Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 3 de 3
Filtrar
Adicionar filtros








Intervalo de ano
1.
Interface (Botucatu, Online) ; 25: e200689, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1340070

RESUMO

Uma em cada quatro mulheres brasileiras sofre algum tipo de violência durante o trabalho de parto e o parto, visto que essa assistência é marcada por intervenções desnecessárias que levam à despersonificação e à inferiorização da mulher. Esta é uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas, que analisou a violência obstétrica pelo viés de gênero com base na narrativa de profissionais de saúde que realizam assistência ao parto. Foi evidenciado que essa assistência é permeada por submissão, abusos físicos, verbais e psicológicos, mediante um modelo intervencionista de pessimização do parto. A mulher torna-se objeto de intervenção por ser considerada inferior, baseado em uma perspectiva pessimista sobre o corpo feminino, conforme conhecimento hegemônico pautado pela excessiva medicalização do parto. (AU)


One in every four Brazilian women suffer some form of violence during labor and childbirth, with labor and childbirth care being marked by unnecessary interventions that lead to the depersonalization and inferiorization of women. We conducted an exploratory study using semi-structured interviews to analyze obstetric violence in the form of gender bias in the narratives of childbirth care providers. The findings show that childbirth care is permeated by submission, physical, verbal and psychological abuse and based on an interventionist model that "pessimizes" childbirth. Underpinned by a pessimistic view of the female body and hegemonic knowledge predicated on the excessive medicalization of childbirth, the mother becomes an object of intervention because she is considered inferior. (AU)


Una de cada cuatro mujeres brasileñas sufre algún tipo de violencia durante el trabajo de parto y el parto, puesto que esa asistencia está marcada por intervenciones innecesarias que llevan a la despersonificación e inferiorización de la mujer. Esta es una investigación exploratoria con abordaje cualitativo, por medio de entrevistas semiestructuradas, que analizó la violencia obstétrica por el sesgo de género, a partir de la narrativa de profesionales de la salud que realizan asistencia al parto. Quedó en evidencia que la asistencia al parto está impregnada de sumisión, abusos físicos, verbales y psicológicos, a partir de un modelo intervencionista de pesimización del parto. La mujer se convierte en objeto de intervención, por ser considerada inferior, con base en una perspectiva pesimista sobre el cuerpo femenino, conforme conocimiento hegemónico regido por la excesiva medicalización del parto. (AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Pessoal de Saúde/psicologia , Parto Obstétrico , Violência Obstétrica , Violência de Gênero/etnologia
2.
Physis (Rio J.) ; 29(3): e290307, 2019. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1056945

RESUMO

Resumo Este artigo objetiva compreender a rede de significados construídos intersubjetivamente que caracterizam o fenômeno da endometriose na vida das mulheres acometidas, equilibrando perspectivas micro e macrossociais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa ancorada na técnica de narrativa autobiográfica do sociólogo Fritz Schütze, que explorou a experiência de 29 mulheres com endometriose. A análise foi realizada de acordo com o método reconstrutivo proposto por Schütze. Para além da estrutura esquemática baseada nos dados indexados, emergiam duas teorias: negligência estrutural legitimada por questões de gênero e barreiras e atalhos na rede de assistência. As narrativas revelam a institucionalização de questões de gênero nos serviços de saúde como reflexo de relações embutidas na estrutura social. Negligência, psiquiatrização do sofrimento feminino, centralidade das ações na função reprodutiva e medicalização precoce do corpo feminino foram fenômenos sociais identificados nas narrativas. Esses aspectos estruturais, legitimados pela violência cultural, relacionam-se de forma simbiótica a lapsos na rede de assistência. O enfrentamento a esse fenômeno demanda mais do que a reorganização das linhas de cuidado segundo o paradigma da integralidade, embora esta emerja como uma possiblidade. É crucial a compreensão das microestruturas relacionadas ao gênero que fundamentam os arranjos sociais e a organização assistencial, produzindo violências institucionais e múltiplos sofrimentos.


Abstract This article aims to understand the network of intersubjectively constructed meanings that characterize the phenomenon of endometriosis in the lives of affected women, balancing micro and macrosocial perspectives. This is a qualitative research based on the autobiographical narrative technique of sociologist Fritz Schütze, who explored the experience of 29 women with endometriosis. The analysis was performed according to the reconstructive method proposed by Schütze. Beyond the schematic structure based on indexed data, two theories emerged: structural neglect legitimized by gender issues and barriers and shortcuts in the care network. The narratives reveal the institutionalization of gender issues in health services as a reflection of relationships embedded in the social structure. Neglect, psychiatrization of female suffering, centrality of actions in reproductive function and early medicalization of the female body were social phenomena identified in the narratives. These structural aspects, legitimized by cultural violence, are symbiotically related to lapses in the care network. Coping with this phenomenon demands more than the reorganization of care lines according to the integrality paradigm, although it emerges as a possibility. Understanding the gender-related microstructures that underlie social arrangements and care organization, producing institutional violence and multiple sufferings, is crucial.


Assuntos
Humanos , Feminino , Mulheres , Serviços de Saúde da Mulher , Endometriose/diagnóstico , Saúde de Gênero , Vulnerabilidade em Saúde , Diagnóstico Tardio , Atenção Primária à Saúde , Estresse Psicológico , Doença Crônica , Entrevistas como Assunto , Saúde da Mulher , Fatores Culturais , Pesquisa Qualitativa , Narrativa Pessoal , Integralidade em Saúde , Violência de Gênero/etnologia , Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde , Relações Interpessoais
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 33(12): e00168516, 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-889652

RESUMO

Resumo: Feminicídios são assassinatos de mulheres decorrentes das desigualdades de gênero e representam a forma mais extrema da violência contra a mulher. O referencial teórico-metodológico utilizado neste estudo foi a teoria do patriarcado e a análise crítica do discurso. Foram analisados os discursos referentes ao relatório final de 64 inquéritos policiais categorizados como feminicídios, ocorridos na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, no período de 2006 a 2010. As vítimas eram majoritariamente mulheres pobres, jovens e moradoras de regiões de periferia, havendo uma frequência elevada de prostitutas e mulheres executadas pelo tráfico; mortes não consideradas feminicídios pelos operadores policiais. Muitos inquéritos foram arquivados devido à ausência de provas e outros não foram nem ao menos iniciados. Nos inquéritos, havia discursos que desqualificavam e culpavam as vítimas, embora alguns criticassem as desigualdades entre homens e mulheres e identificassem os efeitos letais do machismo. Inquéritos policiais são fontes importantes para estudar o feminicídio na sociedade, agregando grande quantidade de informações sobre vítimas, agressores e cenários dos crimes.


Abstract: Femicide is the murder of women as the result of gender inequalities. It is the most extreme form of violence against women. The theoretical and methodological frame of reference used in this study was patriarchy theory and critical discourse analysis. We analyzed the discourses from 64 police inquiries categorized as femicides in Porto Alegre, Rio Grande do Sul State, Brazil, from 2006 to 2010. The victims were mostly poor young women living in outlying areas of the city with high rates of prostitution and women murdered by the drug traffic, deaths not routinely classified as femicides by the police. Many inquiries were shelved for purported lack of evidence, and many other cases were not even started. The discourse in the police reports often demeaned and blamed the victims, although some criticized the inequalities between men and women and identified the lethal effects of male chauvinism. Police inquiries are important sources for studying femicide in society, adding abundant information on the crimes' victims, perpetrators, and scenarios.


Resumen: Los feminicidios son asesinatos de mujeres, resultado de desigualdades de género, que representan la forma más extrema de violencia contra la mujer. El marco de referencia teórico-metodológico utilizado en este estudio fue la teoría del patriarcado y el análisis crítico del discurso. Se analizaron los discursos referentes al informe final de 64 investigaciones policiales, categorizadas como feminicidios, ocurridas en la ciudad de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, durante el período de 2006 a 2010. Las víctimas eran mayoritariamente mujeres pobres, jóvenes y habitantes de regiones de periferia, existiendo una frecuencia elevada de prostitutas y mujeres ejecutadas por el tráfico de drogas; muertes no consideradas feminicidios por los operadores policiales. Muchas investigaciones se archivaron, debido a la ausencia de pruebas, y otras ni siquiera fueron iniciadas. En estas investigaciones, había discursos que descalificaban y culpaban a las víctimas, pese a que algunos criticasen las desigualdades entre hombres y mujeres e identificasen los efectos letales del machismo. Las investigaciones policiales son fuentes importantes para estudiar el feminicidio en la sociedad, añadiendo una gran cantidad de información sobre víctimas, agresores y escenarios de los crímenes.


Assuntos
Humanos , Feminino , Mulheres , Violência de Gênero/etnologia , Homicídio/etnologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/etnologia , Fatores Sexuais , Polícia , Vítimas de Crime , Pesquisa Qualitativa , Populações Vulneráveis/etnologia
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA