RESUMO
O autor descreve os quadros anatompatológicos e clínico-epidemiológico da variante esclerosante difusa do carcinoma papilífero da tireóide, seguidos de proposta diagnóstica quanto aos achados citopatológicos, ao mesmo tempo que demonstra o perfil histoquímico das mucinas neutras e ácidas contidas na substância acinar. Através da imuno-histoquímica define a fenotipagem da variante passando a admitir que o infiltrado linfocitário resulta de resposta do hospedeiro aos antígenos tumorais nada tendo a ver com a tireoidite auto-imune. A análise pela citogotometria evidencia que a variante esclerosante difusa tem em comparaçäo com o carcinoma papilífero comum uma média de maior área nuclear e proporcional aumento de massa relativa de ADN, o que permite considerá-la, ao lado de informaçöes clínicas, como de mau prognóstico. A história natural deste subtipo de carcinoma papilifero sugere terapêutica cirúrgica inicial täo radical quanto possível