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1.
Rio de Janeiro; s.n; 2012. 332 p. ilus, mapas, tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-678790

RESUMO

Na África Subsaariana, o engajamento de mulheres jovens em relacionamentos com vários parceiros em busca de benefícios materiais /financeiros, denominado de ‘sexo transacional’ temocupado um lugar de destaque para explicar a dinâmica da epidemia de HIV na região. Porém, os estudos esbarram em dificuldades conceituais e operacionais para delimitar e identificar tais práticas e analisá-las, em sua relação com o HIV/AIDS, desde uma perspectiva que contemple tanto aspectos macro-estruturais do contexto de vida das mulheres quanto aqueles de natureza micro-social observados na formação e manutenção de suas redes afetivo-sexuais. A partir de um estudo epidemiológico associado a um componente qualitativo de investigação, buscou-se com esta tese compreender a dinâmica dos relacionamentos afetivo-sexuais envolvendo trocas econômicas em uma região de fronteira internacional entre Angola e Namíbia e se e como poderiam influenciar a vulnerabilidade de jovens mulheres ao HIV/AIDS. Uma amostra de 500mulheres, com idades entre 15 a 24 anos, foram convidadas a participar por meio da técnica de amostragem com ‘recrutamento’ dirigido pelo participante ou Respondent Driven Sampling (RDS) e a todas foi aplicado um questionário sócio-comportamental por meio de um computador de bolso. Adicionalmente, entrevistas semi-estruturadas com 24 jovens angolanas e14 namibianas e observações participantes foram conduzidas no lado angolano da fronteira. Os resultados evidenciaram que há um conjunto imbricado de fatores estruturais (mudanças econômicas, crescente urbanização, processos de migração e mobilidade relacionados,representações e expectativas normativas de gênero e sexualidade, e processos de estigmatização e discriminação com base em gênero, nacionalidade, etnia e condição e posiçãosocioeconômica) que determinam oportunidades e a busca na formação de redes afetivo-sexuais e econômicas entre mulheres e a população masculina migrante, móvel e/ou autóctone,propiciando às jovens agregarem não apenas capital econômico, mas social e afetivo. Na formação e manutenção dessas redes, há claramente a presença da agência individual das mulheres que buscam acessar homens com maiores chances de lhes proporcionar a realização de seus projetos, desejos, e o acesso a recursos simbólicos e materiais; geralmente homens (vistoscomo namorados e/ou ‘amigos’) mais velhos (diferenças de idade iguais ou maiores que 10 anos) e com melhor condição e posição socioeconômica. O engajamento nesses relacionamentostrazem riscos sociais (perda de reputação, sanções familiares, falta de suporte social, episódios de discriminação e violência) e sua gestão por parte das mulheres ganha precedência à gestão do risco de transmissão do HIV/AIDS por meio, por exemplo, do uso consistente de condom. Este se mostrou reduzido, inferior a 20 por cento, e foi mais utilizado no contexto do relacionamento com os‘amigos’, parcerias ocasionais ou regulares cuja principal motivação das jovens para o relacionamento é a provisão de ajuda material / financeira, do que com os namorados. Com estes, o não uso de condom parece estar menos vinculado à barganha pelo beneficio material e/ou financeiro recebido, como é mais com os amigos, fazendo parte de uma série de obrigações vinculadas às expectativas de reciprocidade baseada na confiança, amor e intimidade estabelecida, e moldadas por assimetrias de poder marcadas por gênero, idade e condiçãosocioeconômica. A permeabilidade e os processos de mobilidade e migração nessa região de fronteira, envolvendo mulheres, jovens e adultas, inseridas em redes afetivo-sexuais e econômicas transfronteiriças reitera a necessidade de esforços conjuntos e bilaterais noenfrentamento da epidemia de HIV na fronteira Angola-Namíbia que levem em consideração as iniquidades sociais e econômicas a que estão sujeitas.


Assuntos
Humanos , Feminino , Áreas de Fronteira , Infecções por HIV/epidemiologia , Trabalho Sexual/etnologia , Comportamento Sexual , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/epidemiologia , Sexo sem Proteção , Vulnerabilidade a Desastres/etnologia , África/epidemiologia , Angola/epidemiologia , Estudos Epidemiológicos , Namíbia/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos
2.
Southeast Asian J Trop Med Public Health ; 1997 ; 28 Suppl 1(): 7-10
Artigo em Inglês | IMSEAR | ID: sea-34907

RESUMO

Epidemiological data on food-borne parasitic zoonoses in countries of southern Africa are sporadic. In a study of toxoplasmosis in South Africa, there was an overall prevalence of 21% (2, 147/10,228). Prevalences vary between the different cultural groups and from one geographical region to another. The prevalence rate for the San (Bushmen) people of Namibia and Botswana was 9% (65/725) compared to the 30% (190/635) found in the Indian and Black communities of Kwazulu-Natal province, South Africa. These variations are probably linked to the dietary habits of the different cultural communities. Cysticercosis appears to be most prevalent in the Eastern Cape Province (former Transkei), where pigs roam freely and sanitation facilities are inadequate or non-existent. Segments of tapeworms often feature as an ingredient of concoctions prepared by traditional healers and are suspected sources of many of the cases of cysticercosis in South Africa. Trichinella nelsoni has been identified in wild game in South Africa: so far no cases of infection in humans have been recorded. Cases of Sarcocystis have been identified in some instances but infection is probably underdiagnosed in the country.


Assuntos
Animais , Artrópodes , Infecções por Cestoides/epidemiologia , Feminino , Parasitologia de Alimentos , Humanos , Namíbia/epidemiologia , Doenças Parasitárias/epidemiologia , Prevalência , Serpentes/parasitologia , África do Sul/epidemiologia , Toxoplasmose/epidemiologia , Triquinelose/epidemiologia , Zoonoses
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