Qualidade de vida no trabalho e estresse ocupacional da equipe de enfermagem em unidade de pronto atendimento - upa / Calidad de vida en el trabajo y estrés ocupacional del equipo de enfermería en unidad de prento atención - upa / Quality of life at work and stress occupational nursing team in unit of pronto atendimento - upa

RESUMO

INTRODUÇÃO: A enfermagem enfrenta atualmente transformações no seu contexto de trabalho, destacando-se a sobrecarga e ritmo acelerado de trabalho, déficit de recursos humanos, desvalorização e insatisfação profissional. Dentre os locais de atuação da equipe de enfermagem, destacam- se os serviços de urgência, por exemplo, as Unidades de Pronto Atendimento. Nessas unidades são realizados atendimentos de casos agudos e/ou crônicos descompensados onde a assistência de enfermagem deve ser realizada de forma imediata, eficiente, exigindo amplo conhecimento teórico e habilidades técnicas. Estes fatores podem provocar estresse ocupacional e baixa qualidade de vida no trabalho (QVT), desencadeando adoecimento dos profissionais, absenteísmo e repercussões na qualidade da assistência prestada. O objetivo desta investigação foi avaliar e correlacionar a QVT e o estresse ocupacional da equipe de enfermagem em Unidade de Pronto Atendimento. MÉTODO: Estudo transversal, correlacional, realizado nos meses de março de 2017 a maio de 2017 com 109 trabalhadores da equipe enfermagem de uma Unidade de Pronto Atendimento do interior de Minas Gerais, Brasil. Foi utilizado um questionário com perfil demográfico e laboral, o estresse ocupacional foi verificado através da Job Stress Scale (JSS) e a QVT através do instrumento de adaptação do modelo de Walton para o português, ambos validados no Brasil. Os dados foram analisados usando o SPSS versão 21.0. RESULTADOS: Dos 109 trabalhadores, 75,2% eram do sexo feminino,45,9% casados, 34,9% enfermeiros, 53,2% técnicos de enfermagem e 11,9 auxiliares de enfermagem; 89,9% executavam 30 horas semanais de trabalho e 39,4% possuíam outro emprego na enfermagem. Na análise da JSS: 14,7% caracterizam o trabalho com alta exigência, 8,3% trabalho ativo, 40,4% trabalho passivo e 36,7% trabalho com baixa exigência. Na escala da QVT, 39,5% estão insatisfeitos e 60,5% estão satisfeitos. Os fatores associados à insatisfação com o trabalho, segundo escala global QVT foram: sexo feminino (p=0,020), enfermeiro (p=0,012), ter baixo apoio no trabalho (p=0,000), alta exigência (p=0,000) ou trabalho ativo (p= 0,004) e maior tempo no cargo exercido (p=0,008) CONCLUSÃO: Através desta investigação foi possível identificar que os trabalhadores de enfermagem da Unidade de Pronto Atendimento estão satisfeitos com a QVT e expostos ao estresse ocupacional de forma moderada, sendo que os mais expostos a esse estresse se encontram mais insatisfeitos com a QVT. Essa insatisfação no ambiente de trabalho associado ao estresse pode proporcionar uma elevada taxa de absenteísmo e repercussões na assistência prestada aos pacientes atendidos nessa unidade

ABSTRACT

INTRODUCTION: Nursing currently faces transformations in its work context, highlighting the overload and accelerated work pace, human resources deficit, devaluation and professional dissatisfaction. Among the places of work of the nursing team, stand out the emergency services, for example, the Emergency Care Units. In these units, acute and / or chronic decompensated cases are performed, where nursing care must be performed immediately, efficiently, requiring a broad theoretical knowledge and technical skills. These factors can cause occupational stress and low quality of work life (QWL), triggering the sickness of the professionals, absenteeism and repercussions on the quality of care provided. The objective of this research was to evaluate and correlate the QWL and occupational stress of the nursing team in the Emergency Care Unit. METHOD: A cross - sectional, correlational study was carried out between March 2017 and May 2017, with 109 workers from the Nursing team of Emergency Care Unit in the interior of Minas Gerais, Brazil. A questionnaire with demographic and occupational profile was used, the occupational stress was verified through the Job Stress Scale (JSS) and the QWL through the instrument of adaptation of the Walton model to Portuguese, both validated in Brazil. Data were analyzed using SPSS version 21.0. RESULTS: Of the 109 workers, 75.2% were female, 45.9% were married, 34.9% were nurses, 53.2% were nursing technicians and 11.9% were nursing assistants; 89.9% performed30 hours of work per week and 39.4% had another job in nursing. In the analysis of the JSS: 14.7% characterized the work with high demand, 8.3% active work, 40.4% passive work and 36.7% work with low requirement. In the QWL scale, 39.5% are dissatisfied and 60.5% are satisfied. The factors associated with work dissatisfaction according to the global QWL scale were: female (p = 0.020), nurse (p = 0.012), have low support at work (p = 0.000), high demand (p = 0.000) or active work (p = 0.004) and more time in the position held (p = 0.008). CONCLUSION: Through this research it was possible to identify that the nursing workers of the Emergency Care Unit are satisfied with the QWL and exposed to moderate occupational stress, and those most exposed to this stress are more dissatisfied with the QWL. This dissatisfaction in the work environment associated to stress can provide a high rate of absenteeism and repercussions in the care provided to the patients attended in this unit

RESUMEN

INTRODUCCIÓN: La enfermería enfrenta actualmente transformaciones en su contexto de trabajo, destacándose la sobrecarga y ritmo acelerado de trabajo, déficit de recursos humanos, devaluación e insatisfacción profesional. Entre los locales de actuación del equipo de enfermería, se destacan los servicios de urgencia, por ejemplo, las Unidades de Pronto Atención. En estas unidades se realizan atendimientos de casos agudos y / o crónicos descompensados donde la asistencia de enfermería debe ser realizada de forma inmediata, eficiente, exigiendo amplio conocimiento teórico y habilidades técnicas. Estos factores pueden provocar estrés ocupacional y baja calidad de vida laboral (CVL), desencadenando la enfermedad de los profesionales, absentismo y repercusiones en la calidad de la asistencia prestada. El objetivo de esta investigación fue evaluar y correlacionar la CVL y el estrés ocupacional del equipo de enfermería en Unidad de Pronto Atención. MÉTODO: Estudio transversal, correlacional, realizado en los meses de marzo de 2017 a mayo de 2017 con 109 trabajadores del equipo enfermería de una Unidad de Pronto Atención del interior de Minas Gerais, Brasil. Se utilizó un cuestionario con el perfil demográfico y laboral, el estrés ocupacional se verificó a través de la Job Stress Scale (JSS) y CVL a través del modelo de instrumento de adaptación Walton para el portugués, tanto validado en Brasil. Los datos se analizaron utilizando SPSS versión 21.0. RESULTADOS: De los 109 trabajadores, 75,2% eran del sexo femenino, 45,9% casados, 34,9% enfermeros, 53,2% técnicos de enfermería y 11,9% auxiliares de enfermería; el 89,9% realizaba 30 horas semanales de trabajo y el 39,4% poseía otro empleo en la enfermería. En el análisis de la JSS: 14,7% caracterizan el trabajo con alta exigencia, el 8,3% trabajo activo, el 40,4% de trabajo pasivo y el 36,7% trabajo con baja exigencia. En la escala de la CVL, el 39,5% están insatisfechos y el 60,5% están satisfechos. Los factores asociados a la insatisfacción con el trabajo, según la escala global CVL fueron: sexo femenino (p = 0,020), enfermero (p = 0,012), tener bajo apoyo en el trabajo (p = 0,000), alta exigencia (p = 0,000) o trabajo activo (p = 0,004) y mayor tiempo en el cargo ejercido (p = 0,008). CONCLUSIÓN: A través de esta investigación fue posible identificar que los trabajadores de enfermería de la Unidad de Pronto Atención están satisfechos con la CVL y expuestos al estrés ocupacional de forma moderada, siendo que los más expuestos a ese estrés se encuentran más insatisfechos con la CVL. Esta insatisfacción en el ambiente de trabajo asociado al estrés puede proporcionar una elevada tasa de absentismo y repercusiones en la asistencia prestada a los pacientes atendidos en esa unidad