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1.
Rev. Paul. Pediatr. (Ed. Port., Online) ; 38: e2018120, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1136733

RESUMO

ABSTRACT Objective: To evaluate the trend of hospitalization for acute bronchiolitis in infants under one year of age, in the past eight years and after the implementation of the palivizumab immunization program in Brazil. Methods: The study is a retrospective analysis of data on infants younger than one year of age, who were hospitalized with acute bronchiolitis between 2008 and 2015 in Brazil. The Brazilian National Health System database was used. The rates of hospitalization in the pre-implementation (2008-2012) and post-implementation (2014-2015) periods of the palivizumab immunization program were evaluated. The total number of admissions in the same period was used as a comparison. Results: Between January 2008 and December 2015, 263,679 hospitalizations for bronchiolitis were recorded in infants younger than one year of age, 60% represented by boys. The incidence of hospitalization for bronchiolitis increased by 49% over this period (8.5 to 12.7 per 1,000 inhabitants per year). Between 2013 and 2014, the incidence rate of hospitalization for acute bronchiolitis decreased by 8% (12.5 to 11.5 per 1,000 inhabitants per year). However, in the second year of the program, hospitalization rate increased again by 10% (12.7 per 1,000 inhabitants per years). Conclusions: Acute bronchiolitis presented increasing rates of hospitalization over the study period. Hospitalization incidence for acute bronchiolitis declined one year after the implementation of palivizumab but increased again in the second year of the program.


RESUMO Objetivo: Avaliar a tendência de hospitalização por bronquiolite aguda (BA) em lactentes menores de um ano de idade nos últimos oito anos no Brasil e, secundariamente, após a implementação do programa de imunização por palivizumabe. Métodos: Análise retrospectiva dos dados de lactentes menores de um ano de idade, hospitalizados com diagnóstico de BA entre 2008 e 2015 no Brasil, utilizando o banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram avaliadas as taxas de hospitalização nos períodos pré-implementação (2008-2012) e pós-implementação (2014-2015) do programa de imunização por palivizumabe. O número total de internações no mesmo período foi utilizado como comparação. Resultados: Entre janeiro de 2008 e dezembro 2015 foram registradas 263.679 internações por bronquiolite em lactentes menores de um ano de idade, 60% representado por meninos. A incidência de hospitalização por bronquiolite aumentou em 49% ao longo desse período (8,5 para 12,7 por mil ­habitantes/­ano). Entre 2013 e 2014, a taxa de incidência de hospitalização por BA diminuiu 8% (12,5 para 11,5 por mil habitantes/ano). Porém, no segundo ano do programa, a taxa de internação aumentou novamente em 10% (12,7 por mil habitantes/ano). Conclusões: A BA apresentou taxas de hospitalização crescente ao longo do período estudado. A incidência de hospitalizações de BA apresentou declínio um ano após a implementação de palivizumabe e retornou à tendência crescente no segundo ano do programa.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Antivirais/uso terapêutico , Bronquiolite/tratamento farmacológico , Bronquiolite/epidemiologia , Palivizumab/uso terapêutico , Hospitalização/tendências , Antivirais/administração & dosagem , Vírus Sinciciais Respiratórios/imunologia , Fatores de Tempo , Brasil/epidemiologia , Bronquiolite/imunologia , Bronquiolite/virologia , Doença Aguda , Incidência , Estudos Retrospectivos , Infecções por Vírus Respiratório Sincicial/prevenção & controle , Programas de Imunização/métodos , Palivizumab/administração & dosagem , Implementação de Plano de Saúde/métodos
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(7): e00117816, 2018. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952419

RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar o programa de uso da imunoglobulina palivizumabe no Estado de São Paulo, Brasil. Adotou-se o referencial de avaliação proposto por Donabedian, e os dados foram discutidos com base nas recomendações da Portaria que regulamenta o uso da palivizumabe em rede nacional e no Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Foram incluídos os 16 locais de aplicação do estado, bem como 693 crianças/mães inscritas no programa em 2014 (85,1% da população elegível). Para avaliação da estrutura e processo foram criados escores que permitiram classificar os locais de aplicação em adequado, parcialmente adequado e inadequado, quando havia até 10%, de 11-20% e superior a 20% de desconformidades, respectivamente. Para a avaliação de resultado, buscou-se associação entre falha na tomada da palivizumabe e a necessidade de hospitalização por doença/sintomatologia respiratória, baseando-se em odds ratio pontual e intervalar, com intervalo de 95% de confiança e valor de p crítico < 0,05. Dos 11 postos de aplicação que tiveram estrutura classificada como adequada, apenas dois apresentaram processo adequado, quatro apresentaram processo inadequado e cinco parcialmente adequados. O risco de hospitalização em UTI por doença/sintomatologia respiratória aumentou em média 30% a cada falha (p = 0,003; OR = 1,30; IC95%: 1,09-1,55). Conclui-se que ter estrutura do programa de uso da imunoglobulina no Estado de São Paulo favorável não resultou, necessariamente, em processo adequado. Em geral, a situação da estrutura foi melhor do que a de processo. Mostrou-se relevante a aplicação de todas as doses da imunoglobulina para a prevenção de internação por doença/sintomatologia respiratória.


This study aimed to assess the program for use of the monoclonal antibody palivizumab in São Paulo State, Brazil. The evaluation adopted the frame of reference proposed by Donabedian, and the data were discussed on the basis of the guidelines from the Ruling on the use of palivizumab in the national network and in the Manual on Standards and Procedures for Vaccination. Sixteen application services in the state were included, with 693 children/mothers enrolled in the program in 2014 (85.1% of the eligible population). For the structure and process evaluation, scores were created that allowed classifying the application services as adequate, partially adequate, and inadequate (non-compliance rates were ≤ 10%, 11-20%, and > 20%, respectively). Results were evaluated according to the association between failure to administer palivizumab and need for hospitalization due to respiratory disease/symptoms, based on the point and interval odds ratios, with 95% confidence interval and critical p-value < 0.05. Of the 11 application services whose structure was classified as adequate, only two showed adequate process, four showed inadequate process, and five partially adequate process. Risk of ICU admission due to respiratory disease/symptoms increased on average by 30% for each failure (p = 0.003; OR = 1.30; 95%CI: 1.09-1.55). In conclusion, having a favorable structure for the program for use of palivizumab in São Paulo State did not necessarily result in an adequate process. In general, the situation with the structure was better than the process. All doses of the monoclonal antibody need to be administered in order to prevent hospitalization from respiratory disease/symptoms.


El objetivo de este estudio fue evaluar el programa de uso de la inmunoglobulina palivizumab en el Estado de São Paulo, Brasil. Se adoptó el sistema referencial de evaluación propuesto por Donabedian, donde los datos se discutieron en base a las recomendaciones del decreto que regula el uso del palivizumab en la red nacional y en el Manual de Normas y Procedimientos para la Vacunación. Se incluyeron 16 espacios de aplicación en el estado, así como a 693 niños/madres inscritas en el programa en 2014 (85,1% de la población elegible). Para la evaluación de la estructura y proceso se crearon marcadores que permitieron clasificar los lugares de aplicación como: adecuado, parcialmente adecuado e inadecuado, cuando había hasta un 10%, de 11-20% y superior al 20% de discordancias, respectivamente. Para la evaluación del resultado, se buscó la asociación entre el fallo en la toma del palivizumab y la necesidad de hospitalización por enfermedad/sintomatología respiratoria, basándose en la razón de probabilidades puntual y con intervalos, con un intervalo del 95% de confianza y valor de p crítico < 0,05. De los 11 puestos de aplicación que contaron con una estructura clasificada como adecuada, solamente dos presentaron un proceso adecuado, cuatro presentaron proceso inadecuado y cinco parcialmente adecuados. El riesgo de hospitalización en la UTI por enfermedad/sintomatología respiratoria aumentó de media un 30% con cada fallo (p = 0,003; OR = 1,30; IC95%: 1,09-1,55). Se concluye que contar con una estructura del programa de uso de la inmunoglobulina en el Estado de São Paulo no resultó favorable, necesariamente, en un proceso adecuado. En general, la situación de la estructura fue mejor que la del proceso. Se mostró relevante la aplicación de todas las dosis de inmunoglobulina para la prevención del internamiento por enfermedad/sintomatología respiratoria.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Adulto , Adulto Jovem , Avaliação de Programas e Projetos de Saúde , Palivizumab/administração & dosagem , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Erros de Medicação/estatística & dados numéricos , Anticorpos Monoclonais/administração & dosagem , Padrões de Referência , Infecções Respiratórias/prevenção & controle , Estações do Ano , Brasil , Fatores de Risco , Imunização Passiva/normas , Medição de Risco
3.
Brasília; CONITEC; 2012. graf, tab.
Não convencional em Português | LILACS, BRISA | ID: biblio-874941

RESUMO

A DOENÇA: Infecções agudas das vias aéreas inferiores são caracterizadas por processos inflamatórios agudos, infecciosos ou não, que acometem alvéolos, bronquíolos, brônquios e espaço intersticial. Essas doenças estão relacionadas a altos índices de morbidade e mortalidade infantil no mundo todo. A Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que as infecções respiratórias agudas são responsáveis por cerca de 40 a 60% de todos os atendimentos ambulatoriais em pediatria na América Latina. O vírus sincicial respiratório (VSR) é um dos principais agentes etiológicos envolvidos nas infecções respiratórias agudas no primeiro ano de vida, podendo ser responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias durante os períodos de sazonalidade. Cerca de 40 a 60% das crianças são infectadas pelo vírus no primeiro ano de vida e mais de 95% já foram infectadas aos 2 anos de idade. Na grande maioria das crianças, a infecção evolui como um resfriado comum, no entanto, cerca de 25% dessas crianças podem apresentar, em seu primeiro episódio, um quadro de bronquiolite ou pneumonia, inclusive necessitando de internação hospitalar por dificuldade respiratória aguda em cerca de 0,5 a 2% dos casos. A TECNOLOGIA: O palivizumabe é um anticorpo monoclonal IgG1 humanizado, direcionado para um epítopo no sítio antigênico A da proteína de fusão do vírus sincicial respiratório (VSR). Este anticorpo monoclonal humanizado é composto de 95% de sequências de aminoácidos humanos e 5% de murinos. O palivizumabe apresenta atividade neutralizante e inibitória da fusão contra o vírus sincicial respiratório (VSR)10. Palivizumabe foi inicialmente licenciado nos Estados Unidos em 1998 e na Europa em 1999 com extensão de seu licenciamento em 2003. Nos Estados Unidos a profilaxia nos grupos de alto risco reduziu as taxas de hospitalização em até 78% nos últimos anos. No entanto, o uso de profilaxia com palivizumabe em grupos não selecionados resulta em aumento significativo nos custos, pouca redução de gastos com menor taxa de hospitalização e nenhuma redução nas taxas de mortalidade. EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: Além da análise dos estudos apresentados pelo demandante, a Secretaria-Executiva da CONITEC realizou busca na literatura por artigos científicos, com o objetivo de localizar a melhor evidência científica disponível sobre o tema. Para isso, foi considerada a estratégia de busca descrita na Tabela 1, tendo como principal critério de inclusão o tipo de estudo considerado a melhor evidência para avaliar a eficácia de uma tecnologia para tratamento, isto é, revisões sistemáticas e ensaios clínicos randomizados (ECR). Outro critério de inclusão foi estudos que avaliassem a eficácia e/ou segurança do palivizumabe na prevenção de infecção pelo vírus sincicial respiratório em crianças. RECOMENDAÇÃO DA CONITEC: A evidência atualmente disponível sobre a eficácia da profilaxia com palivizumabe para a prevenção da infecção grave pelo vírus sincicial respiratório (VSR) é baseada em estudos de boa qualidade metodológica e grau de recomendação A e B, fundamentada em dois ensaios clínicos randomizados e revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais. Neste sentido, os resultados apresentados sugerem que a profilaxia com palivizumabe reduz a hospitalização relacionada ao VSR em 55% e 45%, em prematuros e portadores de doença pulmonar crônica (RRA 5,8%, NNT 17,2)11 e em pacientes com doença cardíaca congênita (RRA 4,4%, NNT 20)12, respectivamente, podendo chegar a 80% de redução, no subgrupo de prematuros com IG entre 32 e 35 semanas. A revisão sistemática que incluiu a maior quantidade de estudos mostrou uma redução total na taxa de hospitalização por VSR de 65% entre as crianças com profilaxia (4,1% vs 10,4%; OR 0,35; IC95% 0,25-0,47). A profilaxia com palivizumabe foi associada a uma redução em todas as causas de mortalidade e hospitalização por VSR entre os prematuros de alto risco. Houve também redução no número de dias de hospitalização relacionada ao VSR, no número de dias com uso de oxigênio, na frequência de internações em UTI e nos dias com infecção moderada ou grave do trato respiratório inferior. DELIBERAÇÃO FINAL: Os membros da CONITEC presentes na reunião do plenário do dia 02/08/2012 deliberaram, por unanimidade, recomendar a incorporação do medicamento palivizumabe para a prevenção da infecção pelo vírus sincicial respiratório em crianças do subgrupo de mais alto risco para internações ou complicações, ou seja, prematuros com idade gestacional ≤ 28 semanas e crianças até 2 anos com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada, com as seguintes condições: -elaboração de orientação de uso pelo Ministério da Saúde; e -redução significativa de preço do medicamento palivizumabe. DECISÃO: A PORTARIA SCTIE-MS Nº 53, de 30 de novembro de 2012 - Torna pública a decisão de incorporar o medicamento palivizumabe para a prevenção da infecção pelo vírus sincicial respiratório no Sistema Único de Saúde (SUS).


Assuntos
Humanos , Infecções por Vírus Respiratório Sincicial/prevenção & controle , Infecções por Vírus Respiratório Sincicial/tratamento farmacológico , Palivizumab/administração & dosagem , Sistema Único de Saúde , Brasil , Resultado do Tratamento , Análise Custo-Benefício/economia
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