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1.
São Paulo; s.n; 2018. 134 p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-883072

RESUMO

Com a possibilidade de acesso a tecnologias reprodutivas cresce o número de mulheres em relação homoafetiva que engravidam e buscam o sistema de saúde. Estudos mostram que a qualidade do atendimento pode ser afetada por questionamentos inadequados, homofobia e comunicação heteronormativa. O objetivo deste trabalho é compreender a percepção de mulheres em relação homoafetiva sobre a assistência à saúde recebida durante concepção, gravidez, parto e pós-parto em serviços públicos e privados na região metropolitana de São Paulo. Neste estudo qualitativo foram entrevistadas de forma individual 19 mulheres que tiveram filhos biológicos durante uma relação homoafetiva, totalizando a história de dez casais. Os resultados apontam que o acesso aos serviços públicos de concepção permanece exclusivo aos casais inférteis heterossexuais. Os casais homoafetivos precisam escolher entre tratamentos médicos caros e invasivos no sistema privado ou uso de inseminação caseira com esperma de doador conhecido, técnica não regulamentada no Brasil e que pode acarretar problemas legais futuros caso o doador decida requerer direitos de paternidade. Mais do que apenas eventos biológicos, a concepção, gestação, o parto e a amamentação possuem dimensões sociais e relacionais importantes de vínculo da parceira que não gesta com o bebê, e também com a companheira que está grávida. No entanto, a reprodução ainda requer a legitimação e o reconhecimento das especificidades de casais homoafetivos por diversos atores envolvidos nesse processo, entre eles os profissionais da saúde. Após a gravidez, a maioria das participantes foi atendida no sistema suplementar de saúde e, apesar da avaliação positiva em geral, foram relatadas situações de desconforto com a postura dos profissionais em diversos momentos, incluindo suposição de heterossexualidade; formulários e orientações voltadas para pai/mãe, questionamento da legitimidade do casal e algumas situações de discriminação e privação de direitos. Os avanços e limites do reconhecimento desse momento para ambas as mulheres, com ênfase na inclusão da parceira que não está biologicamente grávida, foram aspectos destacados pelas participantes deste estudo como determinantes na qualidade dessa experiência de parentalidade. Mesmo com a conquista de direitos legais, como a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre outras, muitas instituições e profissionais de saúde continuam despreparados para oferecer assistência adequada para casais homoafetivos. Diferentes intervenções podem melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos casais homossexuais, incluindo a implementação de leis e políticas públicas; mudanças estruturais dentro do sistema de saúde; e melhor treinamento para profissionais de saúde. A reivindicação é por uma mudança cultural que exige a participação ativa dos profissionais de saúde, gestores e responsáveis por sua formação


With improved access to reproductive technologies, more women in same-sex relationships are choosing to plan pregnancies and are accessing the health system for care during conception, pregnancy, delivery and postpartum. Studies show the affect that homophobia, heteronormative communication, and inappropriate questioning by healthcare practitioners can have on the quality of care that is given. The objective of this study is to understand the perceptions of women in a same-sex relationship on the quality of healthcare received throughout conception, pregnancy, delivery and postpartum while using public and private health services in the metropolitan region of São Paulo. In this qualitative study, 19 women who had biological children while in a same-sex relationship were interviewed, amounting to the shared histories and experiences of ten couples. Access to conception services provided by the public health system in Brazil remains exclusive to infertile heterosexual couples, leaving many homosexual women to choose between two primary options. They can purchase costly medical treatments and services from the private health system or they can perform self-insemination using donated sperm. The latter technique is not regulated in Brazil and could expose women to potential legal problems associated with the possible decision of sperm donors to pursue paternity rights. More than just its biological impact, conception, gestation, childbirth, and breastfeeding have important social and relational effects on attachment for both the partner who is carrying the pregnancy as well as for the partner who is not pregnant with the baby. The legitimation and recognition of the specificities of samesex couples is required by several actors involved in this process, chief among them being health professionals. After pregnancy, the majority of the participants were attended to in the public health system. Despite predominantly positive evaluations overall, participants also reported some discomforting situations involving the behavior of health professionals including assumptions of heterosexuality; forms and orientations addressing parents as only father / mother, doubts or questions cast on the legitimacy of the couples\' relationships, and a few instances of discrimination and violated rights. Participants of this study highlighted how the acknowledgement of this moment for both women, with particular emphasis on the inclusion of the partner who is not biologically pregnant, is a large determinant of their perceptions on the quality of that parenting experience. Even with the advancement of legal rights such as the federal approval of same-sex marriage, among other civil rights achievements, many institutions and health professionals remain unprepared to provide adequate assistance and care that addresses the specific needs of homosexual couples. Different types of interventions can improve the quality of care provided to homosexual couples, include incorporating changes in laws/policies; structural changes within the health system; and better training for health workers. The aim is for a cultural change that requires the active participation of health professionals, managers, and those responsible for their training


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Equidade em Saúde/ética , Homossexualidade Feminina , Saúde Materna/etnologia , Serviços de Saúde Materno-Infantil , Técnicas Reprodutivas , Percepção Social , Brasil , Atenção à Saúde , Pesquisa Qualitativa
2.
Rio de Janeiro; Fiocruz; 2 ed. rev; 2018. 210 p. mapas, ilus, tab.(Coleção Saúde dos Povos Indígenas).
Monografia em Português | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-1435343

RESUMO

A pesquisadora Raquel Paiva Dias-Scopel, do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), levanta questões sobre a valorização e respeito à diversidade étnica e cultural dos povos indígenas e a difícil interface com o processos de medicalização e do direito ao acesso aos serviços de saúde biomédicos. O livro é parte da Coleção Saúde dos Povos Indígenas, da Editora Fiocruz e partiu da tese de doutorado defendida em 2014 no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi publicado pela primeira vez em 2015 pela Associação Brasileira de Antropologia com o título A Cosmopolítica da Gestação, Parto e Pós-Parto: práticas de autoatenção e processo de medicalização entre os índios Munduruku. No prefácio da primeira edição, sua orientadora, a doutora em antropologia e professora titular da UFSC, Esther Jean Langdon, ressalta que o conceito fundamental deste livro é da autoatenção, que aponta para o reconhecimento da autonomia e da criatividade da coletividade, principalmente da família, como núcleo que articula os diferentes modelos de atenção ou cuidado da saúde.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Indígenas Sul-Americanos/etnologia , Saúde de Populações Indígenas , Medicalização , Saúde Materna/etnologia , Apoio Comunitário , Palpação , Relações Pais-Filho/etnologia , Cuidado Pré-Natal , Esterilização Tubária , Brasil/etnologia , Menarca/etnologia , Comportamento Ritualístico , Cesárea/estatística & dados numéricos , Pacientes Domiciliares/reabilitação , Nutrição da Gestante , Pesquisa Participativa Baseada na Comunidade , Comportamento Alimentar/etnologia , Antropologia Médica , Cultura Indígena , Entorno do Parto/estatística & dados numéricos , Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde , Parto Domiciliar/enfermagem , Complicações do Trabalho de Parto/etnologia , Menstruação/etnologia , Tocologia
3.
Bogotá; s.n; 2013. 146 p. ilus, tab.
Tese em Espanhol | LILACS, BDENF, COLNAL | ID: biblio-1399265

RESUMO

Introducción: La adolescencia es una etapa importante en el ciclo vital de la mujer, que puede hacerse difícil cuando va acompañada de un evento muchas veces no esperado. Diversos estudios han explorado el impacto de la gestación en la salud materna y neonatal, y han encontrado que es más relevante en la adolescente; situación que resalta la vulnerabilidad de esta población. La literatura evidencia que el cuidado de la gestante adolescente, involucra a la familia, sus creencias y prácticas tradicionales como elementos culturales; por tanto, deben ser reconocidos por Enfermería. Esta investigación tuvo como objetivo: describir el significado de las prácticas de cuidado cultural de sí y de su hijo por nacer en un grupo de gestantes adolescentes asistentes al control prenatal del Hospital Niño Jesús de Barranquilla. Metodología: Estudio cualitativo de tipo etnográfico, en el que se utilizó el método de la Etnoenfermería propuesto por Leininger. Las participantes fueron: 10 gestantes adolescentes entre 15 y 19 años, y 12 enfermeras con experiencia en el área. Las primeras como informantes clave, y las segundas como informantes generales. Resultados: Se encontró que el significado de las prácticas de cuidado cultural, para las gestantes adolescentes, se clasifica en tres grandes temas: 1) Prácticas de cuidado transmitidas de generación en generación predominando la línea femenina, 2) La confianza en Dios y el apoyo de la familia como una forma de cuidarse, y 3) Dar a luz un hijo sano. Discusión y Conclusiones: Las prácticas de cuidado de las gestantes adolecentes están fuertemente enraizadas en sus creencias, mitos y valores culturales heredados de generación en generación; mostrando así, patrones de cuidado cultural. Aspecto que debe ser identificado por Enfermería, para ofrecer cuidados que sean culturalmente congruentes a esta población.


Introduction: Adolescence is an important stage in the life cycle of women, which can be difficult when accompanied by an event often unexpected. Several studies have explored the impact of pregnancy on maternal and neonatal health, and have found that it is more relevant in the adolescent, a situation that highlights the vulnerability of this population. The literature shows that the pregnant adolescent care, involving the family, their beliefs and practices as cultural elements, therefore, should be recognized for Nursing. This research aimed to: explore the meaning of cultural care practices themselves and their unborn child in a group of pregnant adolescents in Barranquilla Methodology: qualitative ethnographic study in which we used the method proposed by Leininger Ethnonursing. Participants were 10 pregnant adolescents between 15 and 19 years, who attended the prenatal control a public hospital in Barranquilla, and 12 nurses with experience in the area. The first as key informants, and the latter as general informants. Results: We found that the meaning of cultural care practices for pregnant teens, is classified into three major themes: 1) care practices handed down from generation to generation dominate the female line, 2) Trust in God and the support family as a form of care, and 3) Give birth to a healthy child. Discussion and Conclusions: The care practices of pregnant adolescents are strongly rooted in their beliefs, myths and cultural values inherited from generation to generation, thus showing, cultural care patterns. Aspect that must be identified by Nursing, to provide care that is culturally congruent to this population.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Gravidez na Adolescência/etnologia , Saúde Materna/etnologia , Enfermagem Transcultural , Pesquisa Qualitativa , Assistência à Saúde Culturalmente Competente , Antropologia Cultural
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