Revisão da literatura sobre recomendações de utilização de edulcorantes em gestantes portadoras de diabetes mellitus / Literature Review about recommendations of use of sweeteners in pregnant women with diabetes mellitus

Trata-se de uma revisão narrativa do conhecimento disponível na literatura sobre a recomendação de edulcorantes nos casos de diabetes na gestação, com consulta às seguintes bases de dados: Medline, Lilacs e PubMed, tendo como base os períodos de 1978 a 2009. Os edulcorantes são classificados em nutritivos e não-nutritivos. Atualmente, o aspartame é alvo de várias críticas, porém a American Diabetes Association (ADA), revisando as evidências científicas acerca da inocuidade do aspartame, declara que o edulcorante não é carcinogênico e não está associado a desordens neurológicas. Quanto à sacarina, alguns autores recomendam restrição do consumo desta por gestantes, devido à falta de informações conclusivas sobre possíveis efeitos no desenvolvimento fetal, além das poucas evidências sobre seu efeito transplacentário e transmamário. A ADA não recomenda o uso do esteviosidio como edulcorante. Os edulcorantes não-calóricos atualmente aprovados para uso pela população em geral, incluindo as gestantes são: aspartame, acesulfame-K, sacarina, sucralose e neotame. Na orientação dietética, deve-se considerar a quantidade permitida por dia e esclarecer à cliente sobre a importância de controlar a dose utilizada, além de revisar periodicamente os tipos de edulcorantes presentes nos adoçantes e produtos dietéticos disponíveis no mercado.

The present narrative review article accounts for the available knowledge about the recommended use of sweeteners in cases of gestational diabetes, according to the Medline, Lilacs and PubMed databases from 1978 to 2009. Sweeteners are classified as nutritive and non-nutritive. Currently, aspartame is being strongly criticised despite the American Diabetes Association (ADA) having stated that it is not carcinogenic nor associated with neurological disorders. As for saccharin, some authors recommend a restricted intake by pregnant women due to the lack of conclusive information about its possible effects on fetal development, and to the little evidence of its transplacental and transmammary effects. The ADA does not recommend the use of stevioside as a sweetener. The approved low-calorie sweeteners for all population, including pregnant women, are aspartame, acesulfame-K, saccharin, sucralose and neotame. During diet orientation, the allowed daily intake should be considered, the importance of controlling the dose should be explained to the patient, and the sweeteners used in diet products available in the market should be frequently revised.

Relato de caso: diabetes Flatbush - da cetoacidose ao tratamento não-farmacológico / Case report: diabetes Flatbush - from ketoacidosis to non pharmacological treatment

Um subgrupo de pacientes, em sua maioria negros ou hispânicos e obesos, tem a cetoacidose diabética (CAD) como forma de apresentação de diabetes mellitus (DM), mas, devido à sua evolução clínica, posteriormente é classificado como DM tipo 2. Estes indivíduos têm pesquisa de auto-anticorpos anti-GAD, anti-IA2 e anti-insulina negativa, mas freqüentemente em associação com HLA classe II de risco para DM tipo 1 (DRB1*03 e/ou DRB1*04). Este subtipo peculiar de DM é denominado diabetes flatbush. Neste artigo, relatamos o caso de uma paciente de origem caucasiana com tais características, na qual foi possível retirada da insulinoterapia. Os possíveis fatores associados a esta evolução favorável serão discutidos.

A subgroup of patients presents diabetic ketoacidosis at the onset of diabetes mellitus (DM) but later is classified as type 2 DM based on the clinical follow-up. These individuals, most commonly obese of African or Hispanic origin, have negative auto-antibodies associated with type 1 DM, but frequently HLA class II DRB1*03 and/or DRB1*04 are detected. This peculiar subtype of DM is commonly referred to as diabetes flatbush. Here we report the case of a Caucasian patient that exhibited the described evolution and in whom it was possible to withdraw insulin therapy. The possible factors associated with this favorable development are also discussed.

Effect of modified egg* on developmental defects in neonates of NIDDM induced Wistar rats.

Maternal Zn deficiency has been suggested as the contributing factor for all congenital malformations during pregnancy particularly in diabetes. Maternal Zn-supplementation, therefore, was suggested as one possible nutrition intervention during pregnancy to improve its outcome. But a number of trials with Zn-supplementation are not consistent and discourage the use of excessive Zn-supplementation during pregnancy. Instead a multivitamin/ mineral supplement to them has been suggested to reduce its complication. Accordingly, the poultry egg was modified for trace elements, vitamin-E and omega-3 fatty acids so as to use it as a dietary supplement for diabetics to reduce their complications during the pregnancy. The results showed that NIDDM induced rats fed either on 40 or 80 mg Zn/kg diet delivered less number of pups/litter and their body weight was higher at birth as compared to control group fed 20 mg Zn/kg diet. During the weaning period, some abnormalities characterized by restricted movements of the hind legs, curl toes of limbs, eye opening problems, less hair on the body and more head to body ratio were observed. Whereas number of pups delivered per litter were more with higher body weights without abnormalities in the pups in NIDDM groups fed egg mixed diet. Further Zn, Cu and Mg concentrations were significantly less in the liver, hair and abdominal muscles in pups in NIDDM groups but their concentrations were restored approaching closer to control in pups in groups fed egg mixed diet estimated on 18th day of weaning period. The excretion of these trace elements increased in the urine of dams fed Zn supplemented diet but decreased in the dams fed egg mixed diet on 15th day of their suckling period. The data suggest that if these modified eggs are included in the regular diet during pregnancy, they may protect the neonates in womb against the damaging effect of imbalances of physiologically important nutrients due to diabetes or environmental contamination.

A dieta restritiva do diabete em ratas (II): repercussöes na composiçäo bioquímica do cérebro dos récem-nascidos / The restrictive diet in the control of diabetes in rats (II): repercussion on the brain biochemical composition of the newborn

RETROSPECTIVA. A assistência à gestante diabética exige conhecimento das adaptaçoes fisiológicas normais da gravidez como, também, do metabolismo alterado pelo diabete. OBJETIVOS: Avaliar as repercussoes sobre o cérebro dos filhotes de ratas com diabete experimental, tratadas com restriçao alimentar durante a prenhez. MATERIAL E MÉTODOS: Foram constituídos grupos de ratas controles, diabéticas moderadas e graves, tratadas com restriçao alimentar de 25 por cento, introduzida na 1ª. semana de prenhez (1ª e 3§ dias). RESULTADOS: Observou-se que a dieta foi insuficiente para o controle da glicemia materna, o que promoveu alteraçoes na composiçao bioquímica cerebral, decorrentes do diabete materno. Houve menor proporçao de RNA e proteínas, sem alteraçao da composiçao de DNA, indicando que a hiperglicemia interferiu com o crescimento sem alterar a divisao celular do cérebro dos filhotes.

Detección de la diabetes mellitus gestacional en la población peruana / Detection of pregnancy diabetes mellitus in the peruvian population

651 gestantes en semana 26 a 36 de gestación fueron sometidas a prueba de 1 hora con sobrecarga oral de 50 g de glucosa (test 50 g). Las que pasaban umbral * 130 mg/dl en plasma eran sospechosas de diabetes gestacional (SDG) y posteriormente eran sometidas a prueba de tolerancia oral a la glucosa (PTOG) para el diagnóstico de diabetes mellitus gestacional (DG) de acuerdo a los criterios del National Diabetes Data Group. La edad promedio de las pacientes fue de 26 años (DS ñ 6.4). 310 (47.6 por ciento) no presentaban ningún antecedente de riesgo para diabetes mellitus. 57 gestantes (8.7 por ciento) resultaron SDG. 32 (4.9 por ciento) fueron sometidas a PTOG, resultando 24 pacientes DG (3.7 por ciento). No hubo diferencia significativa en la incidencia de DG en la población con factores de riesgo y las que no lo presentaban . Hubieron 3 DG no detectadas por el test de 50 g; por lo que la incidencia total de DG en la población estudiada fue 4.1 por ciento. Hemos encontrado que la mitad de DG tienen valores con el test de 50 g entre 130*140 mg/dl, por lo que recomendamos considerar positivo niveles de glicemia * 130 mg/dl en nuestra población. Se demuestra la importancia del test de 50 g como método de detección en grandes encuestas y se recomienda su empleo en toda gestante, tenga o no factores de riesgo

Parâmetros maternos e feto-placentários de ratas diabéticas tratadas com diferentes graus de restriçäo alimentar em três períodos da prenhez / Maternal and feto-placental parameters in diabetic rats treated with feeding restriction during different periods of rat's pregnancy

O objetivo deste trabalho foi avaliar parämetros maternos e feto-placentários de ratas diabéticas tratadas com restriçäo alimentar de 25 e 50 por cento, introduzida em diferentes períodos da prenhez. A seqüência experimental de 58 dias constou de quatro períodos: adaptaçäo (7 dias), diabetogênico (15 dias), de acasalamento (15 dias) e de prenhez (21 dias). Foram utilizadas 358 ratas da raça Wistar, fêmeas virgens, pesando entre 180 e 250g, em idade reprodutiva. O diabete foi induzido por Aloxana na dose de 42mg/Kg de peso, e os animais com níveis glicêmicos superiores a 200mg/dl de peso receberam insulina, nos períodos diabetogênico e de acasalamento. A insulinoterapia foi suspensa no dia em que se confirmou a prenhez. As ratas prenhes diabéticas foram divididas em sete grupos: grupo G1, dieta ad libitum durante toda a prenhez; grupos G2, G3 e G4, restriçäo alimentar de 25 por cento; grupos G5, G5 e G7, restriçäo alimentar de 50 por cento. A introduçäo da dieta restritiva foi na terceira (grupos G2 e G5), na segunda (grupos G3 e G6) e na primeira semana de prenhez (grupos G4 e G7). Os níveis glicêmicos plasmáticos foram determinados no primeiro, sétimo, décimo quarto e vigésimo primeiro dias, e diariamente, foram controlados o peso e a ingestäo alimentar materna. A prenhez foi resolvida por cesárea no vigésimo primeiro dia, quando os parâmetros fetais e placentários foram avaliados. Os resultados demonstraram que os vários tratamentos propostos influenciaram a glicemia e, como reflexo, a glicemia fetal. Do ponto de vista materno, o melhor tratamento foi o de restriçäo alimentar de 25 por cento iniciada no primeiro dia da prenhez (grupo G4). A análise dos parâmetros feto-placentários destacou também a restriçäo alimentar de 25 por cento durante toda a prenhez (grupo G4) como tratamento adequado, exceto pele elevada incidência de abortamento. Propöe-se, portanto, novas investigaçöes para se determinar o dia ideal de introduçäo da dieta restritiva na primeira semana de prenhez.