Servicio de enlace para pacientes con fracturas por osteoporosis / Osteoporotic fracture liaison service

Los pacientes con fracturas por fragilidad presentan elevadas tasas de morbimortalidad, lo que implica además un alto costo para el erario público. Luego de una fractura por osteoporosis, la mayoría de los pacientes no recibe una adecuada evaluación y tratamiento. Para suplir este vacío de atención médica se crearon distintas políticas; la mejor de ellas son los Servicios de Enlace de Pacientes con Fracturas (Fracture Liaison Service, en inglés). Estos programas tienen una vigencia internacional de más de diez años y son patrocinados por organismos internacionales. La finalidad de estos servicios es la prevención secundaria de fracturas. La modalidad de trabajo tiene como objetivo facilitar y asegurar la rápida identificación, el diagnóstico y la terapéutica de esta población en diferentes contextos asistenciales. La experiencia internacional demuestra que estos servicios son exitosos pues logran incrementar el inicio y la adherencia al tratamiento, disminuir las tasas de mortalidad, de morbilidad y de nuevas fracturas, y son costo-efectivos. En nuestro medio, el inicio de los Servicios de Enlace es reciente. El propósito de esta actualización es realizar una revisión de los fundamentos, características, modalidad operativa y los logros obtenidos por dichos programas. Las fracturas por fragilidad ósea constituyen un problema importante para la salud pública. Esta presentación tiene como objetivo alertar y motivar a la comunidad médica a intervenir de manera sistemática y dinámica para mejorar el cuidado habitual en esta población de pacientes. (AU)

Fragility fractures are associated with increased morbidity and mortality rates and higher costs. After a fracture, most patients do not receive adequate assessment and treatment. To fill this gap in medical care, different policies have been created; the best of them being the Fracture Liaison Services. These programs have been in place for over ten years worldwide and are sponsored by international organisms and societies. The purpose of the Fracture Liaison Services is secondary fracture prevention. Their goal is to ensure the rapid identification, diagnosis and treatment of this population in different clinical contexts. They increase treatment adherence and decrease mortality and morbidity rates and the incidence of new fractures. International experience shows that these services are successful and costeffective. (AU)

Optimización perioperatoria del paciente anciano con fractura osteoporótica de cadera / Perioperative care of older patients with hip fractures

The number of osteoporotic fractures is increasing along with population aging. Most patients with these type of fractures are older than 65 years, with multiple chronic conditions and different degrees of disability. Hip fracture is the most relevant osteoporotic fracture due to its frequency, costs, severity and complications. Multidisciplinary management is of the utmost importance to obtain good therapeutic results. We herein review the management of this fracture. Orthogeriatric joint management should be incorporated in fragility fracture treatment. We contribute with general recommendations for the perioperative management, which can be homologated for the management of older patients with other type of fragility fractures.

O perfil das internações do SUS para fratura osteoporótica de fêmur em idosos no Brasil: uma descrição do triênio 2006-2008 / Characteristics of hospital admissions in the Unified National Health System for osteoporotic hip fracture in elderly people in Brazil, 2006-2008

A osteoporose é uma síndrome multifatorial do esqueleto, sendo a fratura de fêmur a mais séria consequência para idosos, devido à alta mortalidade e ao custo. Este trabalho descreveu as fraturas osteoporóticas de fêmur em idosos para o Brasil, no triênio 2006-2008. A Autorização de Internação Hospitalar (AIH) foi utilizada como base secundária de dados e permitiu criar indicadores para fratura de fêmur em idosos. As proporções de idosos internados no Sistema Único de Saúde (SUS) por esta causa chegaram a 1 por cento. Os percentuais de internação e óbitos foram maiores no sexo feminino e aumentaram com a idade. Os gastos foram de aproximadamente 2 por cento dos gastos do SUS para pessoas com 60 anos ou mais. A maioria das internações durou de um a sete dias; 50,1 por cento ocorreram em hospitais filantrópicos; e 42,7 por cento aconteceram fora do município de residência. Os resultados reforçam a necessidade de maior atenção para a osteoporose e mostram a relevância dos gastos públicos com internações de idosos por fratura osteoporótica de fêmur. A compreensão de tais internações auxilia a formulação de políticas de saúde para esta causa.

Osteoporosis is a multifactorial syndrome of the skeletal system, and hip fracture is the most serious consequence for the elderly, due to the high mortality and cost. This article describes osteoporotic hip fractures in Brazilian elderly in 2006-2008. Secondary data were obtained from the Authorization Forms for Hospital Admissions (AIH) and allowed the creation of indicators for hip fracture in elders. The proportion of elderly patients hospitalized for hip fractures in the Unified National Health System was 1 percent. The percentages of hospital admissions and deaths were higher in females, and increased with age. Hip fractures accounted for approximately 2 percent of health care expenditures for persons 60 years or older. Length of hospital stay ranged from one to seven days, 50.1 percent occurred in charity hospitals, and 42.7 percent occurred outside the county of residence. The findings emphasize the need for greater attention to osteoporosis and show the relevance of costs in hospital admissions for elderly with osteoporotic hip fractures. Understanding such hospitalizations can contribute to the formulation of health policies to address this issue.

Epidemiology of osteoporotic fractures in Brazil: what we have and what we need: [review] / Epidemiologia de fraturas pela osteoporose no Brasil: o que temos e o que precisamos: [revisão]

The epidemiology of osteoporotic fractures varies widely among countries and is primarily related to differences in the population and utilization of public healthcare services. Since 1994, over 200 studies about osteoporosis and fractures have been conducted in Brazil, among which 60 have described the current epidemiological status. This work is a compilation of studies published in scientific journals (PubMed, MedLine, Lilacs, SciELO Database) with the respective highlights. Overall, these studies show moderate incidence of hip fracture in subjects over 50 years old. However, the prevalence of all types of bone fragility fracture is higher, ranging from 11 percent to 23.8 percent. In addition, there is a high incidence of recurrent falls, which are the main extra-skeletal factor associated with these fractures. According to the national studies, 12 months after femoral fractures, the mortality rate ranged between 21.5 percent and 30 percent, and there was also a high rate of physical impairment, deterioration of the quality of life and excessive burden to the healthcare system. Considering its high prevalence and associated mortality and physical impairment, osteoporosis and its main consequence, bone fragility fractures, must be considered a major public health problem in our country.

A epidemiologia das fraturas por osteoporose varia amplamente entre os países, principalmente em decorrência das diferenças entre as populações e da utilização de recursos públicos de saúde. Desde 1994, mais de 200 estudos sobre osteoporose e fraturas foram feitos no Brasil, dos quais 60 descreveram a situação epidemiológica atual. Esse manuscrito é a compilação de estudos publicados em revistas científicas (PubMed, MedLine, Lilacs, SciELO Database) com seus principais achados. Em geral, esses trabalhos mostram moderada incidência de fratura de quadril em indivíduos acima de 50 anos de idade. No entanto, a prevalência de todos os tipos de fratura por fragilidade óssea é elevada, variando de 11 por cento a 23,8 por cento. Além disso, é observada alta incidência de quedas recorrentes, um dos principais aspectos extraesqueléticos associados com essas fraturas. De acordo com os estudos nacionais, 12 meses após a fratura de fêmur, a taxa de mortalidade variou de 21,5 por cento a 30 por cento, com elevada taxa de incapacidade física, deterioração da qualidade de vida e grande impacto sobre o sistema de saúde. Diante da elevada prevalência, associação com mortalidade e incapacidade física, a osteoporose e sua principal consequência, a fratura por fragilidade óssea, deveriam ser consideradas um problema de saúde pública em nosso país.