RESUMO
O tegmento do mesencéfalo e área complexa, dada a quantidade de fibras que o atravessam, provenientes de circuitos locais, de sistemas ativadores e de feixes descendentes dos hemisférios cerebrais. No presente artigo, relatamos o caso de um senhor de 67 anos, que sofreu hemorragia mesencefálica de localizaçao tegmental, vindo a falecer 1 mês depois. Inicialmente, foi julgado em coma, por apresentar ptose bilateral, ausência de fala e de movimentos espontâneos. Por volta da segunda semana, descobriu-se que podia cumprir comandos verbais, sentar, sustentar-se de pé e andar. O caso demonstra o quanto o diagnóstico do coma em bases clínicas pode ser enganoso em pacientes como esse, no qual a aparente irresponsividade de olhos fechados se deve à combinaçao inesperada de abulia e oftalmoplegia.
Assuntos
Humanos , Masculino , Idoso , Tronco Encefálico/fisiopatologia , Síndromes de Compressão Nervosa/etiologia , Hemorragia Subaracnóidea/etiologia , Coma/diagnóstico , Coma/fisiopatologia , Tratos Extrapiramidais/fisiopatologia , Formação Reticular/fisiopatologia , Exame Neurológico , Nervo Oculomotor/fisiopatologia , Hemorragia Subaracnóidea/diagnóstico , Hemorragia Subaracnóidea/fisiopatologia , Tegmento Mesencefálico/fisiopatologia , Tomografia Computadorizada por Raios XRESUMO
Após revisäo sumária do conceito de sistema extrapiramidal, säo apresentadas evidências clínicas e anatômicas contra sua importância relativa no homem. Propöe-se que as estruturas tradicionalmente agrupadas sob o rótulo extrapiramidal efetuem a maior parte de suas atividades funcionais, respectivamente, por intermédio dos próprios feixes piramidais. Tais estruturas - centradas no núcleos da base dos hemisférios cerebrais, no cerebelo e, possivelmente, também, na áreas límbicas do prosencéfalo -, de acordo com nossa proposiçäo säo, na verdade pre-piramidais. Esse modelo se baseia na análise clínica de pacientes, está de acordo com mais de um século de verificaçöes anatômicas em cérebros humanos e depöe a favor da noçäo de singularidade do cérebro humano