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1.
Psicol. USP ; 26(3): 423-429, set.-dez. 2015.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-769862

RESUMO

O presente trabalho pretende demonstrar que, na primeira parte do ensino de Jacques Lacan, a assunção subjetiva do desejo enquanto falta-a-ser representa o ponto de chegada de uma psicanálise. Recorrendo aos textos inaugurais do seu ensino, veremos que é justamente a falta de um saber imanente, capaz de designar o objeto compatível com as suas necessidades, que impõe ao desejo sua negatividade, sintomaticamente expressa na forma do "que queres tu de mim?", com a qual o sujeito pretende reparar a inconsistência do Outro. Tal como propõe o psicanalista francês, uma experiência com a psicanálise levada ao seu limite deveria produzir a assunção pelo sujeito do seu desejo enquanto pura falta-a-ser, em razão da qual se liquidaria o seu endereçamento ao Outro como fundamento último.


This paper intends to demonstrate that, on the first part of Jacques Lacan's teaching, the appropriation of the desire as lack-of-being represents the aim of a psychoanalytical treatment. Referring to his very first texts and seminars, we will see that the lack of an immanent knowledge, capable of designating the object compatible with its necessities, which imposes to desire its negativity, symptomatically expressed on the form of the "che vuoi?", with which the subject intends to mend the Other's inconsistence. As proposes the French psychoanalyst, an experience with the psychoanalysis taken to its limits should produce the subject appropriation of the desire as pure lack-of-being, because of which it would liquidate its addressing to the Other as ultimate foundation.


El presente trabajo pretende demonstrar que, en la primera parte de la enseñanza de Jacques Lacan, la asunción subjetiva del deseo como falta-a-ser representa el punto de llegada de un psicoanálisis. Recurriendo a sus textos inaugurales de enseñanza, veremos que es justamente la falta de un saber inmanente capaz de designar el objeto compatible con sus necesidades lo que impone al deseo su negatividad. Negatividad sintomáticamente expresa en la forma del "¿qué quieres de mí?", con la cual el sujeto pretende reparar la inconsistencia del Otro. Como propone el psicoanalista francés, una experiencia con el psicoanálisis en su límite debería producir la asunción por el sujeto de su deseo como pura falta-a-ser, en razón de la cual se cerraría su enderezamiento al Otro como fundamento último.


Cet article vise à démontrer que, dans la première partie de l'enseignement de Jacques Lacan, l'appropriation subjetive du désir comme une manque-a-étre représente le point d'arrivée d'une psychanalyse. En utilisant ses premiers textes d'enseignement, nous voyons que c'est précisément l'absence d'un savoir immanent, capable de désigner l'objet compatible avec sa necessité, qui impose au désir sa négativité. Négativité symptomatique exprimé sous la forme de "Que voulez-vous de moi?", avec laquelle le sujet veut réparer l'inconsistance de l'autre. Telle que proposée par le psychanalyste français, une expérience avec la psychanalyse devrait produire l'assomption par le sujet de votre désir comme pur manque-à-être, en raison duquel résoudrait son adressage à l'autre comme fondement ultime.


Assuntos
Humanos , Psicanálise
2.
aSEPHallus ; 7(13): 12-28, nov. 2011-abr. 2012.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-721815

RESUMO

Este artigo reflete os resultados parciais de uma elaboração sobre a cientificidade da psicanálise. Coloca questões acerca da clínica borromeana e do último ensino de Lacan, reavaliando algumas de suas teses. Discute o uso da clínica psicanalítica clássica, dependente da distinção entre presença e ausência do Nome-do-Pai, e indaga o momento de fazer uso da clínica continuista ou borromeana, que relativiza e até prescinde da oposição estrutural entre neurose e psicose. Sustenta essa discussão retomando o paradoxo do sujeito da psicanálise. Apresenta um levantamento crítico de algumas afirmações lacanianas sobre a diferença entre psicanálise e ciência e conclui: não é que a psicanálise não seja uma ciência. O problema é que o advento da psicanálise exige rever radicalmente toda epistemologia positivista da ciência. É inadmissível que o campo das verdades científicas tenham o valor de certezas delirantes. Se a natureza é uma ficção, o saber da ciência só pode ter o valor de hipótese, portanto, tão irrefutável quanto a do inconsciente.


This article reflects the partial results of an elaboration on the scientificity of psychoanalysis. It raises questions about the borromean clinic and Lacan’s last teaching, reevaluating some of his theses. There is a discussion of the use of classical psychoanalytic clinic, depending on the distinction between presence and absence of the Name-of-the-Father and questions the time to make use of the continuist clinic or borromeana clinic that relativizes and even does without the structural opposition between neurosis and psychosis. The article founds this discussion by resuming the paradox of the subject of psychoanalysis. It presents a critical survey of some of Lacan’s statements about the difference between psychoanalysis and science and concludes that psychoanalysis is not a science. The problem is that the advent of psychoanalysis requires to radically revise any positivistic epistemology of science. It's inadmissible that the field of scientific truths has the value of delirious certainties. If nature is a fiction, the knowledge of science can only bear the value of the hypothesis, therefore as irrefutable as the unconscious’s nature.


Cet article présente les résultats partiels d'une élaboration sur la scientificité de la psychanalyse. Soulève des questions sur la clinique borroméenne et le dernier enseignement de Lacan, réévaluant certaines de ses thèses. Traite de l'utilisation de la clinique psychanalytique classique, qui dépend de la distinction entre présence et absence du nom du Père, et interroge le moment de faire usage de la clinique continuiste ou Borroméenne qui relativise et même renonce à l'opposition structurelle entre la névrose et la psychose. Soutient cette discussion em reprenant le paradoxe sur le sujet de la psychanalyse. Présente une analyse critique de certaines déclarations faites au sujet de la différence entre la psychanalyse lacanienne, la science et conclut: ce n’est pas vrai que la psychanalyse n'est pas une science. Le problème est que l'avènement de la psychanalyse demande de réviser radicalement toute épistémologie positiviste de la science. Il est inacceptable que le champ des vérités scientifiques aient la valeur de certitudes délirantes. Si la nature est une fiction, la connaissance de la science ne peut avoir que la valeur d’hipothèse, donc, aussi irréfutable que l'inconscient.


Assuntos
Ciência , Psicanálise
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