Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 7 de 7
Filtrar
1.
Rev. bras. psicanál ; 50(1): 56-64, mar. 2016. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1251420

RESUMO

O processo analítico é uma retificação do passado. Uma de suas condições básicas é a revivência dos acontecimentos patogênicos, a qual envolve tanto o paciente quanto o analista. Ao voltar, através da regressão, ao ponto crítico da gênese de seus conflitos, o paciente tem a possibilidade de retomar a linha de desenvolvimento que ficou anteriormente prejudicada. Isto se dá na medida em que as particularidades de seu relacionamento com o analista o permitam. Além de uma tendência regressiva, a transferência contém uma tendência progressiva que cabe ao analista favorecer, guiado pela acuidade e pela flexibilidade de sua aptidão contratransferencial. O meio pelo qual essa aptidão se manifesta é a interpretação. Afora seu significado puramente intelectual, a interpretação encerra outras mensagens ligadas à atitude psíquica do analista. Disso resulta existir um sentido transferencial na interpretação dita não transferenciai. Ela é transferencial através das comunicações adicionais que nela existem, ao lado de seu conteúdo intelectual específico. É o estímulo dessas comunicações implícitas na interpretação que lhe confere sua função mutativa. Ao analista é atribuída pelo paciente a qualidade de objeto propício ou eufrenogênico, que, em contraposição ao objeto não propícioou disfrenogênico de sua infância, teria sido, na situação histórica que está sendo revivida na análise, o objeto apropriado para a solução de seus problemas psíquicos. A intervenção interpretativa do analista é inspirada na contratransferência. É pela participação empática nos problemas do paciente e suas causas que o analista pode captar sua motivação profunda. O elemento fundamental desse processo está na identificação. O autor examina os diferentes tipos de identificação regressiva que têm lugar no analista (identificação com o ego infantil do paciente, identificação com o objeto infantil não propício ou disfrenogênico, identificação com o objeto infantil propício ou eufrenogênico etc.), identificações essas que permitem ao analista enquadrar-se na situação conflitiva do paciente e produzir a interpretação. São mencionadas as qualidades restritivas próprias a esses tipos de identificação. A seguir, são postos em foco os perigos que essa identificação pode acarretar, os quais resultam em certos tipos de resistência contratransferencial. A base mais profunda dessa contratransferência está naquilo que o autor chamou ameaça regressiva existencial. Há o temor inconsciente de ser absorvido de modo irreversível na situação do analisando e perder a posição psíquica de autonomia e segurança. O analista não suporta acompanhar o paciente no processo regressivo, receando ser atingido na integridade de seu próprio ego. As angústias que, no analista, traduzem tais perigos assumem aspectos paranoides (medo diante das fantasias do paciente) ou depressivos (pessimismo, sentimento de culpa). As defesas habitualmente postas em jogo são, por um lado, de caráter inibitório (imobilidade do analista) e, por outro lado, de feição onipotente (atitude de superioridade). A onipotência do analista assume, muitas vezes, a qualidade de defesa maníaca, que se manifesta por um impulso à atuação sob a forma, por exemplo, de uma forte tendência ao asseguramento ou de uma produção excessiva de interpretações. A dissecção e a melhor compreensão do sistema de identificações regressivas do analista e do papel desse sistema no trabalho analítico são, como se vê, elementos básicos na elucidação da essência e do mecanismo íntimo de nossos recursos técnicos.


Psychoanalytic process is a rectification of the past. One of its basic conditions is reviving pathogenic events. This revival involves both the patient and the psychoanalyst. When the patient returns to the critical point of the genesis of his conflicts through regression, he may retake the developmental line which was previously damaged. This happens according to the circumstances of the patient-psychoanalyst relationship. Besides a regressive tendency, transference has also a progressive tendency which should be favored by the psychoanalyst, who is guided by the sharpness and the flexibility of his countertransferential skill. Interpretation is the way this skill comes up. Besides its purely intellectual meaning, interpretation includes other messages which are related to the psychoanalyst’s psychic attitude. The result is a transferential meaning in the so-called not transferential interpretation. It is transferential through the additional communications it contains, besides its specific intellectual content. Stimulating these implicit communications is what gives it its mutative function. The patient endows the analyst with the quality of propitious object (or euphrenogenic), which, as opposed to the unpropitious object (or dysphrenogenic) from his childhood, would have been the appropriate object to solve the patient’s psychic issues in the historical situation that has been revived in analysis. Psychoanalyst’s interpretative intervention is inspired by countertransference. Using an empathic participation in the patient’s issues and their reasons, the analyst becomes able to capture their deep motivation. The crucial element of this process is the identification. The author examines different types of regressive identification found in the analyst (patient’s infantile ego identification, unpropitious [or dysphrenogenic] infantile object identification, propitious [or euphrenogenic] infantile object identification etc.). These identifications let the analyst being conformed to the patient’s conflictive situation and interpretating it. The author mentions restrictive characteristics that are specific to these types of identification. His next focus is that identification may cause jeopardies, which result in certain kinds of countertransferential resistance. The deepest basis of this countertransference lies on what the author called regressive existential threat. There is an unconscious fear of being irreversibly absorbed in the analysand’s situation, and losing the psychic position of autonomy and safety. The psychoanalyst cannot stand following the patient in his regressive process; he is afraid of having the integrity of his own ego hurt. Angsts, which represent those jeopardies for the analyst, take on paranoid aspects (fear, facing patient’s fantasies) or depressive aspects (pessimism, guilt). Defenses, which are often used, have, on the one hand, an inhibitory characteristic (analyst’s immobility) and, on the other hand, an omnipotent feature (attitude of superiority). Several times, analyst’s omnipotence assumes the maniac defensive feature, which is expressed by an impulse to acting, for instance, in a strong tendency towards assurance, or a strong tendency towards an excessive production of interpretations. As we see, dissecting and better understanding the system of analyst’s regressive identifications and its role in the psychoanalytic practice are basic elements to explain the essence and the intimate mechanism of our technical resources.


El proceso analítico es una rectificación del pasado. Una de sus condiciones básicas es la de revivir los sucesos patogénicos, la cual involucra tanto al paciente como al analista. Al volver, a través de la regresión, al punto crítico de la génesis de sus conflictos, el paciente tiene la posibilidad de retomar la línea de desarrollo que había sido perjudicada anteriormente. Esto se produce en la medida en que las particularidades de su relación con el analista lo permitan. Además de una tendencia regresiva, la transferencia posee una tendencia progresiva que le corresponde al analista favorecer, guiado por la acuidad y por la flexibilidad de su aptitud contratransferencial. El medio a través del cual se manifiesta esta aptitud es la interpretación. Además de su significado puramente intelectual, la interpretación contiene otros mensajes relacionados con la actitud psíquica del analista. De esto resulta la existencia de un sentido transferencial en la interpretación llamada no transferencial. Es transferencial a través de las comunicaciones adicionales que existen en ella, junto a su contenido intelectual específico. Es el estímulo de esas comunicaciones implícitas en la interpretación lo que le confiere su función mutativa. El paciente atribuye al analista la calidad de objeto propicio o eufrenogénico, que, como contraposición del objeto no propicio o disfrenogénico de su infancia, habría sido, en la situación histórica que está siendo revivida en el análisis, el objeto apropiado para la solución de sus problemas psíquicos. La intervención interpretativa del analista está inspirada en la contratransferencia. El analista puede captar su motivación profunda a través de la participación empática en los problemas del paciente y sus causas. El elemento fundamental de este proceso está en la identificación. El autor examina los diferentes tipos de identificación regresiva que tienen lugar en el analista (identificación con el ego infantil del paciente, identificación con el objeto infantil no propicio o disfrenogénico, identificación con el objeto infantil propicio o eufrenogénico etc.), identificaciones que le permiten ubicarse en la situación de conflicto del paciente y producir la interpretación. Se mencionan las cualidades restrictivas propias de estos tipos de identificación. A continuación, se analizan detalladamente los peligros que esa identificación puede traer consigo, de los cuales resultan ciertos tipos de resistencia contratransferencial. La base más profunda de esta contratransferencia está en aquello que el autor llamó amenaza regresiva existencial. Existe el temor inconsciente de ser absorbido de manera irreversible en la situación del analizado y perder la posición psíquica de autonomía y seguridad. El analista no soporta acompañar al paciente en el proceso regresivo, temiendo ser afectado en la integridad de su propio ego. Las angustias que, en el analista, traducen tales peligros asumen aspectos paranoides (miedo ante las fantasías del paciente) o depresivos (pesimismo, sentimiento de culpa). Las defensas habitualmente puestas en juego son, por un lado, de carácter inhibidor (inmovilidad del analista) y, por otro lado, de característica omnipotente (actitud de superioridad). La omnipotencia del analista asume, muchas veces, la calidad de defensa maníaca, que se manifiesta por un impulso a la actuación bajo la forma, por ejemplo, de una fuerte tendencia al aseguramiento o de una producción excesiva de interpretaciones. La disección y mejor comprensión del sistema de identificaciones regresivas del analista y del papel de ese sistema en el trabajo analítico son, como se ve, elementos básicos en el esclarecimiento de la esencia y del mecanismo íntimo de nuestros recursos técnicos.

2.
Cuestiones infanc ; 18: 65-77, 2016.
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: biblio-868842

RESUMO

El artículo intenta transmitir una modalidad de trabajo clínico construida a partir de un modo de pensamiento psicoanalítico, a través del relato de un niño que fue diagnosticado a los dos años y seis meses con un retraso en su desarrollo. El recorrido da cuenta de un proceso analítico de cuatro años que llegó a su término incluyendo a los padres en dicho trabajo, pudiendo favorecer el crecimiento del niño, el despliegue del lenguaje verbal y la restitución de un vínculo tempranamente afectado.


The article attempts to transmit a form of clinical work built from a psychoanalyticway of thinking, through the story of a child who was diagnosed with adevelopmental delay at two and a half years of age. The journey conductsa four year analytical process that came to an end including parents in suchwork, being able to promote the growth of the child, the deployment of hisverbal language and the restoration of an earlier affected link.


L’article a l’objectif de transmettre une modalité de travail clinique construiteà partir d’un mode de pensée psychanalytique à travers le récit d’un enfantque fut diagnostiqué d’un retard dans son développement à l’âge de deuxans et six mois. Le parcours rend compte d’un procès analytique de quatreans qui est arrivé à son terme avec la inclusion de ses parents dans ce travail,permettant d’aider la croissance de l’enfant, le déploiement de la langueverbal et la restitution d’un lien affecté depuis très tôt.


Assuntos
Humanos , Criança , Diagnóstico Precoce , Transtornos do Desenvolvimento da Linguagem , Relações Mãe-Filho , Ludoterapia , Psicanálise , Terapia Psicanalítica
3.
Rev. psicanal ; 20(2): 461-464, ago.2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-783234

RESUMO

O texto traz o livro Os autonautas da cosmopista, um relato minucioso e criativo de Julio Cortázar e sua mulher Carol Dunlop a respeito de uma viagem atemporal feita em 1982. Durante um mês ambos percorreram os 776 km que separam Paris de Marselha – percurso que poderia ser feito em apenas um dia – observando e descrevendo, fotografando e desenhando o que viam e sentiam, com muito humor e sensibilidade. A autora traça um paralelo da viagem com o processo psicanalítico, que necessita de um tempo próprio e intimidade para ser bem sucedido...


The text describes the book Autonauts of the cosmoroute, a thorough and creative report by Julio Cortázar and his wife Carol Dunlop on a timeless journey taken in 1982. During a month they both covered the 776 km between Paris and Marseilles - what could be done in one day alone – observing and describing, taking pictures and drawing what they saw and felt, with humor and sensibility. The author draws a parallel between the journey and the analytic process, which needs its own time and intimacy to succeed...


El texto trae el libro Los autonautas de la cosmopista, un relato minucioso y creativo de Julio Cortázar y su mujer Carol Dunlop respecto a un viaje atemporal realizado en 1982. Durante un mes, ambos recurrieron los 776 km que separan París de Marsella - trayecto que se podría hacer en solamente un día – observando y describiendo, fotografiando y dibujando lo que veían y sentían, con mucho humor y sensibilidad. La autora realiza un paralelo del viaje con el proceso psicoanalítico, que necesita un tiempo propio e intimidad para que tenga éxito...


Assuntos
Humanos , Drama , Interpretação Psicanalítica , Viagem/psicologia
4.
Rev. bras. psicanál ; 46(4): 57-69, out.-dez. 2012. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1138255

RESUMO

A autora faz um apanhado histórico das primeiras entrevistas em psicanálise, desde Freud até autores contemporâneos. Propõe as primeiras entrevistas como necessárias para identificar qual é a demanda da pessoa que busca tratamento, de modo a não se produzir um engano para ambos da dupla.


The author presents a historical overview of the first interviews in psychoanalysis, from Freud to contemporary authors. The initial interviews are considered necessary to identify what the demand of the person seeking treatment is, lest it be a mistake for both patient and analyst.


La autora hace un recorrido histórico por las primeras entrevistas en psicoanálisis, desde Freud hasta los autores contemporáneos. Propone las primeras entrevistas como necesarias para identificar cuál es la demanda de la persona que busca tratamiento, para que no se produzca un equívoco entre la dupla.

5.
Rev. bras. psicanál ; 45(4): 119-128, out.-dez. 2011.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1138195

RESUMO

A autora descreve o diálogo que o psicanalista francês André Green desenvolve com a obra de D. W. Winnicott em torno da noção de espaço transicional e apresenta suas reverberações para uma metapsicologia do limite. Na primeira parte deste artigo, a autora descreve os contextos históricos e clínicos que levaram A. Green a elevar a noção de limite em conceito metapsicológico e, na segunda parte, a autora discute a utilidade deste conceito para explorar alguns aspectos do processo de simbolização inerente ao trabalho de análise.


The author presents the dialogue that French psychoanalyst André Green develops with D. W. Winnicott’s work around the notion of transitional space, and shows how the borderline concept emerges from such a dialogue. In the first part of this paper, the author describes the historical and clinical context which brought André Green to raise the notion of borderline to a metapsychological concept, and in the second part, she shows how this concept can be a useful instrument in exploring some aspects of the symbolization process that result from psychoanalytical work.


La autora describe el dialogo que el psicoanalista francés André Green desarrolla con la obra de D. W. Winnicott en torno a la noción del espacio transicional y presenta las repercusiones de este dialogo para el concepto metapsicológico de límite. En la primera parte del artículo, la autora describe los contextos históricos y clínicos que llevaron a A. Green a elevar la noción de límite en concepto metapsicológico y, en la segunda parte, la autora discute la utilidad del concepto para explorar algunos aspectos del proceso de simbolización inherente al trabajo analítico.

6.
Rev. bras. psicanál ; 45(3): 41-50, jul.-set. 2011. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1138169

RESUMO

Considerando a relação analítica um desafio e um desconhecido a ser vivenciado, o texto destaca a importância do analista como pessoa e a sua interferência organizadora no funcionamento mental do analisando e em todo o desenrolar do processo de análise levando em conta as possibilidades e os limites da dupla.


Departing from the idea of the analytical relationship as a challenge and an unknown to be experienced, the article highlights the significance of the analyst as an individual and his/her organizational interference in the mental functioning of the patient and in the unfolding of the analytical process, taking into account the possibilities and limitations of the couple.


Considerando la relación analítica un desafío y una experiencia a ser vivida, el texto destaca la importancia del analista como persona y su interferencia organizadora en el funcionamiento mental del analizado, y en todo el desarrollo del proceso de análisis, teniendo en cuesta las posibilidades y los límites del par analítico.

7.
Rev. bras. psicanál ; 43(3): 171-181, set. 2009.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-693100

RESUMO

A fim de apoiar a ideia de que a psicanálise atualmente faz parte do processo de civilização, a autora examina a noção de ação terapêutica da psicanálise à luz de importantes obras freudianas. Também discute a contribuição de alguns pensadores seguidores de Freud, como Klein, Bion, Green, Lacan e a influência deles. Ela considera que a psicanálise é um método único com condições de resistir aos ataques contra o pensamento que precisamos enfrentar atualmente.


Con el fin de apoyar la idea de que el psicoanálisis actualmente forma parte del proceso civilizatorio la autora examina la noción de la acción terapéutica del psicoanálisis a la luz de importantes obras freudianas. Ella también discute la contribución de algunos pensadores seguidores de Freud como Klein, Bion, Green, Lacan y la influencia de ellos. Ella considera que el psicoanálisis es un método único con condiciones de resistir a los ataques contra el pensamiento que precisamos enfrentar actualmente.


In order to support the idea that psychoanalysis currently is part of the process of civilization, the author examines the notion of therapeutic action within psychoanalysis in light of important Freudian work. She also discusses the contributions of some thinkers, Freud followers such as Klein, Bion, Green, Lacan and their influence. she believes that psychoanalysis is a unique method with the means to resist the attacks agains the thought that we must face currently.


Assuntos
Humanos , Libido , Psicanálise , Teoria Psicanalítica , Transferência Psicológica
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA