir dolor en las relaciones sexuales (59%) y algunos síntomas uroginecológicos e intestinales, como esfuerzo al orinar (92%), chorro interrumpido (75%), molestias en la región vaginal (73%), estreñimiento (53%), esfuerzo al defecar (53%) y vaciamiento intestinal incompleto (70%), se quejó de IU. Las participantes que usan protectores (100%) y buscan atención médica (100%) eran incontinentes. El uso de anticonceptivos fue mayor en las mujeres sin pérdida urinaria (84%). El conocimiento sobre la MSP e IU se adquirió de manera gradual a medida que avanzaba el curso. Este resultado apunta que las mujeres que no estudian Fisioterapia no tienen dominio del tema y es necesario difundir conocimientos sobre la IU y la actuación de la fisioterapia.
ABSTRACT This study aimed to evaluate the prevalence, knowledge, factors associated with urinary incontinence (UI), and quality of life in female students enrolled in a physical therapy undergraduate course. Students had to answer a form we developed, the International Questionnaire on Incontinence Consultation - Short Form (ICIQ-SF), and a knowledge questionnaire on pelvic floor musculature (PFM) and the occurrence of UI, based on a previous knowledge, attitude, and practice (KAP) study. Out of 248 students, 170 (69%) participated in our study. According to our evaluation form, 111 women (65%) reported urinary loss at some point in their lives. According to ICIQ-SF criteria, 63 (37%) women were incontinent, 41 (65%) suffered from strain urinary incontinence, showing small urinary losses once per week or less, which slightly impacted their quality of life. Most women who have pain during sexual intercourse (59%) and some urogynecological and intestinal symptom, such as straining (92%), intermittent urination (75%), nausea (73%), constipation (53%), excessive effort (53%), and incomplete outlet (70%) also suffered from UI. All women who used pads (100%) and sought medical care (100%) were incontinent. The use of contraceptive was higher among women without UI (84%). Participants built their knowledge on PFM and UI as the course progressed. These results suggest that women who attend undergraduate courses outside physical therapy have limited knowledge about the subject. We find it necessary to spread knowledge about UI and the importance of physical therapy to prevent and treat UI.
RESUMO
RESUMO Objetivou-se avaliar o perfil do conhecimento de mulheres brasileiras sobre a atuação do fisioterapeuta na saúde da mulher. As participantes preencheram um questionário online contendo: dados socioeconômicos e demográficos, questões acerca do conhecimento sobre a atuação da Fisioterapia na Saúde da Mulher e das atuais condições de saúde. Foram realizadas análises descritivas para a caracterização da amostra, os níveis de conhecimento e o autorrelato de disfunções do assoalho pélvico e para a associação entre o conhecimento geral, o autorrelato de disfunções e o conhecimento das subáreas da Fisioterapia na Saúde da Mulher. Participaram 446 mulheres de todas as regiões do Brasil, sendo 86,3% do Sudeste, 9,4% do Sul, 1,6% do Nordeste, 1,3% do Centro-Oeste e 1,3% do Norte. A média de idade foi de 30,1±10,5 anos. O autorrelato de disfunções do assoalho pélvico foi de 20,4% de incontinência urinária, 27,6% de disfunções sexuais, 25,8% sintomas intestinais e 6,7% de dor pélvica crônica. Das participantes, 61% apresentavam algum conhecimento sobre a área da Fisioterapia na Saúde da Mulher e 96,9% gostariam de conhecer mais sobre essa especialidade. Apesar de muitas mulheres terem conhecimento sobre essa área, uma minoria já foi encaminhada ou realizou tratamento especializado de Fisioterapia na Saúde da Mulher. Houve associação estatisticamente significativa entre o nível de conhecimento das mulheres sobre a atuação do fisioterapeuta na saúde da mulher com o autorrelato de disfunções do assoalho pélvico e o nível de conhecimento das subáreas de atuação.
RESUMEN El objetivo fue evaluar el perfil del conocimiento de las mujeres brasileñas sobre el rol del fisioterapeuta en la salud de la mujer. Las mujeres completaron un cuestionario en línea conteniendo: datos socioeconómicos y demográficos, cuestiones acerca de su conocimiento sobre el papel de la fisioterapia en la salud de la mujer y las condiciones de salud actuales. Se realizaron análisis descriptivos para caracterizar la muestra, los niveles de conocimiento y el autoinforme de disfunciones del suelo pélvico y la asociación entre conocimiento general, autoinforme de disfunciones y conocimiento de las subáreas de fisioterapia en la salud de la mujer. Participaron 446 mujeres de todas las regiones de Brasil, el 86,3% del Sudeste, el 9,4% del Sur, el 1,6% del Nordeste, el 1,3% del Medio Oeste y el 1,3% del Norte. El promedio de edad fue de 30,1±10,5 años; el autoinforme de disfunciones del suelo pélvico fue del 20,4% de incontinencia urinaria, el 27,6% de disfunciones sexuales, el 25,8% de síntomas intestinales y el 6,7% de dolor pélvico crónico. De las participantes, el 61% tenía algún conocimiento sobre el área de la fisioterapia en la salud de la mujer y al 96,9% le gustaría saber más sobre esta especialidad. Aunque muchas mujeres conocen esta área, una minoría ha sido derivada o ha recibido tratamiento fisioterapéutico especializado para la salud de la mujer. Hubo una asociación estadísticamente significativa entre el nivel de conocimiento de las mujeres sobre el papel del fisioterapeuta en la salud de la mujer con el autoinforme de disfunciones del suelo pélvico y el nivel de conocimiento de las subáreas de desempeño.
ABSTRACT This study aimed to evaluate the profile of knowledge of Brazilian women about the physical therapist's role in women's health. The women answered an online questionnaire containing: socioeconomic, demographic data, knowledge about the role of physical therapy in women's health, and current health conditions. Descriptive analyses were carried out to characterize the sample, levels of knowledge and self-report of pelvic floor dysfunctions, and the association between general knowledge, self-report of dysfunctions, and knowledge of the sub-areas of physical therapy in women's health. In total, 446 women from all regions of Brazil participated: 86.3% from the Southeast, 9.4% from the South, 1.6% from the Northeast, 1.3% from the Midwest, and 1.3% from the North. The mean age was 30.1±10.5 years; the self-report of pelvic floor dysfunctions was 20.4% urinary incontinence, 27.6% sexual dysfunctions, 25.8% intestinal symptoms, and 6.7% chronic pelvic pain. Of the participants, 61% had some knowledge about the role of physical therapy in women's health and 96.9% would like to know more about this specialty. Although many women are aware of this area, a minority has been referred to or has undergone specialized physical therapy treatment for women's health. There was a statistically significant association between the level of knowledge of women about the physical therapist's role in women's health with the self-report of pelvic floor dysfunctions and the level of knowledge of the sub-areas of performance.
RESUMO
Abstract Objective To evaluate the accuracy and differences between 2 types of metallic markers, sphere, and coin, for radiographic calibration in the preoperative planning of hip arthroplasty. Methods Four spherical metallic markers and four coins, both 25 mm in diameter, were placed on the greater trochanter, pubic symphysis, between the thighs, and on the table of the exam, for radiographic examination of the hip in 33 patients with hip prosthesis. The prosthesis head was used for calibration and two examiners measured the markers' image diameters, and the results were analyzed statistically. Results In the greater trochanter, the sphere and the coin were not visualized in 19 radiographs (57.6%). Between the thighs, the coin marker was not visualized in 13 radiographs (39.4%). In the greater trochanter, the 25-mm accuracy of the coin and the sphere was, respectively, between 57.1 and 63.3% and between 64.3 and 92.9%. The coin between the thighs reached 25-mm accuracy in between 50 and 60% of cases. Over the exam table, the coin and sphere markers reached, respectively, the mean diameters of 22.91 mm and 23 mm, the lowest coefficient of variation, the lowest confidence interval, and the easiest positioning. There was statistical difference between the evaluations of the markers (coin vs. sphere) in all positions (p< 0.032), except for the exam table position (p= 0.083). Conclusions The coin between the thighs is the best marker for radiographic calibration in the preoperative planning of hip arthroplasty, and we suggest the use of another coin on the exam table for comparison, considering the 8% reduction in relation to its real size.
Resumo Objetivo Avaliar a precisão e as diferenças entre 2 tipos de marcadores metálicos, esfera e moeda, para calibração radiográfica no planejamento pré-operatório da artroplastia de quadril. Métodos Quatro marcadores metálicos esféricos e quatro moedas, ambas de 25 mm de diâmetro, foram colocadas em trocânter maior, sínfise púbica, entre as coxas e a mesa do exame, para exame radiográfico do quadril em 33 pacientes com prótese de quadril. A cabeça da prótese foi utilizada para calibração e dois examinadores mediram os diâmetros da imagem dos marcadores, e os resultados foram analisados estatisticamente. Resultados No trocânter maior, a esfera e a moeda não foram visualizadas em 19 radiografias (57,6%). Entre as coxas, o marcador de moeda não foi visualizado em 13 radiografias (39,4%). No trocânter maior, a precisão de 25 mm da moeda e da esfera foi, respectivamente, entre 57,1 e 63,3% e entre 64,3 e 92,9%. A moeda entre as coxas atingiu 25 mm de precisão entre 50 e 60%. Sobre a mesa de exame, os marcadores de moeda e esfera atingiram, respectivamente, diâmetros médios de 22,91 mm e 23 mm, o menor coeficiente de variação, o menor intervalo de confiança e o posicionamento mais fácil. Houve diferença estatística entre as avaliações dos marcadores (moeda vs. esfera) em todas as posições (p< 0,032), com exceção da posição na mesa de exame (p= 0,083). Conclusões A moeda entre as coxas é o melhor marcador para calibração radiográfica no planejamento pré-operatório da artroplastia de quadril, e sugerimos o uso de outra moeda na mesa de exame para comparação, considerando os 8% de redução em relação ao seu tamanho real.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pelve/diagnóstico por imagem , Ampliação Radiográfica , Estudos Retrospectivos , Artroplastia de Quadril , Prótese de QuadrilRESUMO
Objetivo: Analisar a adesão de mulheres incontinentes à fisioterapia pélvica auxiliada por smartphone (aplicativo), em comparação a abordagens tradicionais. Métodos: Estudo longitudinal randomizado controlado de 128 mulheres: G1 fisioterapia face a face auxiliada por aplicativo; G2 fisioterapia face a face e folha de exercícios impressa; G3 aplicativo somente e G4 folha impressa somente. Realizadas 12 sessões de fisioterapia face a face, em grupo, uma vez por semana, durante 3 meses. Resultados: 77 (60,2%) aderiram ao tratamento e 51 (39,8%) não. Os aderentes tinham em média 48,3 anos, contra 44,5 das não aderentes (p = 0,015). Houve menor adesão às metodologias síncronas: G1, 19 (50%), G2, 21 (28,8%), quando comparadas às assíncronas: G3, 3 (13,6%), e no G4, 8 (32%) (p = 0,025). Fumantes (71,4%) e usuárias de álcool (53,85%) não aderiram (p = 0,002 e p = 0,016 respectivamente). 50 mulheres apresentaram IU de esforço, 67 IU mista e 11 IU de urgência, não correlacionada à adesão (p = 0,06). Nenhuma das mulheres não aderentes possuiu renda superior a 6 salários-mínimos. Conclusão: A adesão ao treinamento muscular do assoalho pélvico é maior quando a fisioterapia é associada a um aplicativo móvel. O tabagismo, o consumo de álcool e a categoria de renda impactam negativamente na adesão.
RESUMO
Introdução: Para aliviar ou prevenir as disfunções dos músculos do assoalho pélvico é necessário sejam treinados seus parâmetros funcionais: coordenação, força, potência, resistência e pré-contração, bem como tenham capacidade de alongamento suficiente durante a passagem do bebê, a fim de evitar lacerações e outras lesões. Objetivo: Avaliar a percepção de puérperas acerca do uso do balão vaginal, em termos cognitivo-comportamental, na preparação para o parto vaginal. Métodos: Estudo descritivo do tipo transversal e qualitativo, realizado com puérperas primíparas de parto vaginal que fizeram ou não o uso do balão vaginal durante a gestação, avaliadas por meio de uma ficha de avaliação sociodemográfica e obstétrica e da aplicação dos questionários sobre os eventos do trabalho de parto e de percepção do uso Epi-No. Resultados: Participaram do estudo 20 puérperas. Não houve diferença entre as puérperas quanto a presença de lacerações vaginais e o tempo de trabalho de parto. Todas as mulheres do grupo que utilizaram o balão vaginal perceberam influência positiva no trabalho de parto. Conclusão: O treinamento dos músculos do assoalho pélvico para o parto com balão vaginal exerceu efeito positivo na preparação cognitivo-comportamental da amostra estudada, o que facilitou o trabalho de parto.
RESUMO
ABSTRACT Introduction. Osteitis pubis is a common inflammatory disease of the pubic symphysis, defined as a chronic pain syndrome caused by repetitive microtrauma. Since adaptative changes are necessary in the pelvis to adjust the equilibrium of the myotendinous structures, the aim of this study was to evaluate the correlation between pelvic incidence and osteitis pubis among professional soccer players. Materials and Methods. An observational, cross-sectional study was performed with professional soccer players from five teams during pre-season. Athletes with previous congenital pelvic abnormalities or a history of surgery were excluded. Radiographs of the pelvis were analyzed by two radiologists and assessed for findings consistent with osteitis pubis, and the following parameters were measured: pelvic incidence (PI), sacral inclination (SI), and pelvic version (PV). Results. A total of 107 subjects were included in the study, with a mean age of 25.6 ± 3.1 years. Findings compatible with osteitis pubis were present in 74.8% of the subjects (80/107). There was no statistical correlation between osteitis pubis and PI (52.3°±12.7° vs. 48.4°±10.8°; p=0.156), SI (43.1°±9.8° vs. 39.9°±10.1°; p=0.146), or PV (9.2°± 6.3° vs 8.6°± 7.5°; p=0.649). Agreement between readers was excellent (p<0.0001). Conclusion. There was no significant correlation between pelvic parameters and radiographic diagnosis of osteitis pubis. Leve of Evidence II; Diagnostic study.
RESUMO Introdução. A osteíte púbica é uma doença inflamatória comum da sínfise púbica, definida como síndrome de dor crônica causada por microtraumas de repetição. Uma vez que são necessárias mudanças adaptativas na pelve para adequar o equilíbrio das estruturas miotendíneas, o objetivo deste estudo foi avaliar a correlação entre e a incidência pélvica e a osteíte púbica em jogadores profissionais de futebol. Materiais e Métodos. Estudo transversal, observacional, conduzido com jogadores profissionais de futebol de cinco times profissionais durante a pré-temporada. Foram excluídos do estudo atletas com anormalidades congênitas prévias ou com história de cirurgia. As radiografias de pelve foram avaliadas por dois médicos radiologistas quanto aos achados compatíveis com osteíte púbica, e os seguintes parâmetros foram medidos: incidência pélvica (PI), inclinação sacral (SI) e versão pélvica (PV). Resultados. Foram incluídos 107 participantes, com média de idade de 25,6 ± 3,1 anos. Achados compatíveis com osteíte púbica estavam presentes em 74,8% dos indivíduos (80/107). Não houve correlação estatística entre osteíte púbica e PI (52,3°± 12,7° vs. 48,4° ± 10,8°; p = 0,156), SI (43,1° ± 9,8° vs. 39,9° ± 10,1°; p = 0,146) ou PV (9,2° ± 6,3° vs. 8,6° ± 7,5°; p = 0,649). A concordância entre os médicos radiologistas foi excelente (p < 0,0001). Conclusões. Não houve correlação significativa entre os parâmetros pélvicos e o diagnóstico radiográfico de osteíte púbica. Nível de Evidência II; Estudo diagnóstico.
RESUMO
ABSTRACT Objective: To assess the influence of hip flexion contracture on lumbar lordosis and spinopelvic parameters and the changes in these parameters after total hip arthroplasty (THA). Methods: Twenty adult patients with hip osteoarthritis were divided into two groups (ten patients with hip flexion contracture and ten without contracture). Patients were assessed preoperatively and six months after THA using the radiographic parameters sagittal vertical axis (SVA), lumbar lordosis (LL), pelvic incidence (PI), sacral slope (SS), and pelvic tilt (PT). Results: No statistical difference was found between pre- and postoperative LL values in the groups. After THA, both groups had increased PT and the group without hip flexion contracture had reduced SS. Conclusion: Patients with hip osteoarthritis and hip flexion contracture tend to have an increased LL in the orthostatic position compared to patients without contracture, but with no statistical significance. After THA, PT increased in both groups and SS decreased in patients without hip contracture. Studies should further investigate the role of hip flexion contracture on pelvic mobility and spinopelvic parameters to better understand these relations. Level of Evidence III, Case-Control Study.
RESUMO Objetivo: Avaliar a influência da contratura em flexão da articulação do quadril sobre a lordose lombar, parâmetros espinopélvicos e as alterações desses parâmetros após a artroplastia total do quadril (ATQ). Métodos: Vinte pacientes adultos com artrose do quadril e indicação de ATQ foram divididos em dois grupos, sendo 10 pacientes com contratura em flexão da articulação do quadril e 10 sem contratura. Os pacientes foram avaliados no pré-operatório e seis meses após a realização da ATQ, através dos seguintes parâmetros radiográficos: eixo vertical sagital (SVA), lordose lombar (LL), incidência pélvica (PI), inclinação do sacro (SS) e versão da pelve (PT). Resultados: Não foi observado diferença estatística entre os valores da LL pré e pós-operatória nos grupos avaliados. Após a realização da ATQ, houve um aumento da PT nos dois grupos, e redução da SS somente no grupo de pacientes sem contratura em flexão do quadril. Conclusão: Os pacientes com artrose do quadril e contratura em flexão da articulação do quadril apresentam tendência para uma LL aumentada na posição ortostática comparado aos pacientes sem contratura, porém sem significância estatística. Após a realização da ATQ foi observado aumento da PT em ambos os grupos e redução da SS nos pacientes sem contratura em flexão da articulação do quadril. O papel da contratura em flexão do quadril na mobilidade da pelve e nos parâmetros espinopélvicos deve ser estudado com maior profundidade para melhor compreensão destas relações. Nível de Evidência III, Estudo de Caso-Controle.
RESUMO
ABSTRACT Objective: To evaluateboth the correlation between lumbar accommodation and pelvic parametersin different types of lordosis and the participation of different lumbar segments in the accommodation of lordosis in the standing and sitting positions. Methods: A retrospective study analyzingpatient images in standing and sitting positions. Correlations were conducted among the measured data: Cobb angle of the lumbar lordosis (LL,type of lordosis, pelvic incidence (PI),sacral slope (SS),pelvic tilt (PT), and the angulation of the L1-L2/L2-L3/L3-L4/L4-L5/L5-S1 segments. Results: Fortypatients were included, 20 men and 20 women. The mean age was 60.8 (±11.5). Of these patients, 10.3% were classified as Roussouly type 2, 35.9% as type 3, 25.6% as type 3A, and 28.2%as type 4.There was a weakcorrelation between LL and PT, however, an inverse correlation between the two (r=-0.183 and p=0.264) was observed. SS hadthe strongest correlation with LL (r> 0.75). Only the correlation between LL and PI was stronger when sitting than standing (p=0.014). The pelvic parameters and angulations of the segments and lumbar discs when standing and sitting were different (p<0.05). In both positions, there was a difference in the contribution of the segments to the LL (p<0.001). On average, the differences in LL between standing and sitting wereequal among theRoussouly classifications (p=0.332). Conclusions: There was a correlation between the LL and the pelvic parameters, being more evident with the SS than with the other parameters. There was no difference in the accommodation of the LL in the different Roussouly types either standing or sitting. Regardless of the position,the L4-S1 segments were predominant in the composition of LL. Level of evidence IV; Retrospective.
RESUMO Objetivo: Avaliar a correlação entre a acomodação lombar eos parâmetros pélvicosem diferentes tipos de lordose coma participação dos seguimentos lombares na acomodação da lordose nas posições ortostáticae sentada. Métodos: Estudo retrospectivo de análise de imagens de pacientes em ortostasia e sentados. Foi realizada correlação entre os dados mensurados: ângulo de Cobb da lordose lombar (LL); tipo de lordose; incidência pélvica (IP); inclinação sacral (IS); versão pélvica (VP) e angulação dos seguimentos L1-L2, L2-L3/L3-L4/L4-L5, L5-S1. Resultados: Foram incluídos 40 pacientes, 20 homens e 20 mulheres. Média de idade 60,8 anos (±11,5). Desses pacientes, 10,3% foram classificados como tipo 2 de Roussouly, 35,9% como tipo 3, 25,6% como tipo 3A e 28,2% como tipo 4. Observou-se baixa correlação entreLL eVP que, no entanto, apresentou correlação inversa entre as duas (r=-0,183 e p=0,264). A IS apresentou maior correlação com a LL (r>0,75). Apenas a correlação da LL com IPfoi maior na posição sentadado que na ortostática (p=0,014). Os parâmetros pélvicos, as angulações dos seguimentos e discos lombares em ortostasia e sentado apresentaram diferença entre si (p<0,05). Em ambas as posições houve diferença na contribuição dos seguimentos na LL (p<0,001). As diferenças da LL entre ortostasia e sentado foram em média iguais entre as classificações de Roussouly (p=0,332). Conclusões: Houve correlação da LL com os parâmetros pélvicos, sendo mais evidente com a IS do que com os demais parâmetros. Não houve diferença na acomodação da LL nos diferentes tipos de Roussouly em ortostasia ou sentado. Independentementeda posição, L4-S1 são predominantes na composição da LL. Nível de Evidência IV; Estudo Retrospectivo.
RESUMEN Objetivo: Evaluar la correlación entre la acomodación lumbar y los parámetros pélvicos en diferentes tipos de lordosis con la participación de los segmentos lumbares en la acomodación de la lordosis en posición ortostática y sentada. Métodos: Estudio retrospectivo de análisis de imágenes de pacientes en ortostasis y sentados. Se realizó la correlación entre los datos medidos: ángulo de Cobb de la lordosis lumbar (LL); tipo de lordosis; incidencia pélvica (IP); pendiente sacra (PS); versión pélvica (VP) y angulación de los segmentos L1-L2/L2-L3/L3-L4/L4-L5/L5-S1. Resultados: Se incluyeron 40 pacientes, 20 hombres y 20 mujeres. La edad media fue de 60,8 (±11,5). De estos pacientes, el 10,3% fueron clasificados como tipo 2 de Roussouly, el 35,9% tipo 3, el 25,6% tipo 3A y el 28,2% como tipo 4. Se observó baja correlación de LL con VP, que, sin embargo,presentó una correlación inversa entre ambas (r= -0,183 y p=0,264). La PSpresentó la mayor correlación con la LL (r> 0,75). Solo la correlación de la LL con IP fue mayor en la posición sentada que en la ortostática (p=0,014). Los parámetros pélvicos, las angulaciones de los segmentos y los discos lumbares en ortostasis y posición sentadapresentaron una diferenciaentre ellos (p<0,05). En ambas posiciones, hubo una diferencia en la contribución de los segmentos a la LL (p<0,001). Las diferencias de LL entre ortostasis y posición sentada fueron, en promedio, iguales entre las clasificaciones de Roussouly (p=0,332). Conclusiones: Hubo una correlación entre la LL y los parámetros pélvicos, siendo más evidente con la PS que con los demás parámetros. No hubo diferencia en la acomodación de la LL en los diferentes tipos de Roussouly en ortostasis o posición sentada. Independientemente de la posición, L4-S1 predominan en la composición de la LL. Nivel de Evidencia IV; Estudio Retrospectivo.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Coluna VertebralRESUMO
ABSTRACT Objective: The objective of this study is to describe a new, extremely simple method for measuring pelvic incidence (PI) using computed tomography (CT) and to compare those measurements with measurements derived from whole spine and lumbosacral X-rays in a Brazilian population. Methods: Patients who had whole spine and lumbosacral X-rays and whole abdomen, pelvis, or lumbar spine CT performed within a period of less than three months were selected. Image overlay was used to measure PI from the CT. The PI was calculated by two independent examiners, and the PI for each exam was calculated twice, with an interval of two months between the assessments. The intra- and interexaminer reliability and reproducibility were evaluatedusing the intraclass correlation coefficient (ICC) and the repeatability coefficient, considering a 95% confidence interval. Results: Fifty-five patients of both sexes with a mean age of 58.7 years (±19) were analyzed. The mean PI angles in the analyses of both examiners at both evaluations were 54.85° (±13.73) for the whole spine X-ray, 54.06° (±11.67) for the lumbosacral spine X-ray, and 49.96° (±9.85) for the CT. There was good intra- and interexaminer reliability and reproducibility. There was also high concordancewith the whole spine and lumbosacral X-rays. Conclusion: CT is a reliable and reproducible alternative for measuring PI. Level of Evidence III; Prospective comparative.
RESUMO: Objetivo: O objetivo deste estudo é descrever um novo método extremamente simples para medir a incidência pélvica (IP) usando tomografia computadorizada (TC) e comparar essas medidas com as medidas derivadas de radiografias de coluna totale lombossacral em uma população brasileira. Métodos: Foram selecionados pacientes que realizaram radiografias de coluna totale lombossacral e tomografia computadorizada de abdome, pelve ou coluna lombar em intervalo inferior a três meses.A sobreposição de imagens foi usada para medir a IP na TC.AIP foi calculada por dois examinadores independentes e aIP de cada exame foi calculada duas vezes, com intervalo de dois meses entre as avaliações. A confiabilidade e a reprodutibilidade intra e interexaminadores foram avaliadas por meio do coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e do coeficiente de repetibilidade, considerando um intervalo de confiança de 95%. Resultados: Foram analisados 55 pacientes de ambos os sexos com média de idade de 58,7 anos (±19). Os ângulos IP médios na análise de ambos os examinadores em ambas as avaliações foram de 54,85° (±13,73) na radiografia de coluna total, 54,06° (±11,67) na radiografia de coluna lombossacral e 49,96° (±9,85) na TC. Houve boa confiabilidade e reprodutibilidade intra e interexaminadores. A concordância também foi alta nasradiografias da coluna total e lombossacral. Conclusões: A TC é uma alternativa confiável e reprodutível para mensuração da IP Nível de evidência III; Estudo prospectivo comparativo.
RESUMEN: Objetivo: El objetivo de este estudio es describir un método nuevo y extremadamente simple para medir la incidencia pélvica (IP) mediante tomografía computarizada (TC) y comparar esas medidas con las derivadas de radiografías de columna vertebral total y lumbosacra en una población brasileña. Métodos: Se seleccionaron pacientes a los que se les realizaron radiografías de columna vertebraltotal, lumbosacra y TC de abdomen, pelvis o columna lumbar con un intervalo inferior a tres meses. Se utilizó la superposición de imágenes para medir laIP en la TC. LaIPfue calculada por dos examinadores independientes, y en cada examen se calculó dos veces, con un intervalo de dos meses entre las evaluaciones. La confiabilidad y reproducibilidad intra e interexaminadores fueron evaluadas mediante el coeficiente de correlación intraclase (CCI) y el coeficiente de repetibilidad, considerando un intervalo de confianza del 95%. Resultados: Se analizaron 55 pacientes de ambos sexos con una edad media de 58,7 años (±19). Los ángulos medios deIP en el análisis de ambos examinadores en ambas evaluaciones fueron de 54,85° (±13,73) en la radiografía de la columna vertebral total, de 54,06° (±11,67) en la radiografía de columna lumbosacra y de 49,96° (±9,85) en la TC. Hubo buena confiabilidad y reproducibilidad intra e interexaminadores. La concordancia también fue alta enlas radiografías de columna vertebral total y lumbosacra. Conclusiones: La TC es una alternativa confiable y reproducible para medir laIP. Nivel de Evidencia III; Estudio prospectivo comparativo.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Diagnóstico por Imagem , Ortopedia , Coluna VertebralRESUMO
ABSTRACT Objective: To evaluate the morphometry of the pelvis to determine the safe trajectory for the insertion of the S2-iliac screw, and to correlate it with studies reported in the literature for other populations. Method: The computed tomography (CT) pelvic exams of 36 Brazilian patients without congenital malformations, tumors, pelvic ring fractures or dysplasias were selected from the database of a radiological clinic. To define the ideal trajectory of the S2-iliac screw, the following variables were measured: 1- maximum sacroiliac screw length; 2- thickness of the iliac dipole for planning the choice of screw dimensions (length and diameter); 3 - distance between the insertion point of the iliac S2 screw and the posterior sacral cortex; 4 - angulation for insertion of the screw in the mediolateral direction, representing the angle formed between the "iliac line" and the anatomical sagittal plane; 5- Angulation for insertion of the screw in the craniocaudal direction. The Pearson's chi squared and student's t tests were used for statistical analysis. Results: The sample consisted of 36 patients, 50% (18/36) of whom were women. The mean age was 63.7 years, ranging from 23 to 96 years. All the pelvic morphometric variables analyzed presented values similar to those described in the literature for other populations. Conclusion: Prior evaluation of the tomography exams was important for preoperative planning, and there was a statistically significant difference between the sexes only in relation to the variables left craniocaudal and length of the left internal table. Level of evidence III; Observational cross-sectional study.
RESUMO Objetivo: Avaliar a morfometria da pelve para determinar a trajetória de segurança de introdução do parafuso S2-ilíaco e correlacionar com estudos relatados na literatura para outras populações. Métodos: A partir do banco de dados de uma clínica radiológica, foram selecionados 36 exames de tomografia computadorizada (TC) da pelve de pacientes brasileiros sem achados de malformações congênitas, tumorações, fraturas do anel pélvico ou displasias. Para definição da trajetória ideal do parafuso S2-ilíaco foram mensuradas as seguintes variáveis: 1 - comprimento máximo do parafuso sacro-ilíaco; 2 - espessura da díploe ilíaca para planejar a escolha das dimensões do parafuso (comprimento e diâmetro); 3 - distância entre o ponto de inserção do parafuso S2-ilíaco e a cortical posterior do sacro; 4 - angulação para inserção do parafuso no sentido médio-lateral, representando o ângulo formado entre a "reta ilíaca" e o plano sagital anatômico; 5 - angulação para inserção do parafuso no sentido craniocaudal. Para análise estatística foram usados os testes Qui-quadrado de Pearson e t de Student. Resultados: A amostra foi constituída de 36 pacientes, sendo 50% (18/36) mulheres. A média de idade foi de 63,7 anos, variando de 23 a 96 anos. Todas as variáveis morfométricas pélvicas analisadas apresentaram valores semelhantes aos descritos na literatura para outras populações. Conclusões: A avaliação prévia dos exames de tomografia foi importante para o planejamento pré-operatório, assim como a diferença estatisticamente significante entre os sexos somente com relação às variáveis craniocaudal esquerda e comprimento da tábua interna esquerda. Nível de evidência III; Estudo observacional de corte transversal.
RESUMEN Objetivo: Evaluar la morfometría de la pelvis para determinar la trayectoria de seguridad de introducción del tornillo S2-ilíaco y correlacionarla con estudios relatados en la literatura para otras poblaciones. Método: A partir de la base de datos de una clínica radiológica, se seleccionaron 36 exámenes de tomografía computarizada (TC) de la pelvis de pacientes brasileños sin hallazgos de malformaciones congénitas, tumores, fracturas del anillo pélvico o displasias. Para definir la trayectoria ideal del tornillo S2-ilíaco, se midieron las siguientes variables: 1- longitud máxima del tornillo sacro-ilíaco; 2- espesor del díploe ilíaco: para planificar la elección de las dimensiones del tornillo (longitud y diámetro); 3- distancia entre el punto de inserción del tornillo S2ilíaco y la cortical posterior del sacro; 4- angulación para inserción del tornillo en el sentido medio-lateral, que representa el ángulo formado entre la "recta ilíaca" y el plano sagital anatómico; 5- angulación para inserción del tornillo en el sentido craneocaudal. Para el análisis estadístico se utilizaron las pruebas Chi-cuadrado de Pearson y t de Student. Resultados: La muestra fue constituida de 36 pacientes, siendo 50% (18/36) mujeres. La edad promedio fue de 63,7 años, variando de 23 a 96 años. Todas las variables morfométricas pélvicas analizadas presentaron valores similares a los descritos en la literatura para otras poblaciones. Conclusiones: Fue importante la evaluación previa de los exámenes de tomografía para la planificación preoperatoria; así como la diferencia estadísticamente significativa entre géneros sólo en relación a las variables craneocaudal izquierda y longitud de la tabla interna izquierda. Nivel de evidencia III; Estudio observacional de corte transversal.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Artrodese , Ossos Pélvicos , Coluna VertebralRESUMO
Objetivo: Avaliar a relação entre diástase músculo reto abdominal (DMRA) supra- e infraumbilical com a contração da musculatura do assoalho pélvico (MAP) de mulheres no pós-parto imediato, internadas em uma maternidade pública. Metodologia: Estudo transversal aprovado pelo Comitê de Ética em Seres Humanos (nº 1.674.698; CAA 6163616.8.0000.0096). Participaram 60 puérperas de baixo risco, assistidas nas enfermarias de uma maternidade. A DMRA foi avaliada pela palpação abdominal e graduada conforme a quantidade de polpas digitais. A contração da MAP foi avaliada por meio da inspeção visual. A correlação das variáveis foi realizada pelo teste de Spearman, com nível de significância em p<0,05. Resultados: 40 puérperas (66,7%) apresentaram DMRA supraumbilical e 23 participantes (38,4%) mantinham DMRA infraumbilical maior do que 2 polpas digitais. Cerca de 71,4% das puérperas contraíram MAP isoladamente e 12,7% contraíram MAP utilizando mecanismos compensatórios; 14,3% das puérperas não conseguiram realizar a contração. A DMRA supraumbilical está correlacionada com a contração da MAP com músculos acessórios de primíparas (p=0,03; r=-0,46); a sustentação da contração da MAP em multíparas (p=0,03; r=-0,43); e a ausência da contração da MAP (=0,03; r=0,35) e ao tempo de sustentação da contração (p=0,02; r=-0,40) em puérperas que realizaram parto vaginal. Conclusão: A presença da DMRA supraumbilical apresenta correlação com a função da MAP de puérperas de acordo com a paridade e a via de parto do último parto. (AU)
Aim: to analyze the relationship between supra- and infraumbilical diastasis recti abdominis (DRA) and pelvic floor musculature (PFM) contraction of women at immediate postpartum, admitted in a public maternity hospital. Methodology: Cross-sectional study approved by the Human Ethics Committee (nº 1.674.698; CAA 56163616.8.0000.0096). Sixty low-risk puerperal women attended at the maternity participated were included. DRA was assessed by abdominal palpation and graded according to number of digital pulps. PFM contraction was assessed by visual inspection. The correlation of variables was performed using the Spearman test, with a significance level of p <0.05. Results: 40 participants (66.7%) had supraumbilical DRA and 23 participants (38.4%) had infraumbilical DRA greater than 2 digital pulps. About 71.4% of women contract only PFM and 12.7% contract PFM using compensatory mechanisms; 14.3% of puerperal women were unable to perform a contraction. Supraumbilical DRA is correlated with PFM contraction and accessory muscles (p = 0.03; r = -0.46); to time of sustained PFM contraction in multiparous women (p = 0.03; r = -0.43); and absence of PFM contraction (= 0.03; r = 0.35) and the time of sustained PFM contraction (p = 0.02; r = -0.40) in puerperal women who underwent vaginal delivery. Conclusion: The presence of supraumbilical DRA correlates with PFM function according to the parity and the type of delivery. (AU)
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adulto , Saúde da Mulher , Modalidades de Fisioterapia , Diafragma da Pelve , Diástase Muscular , Palpação , Paridade , Mulheres , Reto do Abdome , Parto , Período Pós-Parto , Maternidades , MúsculosRESUMO
Prolapso de órgão pélvico (POP) consiste no deslizamento de órgãos pélvicos femininos através do introito vaginal, por falhas no sistema de suporte. Acredita-se que a etnia esteja diretamente associada ao aparecimento do POP. Objetivo: Revisar estudos publicados nos últimos 5 anos para verificar a relação entre etnia e a incidência de prolapso de órgãos pélvicos em mulheres de diversas raças. Métodos: Revisão integrativa de literatura efetuada através de uma busca em artigos científicos publicados em revistas impressas e eletrônicas no período compreendido entre os anos de 2015 e março de 2020, nas bases PubMed, Bireme e PEDro. Resultados: Foram incluídos 4 estudos segundo os critérios de elegibilidade. Foram identificados estudos sobre diferenças étnicas em POP ou períneo descendente. A população estudada foi de mulheres afrodescendentes, caucasianas e asiáticas. Na avaliação metodológica, apenas um estudo foi considerado moderado, enquanto os demais foram considerados fortes. Conclusão: A análise dos dados foi capaz de demonstrar diferenças em sintomas, nos perfis genético, metabólico e de composição das fibras musculares. Observou-se que mulheres afrodescendentes apresentam maior índice de prolapsos de parede anterior, as caucasianas de parede posterior e asiáticas apresentaram maior descida uterina e prolapsos de cúpula vaginal.
Assuntos
Etnicidade , Prolapso de Órgão Pélvico , Mulheres , Diafragma da PelveRESUMO
Introdução: A fibromialgia é uma síndrome crônica, com etiologia desconhecida, frequente em mulheres e com sintomas que afetam a qualidade de vida. Tem se discutido que essa condição afete inclusive a musculatura do assoalho pélvico. Objetivo: Verificar o conhecimento a respeito do períneo, a presença de sintomas de perdas urinárias e o nível de satisfação sexual em mulheres fibromiálgicas. Métodos: Participaram dessa abordagem 7 fibromiálgicas atendidas semanalmente pela fisioterapia. Para avaliação inicial, utilizamos um Questionário de Consciência Perineal e o Índice de Satisfação Sexual Feminina (FSFI). Durante os dois meses de intervenção, foram realizadas 2 palestras educativas e 8 encontros para a realização de exercícios perineais. Depois da intervenção, o FSFI foi aplicado novamente e os dados foram analisados por estatística simples. Resultados: As participantes demonstraram conhecer a localização das estruturas do sistema urinário, porém 4 das mulheres (57,1%) relataram não saber contrair a musculatura do assoalho pélvico. Todas relataram urgência miccional, raras perdas urinárias ao esforço e insatisfação sexual, antes da intervenção melhorando na reavaliação. Conclusão: As participantes pouco conhecem sobre a musculatura do assoalho pélvico, sua contração adequada e a atuação da fisioterapia nessa condição. A satisfação sexual encontrou-se prejudicada inicialmente apresentando melhora após as intervenções. (AU)
Introduction: Fibromyalgia is a chronic syndrome, with unknown etiology, common in women and with symptoms that affect quality of life. It has been argued that this condition affects even the pelvic floor musculature. Objective: To verify the knowledge about the perineum, the presence of symptoms of urinary loss and the level of sexual satisfaction in fibromyalgia women. Methods: Seven fibromyalgia patients attended weekly by physical therapy participated in this approach. For initial assessment, we used Perineal Awareness Questionnaire and Female Sexual Satisfaction Index (FSFI). During two months of intervention, 2 educational lectures and 8 meetings were held to perform perineal exercises. After intervention, FSFI was applied again, and the data were analyzed using simple statistics. Results: The participants demonstrated to know the location of the structures of the urinary system, however 4 of the women (57.1%) reported not knowing how to contract the pelvic floor muscles. All of them reported urinary urgency, rare urinary losses on exertion and sexual dissatisfaction, before the intervention, improving the reassessment. Conclusion: The participants know little about the musculature of the pelvic floor, its adequate contraction, and the role of physical therapy in this condition. Sexual satisfaction was initially impaired, showing improvement after the interventions. (AU)