RESUMO
Abstract Lagochilascariasis is a parasitic disease caused by nematodes of the genus Lagochilascaris. These parasites occur in the neotropical region and their definitive hosts are wild animals, domestic dogs and felids and, accidentally, humans. Here, infection by Lagochilascaris minor is recorded for the first time in a wild felid, in Brazil.
Resumo A lagochilascaríase é uma doença parasitária causada por nematoides do gênero Lagochilascaris. Com distribuição neotropical, este parasito tem como hospedeiros definitivos animais silvestres, canídeos e felídeos domésticos e, acidentalmente, seres humanos. Registra-se a primeira ocorrência de Lagochilascaris minor em um felídeo silvestre no Brasil.
Assuntos
Animais , Masculino , Feminino , Ascaridoidea/isolamento & purificação , Panthera/parasitologia , Ascaridoidea/anatomia & histologia , Ascaridoidea/classificação , Brasil , Animais SelvagensRESUMO
Abstract Introduced species can arrive into new territories with parasites; however, these species are expected to face lower parasite richness than in their original regions. Both introduced hosts and parasites can affect native fauna. Since their release into the wild in Chile following laboratory use, Xenopus laevis Daudin, 1802 has widely spread throughout central Chile. The only pathogen described on the host is the fungus Batrachochytrium dendrobatidis Longcore, Pessier, Nichols, 1999; thus, this is the first parasitological study of this species in Chile. In 10 localities in central Chile, 179 specimens of X. laevis were captured and examined for parasites in the gastrointestinal tube, cavities, lungs, liver, and skin. Only nine specimens of the genus Contracaecum Railliet, Henry, 1912 were found in six specimens of X. laevis from a private dam in La Patagua. It is likely that these parasites originated from species of native birds. This is the first record of Contracaecum sp. in Chilean amphibians.
Resumo Espécies exóticas podem se introduzir em um novo território com seus parasitas, porém nesses casos, a riqueza parasitária seria menor. Contudo, hospedeiros exóticos e seus parasitas associados podem afetar a fauna nativa. Depois de ser dispensado do uso em laboratórios e solto em ambientes naturais, Xenopus laevis Daudin, 1802 tem se espalhado massivamente no Chile central. O único patógeno descrito para este anuro é o fungo Batrachochytrium dendrobatidis Longcore, Pessier, Nichols, 1999. O presente estudo constitui a primeira pesquisa parasitológica realizada nesta espécie de rã introduzida no Chile. Em 10 localidades do Chile central, foram capturados 179 espécimes de X. laevis que foram examinadas em busca de parasitos dentro tubo digestivo, cavidades corporais, pulmões, fígado e pele. Nove espécimes do gênero Contracaecum Railliet, Henry, 1912 foram encontrados em seis espécimes de X. laevis de uma barragem em La Patagua. É provável que a origem destes parasitas sejam espécies de aves nativas. Este é o primeiro relato de Contracaecum sp. em anuros do Chile.
Assuntos
Animais , Xenopus laevis/microbiologia , Xenopus laevis/parasitologia , Ascaridoidea/isolamento & purificação , Quitridiomicetos/isolamento & purificação , Espécies Introduzidas , Ascaridoidea/classificação , ChileRESUMO
A case report of a 31 year-old woman from Paraíba State (North-Eastern Brazil) that presented severe involvement of ocular globes, ears and meninges. Diagnosis was established after enucleation of her left eye, when adult worms were seen in the midst of a granulomatous inflammatory process. Her response to the initial treatment with levamisole and cambendazole was good, but there was a relapse after the fifth month of treatment even with maintenance doses of both medications. She later received ivermectin and albendazol and responded well.
Paciente do sexo feminino, com 31 anos, procedente da Paraíba, apresentava envolvimento severo de ambos os globos oculares, com perda da visão à esquerda, comprometimento da audição e das meninges. Após enucleação do olho esquerdo fragmento de helminto identificado como Lagochilascaris minor foi observado em processo inflamatório granulomatoso. Inicialmente a paciente foi tratada com levamisol e cambendazol, com bom resultado. Verificou-se, todavia, piora do quadro após cinco meses, com eliminação de larvas do ascarídeo em lesão presente na órbita esquerda, embora a medicação fosse mantida com administração periódica. Houve boa resposta terapêutica, com regressão do quadro, após substituição dos anti-helmínticos anteriores pela associação ivermectina e albendazol.