RESUMO
Os autores estudaram, prospectivamente, 174 crianças e adolescentes de um total de 473 casos com ferimento perfurante ocular, atendidos no Pronto Socorro de Oftalmologia do Hospital Säo Paulo - Escola Paulista de Medicina, com seguimento de 2 a 36 meses (x=9,5 meses). Observou-se um predomínio do sexo masculino (74,7 por cento), obedecendo uma proporçäo de 3:1. A córnea foi o local-escleral (30,3 por cento). A maioria das perfuraçöes se deveu a acidentes em ambiente doméstico (71,3 por cento), seeguida dos acidentes causados por violência (14,4 por cento), envolvendo objetos pérfuro-contundentes (28,7 por cento), contundentes (228,2 por cento) e pontiagudos (22,5 por cento). É discutida a relaçäo do prognóstico visual com o agente causal e achados pré-operatórios, bem como a alta incidência de atrofia ocular (25,8 por cento)