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Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(7): e00153918, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1011710

RESUMO

Resumo: O objetivo foi investigar a frequência com que os adolescentes brasileiros realizam as refeições com os pais e verificar a associação deste hábito com a qualidade da dieta. Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - 2015 (PeNSE). A amostra foi composta por adolescentes matriculados no nono ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas, com idades entre 11 e 19 anos. A exposição de interesse foi realizar refeições com os pais (0-4 e ≥ 5 dias/semana) e os desfechos estudados foram consumo frequente (≥ 5 dias/semana) de alimentos marcadores de alimentação saudável e não saudável. Escores de alimentação saudável (variação 0-21) e não saudável (variação 0-35) foram elaborados com base no somatório dos dias que o adolescente relatou consumir cada um dos marcadores de alimentação. Foram usados modelos de regressão de Poisson e linear, ajustados por variáveis sociodemográficas. A realização frequente de refeições com os pais (≥ 5 dias/semana) foi observada em 74% (IC95%: 73,4-74,7) dos adolescentes. Aqueles que afirmaram ter esse hábito apresentaram maior probabilidade do consumo frequente de feijão (RP = 1,22; IC95%: 1,19-1,26), frutas (RP = 1,34; IC95%: 1,28-1,39) e hortaliças (RP = 1,39; IC95%: 1,34-1,44); e menor probabilidade de consumo frequente de guloseimas (RP = 0,91; IC95%: 0,88-0,94), ultraprocessados salgados (RP = 0,91; IC95%: 0,87-0,94) e salgados fritos (RP = 0,85; IC95%: 0,80-0,90). Realizar as refeições com os pais foi positivamente associado ao escores de alimentação saudável e inversamente associado ao escores de alimentação não saudável. O hábito de realizar refeições com os pais é frequente entre adolescentes brasileiros e está associado à melhor qualidade da alimentação.


Resumen: El objetivo fue investigar la frecuencia con la que los adolescentes brasileños comen con los padres y verificar la asociación de este hábito con la calidad de la dieta. Se utilizaron datos de la Encuesta Nacional de Salud del Escolar - 2015 (PeNSE). La muestra estaba compuesta por adolescentes matriculados en el noveno año de enseñanza fundamental de escuelas públicas y privadas, con edades entre 11 y 19 años. La exposición de interés fue realizar comidas con los padres (0-4 y ≥ 5 días/semana) y los resultados estudiados fueron consumo frecuente (≥ 5 días/semana) de alimentos marcadores de alimentación saludable y no saludable. Los marcadores de alimentación saludable (variación 0-21) y no saludable (variación 0-35) se elaboraron basándose en el sumatorio de los días en los que el adolescente informó consumir cada uno de los marcadores de alimentación. Se usaron modelos de regresión de Poisson y lineales, ajustados por variables sociodemográficas. La realización frecuente de comidas con los padres (≥ 5 días/semana) se observó en un 74% (IC95%: 73,4-74,7) de los adolescentes. Aquellos que afirmaron tener ese hábito presentaron una mayor probabilidad de consumo frecuente de frijoles (RP = 1,22; IC95%: 1,19-1,26), frutas (RP = 1,34; IC95%: 1,28-1,39) y hortalizas (RP = 1,39; IC95%: 1,34-1,44); y menor probabilidad de consumo frecuente de golosinas (RP = 0,91; IC95%: 0,88-0,94), aperitivos ultraprocesados (RP = 0,91; IC95%: 0,87-0,94) y aperitivos fritos (RP = 0,85; IC95%: 0,80-0,90). Realizar las comidas con los padres estuvo positivamente asociado al marcadores de alimentación saludable e inversamente asociado al marcadores de alimentación no saludable. El hábito de realizar comidas con los padres es frecuente entre adolescentes brasileños y está asociado a una mejor calidad de la alimentación.


Abstract: The objective was to investigate how often Brazilian adolescents eat meals with their parents and verify the association between this habit and quality of the diet. Data were from the Brazilian National Survey of School Health (PeNSE-2015). The sample consisted of adolescents enrolled in the ninth grade in public and private schools, ranging in age from 11 to 19 years. The target exposure was eating meals with parents (0-4 and ≥ 5 days/week) and the outcomes were frequent consumption (≥ 5 days/week) of healthy and unhealthy dietary markers. Healthy diet scores (range 0-21) and unhealthy diet scores (range 0-35) were based on total days that the adolescent reported consuming each of the dietary markers. Poisson and linear regression models were used, adjusted by sociodemographic variables. Frequent sharing of meals with parents (≥ 5 days/week) was seen in 74% (95%CI: 73.4-74.7) of the adolescents. Those reporting this habit showed higher likelihood of frequent consumption of beans (PR = 1.22; 95%CI: 1.19-1.26), fruits (PR = 1.34; 95%CI: 1.28-1.39), and vegetables (PR = 1.39; 95%CI: 1.34-1.44), and lower likelihood of frequent consumption of sweets (PR = 0.91; 95%CI: 0.88-0.94), ultra-processed salty foods (PR = 0.91; 95%CI: 0.87-0.94), and fried salty snacks (PR = 0.85; 95%CI: 0.80-0.90). Eating meals with parents was positively associated with healthy diet scores and inversely associated with unhealthy diet scores . Eating meals with parents is a common habit in Brazilian adolescents and is associated with better quality of diet.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Pais , Dieta/estatística & dados numéricos , Comportamento Alimentar/psicologia , Refeições/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Estudos Transversais , Inquéritos Epidemiológicos , Comportamento do Adolescente/psicologia , Dieta/psicologia , Relações Familiares/psicologia , Dieta Saudável/psicologia , Dieta Saudável/estatística & dados numéricos , Valor Nutritivo
2.
São Paulo; s.n; 2019. 73 p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-998591

RESUMO

Introdução: O aumento da prevalência de obesidade entre populações cada vez mais jovens tem sido observado em várias partes do mundo e representa uma condição associada à presença de fatores de risco centrais para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Estudos epidemiológicos em adolescentes têm demonstrado uma relação inversa entre a frequência de refeições e o peso corporal e adiposidade abdominal. Recentemente, esse efeito também tem sido observado em relação às concentrações de lipídios séricos, porém os dados ainda são inconsistentes. Objetivo: analisar a associação da frequência de refeições com o estado nutricional e marcadores cardiometabólicos de adolescentes de escolas públicas do município de João Pessoa, Paraíba. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido a partir dos dados da linha de base do Estudo LONCAAFS, com amostra representativa de adolescentes de ambos os sexos, estudantes do sexto ano de escolas públicas do município de João Pessoa, PB, totalizando 1.438 indivíduos. O consumo alimentar foi avaliado por meio do Recordatório de 24h. Medidas antropométricas (peso, altura, circunferência da cintura) foram realizadas para classificação do estado nutricional através do IMC, da razão cintura/estatura e do índice de conicidade. Para avaliar o perfil lipídico, foi realizada coleta de sangue em uma subamostra (n=808) e dosado a concentração sérica de colesterol total, lipoproteína de alta densidade, lipoproteína de baixa densidade e triglicerídeos plasmáticos. Os adolescentes foram estratificados em dois grupos, de acordo com a mediana de consumo energético (2040,5kcal). Para avaliar a associação da frequência de refeições com o estado nutricional e perfil lipídico, foram utilizados modelos de regressão logística. O nível de significância foi estabelecido em p <0,05. Resultados: A porcentagem de excesso de peso na população de estudo foi de 32%. Dentre os adolescentes que realizaram a coleta de sangue, cerca de 77% apresentaram dislipidemia. Na análise estratificada, o maior número de refeições associou-se inversamente com a obesidade abdominal no grupo com consumo energético abaixo da mediana. Nos indivíduos com consumo energético acima da mediana, houve tendência à quanto maior o número de refeições, menor a chance de HDL-c baixo (p=0,03). Não houve associação significativa entre número de refeições e as demais variáveis de risco cardiometabólico. Conclusão: A frequência de refeições mostrou-se significativamente associada à obesidade abdominal em indivíduos com consumo energético abaixo da mediana de ingestão da população e ao HDL-c nos indivíduos com consumo energético acima da mediana.


Introduction: The increasing prevalence of obesity among younger and younger populations has been observed in several parts of the world and is a condition associated with the presence of central risk factors for the development of cardiovascular diseases. Epidemiological studies in adolescents have shown an inverse relationship between meal frequency and body weight and abdominal adiposity. Recently, this effect has also been observed in relation to serum lipid concentrations, but the data are still inconsistent. Objective: to analyze the association of meal frequency with nutritional status and cardiometabolic markers of adolescents from public schools in the city of João Pessoa, Paraíba. Methodology: This is a cross-sectional study, based on data from the LONCAAFS study, with a representative sample of adolescents of both sexes, sixth-year students from public schools in the city of João Pessoa, PB, totaling 1,438 individuals. Food consumption was assessed through the 24-hour Reminder. Anthropometric measurements (weight, height, waist circumference) were performed to classify the nutritional status through BMI, waist / height ratio and conicity index. To evaluate the lipid profile, blood was collected in a subsample (n = 808) and serum levels of total cholesterol, high density lipoprotein, low density lipoprotein and plasma triglycerides were measured. Adolescents were stratified into two groups, according to the median energy consumption (2040.5kcal). To evaluate the association of meal frequency with nutritional status and lipid profile, logistic regression models were used. The level of significance was set at p <0.05. Results: The percentage of overweight in the study population was 32%. Among adolescents who performed blood collection, approximately 77% had dyslipidemia. In the stratified analysis, the highest number of meals was inversely associated with abdominal obesity in the group with energy consumption below the median. In individuals with energy consumption above the median, there was a tendency to the higher the number of meals, the lower the chance of low HDL-c (p = 0.03). There was no significant association between number of meals and the other variables of cardiometabolic risk. Conclusion: Meal frequency was significantly associated with abdominal obesity in subjects with energy consumption below the median ingestion of the population and with HDL-c in subjects with energy consumption above the median.


Assuntos
Humanos , Adolescente , Biomarcadores , Doenças Cardiovasculares , Estado Nutricional , Refeições/psicologia , Obesidade , Estudos Transversais , Fatores de Risco
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