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Intervalo de ano
1.
São Paulo; s.n; 2014. 99 p.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-716073

RESUMO

A Área de Proteção Ambiental (APA) Capivari-Monos no sul do município de São Paulo, sub-distrito de Parelheiros, é uma área de Mata Atlântica que abriga importantes mananciais. Devido à urbanização desorganizada, alterações das condições ecológicas naturais dessa área propiciam o contato entre humanos, patógenos e culicídeos. Pouco se sabe sobre a ecologia de mosquitos vetores de patógenos nessa localidade, o que instigou a pesquisa na região. Nesse sentido, o presente estudo investigou a fauna culicídeos presentes em ambiente silvestre e antrópico na APA Capivari-Monos, determinando-se indicadores de biodiversidade e relacionando-os a fatores ambientais. Para tal, por 12 meses foram capturados mensalmente culicídeos adultos e imaturos de ambiente silvestre e antrópico usando-se diferentes técnicas de captura. Foram utilizados indicadores de diversidade para avaliar a riqueza, dominância, abundância e equabilidade dos diferentes ambientes. Um total de 9.403 mosquitos adultos foram capturados de maio de 2009 a junho de 2010. As espécies prevalentes entre as coletadas no ambiente silvestre foram Anopheles (Kerteszia) cruzii, Culex (Melanoconion) seção Melanoconion e Aedes serratus, enquanto as mais comuns no ambiente antrópico foram Coquillettidia chrysonotum / albifera, Culex (Culex) grupo coronator e An. (Kerteszia) cruzii. A riqueza de mosquitos adultos foi semelhante entre os ambientes, e a abundância variou entre as espécies. Ao comparar os padrões de diversidade entre os ambientes, a região antrópica apresentou maior riqueza e uniformidade, o que sugere que o estresse ambiental aumentou o número de nichos favoráveis para culicídeos e promoveu maior diversidade. A espécie An. cruzii apresentou correlação positiva com pluviosidade e temperatura no ambiente antrópico, mas no ambiente silvestre essa espécie não esteve associada aos fatores climáticos...


The Environmental Protection Area (APA) Capivari-Monos in the Parelheiros sub-district, in South São Paulo, is an Atlantic Forest area that comprises important springs. Owing to the disorganized urbanization, changes in the natural ecological conditions of the APA promoted human-Culicidae-pathogen contact. The lack of information on the ecology of mosquito vectors in the APA motivated the present study, which investigated the Culicidae fauna wild and anthropic zones of the Capivari-Monos APA, determining biodiversity indicators and relating them to environmental factors. To that end, adult and immature Culicidae were monthly collected from the wild and from the anthropic zones for 12 months and using different capture techniques. Diversity indicators were used to assess richness, dominance, evenness and abundance in the different environments. A number of 9,403 adult mosquitoes were collected from May 2009 to June 2010. The main species collected in the wild environment were Anopheles (Kerteszia) cruzii, the Melanoconion section of Culex (Melanoconion) and Aedes serratus, whereas the most common species in the anthropic zone were Coquillettidia chrysonotum/albifera, Culex (Culex) Coronator group and An. (Ker.) cruzii. Mosquito richness was similar between the zones, and their abundance varied according to the species. Compared to the wild zone, the anthropic zone exhibited higher richness and evenness, suggesting that environmental stress increased the number of favorable niches for culicids, promoting diversity. An. cruzii occurrence was positively correlated with rainfall and temperature in the anthropic zone, but in the wild zone it was not associated with climatic factors. From the 2,443 immature mosquitoes collected, 1,507 (61.7 per cent ) were found int the anthropic zone and 936 (38.3 per cent ) in the wild zone...


Assuntos
Animais , Florestas , Culicidae , Meio Ambiente , Indicadores Ambientais/análise , Meio Selvagem , Biodiversidade , Brasil , Coleta de Dados , Vetores de Doenças , Insetos Vetores
2.
Rio de Janeiro; s.n; 2009. ix,124 p. ilus, mapas, tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-526673

RESUMO

A contaminação dos oceanos, associada às atividades antrópicas, tem se tornando biodisponível para diversos organismos, entretanto os mais vulneráveis são aqueles situados no topo da cadeia trófica marinha, incluindo o homem e os mamíferos marinhos, mas principalmente os cetáceos costeiros, como o boto-cinza (Sotalia guianensis). Diversos estudos têm indicado que os cetáceos são excelentes bioindicadores da qualidade dos ambientes marinhos devido a peculiaridades biológicas e ecológicas desta mega-fauna. Desta forma, este trabalho objetivou propor o boto cinza como espécie sentinela da saúde dos ecossistemas costeiros ao longo de sua distribuição (desde Santa Catarina, sul do Brasil até Honduras, América Central). Além disso, este estudo objetivou a utilização desta espécie como bioindicadora da biodisponibilização de Hg total no estuário Amazônico e costa norte do Rio de Janeiro. Na primeira abordagem desta pesquisa a literatura disponível sobre impactos da contaminação e doenças emergentes sobre o boto-cinza foi revisada e discutida. Apesar de a literatura pesquisada ser incipiente se comparada com estudos realizados no hemisfério norte, estudos recentes têm revelado altos níveis de contaminantes nesta espécie (e.g. metais pesados, organoclorados, PCBs, compostos organoestânicos, PFOS e PBDE). A presença de doenças emergentes, tais como doenças cutâneas e ósseas, além da identificação de infecções causadas por organismos potencialmente patogênicos (e.g. giardíase, lobomicose, toxoplasmose e presença de Vibrio sp.) tem sido notificadas em S. guianensis. Para o estudo das concentrações de Hg total, amostras de músculo de 20 botos-cinza da costa norte do Rio de Janeiro e 29 da costa do Amapá foram analisadas. A concentração média de Hg foi 0,38 (0,07-0,79) para a costa do Amapá (AP) e 1,07 microgramas/g-1 pu (0,20-1,66) para a costa do Rio de Janeiro (RJ). Os baixos níveis de Hg para a costa do AP é provavelmente devido à ausência de fontes antrópicas deste elemento para o ambiente, entretanto, os níveis detectados para a costa do RJ estão possivelmente associados à liberação ambiental deste poluente ao longo da costa. Os níveis de ambas as áreas de estudos mostraram baixos níveis de Hg quando comparados com estudos em diversas regiões do mundo. Não houve diferença significativa de Hg para machos e fêmeas e as concentrações tenderam a se elevar com o aumento do comprimento total. Com base nos resultados desta pesquisa, propõe-se a espécie Sotalia guianensis como organismo sentinela da saúde dos ecossistemas costeiros. Além disso, esta pesquisa aponta a necessidade de estudos adicionais sobre contaminantes e a possível associação destes com as doenças emergentes e organismos patogênicos detectados nesta espécie ameaçada.


Assuntos
Animais , Golfinhos , Indicadores Ambientais/análise , Mercúrio/toxicidade , Poluição Costeira/efeitos adversos
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